quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Capitulo 3



VISÃO MÓNICA


-The tea is here... - disse o Zach, estendendo-me uma caneca bem quentinha, chegando atrás do sofá. Em seguida deu a volta e veio sentar-se ao meu lado, bem em frente da lareira acessa.
-Thanks. Now I just need your company to everything be perfect - sorri. Ele ofereceu-me um enorme sorriso e em seguida abraçou-me.
-So... Tell me things... - perguntou o Zach.
-What kind of things?
-Something. Your mom, your dad, sister, brother... I don't know. Something. I want to know you better... - senti um nó a formar-se na minha garganta. Nestes últimos tempos tinha adquirido uma sensibilidade em relação à  palavra mãe, fosse em que lingua fosse... - What's wrong?- perguntou ele preocupado.
-It's just... My mom died when I was nine... - respondi, pousando a caneca que ele me dera na pequena mesinha ao lado do sofá.
-Oh. I... I didn't... Sorry, angel! Really sorry! I didn't want to remind you or to make you suffer or something. I swear...
-I know. Don't worry... Everything is fine...
-Everything excluding you...
-Zach, it's been a long time. I have to accustom myself by living the days without thinking about her. I can't be every single time of my day missing her. I can remind her but I can't be prisoner of her for the rest of my life.
-But you don't need to be so hard with yourself.
-I'm not beeing hard with myself.
-Yes, you are. But you shouldn't. I don't want that for you. You can't live all this alone, so, I'm here and you can cry on my shoulder every night, but I'm not leaving you.
Assim que ele acabou de falar, abraçei-me a ele e as lágrimas inundaram os meus olhos, brotando dos mesmos no instante a seguir. Depois de algum tempo afundada no seu peito a chorar consegui acalmar-me até as lágrimas cessarem, mas mantive-me abraçada a ele, enquanto ele me abraçava e fazia pequenas festas no cabelo.
-Sorry... - desculpei-me, ainda abraçada a ele, mas sem emoção na voz.
-Do it everytme you want. I'm your friend and I'm here for everything.
-Thanks.
-You're welcome.
Ficamos mais algum tempo assim e em silêncio. Eu já não pensava em nada. Estava ali apenas a sentir-me confortável envolvida no abraço dele, enquanto olhava para a lareira e ouvia o lume a estalar...
-Well, I think I should go. Can you take me home, please?
-Do you really want to go? I don't want to leave you alone.
-If I need something, Andy will be there for me...
-You shared this with me. Now I'm on your wave... And I'm liking to hug you.
Fiz um pequeno sorriso meigo.
-Okay. I'll stay. - respondi.
Ele fez o mesmo sorriso que eu, voltou a abraçar-me e deu-me um beijo no cimo da cabeça.
-I'll always be here for you.
-I know.


Na manhã segunte, acordei com o Zach, no sofá.
-Good morning. - disse-me ele.
-Good morning... - respondi-lhe ainda meio ensonada.
-How are you feeling today?
-I waked up now... But I'm feeling better... The hug and the company helped. Thanks. - sorri. Ele tinha realmente sido inalcansável na noite anterior. Ele sorriu-me abertamente.
-Well, I'm hungry. And you? - Abanei a cabeça afirmativamente. - Good. Let's do the breakfast. - sugeriu, levantando-se do sofá e agarrando a minha mão para que fosse com ele para a cozinha.




VISÃO ANDREIA


Assim que abri a porta de casa e cheguei à sala vi o meu primo Bruno. Ele ficou a olhar para mim espantado, ao ver-me cheia de lama.
-Andreia Filipa, o que é que andaste a fazer para chegares a casa nesse estado?
Ao ver a cara do meu primo a dizer aquilo, não consegui evitar e começei a rir-me.
-Calma! Só estive a jogar futelbol!
Ele revirou os olhos e voltou a sentar-se no sofá, ao lado da Justine, a namorada dele.
-Só podia! Para que é que eu fui perguntar? - Ri-me.
-Bem, eu vou tomar banho. A Mónica já chegou?
-Não. - disse o meu primo.
-Ok. Até já.
Depois de tomar banho e de vestir, peguei no telemóvel e tinha uma mensagem.
     De: 91*******
          Gostei muito da tarde de hoje. É bom passar o tempo com pessoas que
          percebem e partilham os mesmos interesses que eu. Espero que possamos
         voltar a repeti. E espero que continues com o mesmo espirito com que hoje
         chegaste a casa. Ri. Porque a rir ficas mais bonita :D  Beijinhos. Rúben
        Amorim


