quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Capitulo 20 (parte II)

Olá!
Bem, deixo-vos aqui mais um capitulo! Queria pedir-vos descupa por demorar tanto a postar, mas agora tenho tido pouco tempo, para além de que tenho andado com uns problemas, mas nada que não se resolva!
Espero que gostem e já sabem, deixem a vossa opinião, que é muito importante para mim! :D
Beijinhos*
Mónica

(Mónica)
-Porque não, amor. Não me sinto bem com os teus pais e o meu pai e a minha irmã e a tua aqui ao lado...
-Ah... - lamentou-sepassando suavemente a mão pela minha perna. Arrepiei-me. - Tá bom. Eu percebo você.
-Não vais ficar chateado, pois não? - perguntei.
-Não, claro qui não. Mas devia. - Levantou-se da cama. - Cê tá me deixando mal pra caramba.
Coloquei-me de joelhos no fundo da cama, à sua frente.



-Desculpa, amor. Também não fiquei muito bem, mas não consigo mesmo.
-Eu sei, eu percebo você. Mas, não faz assim, então. Não posso ficar junto de você agora, senão não sei se vou segurar - respondeu-me, retirando as minhas mãos dos seus quadris. - Tenho de ir no banheiro. - Largou as minhas mãos e começou a dirigir-se para a casa-de-banho do quarto. - E olha, - virou-se de frente para mim, já à porta da casa-de-banho - se veste, por favor - pediu a custo. Depois entrou na casa-de-banho.
Olhei para o relógio. Duas menos um quarto da manhã... E eu queria mesmo fazer a vontade ao meu menino, vontade essa que também era minha... Fui até à porta do quarto e rodei a chave. Fui até à porta da casa-de-banho e abri-a. Fechei-a e tranquei também a porta, sem fazer barulho. Aos meus pés estavam as calças dele. Sorri, ligeiramente envergonhada. Tinha deixado o meu menino mesmo mal... Fui até junto da banheira e ele estava de costas, de boxers, enquanto a água corria. Ele mexeu na torneira para regular a temperatura.
-Já tranquei as portas - disse eu. Ele olhou para trás, surpreendido.
-Amor, eu pedi pra você ficar de fora... - disse ele, não tomando muito sentido ao que eu tinha dito. Pus-me à sua frente.
-Eu disse já tranquei as portas. Entrar já não entram e, eu posso tentar esqueçer que eles estão lá dentro e descontrair. - Ele sorriu. - Mas, só se for ali - indiquei com o olhar para o chuveiro, atrás dele.
-Tem certeza? Eu posso ter ficado mal, mas eu não vou e não quero obrigar você a nada, amor.
-Eu sei, e não estás. Eu estou a dizer-te que sim, pode ser? - sorri, encostando-me ao seu peito.
-Pode, claro qui pode - sorriu, beijando-me em seguida.
-Mas prometes que me calas? - perguntei, meio envergonhada.
-Ahah, prometo. Claro qui prometo meu amor - sorriu-me, dando-me um beijo que reforçava as suas palavras.
A pouca roupa que ainda estava nos nossos corpos não lá permaneceu muito mais tempo. Entrámos para de baixo do chuveiro sem separarmos os nossos lábios um único centímetro. O seu beijo enebriava-me. Os seus lábios causavam-me uma sensação de completa redenção. As suas mãos requeriam a atenção do meu corpo enquanto os seus lábios faziam com que eu fervesse também por dentro. As minhas mãos percorriam as suas costas até onde podiam. O seu corpo musculado ofereciam-me uma sensação de proteção e segurança, mas também de preenchimento e prazer por algo tão bom e belo me pertencer desta maneira tão inacreditável. E o seu ser, alegre e bem disposto, a pessoa maravilhosa que ele é faz-me sentir confiante por ter alguém assim sempre do meu lado, faz-me ser alegre e bem disposta como ele, faz-me ver a vida com um sorriso sempre no canto dos lábios... Enquanto a água corria fizémos amor uma vez e voltámos a fazê-lo, cobrando o desejo de antes, o desejo de agora e o de3sejo que havia de vir. E todas as vezes que eu tencionava, não intencionalmente, fazer algum tipo de barulho que denunciasse o nosso momento de prazer, ele abafava-o, reprimia-o, sufocava-o com beijos e carinhos, tornando esse prazer ainda maior. Quando saímos enrolámo-nos cada um numa toalha, mas nem enquanto ele destrancava a porta da casa-de-banho os nossos lábios se afastaram. Eu andava para trás enquanto riamos baixinho e trocavamos beijos carinhosos. Ao chegarmos ao lado da cama ele sentou-se e sentou-me ao seu colo, colocando uma mão na minha perna e continuando a beijar-me, fazendo uma espécie de brincadeira entre os nossos lábios.
-Amo-te - disse-lhe, depois de nos desmancharmos a rir, terminando a brincadeira.
-Eu também amo muito você - sorri. Ele beijou-me. - Não foi tão dificil assim deixar si levar, foi? - perguntou-me, sorrindo ligeiramente.
-Não. Contigo não é.
-Comigo?! Ah você si deixa levar com mais alguém?
-Não! Claro que não!
-Ah! Agora cê me assustou!
-Oh, parvinho. Claro que não. Eu só te quero a ti.
-Acho bom qui sim. Não tava gostandomdessa conversa - sorriu.
-Eish, até parece. Sabes bem que não quero mais ninguém. Ou pelo menos devias saber.
-Eu sei. Tava zoando com você.
-Hm. Bom, é melhor vestirmos o pijama e irmos dormir. Já é tarde, e amanhã eles é que acordam primeiro que nós e não fica bem, não é.
-É, cê tem razão. Vamo dormir - concordou. - Levantei-me do seu colo e ele levantou-se também, agarrando-me pela cintura. - Obrigado - agradeceu, olhando-me.
-Porquê?
-Por ter me deixado ti amar e por ter me amado agora.
-Oh, até parece. Se eu também não quisesse achas que tinha ido ter contigo? Eu vi como é que te deixei, não ia pôr-te pior.
-Eu sei. Mas também sei qui você não se sentia bem com eles lá dentro.
-Oh, de nada - sorri.
-E então, cê se deixa levar bem comigo, hein? - sorriu-me, com um ar meio convencidinho.
-Deixo. E muito bem - sorri-lhe.
-Sabe, eu também me deixo levar muito bem com você... - provocou, apertando-me contra si.
-Sei, sei. Sei muito bem, mas o único sítio onde te vou levar agora é para a cama.
-Vamo embora!
-Para dormir, amor. Dormir. Já tivémos o suficiente para hoje.
Virei-lhe costas e fui buscar o meu pijama. Ele deu uma gargalhada. Vestiu o seu pijama também e deitámo-nos. Ele abraçou-me.
-Quando eu agradeci a você, eu não tava me refirindo só do qui aconteceu à pouco. Eu tava falando de sempre. Eu sou o cara mais feliz do mundo por ter você do meu lado.
-Oh... Não precisas de agradecer. Fi-lo e faço-o porque quero, porque e amo.
-Pra mim não dá de outro jeito. Eu faço amor amando, não só por fazer. Quando eu ti amo, eu ti amo de verdade, eu quero qui você sinta o meu amor, e sinta qui tudo qui eu digo pra você eu digo do coração. Quero qui você sinta todo o prazer qui você me faz sentir. Quero qui você saiba o quão feliz você me faz só de dar um sorriso pra mim. Quero qui... - dei-lhe um beijo, calando-o.
-Amor, não precisas de continuar. Não precisas de enumerar tudo o que me queres fazer sentir. Eu sinto-o. Eu sinto e amo. Amo e amo-te, amo-te muito, por tudo, por nada e por mais alguma coisa. Eu sinto tudo o que quero sentir, sinto mais do que pensei sentir e sinto cada vez mais o quanto me amas. E isso satisfaz-me por dentro, por fora e para sempre.
Ele sorriu-me.
-Cê é linda, sabia? Linda, fantástica, maravilhosa. Você é perfeita - deu-me um pequeno beijo.
-Eish, grande mentiroso!
-Quê?!
-Eu nao sou perfeita.
-As mais pequinininhas coisas, os mais pequenos pormenores, os mais pequenos defeitos me fazem ti amar ainda mais, ti tornam na minha mulher perfeita, pra sempre, mas pra sempre de para sempre e não daquele pra sempre qui se jura e depois chega num fim. Tudo o qui é imperfeito em você me completa e ti torna perfeita.
Beijei-o. Não conseguia falar, por isso beijei-o. Tentei que com este beijo ele percebesse o que eu nã conseguia dizer por palavras.
-Vamo dormir, então? - disse ele, depois de me ter dado mais dois ou três pequenos beijos.
-Vamos - concordei. Acomodei a minha cabeça junto do seu peito enquanto ele me abraçava e me mexia no cabelo. O seu coração batia com força, a sua respiração estava calma. O seu perfume envolvia-me.
-Dorme bem, meu amor - disse-me.
-Tu também, amor - respondi-lhe, aspirando o seu perfume e dando-lhe um pequeno beijo no peito. Fechei os olhos e ouvi-o a sorrir. Sentia-me perfeitamente completa.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Capitulo 20 (parte I)


