sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Capitulo 32 (parte I)

Olá meninas!
Antes de tudo, espero que tenham tido um bom Natal, juntos dos que mais gostam e com tudo de bom! E pronto, agora deixo-vos aqui mais um capitulo!  Espero que gostem e deixem os vossos comentarios!
Besos

Visão Mónica
Depois do dia interminável, finalmente consegui dormir! O Rodrigo só me acordou para irmos jantar, o que não me apetecia fazer, mas após isso voltámos os dois para a cama e voltei a adormecer imediatamente.
 Faltavam cinco minutos para o meu despertador tocar quando acordei. Levantei-me calmamente para não acordar o Rodrigo e fui para a casa de banho tomar um duche. O dia anterior parecia um grande borrão na minha cabeça. Se me falassem de algo que fizera durante o dia, o mais provavel era não ter a certeza do mesmo. Assim que terminei fechei a água e apressei-me a enrrolar-me numa toalha. Ia abrir a porta para voltar ao quarto quando esta foi aberta pelo Rodrigo, que estava com uma cara completamente ensonada.
-Bom dia meu bem - disse-me, dando-me um beijo.

-Bom dia amor. Já acordado?
-Só pra vir no banheiro.
-Bem me pareceu - ri. - Vou-me vestir - disse, saindo e fechando a porta atrás de mim. Fui até ao armário escolher a roupa para vestir, e quando terminei de apertar o botão das calcas dei um salto que sucedeu um arrepio.
-Rodrigo! - reclamei. - Estás frio!
-Por isso que me abracei em você, pra você me aquecer! - sorriu, assim que me virei para o encarar.
-Para quem só tinha acordado para ir à casa de banho começas com as piadas muito cedo!
-Me desculpa se ver você assim que acordei me ajudou pra despertar!  - riu.
-Estás desculpado, agora deixa-me acabar de vestir e arranjar para ir tomar o pequeno-almoço e depois ir para a Faculdade! - Ele retirou as mãos do meu corpo e eu fui terminar de me vestir e arranjar.
-Não esquece que a Mariana não tá cá, ficou em casa do Mauro.
-Ai, obrigada por me lembrares que a viagem vai ser solitária!  - ironizei o agradecimento.
-Nem vai!
-Não?
-Não.
-Estás a tentar sugerir que me meta com as pessoas no metro ou que vá simplesmente a falar sozinha?
-Nem uma coisa nem outra, pode falar comigo!
-Tu vais dormir.
-Eu ia, agora vou te levar na Faculdade.
-A tua cara dizia mais que querias voltar para a cama - ri.
-Essa cara sumiu e esse cara tá querendo levar a namorada na Faculdade, pode?
-Claro que pode, mas ele que se despache que eu vou descer para tomar o pequeno-almoço!  - ri.
- Vou tomar um banho rapidinho e desço já já, tá bom?
-Se te despachares sim! - respondi sorrindo e pegando nas minhas coisas para levá-las para o andar inferior.

-Juizo, hein!
-Juizo?
-É. Eu tou vendo ai muito garoto bonito.
-Ah, não te preocupes, assim que sair do carro vou a correr ter com um dos meus colegas só para tu veres! - brinquei, ao que ele me lançou um olhar com uma esguelha de censura, porém o seu sorriso demonstrava a sua compreensão da minha ironia, coisa que não teria sido difícil de identificar. - Tosco - ri, dando-lhe um beijo entretanto.
-Eu sei que você me ama.
-Então se sabes, para quê o aviso desnecessário? - sorri.
-É, cê tem razão - riu. - Bom, melhor você ir pra não se atrasar!
-Sim, eu vou se não nunca mais! - dei-lhe um beijo de despedida e sai do carro, encontrando a Mariana pouco depois, tendo seguido com ela para a primeira aula do dia.