Bem, se calhar a Mónica já iria ouvir umas coisas... Fui ter com o meu primo e com a Justine para pôr a mesa e irmos jantar.
-Então a Mónica não janta connosco, hoje? - perguntou-me o Bruno.
-Acho que não.
-But she didn't said anything to you? - perguntou-me a Justine.
-No. But I think she's in good hands, so we don't have to worry about it.- sorri.
-Está bem. Mas vejam lá que vocês amanhã de manhã têm aulas. - advertiu o meu primo.
-Está bem, Bruno. Se quiseres, eu ligo-lhe depois de jantar, para ficares mais descansado.
-Está bem.
E assim o fiz. Depois de ajudar a Justine a levantar a mesa, fui para o quarto e liguei à Mónica.
-Yeah? - Não me parecia que fosse ela a falar.
-Zach? - perguntei.
-Andreia?
-Yes. Is Mónica with you?
-Yes, but she's sleeping.
-Sleeping? What happened? - perguntei preocupada.
-Yeah. Long story. But she's fine.
-Oh, okay, better... When she wake up, could you please remind her that we have classes tomorrow at 9.30 a.m. ?
-Soure. And if I don't take her home tonight I'll make sure she'll be there at time.
-Okay. Thanks.
-You're welcome.
- Bye Zach.
-Bye.
Ela ia ter de me contar umas coisas. Mas pelos vistos ia ser só quando a voltásse a ver na Faculdade, na manhã seguinte. Era bom saber que eles se estavam a dar bem. E até tinha sido bom que ela tivesse mandado a mensagem ao Rúben. Eu tinha-me divertido e ficado a conhece-lo melhor. E pela mensagem dele, ele também tinha gostado e parecia precisar de fazê-lo mais vezes. Deu a entender que eram poucos os que percebiam e partilhavam com ele esse gosto... Arranjei as coisas para levar para a Faculdade no dia seguinte, li um bocado e depois fui dormir.




VISÃO MÓNICA


-You should better get fast, 'cause we have to pass at your house first. You need to get new clothes and the books. You have classes. - disse-me o Zach, enquanto acabava de lavar a louça que tinhamos sujo.
-Oh! The classes! I completly forgot!
-Yeah, I get it. So let's move on!
-Yeah.
-I'm just going to change my clothes and then I'll drive you at home. - disse ele, subindo as escadas até ao andar de cima.
Uns cinco minutos depois ele desceu e saimos para a carrinha. Cheguei a casa e já não estava lá ninguém. Fui até ao quarto, troquei de roupa, acabei de me arranjar, agarrei nos livros e corri de novo para a carrinha, onde o Zach me esperava.
-What would you do without me, hum? - riu ele.
-Beeing honest, almost everything.
-Almost.
-Yeah, almost. There's somethings I can't do without you...
-Great. Now I'm happy for the rest of the day. - disse ele, dando uma gargalhada a seguir. Ri também.
-Will you need me this afternoon? - perguntou-me quando parou a carrinha em frente à Faculdade.
-No. I mean, I have to talk with Andy and do other things. But you can call me or send me messages.
-I'll do it. - sorriu.
-Well, I have to go.
-Yeah, soure.
-Bye. - sorri, saindo da carrinha.
-Bye. And, hey!... - olhei para ele. - Be strong.
-I'll be. - sorri. Depois fechei a porta e entrei na Faculdade.
No meio do caminho encontrei a Andreia.
-Bom dia. - disse-me ela.
-Bom dia.
-Então isto agora é assim? Dormes fora de casa e não avisas ninguém...
-Ah... Desculpa.
-Olha que não sei.
-Oh, oh Andreia. Não foi de propósito.
-Eu sei. Eu estava a brincar!
-Sabes?
-O Zach atendeu o teu telemóvel ontem à noite. Eu pedi-lhe para ele te lembrar que tinhas aulas.
-Ah.
-E por falar em Zach... Estavas a dormir quando eu te liguei. Ele disse que era uma longa história. que história é essa?
-Ah... Sobre a minha mãe... Eu contei-lhe.
-Ah. - permanecemos um pouco em silêncio. - Mas olha, agora sou eu que tenho de dizer umas coisas.
-O quê?
-Era suposto eu estar a matar-te, Mónica Alexandra!
-Então porquê?
-Quem é que te mandou dizeres ao Rúben para me ir buscar?
-Ah, isso... - ri.
-Não tem piada! Tens noção de quantas vezes é que já me fizes-te passar vergonhas à frente dele? O que é que te passou pela cabeça para o mandares ir buscar-me?
-Oh. Não te divertiste? Não foi giro? Se não, foi porque não soubeste aproveitar.
-Cála a boca mulequa!
-Andreeiiaa...
Ela riu-se.
-Bem feita! - disse ela.
-Oh, má... Mas vá, agora a sério. Não foi giro?
-Foi.
-Entâo!
-Então nada! Não voltes a fazer.
-Também não vai ser preciso... - murmurei.
-O quê?
-Nada. - Notei que ela ficou pensativa. - então mas já agora, o que é que vocês fizeram? - perguntei.
-Futebol.
-Ah, muito bem... - ri.
-Oh, vai chatear outra!
Entrámos na sala e a conversa ficou por ali