Olá!
Peço desculpa pela demora a postar, mas não tenho conseguido escrever e só agora arranjei um tempinho! :s
Espero que gostem de mais este capitulo e me deixem os vossos comentários! :D
Beijinhos*

Mónica

VISÃO ANDREIA

Desliguei rapidamente antes que a Mónica começasse a dar-me os sermões que já têm sido habituais, sobre o Rúben. Já me bastava ele estar sempre a insistir... Saí da cozinha e esgueirei-me para o quarto da minha irmã, que outrora também tinha sido meu, em vez de me juntar ao resto da família que estava na sala. Ao lado da cama da minha irmã estava um saco com o presente que eu tinha para o Rúben. Um pulôver cinzento.



 Achei que lhe ia ficar bem. Mas depois nem consegui entregar-lho. Cada vez que ele estava ao pé de mim eu perdia a noção de uma parte da realidade. Cada vez mais.
-Estás aqui mana? - disse-me a minha irmã, entrando de repente no quarto. - Isso é para quem? - perguntou, olhando para o pulôver que estava nas minhas mãos.
-É... para o meu cunhado, quer dizer, o Rodrigo.
-O Rodrigo? Que Rodrigo?
-O do Benfica.
-O do Benfica? A sério? Mas... Mas como é que ele é teu cunhado mana? Tu não tens mais nenhuma irmã - perguntou, confusa.
-É uma maneira de dizer, tontinha - coloquei o pulôver dentro do saco. - Ele é namorado da Mónica e eu trato-a como se ela fosse uma irmã, por isso, o Rodrigo é meu cunhado, mas é só a fingir. Irmã só tenho uma, e és tu minha piolha! - abraçei-a e dei-lhe um beijo.
-Vens lá para dentro para ao pé de nós, mana?
-Vou já, amor. Vou só fazer uma coisa.
-Está bem - respondeu e saiu do quarto em direcção à sala.