Depois de ter almoçado com a Mariana no refeitório da Faculdade apanhei o metro e segui para o Estádio, onde a Filipa já me esperava, junto com uma tarde de trabalho. E por mais cansada que pudesse estar, como no dia anterior, valia a pena. Só o facto de estar naquele Estádio, naquele recinto, naquele local que por si só já me envolvia com emoções lindas por ser o clube maravilhoso que era, ao presenciar a alegria e emoção daqueles a que acompanhava nas visitas, fazia valer ainda mais!
-E pronto, ja chegou a nossa hora! - disse a Filipa, assim que terminou a última visita e veio ao meu encontro.
 -Correu bem, hoje!
-Corre sempre!
-Claro, lapso meu, afinal é o nosso Estádio! - rimos.
-Bem e eu vou ligar já ao Rúben e vou-me despachar antes que ele começe a stressar!
-Ligar ao Rúben?  Mas ele vem buscar-te?
-Vem.Digamos que ele agora é o meu motorista particular, por impingimento do mesmo!
-E como é que isso funciona? - quis saber.
-Basicamente, o meu carro avariou e eu pedi ao Rúben para ir comigo na segunda até ao sitio onde ele ficou porque eu fui esperta e esqueci-me lá do telemóvel, e então o Rúben auto-proclamou-se meu motorista até eu poder ir buscar o meu carro.
-Hmm, muito me contas! E ele também ficou caladinho.
-Não te ponhas a inventar, é só o que te disse, mais nada.
-Está bem, pronto! - ri.
-O pior é que já lhe tinha dito que não lhe pedia mais favores e agora preciso mesmo de um favor dele!
-Liga ao Senhor Motorista que ele não te diz que não!
-Oh, não me gozes! Eu não queria pedir-lhe mais nada!
-Olha que nem estou a gozar, acho que ja deu para perceberes que o Rúben é o pai de todos e irmão de não sei quantas familias, e se ele se auto-proclamou como tu disseste é porque não lhe causa problema algum!
-É, tens razão. Eu vou indo, então! E tu tem atenção que agora que já repuseste o sono amanhã não é para repetir!  - brincou.
-A culpa foi da festa do Rúben! Mas não te preocupes que não volta a acontecer!
-Não sabia que a tua noite tinha mudado de nome, mas está bem! - riu. - Bem vou ligar ao Rúben e trocar de roupa!  - disse, seguindo caminho. Pouco depois también eu fui trocar de roupa e liguei ao Rodrigo para ele saber que já podia vir buscar-me.

Visão Rúben

Eram 19.10h quando a Filipa me ligou a dizer que já podia ir buscá-la ao Estádio. Em pouco tempo já lá estava à sua espera.
-Boa noite - cumprimentei-a, sorrindo, assim que ela entrou no carro.
-Boa noite, Rúben - sorriu-me de volta.
-Então, muito cansada ou nem por isso?
-Um bocadinho, mas nada que agora um banho, o jantar e a minha cama não resolvam!
-Ao menos vale a pena, não é?
-Claro que vale! - eu sorri em resposta e a conversa acabou por cessar, retornando depois da sua parte, interrompendo os locutores da rádio. - Rúben, eu sei que tinha dito que não te pedia mais favores, mas, eu precisava mesmo de um favor teu.
-Precisavas ou precisas?
-Preciso.
-Então diz!
-Eu não queria...
-Diz!
-Está bem. Eu ainda não acabei de fazer as mudanças cá para casa, mas este fim de semana tenho mesmo de terminá-las, porque a casa onde eu estava vai voltar a ser arrendada e a senhoria pediu-me para tirar de lá o resto das coisas, só que como não tenho o carro...
-Eu vou contigo, não te preocupes.
-Obrigada, Rúben. Eu não queria estar a abusar, mas preciso mesmo que alguém vá comigo.
-Já te disse que podes falar comigo quando precisares de alguma coisa, por isso não há problema!
-Tenho de começar a pagar-te os favores!
-Não é preciso.
-Mas eu quero!
-Então olha, eu agora contento-me com o jantar e a tua boa companhia!
-Eu não sou forreta - riu.
-Eu não sou exigente nestes contextos.
Poucos minutos depois chegamos a sua casa, na qual entrei para receber então o tal jantar.
-Estás com muita fome? - perguntou-me assim que entramos em casa.
-Alguma, mas não te preocupes que não sou esquisito!
-Ainda bem, mas achas que consegues esperar mais um bocadinho? É que eu preciso mesmo de ir tomar um banho para ver se me livro desta tensão nos ombros!
-Claro que espero, vai lá descansada!
-Obrigada Rúben!
-De nada.
-Eu prometo que é rápido!
-Está bem, mas olha, se a tua preocupação é que seja rápido, uma massagem resolvía já!
-Não me apetece marcar massagens agora, o banho e mais logo  a minha cama resolvem por hoje!
-Não precisavas marcar nada, caso não saibas, estás diante de um massagista nas horas vagas! - Ela riu-se-
-Ai é? Então e que tal indicar-me o seu Spa para alguma necessidade futura, Senhor Massagista?
-Não creio que vá a algum sitio sem mim nos próximos dias, por isso essa indicação não é necessária - rimos.
-Bem, eu vou tomar banho então, se não jantamos à meia-noite! Já sabes, estás à vontade! - disse, encaminhando-se lá para dentro. Eu sentei-me na sala, mas apenas durante alguns minutos. Levantei-me e fui até à cozinha. Agora é descobrir onde estão as coisas e o jantar pode adiantar-se...