New Message. Text. To: Rúben: Amanhã aro-te a porta, mas é só porque tenho de te dar a tua prenda de Natal, não é para me chateares outra vez com a mesma conversa ;p  Beijos.

New Message. From: Rúben: Não menina Andreia, amanhã vamos conversar sobre o que temos de conversar. E se te atreveres a não me abrir a porta eu entro pela janela, e se não conseguir entrar vou gritar tudo o que tenho para dizer, para que tu possas pelo menos ouvir-me, e não quero saber dos vizinhos ou das pessoas que passam na rua.

New Message. Text. To: Rúben: Tu não fazias isso...


New Message. From: Rúben: Tu não me testes, Andreia Filipa! Eu sou bem capaz de fazer isso. Mas é só se recusares a abrir-me a porta.

Não respondi. Eu sabia que ele era bem capaz de fazer o que estava a dizer... Fui para a sala e sentei-me ao lado do meu tio, pai do meu primo Gonçalo que estava a brincar com a minha irmã, e a mãe dele, a minha tia, estava à mesa, a conversar com a minha irmã. De repente recebi outra mensagem, do Rúben. Simples, mas que me deixou sem palavras, novamente.
Adoro-te.
Não respondi outra vez. Não conseguia. Ficava sem palavras. Outra mensagem.
Desculpa, escrevi mal. Não é adoro-te, é amo-te.
Fiquei estática a olhar para a mensagem.
-Andreia. Andreia, estás a sentir-te bem? Estás um bocado pálida - despertou-me o meu tio. As palavras do Rúben tinham-me deixado sem ar, incoscientemente.
-Ah, esqueci-me de respirar... Eu vou até à cozinha - respondi, levantando-me. A minha mãe ficou a olhar para mim. Segui até à cozinha e abri a janela. Respirei fundo.



-O que é que se passa, filhota? - perguntou-me o meu pai, aparecendo ao meu lado.
-Ai, que susto pai! - olhei para ele. - Não se passa nada. Porque é que havia de se passar? - respondi, voltando a olhar pela janela.
-Se eu já não te conecesse... Anda aí alguma coisa a tomar conta do teu juízo.
-Não anda nada, pai.
-O Rúben veio só entregar as prendas, há bocado?
Fiquei completamente surpreendida pela pergunta do meu pai e pelo facto de ter sido tão directo. O pior era que o ''palpite'' dele estava certo. Anda alguém a tomar conta do meu juízo e do meu ''não-juízo'' e essa pessoa é exactamente o Rúben...
-Sim pai, veio - menti. - E pusemos a conversa em dia, só isso.
-Então quem é que é esse rapaz que te anda a atazanar o juízo?
-Quem é que te disse que é um rapaz? São só umas coisas da Faculdade que estou a ter dificuldade.
-Está bem, está. Vou fingir que acredito.
-Mana! - chamou-me a minha irmã. - O Gonçalo precisa da tua ajuda.
-Está bem. Vamos lá ver o que é que ele quer - respondi, aproveitando para escapar à conversa com o meu pai. Ele olhou para mim.
-É Natal, filha. Esqueçe a Faculdade agora - pediu ele, pronunciando a Faculdade de maneira diferente para que eu não esquecesse que ele sabia que a minha Faculdade neste momento era outra, apesar de não saber qual, mas estava lá perto.

VISÃO MÓNICA

Meia-noite e meia. Os presentes já estavam abertos e a conversa tinha sempre sido super animada, mas agora o sono já começava a chegar, pelo menos à minha irmã, que já tinha passado da pilha à necessidade de bateria.
-Bom, a gente vai indo meu filho - informou o Sr. Adalberto.
-Cês não querem passar cá a noite? Há quartos pra todo mundo - perguntou o Rodrigo.
-Não precisa - voltou o pai dele a dizer.
-Eu não quero qui vocês andem na rua a essa hora, pai. Mãe, Mariana, por favor.
-Tá bom, a gente fica - respondeu a mãe dele.
-Obrigado - sorriu. - E vocês também ficam cá.
-Não é preciso. Só precisamos que nos leves a casa - respondeu o meu pai.
-Oh pai, eu quero dormir cá - sussurrou a minha irmã.
-Eu não posso levar vocês em casa. Eu não quero, eu quero qui vocês fiquem cá. Vou ficar mais tranquilo - insistiu o meu namorado.
-Vá lá, pai - voltou a pedir a minha irmã, baixinho.
-Está bem, pronto, nós ficamos. Não podiamos voltar para casa na mesma - brincou o meu pai.
-Obrigado - sorriu o meu namorado. - Bom, então vamo mostrar os quartos pra vocês, pra vocês verem onde qui querem ficar.
Subimos as escadas e depois eles escolheram os quartos onde queriam ficar. A minha irmã quis ficar com a Mariana.
-Eu vou já ter contigo.Vou só ter uma conversinha rápida com a minha irmã - disse eu ao Rodrigo.
-Tá bom. Eu vou já trocando de roupa - deu-me um beijo.
Bati à porta do quarto onde a minha irmã e a irmã dele estavam e entrei.
-Preciso de falar contigo, menina - disse eu à minha irmã.
-Porquê? - perguntou ela.
-Eu não me esqueci que tu desviaste a conversa quando eu perguntei ao pai como é que ele sabia que eu namorava com o Rodrigo.
-Ah...
-Ah, pois é. Tu tens alguma coisa a ver com isso, de certeza, por isso vá, conta-me.
-Eu estou com sono...
Por isso mesmo, quanto mais rápido falares mais cedo vais dormir.
-Ah, está bem. Eu vi uma mensagem que ele te mandou, uma vez, quando tu foste visitar-me a mim e ao pai. Foste à casa-de-banho e deixaste o telemóvel em cima da mesa, então eu vi. E tu saías muitas vezes e ias muitas vezes ao Estádio, e depois de ler a mensagem descobri mesmo.
-Sabes que eu não gosto que mexam e que vejam assim as minhas coisas.
-Eu sei.
-Então para a próxima já sabes. Mas como é que o pai soube?
-Eu contei-lhe o que vi e ele depois percebeu tudo.
-Hm, está bem. - Ela desviou os lençóis para se deitar. - Ainda bem que não viram as revistas... - sussurrei.
A Mariana, que entretanto se tinha levantado da sua cama, onde se encontrava inicialmente, para colocar o casaco na cadeira junto do armário, chegou atrás de mim.
-Mas eu vi. Cê tava maior gata. E o meu irmão também tava bem bonitinho - sorriu ela, falando baixo. Eu sorri, meio envergonhada.
-Bem, já conversámos, já sabes o que não quero que faças, por isso vou andando. Até amanhã.
-Até amanhã - respondeu a minha irmã, quase a dormir.
-Vai qui o meu irmão deve tar te esperando. Boa noite.
-Boa noite - respondi, abrindo a porta e saíndo. De repente senti agarrarem-me e apertarem-me suavemente por trás.



-Que susto! - disse eu ao Rodrigo.
-Desculpa - sorriu, dando-me um beijo no pescoço, enquanto nos dirigiamos para o seu quarto.
-O que é que estás aqui a fazer? Não tinhas ido para o quarto?
-Fui na cozinha pegar um copo de água.
-Ah.
-Correu muito bem - sorriu, referindo-se ao jantar e ao encontro das nossas famílias.
-Pois foi. Ainda bem.
Entámos no quarto e fechámos a porta devagarinho. Chegámos junto da cama e ele beijou-me.
-A sua irmã e o seu pai são bem legais.
-Hm-hm.
-E o qui é qui você achou dos meus pais e da minha irmã?
-São espetaculares.
-Ainda bem qui cê gostou deles. Eles também gostaram de você, incluindo a Mariana. Ela fez aquilo só pra assustar você, pra ver como qui você reagia. Não foi por mal, não.
-Eu sei, amor. Não te preocupes. Eu não ia e não vou sair de perto de ti de qualquer maneira - sorri.
-Ainda bem, porqui eu quero você bem juntinho de mim, sempre - sorriu, abraçando-me e começando a beijar-me demoradamente. Pouco depois as suas mãos desceram ansiosamente até aofundo das minhas costas e preparavam-se para descer mais, ao mesmo tempo que nos empurrava para a cama. Separei os nossos lábios.
-Amor, não estamos sozinhos... - adverti.
-Eu sei - respondeu, procurando os meus lábios novamente.
-Então é melhor pararmos por aqui...
-Ah não... A gente não faz barulho. Vem cá, vem - insistiu, beijando-me com mais do que vontade, com enorme desejo. Deitou-nos e colocou-se em cima de mim, beijou-me avidamente enquanto a sua mão direita segurava a minha cara e a mão esquerda segurava a minha perna subindo o meu vestido.
-Amor, eles ainda nos ouvem... - argumentei, tentando não me deixar levar.
-Eu calo você, anjo - beijou-me novamente. Levantou-se ligeiramente e despiu o pólo e a camisa. Voltou a beijar-me prolongadamente e deixei que ele me tirasse o vestido. As suas mãos percorreram o meu corpo fazendo-me arrepiar, mas eu não conseguia deixar-me levar, como ele estava a tentar fazer-me. Interrompi um beijo.
-Amor, não consigo fazer isto agora... - disse-lhe colocando uma mão no seu peito.
-Porquê não? - perguntou, tentando persuadir-me com pequenos beijos.




           E agora, qual será a resposta da Mónica? E como reagirá o Rodrigo? Como correrá o resto da noite?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capitulo 19 (parte II)

Olá!
Bem, consegui vir aqui deixar-vos  mais um capitulo! Espero que gostem e deixem os vossos preciosos comentários! :D
Beijinhos*  e muito obrigada por todas as visitas e todos os comentários!
Mónica

VISÃO MÓNICA

-Então, gostou do presente? - perguntou-me o Rodrigo, sentado do meu lado direito. Tinha acabado de abrir a prenda dele para mim: um relógio ONE, da SWATCH, da coleção ''Love Is Precious''. O relógio que eu tinha gostado, quando tinhamos ido passear até ao Colombo, um dia destes.



-Muito! Sabes que gostei do relógio assim que o vi! - sorri.
-Ainda - sorriu-me também.
-Agora abre a minha - pedi. As nossas prendas tinham ficado para o fim, por serem as que tinham mais curiosidade em abrir.
-É muito bonita, meu amor! Obrigado - sorriu-me, colocando a pulseira de prata que eu tinha acabado de oferecer-lhe.