Visão Filipa

Tentei ser o mais rápida possivel para ir adiantar o jantar, mas quando finalmente retornei à cozinha constatei que tal tarefa me tinha sido retirada, pois o Rúben estava en frente ao fogão, de avental, a tratar da nossa refeição, que se soubesse tão bem quanto cheirava, estaria muito boa!
-Deste com as coisas sozinho! - constatei, chegando junto dele.
-Não foi difícil. E espero que não te importes que tenha invadido a tua cozinha assim!
-Claro que não, até foi um favor que me fizeste!
-Era esse o objetivo, deixar-te sem nada para fazer!
-Enganaste que ainda há algo para fazer!
-Há?
-Sim, pôr a mesa!
-Oh fogo, eu sabia que faltava alguma coisa!
-Mas não te preocupes que eu trato já disso!
-Mas o suposto é não fazeres nada!
-O suposto era eu compensar-te pela tua ajuda, mas quem está a fazer o jantar, na minha casa, és tu!
-Está bem, pronto, deixa-te disso e vai pôr a mesa!  Mais dez minutos e o jantar está pronto! - Fui pôr a mesa e dez minutos depois estavamos a sentar-nos à mesa para jantar.
-Espero que esteja tão bom quanto cheira! - disse eu, pegando nos talheres. - Vamos ver se és o homem dos sete oficios! - E realmente parecia ser, porque estava mesmo bom! Elogiei tal facto e prosseguimos uma conversa convencional até ao fim da refeição. Quando terminamos levantamos a mesa e o Rúben arregaçou as mangas, já em frente do lava-loiça.
-O que é que vais fazer? - intervi.
-Lavar a loica - respondeu naturalmente.
-Olha eu não sei se a minha casa é parecida à tua, mas não és o homem desta para fazeres tudo!
-Não é parecida, mas apetece-me fazer!
-Então lamento desiludir-te mas essa tarefa já está destinada!
-A ti? Nem pensar, aproveita a tua noite de folga, se fazes favor!
-Por acaso não é a mim, é à máquina de lavar a loiça, por isso faz-me o favor de me fazer companhia na minha noite de folga! - Ele sentou-se comigo no sofá e após uma troca brevissima de palavras e passarmos todos os canais da televisão percebemos que não tinhamos nada de interessante para fazer.
-Podemos alugar um filme no videoclube - acabou por sugerir.
-Se lá houver algum interessante! - a ideia era agradável, o pior seria mesmo encontrar um filme de jeito.
-Então vamos lá ver! - Ele acedeu ao videoclube e vimos as opções. Ele deu-me a escolher, por isso enveredei pelo género romântico. O meu cansaço não estava a modo de permiti-me ver outro género.

-Para! - pedi, ao que ele acedeu. - Já sei qual quero ver!
-Qual?
-É a vida!