-Gostaste? - perguntei.
-Tudo o qui você mi dá eu amo! - sorriu e depois deu-me um pequeno beijo. Foi contido e breve devido às presenças que estavam connosco, pois era a primeira vez que estavamos todos juntos, então ainda não nos sentiamos muito confortáveis, apesar de serem família e de estarmos todos a dar-nos muito bem. O meu telemóvel tocou.
-É a Andy. Já venho, está bem? - informei, levantado-me.
-Tá bom. Manda um beijo pra ela - respondeu o Rodrigo.
-Está bem. -Fui até à cozinha. - Estou? - atendi.
-Olá. Desculpa estar a chatear-te agora, melhor amiga, mas precisava de falar contigo.
-Oh, não faz mal. O que é que se passa?
-O Rúben.
-O que é que tem o Rúben? Ele voltou a ligar-te?
-Voltou.
-E tu atendeste?
-Atendi.
-E então?
-Combinámos que amanhã eu abria-lhe a porta de casa para falarmos sobre o que se passou depois da Gala... - respondeu-me, com uma voz um pouco perdida.
-E já sabes o que é que vais dizer-lhe?
-Não. Preciso que me ajudes. O que é que eu lhe digo?
-Se lhe dissesses a verdade era bom, não?
-Sim, eu sei, mas não quero que ele fique chateado comigo nem triste.
-Chateado? Porquê?
-Porque lhe vou dizer de uma vez para ele parar de me beijar e que não gosto dele dessa maneira.
-Desculpa, mas com isso vais fazê-lo rir. A quem é que tu queres enganar, Andreia Filipa? Ao Pápa, só pode, e mesmo assim não sei se o convencias. Tu ama-lo, Andreia! Podes para de negar, por favor?
-Mas negar o quê?! Negar, negar, negar o quê? Se eu já disse que gost, que não gosto dele é porque não gosto.
-Tens razão, tens razão. O que ias dizer primeiro é o que tu realmente sentes. Tens razão, desculpa - gozei, tentando apanhá-la em falso.
-Eu disse-te. Se é isso que eu sinto não há volta a dar e... Calma, o quê? O que eu ia diz... Não! É pá, tu és lixada! Uma pessoa não se pode enganar!
-Foi isso ou foi a boca que te fugiu para a verdade.
-Já chega, vai!
-Ahah, está bem. Olha, é verdade, obrigada pelo presente. Gostei muito.
-Eu sei que gostaste, eu vi-te a olhar para ela no outro dia, na montra.
-Obrigada - sorri.
-Olha lá, e o que é que está na pen que me oferecste?
-Depois vês.
-Oh, está bem. E gostei da carta, apesar deseres uma grande lamechas.
-Oh, deixa ser. Mas eu não fui assim tão lamechas, só escrevi o que é verdade.
-Está bem - riu.
-É verdade. Eu prefiro que me chamem lamechas, mas eu digo a verdade, agora, há aqueles que parecem uns grandes durões e só dizem mentiras.
-Está bem. Mas olha, em relação ao Rúben, ele veio a casa dos meus pai.
-Fazer o quê?
-Trazer umas prendas.
-Hm, e o que é que ele te ofereceu?
-O CD dos JLS ''Only Tonight - Live from London''



-Estás a ver, ele já te conhece...
-O pior nem foi isso.
-Então foi o quê?
-Ele ia-me beijando, outra vez.
-E tu ias deixar...
-A minha irmã apareceu mesmo a tempo.
-Se ela não aparecesse tu ias deixá-lo beijar-te?
-Não. Eu desviei a cara antes de ela aparecer. Só que se ela não aparecesse o Rúben ia insistir e ia começar a falar sobre o que aconteceu depois da Gala, e eu não queria.
-Hm.
-Hm o quê?
-Nada, nada. Estava só a pensar.
-A pensar no quê?
-Numa coisa que o Rodrigo me disse.
-Uma coisa que o Rodrigo te disse? Sobre o Rúben?
-O Rúben? Não - desmenti, apesar de na verdade ser exactamente sobre o Rúben. - E tu dizes que não e que não,mas a primeira pessoa que te veio à cabeça foi o Rúben.
-Oh, foi o Rúben porque estávamos a falar dele. Então e tu, como é que está a correr o jantar?
-Bem. Ao principio estava super nervosa, mas agora já estou bem. Os pais dele são super simpáticos e divertidos e a irmã dele também, apesar de no principio me ter pregado um susto.
-O quê? Ela pregou-te um susto? Explica lá isso.
-Quando eles cá chegaram ela estava com uma cara super séria e armou-se em irmã super protecionista, mas era só para me testar. Ela queria ver se eu ficava tão assustada e com medo e fugia, do tipo largava o Rodrigo, ou se mesmo com medo eu ficava ao lado dele.
-E a miúda assustou-te mesmo?
-A miúda chama-se Mariana. E sim, fiquei um bocadinho assustada, mas eu não ia arredar pé de perto dele de maneira nenhuma.
-Iiih, já defendes a cunhada e tudo - riu ela.
-Oh, ela é simpática. Acho que me vou dar bem com eles. Acho que aquela alegria e aquela maneira de ser são de família!
-Isso é bom, ainda bem que se dão bem. Então e o teu pai e a tua irmã, o que é que estão a achar?
-Eles? Já falam com o Rodrigo como se o conhecessem há muito tempo! E conspiram todos com piadas contra mim! O meu namorado aliou-se ao meu pai e à minha irmã para mandarem piadas e bocas contra mim!
-Ahaha, estás feita!
-Pois, pois estou. E a minha irmã diz que não quer sair daqui de casa. Ficou tão apaixonada pela casa que agora já não quer ir embora. E o Rodrigo disse-lhe que ela pode cá vir sempre que quiser.
-Ainda bem. Quer dizer, ainda bem que eles se dão bem. E o que é que eles acharam dos pais e da irmã do Rodrigo?
-Pelos vistos gostaram, e muito! Estão fartos de rir uns com os outros e falam-se todos muito bem, como se já fossem amigos antes. E a minha irmã não larga a Mariana.
-Bem, estou a ver que está a correr tudo muito bem, então. Eu disse-te que não precisavas de estar tão nervosa!
-Eu sei, só que os nervos apoderaram-se de mim.
-Ai, ai... Bom, mas vá, amanhã falamos. Volta lá para junto da família que eu vou fazer o mesmo.
-Amanhã, hoje, não é?
-Ou isso.
-Está bem - ri. - Então depois falamos. E pensa na parte da conversa que falámos do Rúben. Eu acho que devias dizer-lhe a verdade. E é a verdade que tu sabes que é a verdade, não a verdade que tu dizes que é a verdade.
-Vou pensar no vosso caso.
-Vosso?
-Teu e do Rúben.
-Ah. Mas é para pensares mesmo.
-Sim.
-Espero bem que sim.
-Está bem. Vá, olha, tchau, beijinhos.
-Beijinhos.
Ela desligou. Porque queria mais uma vez fugir à conversa.
-A conversa já terminou? - perguntou o Rodrigo, entrando na cozinha.
-Sim.
-E tá tudo bem com ela?
-Está. E se não estiver vai estar em pouco tempo.
-Cê tá falando do Rúben?
-Estou. Mas eu depois conto-te. Já demorei bastante tempo, é melhor voltarmos para a sala.
-Espera. Vem aqui - pediu, estendendo-me os braços. Fui até junto dele e ele abraçou-me pela cintura. - Vamo aproveitar um pouquinho... - sugeriu, dando-me um beijo. Eu encostei as minhas mãos no seu peito e continuei a beijá-lo.



-Desculpa, mas eu tinha mesmo qui vir aqui, gente - disse a Mariana ao entrar na cozinha. Eu encostei a cara no peito dele e sorri ligeiramente e ele olhou para a irmã, a sorrir também, mas sem me largar. - Eu não tou aqui, podem continuar. Já tou saindo, olha só! - disse a Mariana saindo da cozinha.
-Não precisa ficar envergonhada assim, cê sabe qui não há problema nenhum com eles. Eles ficam é felizes por ver a gente assim.
-Eu sei, mas fico sempre um bocadinho, não é.
-Tontinha. Não precisa, meu amor - sorriu e deu-me um beijo.
-Vamos lá para dentro, então? - perguntei.
-Vamo sim - respondeu. Colocou um braço à volta da minha cintura e encaminhámo-nos para a sala. O meu olhar cruzou com a irmã dele e esta sorriu-me. Os pais dele sorriram assim como o meu pai.
-Tanto tempo? O que é que estiveram a fazer? - perguntou a minha irmã.
-Ôh garotinha, não tá querendo saber demais, não? - respondeu-lhe logo a Mariana a sorrir.
-Não. Eles demoraram tanto tempo.
-Mas você nao qui sabe qu'qui eles tiveram fazendo. Isso é com eles.
-Tu sabes. Tu foste à cozinha e viste.
-Eu? Eu não tou sabendo de nada. Eu só fui na cozinha pegar o qui tinha pra pegar e vim embora.
-Viste sim!
-E si tiver visto? Não vou contar na mesma! - riu.
As duas continuaram a desconversar dessa maneira, sempre a rir.
-Então, tá gostando? - perguntou-me o Rodrigo.
-Muito. Amo a vossa energia e a vossa alegria.
-Ainda bem. Agora o qui você vai mais ter por perto é isso mesmo. Alegria. Eu tou muito feliz por tar com você. Muito mesmo. Ti amo - disse-me, fazendo-me uma festa no rosto e encostando a sua testa à minha. Ficou a olhar-me durante algum tempo e depois olhou de relance para os meus lábios.



-Ôh meu filho, cê pode beijar a moça logo! Não é por a gente tar aqui qui vocês não podem fazer isso! - disse o pai dele.
-Eu sei, pai. A gente já conversou sobre isso - respondeu o Rodrigo olhando para mim em seguida. Olhámo-nos durante um tempo e depois sorrimos.

sábado, 4 de agosto de 2012

Capitulo 19 (parte I)

Olá!
Peço desculpa pela demora a postar, mas mal tenho parado em casa!  Espero que gostem de mais este capitulo e deixem o vosso comentário! :)
E já agora, mais uma vez (desculpem dizer sempre o mesmo, mas gosto imenso de agradecer, pois é com os vossos comentários que sorrio e tenho maismotivação para escrever!), muito obrigada pelos comentários e visitas! :D
Beijinhos
Mónica

VISÃO ANDREIA

Depois da Mónica e do Rodrigo terem ido embora fiquei sozinha. E sentia-me sozinha. Sentia-me incompleta sem poder ouvir a vo... Não. O dia de Natal não era para pensar no... Dia de Natal é dia da família, Andreia Filipa! Não é para se pensar em pessoas que também têm Filipe como segundo nome e é importante para ti e... Porqueé que o Rúben não me sai da cabeça! Ele não é da tua família, por isso, trata de desamparar-me a cabeça e o juízo, Rúben Filipe! De repente o meu telemóvel tocou. Abençoada a pessoa que me fez sair desta confusão que me tinha prendido mentalmente!