-Deixa-me ver o resumo - pediu, lendo-o seguidamente. - Pode ser, parece ser interesante. - Espera só um bocadinho que eu encontrei pipocas para fazer no microondas à bocado e vou fazê-las!
-Lá estás tu a querer fazer tudo!
-São só as pipocas!
-Não! Já fizeste o jantar, as pipocas vou eu fazer!
-E que tal um jogo para decidir quem faz?  É mais justo assim!
-Um jogo? - perguntei, confusa.
-Sim. Pedra, papel ou tesoura, sabes qual é?
-Sei... - respondi, com um sorriso que não sabia se definir como divertido, trocista ou simplesmente admirada. Não era bem uma novidade que o Rúben possuia um espirito jovem como ninguém, mas esta situação soou divertida.
-Então vá... - preparou-se, colocando um braço atrás das costas, gesto que igualei. - Pedra, papel ou tesoura! - esticamos os dois os braços de trás das costas, interpretando com a mão um dos objetos. - Pedra, ganhei esta vez!
-É à melhor de três!
-Claro! - sorriu, jocosamente. Tornamos a reposicionar o braço atrás das costas para o segundo round. - Pedra, papel ou tesoura! - Lancamos pela segunda vez as mãos à nossa frente.
-Tesoura! Toma, ganhei! - E a involuntariedade fez-me sentir criança. No instante seguinte desmanchei-me a rir de mim própria. Mas soube-me bem aquela sensção, por mais rápida que tenha sido.
-Calma campeã, à melhor de três!  - sorriu-me, enquanto retomavamos posições. - Pedra, papel ou tesoura! - E a criança em mim reavivou-se com o expressar do Rúben. - Papel!  Ganhei! - Uma crinça que não gostava de perder. E le vangloriava-se com um sorriso gigante. - Vou fazer as pipocas, volto num instantinho!
-Três minutos! - disse eu, resignando-me então no sofá.

Visão Rúben

Ganhei o joguinho e consegui que mais uma vez a Filipa não fizesse nada além de estar sossegada. Depois de as pipocas estarem feitas juntei-me a ela no sofá, que estava pronta para iniciar o filme. E foi de facto uma boa escolha. Era uma comédia romântica, e já estavamos fartos de rir! Certa altura tive de me levantar e ir à casa de banho! E quando ia a chegar à sala vi a Filipa tão entretida e apeteceu-me pregar-lhe um susto. Avancei devagar, sem fazer barulho e parei atrás dela soltando um grito, ao que ela reagiu com um guincho e um salto que originou pipocas pelo chão!
-Ai Rúben! Posha logo  agora que ela ia dar uma chapada na mão da assistente para ela não comer o bolo! - Depois olhou para o chão. - E já viste o que é que me fizeste fazer? Olha para o chão cheio de pipocas!
-A intenção era só assustar-te, desculpa, eu limpo! - ri, dirigindo-me para a sua frente.
-Não, deixa, eu limpo! - contra-argumentou, baixando-se ao mesmo tempo que eu.
-E porque é que eu não posso limpar?
-Olha, porque fui eu que espalhei tudo!
-E fui eu que te preguei o susto!
-Mas importas-te de parar? A culpa foi minha que... - reclamou, erguendo o rosto para me encarar, com uma expressão repreendedora. No entanto tal bravura desapareceu dos seus traços assim que nos deparámos com tamanha proximidade entre os nossos rostos. E sem quase conseguir pensar, juntei os meus lábios aos dela.


E ao mesmo tempo que o fiz senti um formigueiro percorrer-me vagarosamente o corpo. Já fazia algum tempo que não beijava ninguém, visto a minha namorada estar em outro continente e não a ver desde o inicio de Janeiro, e estava a ser tão bom... apesar de errado.
-Desculpa, acho que... Desculpa, foi a carência... - desculpei-me, levantando-me.
-Tudo bem... - sorriu levemente, levantando-se também.
-Bem, onde é que estao a pá e a vassoura?
-É o aspirador, Rúben. E não te preocupes que eu trato disso.
-Está bem, pronto - aceite. E tornei depois a falar após uma hesitaçãozinha. - Bem, se calhar eu vou andando, também já está a ficar tarde...
-Sim, tudo bem, eu também me vou deitar.
-Bem então... estamos bem, não estamos? - perguntei.
-Claro que sim!  - sorriu.
-Ainda bem! - hesitei novamente. Mesmo com a resposta dela que me parecia verdadeira em relação a estarmos bem, sentia-me estranho. - Bem então vou-me embora - peguei no meu casaco e vesti-o enquanto ela me acompanhava à porta. - Então até amanhã, à mesma hora aqui.
-Até amanhã - sorriu. E entre o rápido movimento de me despedir dela com dois beijinhos, cruzei o meu olhar com o seu, e o sentimento esquisito permaneceu, causando-me um arrepio. De seguida voltei costas e dirigi-me ao meu carro, ainda atordoado pela sensação, destinando a minha casa.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal!

Olá meninas!
Quero desejar-vos um Feliz Natal, junto dos que mais amam, no quentinho do calor da familia, com muita alegria! Que recebam muitas prendinhas, mas sobretudo muito amor, paz, saúde e alegria!
Besos, e novamente feliz Navidad!  <3