 Ou então não... Era o Rúben... Não ia atender. Não conseguia e não podia, afinal hoje é dia da família... Pus o telemóvel ao meu lado, no sofá, deixando-o a tocar. Finalmente parou. Acalmei-me, mas fiquei a martirizar-me por não ter atendido a chamada. O telemóvel voltou a tocar. Olhei-o de esguelha, na esperança que fosse ele novamente, mas não era.
-Não consegues ficar sem falar comigo durante muito tempo ou só precisas de desapertar os nervos? - atendi.
-São mesmo os nervos - respondeu a minha melhor amiga.
-O que é que foi agora, M&M?
-O Rodrigo foi buscar os pais e a irmã...
-E os nervos já te subiram à cabeça!
-E se eles não gostarem de mim? Ou se a irmã dele implicar comigo?
-É pá! Mas tu importaste? Quantas vezes é que já falámos sobre isso?Eles vão gostarde ti sim! Não têm porquê não gostar, e se tu fazes o filho dele feliz é o que importa! E a irmã... A irmã é um ano mais velha que tu...
-Obrigada por me lembrares - ironizou.
-Oh, vocês vão e dar bem, vais ver.
-Achas?
-Já te disse que sim.
-Está bem... - respondeu, porém um pouco hesitante.
-E tira-me essa cara de ''o mundo vai acabar´´.
-Como é que sabes que cara é que eu estou a fazer se não estás aqui?
-E é preciso? Eu conheço-te, não preciso estar aí para saber as caras que fazes quando dizes as coisas.
-Está bem - riu.
-Vá, e agora desliga mas é, que daí a nada o Rodrigo está a chegar com os sogrinhos.
-Oh pá, não digas isso! - pediu meio a rir.
-Ahaha, está bem. Vá, Bom Natal, Boa Sorte e Muito Juízo - ri.
-Ahaha. Obrigada. Bom Natal para vocês também. E... da próxima vez que o Rúben ligar, atende. É Natal. Ele só vai desejar-te um Bom Natal...
-Hm-hm - respondi, pois tinha-me perdido quando ela disse o nome dele.
-Obrigada por me ouvires.
-Oh, sim, está bem.
-A sério.
-Sim.
-Adoro-te.
-Eu também te adoro, vá. Tchau.
-Tchau.
Desligou. A minha cabeça já estava a querer começar a divagar para o assunto Rúben, quando reparei nas horas. Tinha de ir espachar-me para ir para casa dos meus pais. Tinha prometido ajudar na cozinha. Subi até ao quarto, preparei as coisas para tomar banho e depois de já estar vestida agarrei no saco com as prendas que ia levar e juntei a que a Mónica me tinha dado, agarrei no telemóvel, nas chaves de casa e do carro e saí.
O jantar já tinha acabado, mas estavamos todos ainda à mesa, a conversar, enquanto não chegava a meia-noite. No princípio estava animada com a conversa e rimos um bom bocado, mas depois distraí-me a olhar para a televisão e quando dei por mim, a sensação de que me faltava alguma coisa já cá estava outra vez. De repente o meu telemóvel tocou. A primeira pessoa que me veio à cabeça foi o Rúben. E desta vez era ele. ''Da próxima vez que o Rúben ligar, atende. É Natal. Ele só vai desejar-te um Bom Natal...'' As palavras da minha melhor amiga vieram-me à cabeça... Não duvidava que ele me quisesse desejar um Bom Natal, mas sabia que ele iria tocar em outro assunto recente...
-Sim? - atendi.
-Andy!
-Rúben...
-Não me tens atendido o telemóvel, deixaste-me preocupado.
-Pois, mas não precisas de te preocupar, está tudo bem.
-Eu não acho que esteja. Acho que temos de conversar.
-Pois. Eu estava a pensar ligar-te, para te desejar um Bom Natal, A ti, à tua mãe e aos teus irmâos.
-Obrigado e para ti e para a tua família também. Mas não foi isso que eu quis dizer. Nós precisamos de conversar sobre o que aconteceu depois da Gala. - Calei-me. Como eu tinha previsto o assunto não era só o ''Bom Natal para ti, família e amigos''.
-Não acho que temos alguma coisa para esclarecer acerca disso.
-Eu não falei em esclarecer, eu disse conversar. Eu preciso de falar contigo.
-Rúben, é Natal, dá-me um desconto. Falamos depois - saí da mesa e fui para a cozinha.
-Dá-me um desconto tu, Andreia. Se não falarmos agora, só vamos voltar a falar quando tu decidires atender-me o telemóvel ou me deixares entrar em tua casa para conversarmos.
-Oh Rúben, não dramatizes!
-Ai é? Então porque é que não me atendeste o telemóvel durante este tempo todo?
-Não foi assim tanto tempo.
-Porquê?
-Não tem porquê. Não atendi e pronto.
-O teu ''pronto'' é fugir de mim.
-Não, não é.
-E eu sou o Pápa, Andreia Filipa!
-Rúben Filipe, não me chames isso! - ele deu uma grande gargalhada.
-Assim sim já reconheço a minha Andreia! - riu.
Vá, despacha-te lá a falar, Rúben
-Mudei de ideias. Vou falar contigo pessoalmente.Até orque ao telefone não tem piada nenhuma.
-Oh Rúben, nem penses que vens ter comigo agora!
-Só se prometeres que amanhã me abres a porta de tua casa.
-Oh Rúben...
-Promete.
-Pronto, está bem.
-Agora vê lá, não te esqueças. Prometes-te que me abrias a porta!
-Sim, Rúben, eu sei que prometi.
-Prometeste.
-Ai, que chato, pá! Já te disse ue sim! - ri. - Bem, eu tenho de desligar. Até amanhã.
-Tchau. - Desliguei.
Pronto, de amanhã não ia passar. E eu não sabia o que é que havia de dizer-lhe. Estava feita. Tão feita. Ou então ia ligar à Mónica. Ela tem sempre alguma coisa para me ajudar. Mas agora não. Mais logo. Voltei para a sala e sentei-me novamente à mesa, entrando na conversa que estavam agora a ter. Futebol.

VISÃO RÚBEN

Finalmente a Andy atendeu uma das minhas chamadas. Tentei falar com ela sobre o que se tinha passado depois da Gala, mas ela fugia sempre. Ao menos consegui fazê-la prometer que me abriria a porta de sua casa, no dia seguinte, para conversarmos. Mas mesmo assim não fiquei satisfeito. Eu tinha de vê-la. Tinha de ouvir a sua voz enquanto olhava para os seus olhos, muitas vezes colados ao chão. Para além de que tinha a prenda dela, assim como a da irmã e dos pais. Não aguentava estar mais esta noite sem ouvir a sua voz tão perto e ver a sua cara, nem que fosse a mandar vir comigo, quando eu fosse ter com ela. Peguei nos presentes, desliguei a televisão, vesti o casaco e pequei nas chaves de casa e do carro e saí. Fui até casa da minha mãe deixar as prendas dela e do Mauro e avisei que ia só dar um saltinho a casa dos pais da Andreia. Assim que cheguei ao portão respirei fundo. Depois entrei e toquei à campainha. Reconheci a sua voz no interlocutor.
-Quem é?
-É o Rúben, linda.
-Rúben?! Já não tinhamos combinado que só falavamos amanhã?
-Olha, uma pessoa já não pode armar-se em Pai Natal e vir entregar umas prendas! - brinquei.
-Prendas?
-Sim. Para ti, para a tua irmã e para os teus pais.
-Oh Rúben.
-Mas vais abrir-me a porta ou não? É que está frio aqui fora.
-Está bem...
Entrei e subi as escadas até à porta, que já estava aberta.


-Olá - sorri, ao chegar à porta e ver a Andy à minha espera.
-Não sei o que é que vieste fazer aqui a esta hora. São 23.30h, Rúben.
-Então, as prendas ainda chegaram a tempo. Para além de ue tu não me atendeste o telemóvel antes, ou atendeste?
-Não, mas disseste que conversavamos só amanhã.
-E láestás tu! Eu não vim aqui para conversar já, eu vim entregar as prendas.
-Não tenho tanta certeza.
-Pronto, está bem. - Dei um passo em frente e segurei o seu rosto com a minha mão direita, fazendo-a olhar para mim. - Também precisava de te ver... - começei a aproximar o meu rosto do dela, mas ela desviou-o.



-Mana, quem... Rúben! - ouvi a voz da irmã dela, a Adriana. Baixei a mão e voltei a recuar um passo.
-Olá pequenina, estás boa?
-Sim. O que é que vieste aqui fazer?
-Ele veio só entregar umas prendas. Levas lá para dentro, por favor amor? - disse a Andy à irmã, entregando-lhe o saco que tinha as prendas que eu tinha trazido.
-Está bem. Adeus, Rúben.
-Adeus pequenina.
A Andy encostou a porta e ficou de lado de fora comigo.
-Acho que é melhor ires embora, Rúben - pediu-me.
-Queres mesmo que me vá embora? É que a mim não me apetece muito ir.
-Quero - vinculou, com um nervosísmo notório, mal disfarçado pela força com que entoou a palavra. - Até amanhã, Rúben.
-Até amanhã, linda. E, espero que gostes do presente.
-Tchau - entrou em casa e fechou a porta. Saí a sorrir.
Por mais incoscientemente que ela tenha agido, no momento depois da Gala, era o inconsciente que me dizia a verdade, ajudado pelo nervisismo que sentia nela, sempre que falava comigo ou que estava junto a mim. Eu não lhe era indiferente de todo. Com sorte, ela desejava tanto ou mais que eu admitir isso mesmo. Eu só tinha de dar uns empurrõezinhos e puxar um bocado por ela. Ressei a casa e faltavam 10 minutos para a meia-noite. O Mauro e a nossa mãe estavam sentados no sofá a conversar anumadamente.
-O que é que foste a casa dos pais da Andreia fazer, maninho? - perguntou-me o Mauro, com um sorriso gozão.
-Entregar umas prendas - respondi, no entanto o sorriso que tinha desde que entrara no carro não desaparecera, apesar de não querer dar mais motivos ao Mauro para mandar bocas.


-Hm, prendas... Então e houve alguma entrega especial? - perguntou com o mesmo sorriso.
-Mauro, deixa o teu irmão sossegado! - interveio a nossa mãe. - Filho, onde é que está a toalha que ias buscar a tua casa? - perguntou-me.
-Ai mãe, ficou lá! Desculpa!
-Ai Rúben, essa cabecinha tem andado muito no ar! - resmoneou ela, mas sorriu-me levemente no fim.
-Desculpa mãe, a sério! Foi sem querer. Se quiseres vou lá agora num instante.
-Não filho, deixa estar. Vais lá amanhã.
-Está bem. Desculpa, a sério.
-Não faz mal. É só uma toalha. O que faz mal é teres essa cabecinha desnorteada, Rúben Filipe!
-Mãe... Esse nome...
-É o teu nome.
-Eu sei mãe, mas...
-Mas faz-te parecer um menino, não é? - riu o meu irmão.
-E tu não fales muito Maurinho, que eu sei que também não gostas que te chamem assim.
-Mãe... - reclamou ele.
-Toma! - ri. Ele resolveu-se responder com ações então mandou-me uma almofada. Falhou.
-Bem, é meia-noite, vamos aos presentes! - disse ele, levantou-se para ir até à arvore de Natal. - E a primeira vai para a mãe! - disse ele, estendendo um embrulho à nossa mãe.
-É o nosso presente para ti, mãe - disse eu.
-Mas depois cada um dá o seu também - completou o Mauro.
-Obrigada meus filhos.
Ambos sorrimos. Era tão bom ver o sorriso da nossa mãe...