Olá!
Bem,
deixo-vos aqui mais um capítulo, com o tão esperado momento entre o Rúben e a
Andreia! Espero que corresponda às vossas espectativas!
Queria
também pedir-vos imensas desculpas pela demora em postar, mas tenho andado com
uns problemas em casa e para além de na maior parte das vezes não ter tempo,
quando o tenho não tenho muita cabeça para escrever, desculpem!
Em relação
ao próximo capítulo, não sei quando vou conseguir publicá-lo, porque não quero
‘’estender mais a corda’’ cá em casa de modo a deixar as coisas pior, mas
prometo que vou tentar o mais rápido que conseguir. Espero que compreendam.
Beijinhos*,
espero que gostem e deixem os vossos comentários!
Mónica
(visão Andreia)
Ele calou-se. Para recuperar o fôlego e também para
ouvir o que eu tivesse para dizer, quer fosse bom ou mau, pois ele já estava
preparado para tudo. Provavelmente o que ele estava mais a contar seria uma
sequência de negações e rejeições seguidas de um ‘’convite’’ para deixar a
casa. Era o que ele já estava habituado. Mas desta vez o evidente e habitual
não aconteceria. Enquanto ele falava eu ouvia atentamente. Seriam mais palavras
para guardar. Mais uma declaração para colecionar. Não tinha nada a dizer-lhe.
Tudo o que eu poderia ter dito já ele tinha dito pelos dois, por isso, as
palavras eram dispensáveis neste momento. Haviam coisas mais urgentes a ser
feitas. Levantei-me da cama e fui na sua direção, enquanto ele me olhava, algo
expectante. E o momento seguinte foi o ponto de viragem. Foi onde tudo começou
numa nova fase, sem esquecer o que antecedeu, onde o coração venceu a guerra
com a razão e a teimosia. Mal me encontrei suficientemente perto lancei-me nos
braços do Rúben e beijei-o.
Beijei-o com tudo. Com o desde sempre que poderia
ter já acontecido há muito. A dor tinha-me arrasado, mas desta vez não ia
deixar que o medo me consumisse. Não mais. Deixei que todo o amor que prendia
dentro do meu peito se libertasse, e mostrasse ao Rúben que confiava nele, que
acreditava que a felicidade era novamente possível, ao lado dele. E foi o
melhor que fiz. O Rúben abraçou-me com toda a sua força e beijou-me
intensamente, ao mesmo tempo que girávamos. Acabamos por para um instante para
recuperar o fôlego.
-Tens a certeza que era isto que queria fazer, não
tens Andy? Não te enganaste?
-Tenho. Eu cansei-me. Cansei-me de lutar contra tudo
isto, com esta coisa tão boa. Eu quero ser feliz contigo.
-Acabaste de tornar-me o homem mais feliz do mundo! –
sorriu imensamente, para em seguida voltarmos a unir-nos num longo e intenso
beijo. Pouco tempo depois voltamos a separa os nossos lábios. – Andreia,
promete-me que a partir de agora vai ser diferente, promete-me que vamos
permanecer os melhores amigos que sempre fomos, acima de tudo, e que apenas
deixemos correr as coisas normalmente. Eu amo-te, tu mais que tudo tens a
certeza disso, mas não quero apressar nada. Quero ir ao ritmo que for melhor
para ti.
-É claro que continuamos a ser os melhores amigos que
sempre fomos! Eu acima de tudo confio em ti. E, eu vou fazer melhor que isso,
Rúben, eu quero que tu me ensines, quero que me ensines de novo o que é o amor,
à tua maneira, com os argumentos e as desculpas que quiseres, apenas quero que
me ensines. Já perdemos muito tempo – respondi. Ele sorriu mais uma vez,
assentiu e voltamos a beijar-nos. E depois o amor guiou-nos. O Rúben guiou-me.
Deitámo-nos em cima da minha cama enquanto o beijo se ia complexando a cada
minuto. Senti as mãos do Rúben descerem, leves e calmas, pelo meu corpo. E
desta vez o meu coração disparou, mas não com a intenção de ter uma reação
protetora. A reação era de alegria para o meu coração, era uma vontade de amor
desmedida e descontrolada, que apenas me fazia bem. Queria mais que nunca
juntar-me, unir-me ao Rúben. E foi isso que aconteceu. Aos poucos, o fervor no
nosso corpo aumentou, acelerando as nossas respirações. As roupas que tínhamos
no corpo aos poucos foram saindo. E confesso, assim que vi o seu tronco
desnudado, um peito tonificado, um corpo fantástico, arrepiei-me. Talvez fosse
demais para mim.
-Também tens certeza disto? – perguntou-me. Eu olhei-o
e um arrepio voltou a percorrer-me.
-Tenho.
-Não tens de fazer algo que não queres. Não vou
obrigar-te a nada.
-Rúben, há muito tempo que quero estar nos teus
braços. Eu não tenho dúvidas.
-Então porquê os arrepios?
-Porque… pareces demais para mim – confessei. Eu deu
uma breve gargalhada.
-Demais? Tu mereces alguém que seja tão bom quanto tu,
alguém que esteja ao teu nível, e, desculpa, não estou a querer fazer de mim
mais do que sou, mas acho que eu sou quem tu precisas. Somos perfeitos um para
o outro.
-Eu sei, só te quero a ti, mas ao ver-te assim,
pareces demais para mim.
-Podes ter a certeza que não sou. Mas se tens assim
tantas dúvidas, vamos esclarecê-las – respondeu, aproximando-se de mim
novamente. Deixei de lado o ‘’demais para
mim’’ e deixei-me levar pelos beijos e pelos toques daquele elouquente
homem.
Visão Rúben
-Então, ainda achas que sou demais para ti? –
perguntei, fazendo pequenas festas no seu cabelo, enquanto ela se encontrava
encostada no meu peito deixando pequenos carinhos no mesmo.
-Não, já não. Completas-me. És perfeito, só isso! –
sorriu, olhando para mim. Era um sorriso tão grande. Um sorriso que já não lhe
via há muito tempo. Um sorriso que me fez sorrir ainda mais.
-Eu disse-te! – ri.
-Pois disseste – sorriu.
-Esperei tanto por isto. Esperei tanto que dissesses
que também gostas de mim – suspirei.
-Rúben, eu não te disse isso.
-O quê? Quer dizer, não disseste exatamente, com as
palavras todas, mas, quer dizer, o que se passou agora entre nós foi…
-Rúben – interrompeu-me.
-Hã?
-Amo-te. – Apanhou-me de surpresa, mas deixou-me com
um enorme sorriso na cara. Ela tinha finalmente dito a palavra. E estava
consciente. Ela sabia que estava a dizê-lo.
-Disseste-o – constatei.
-Eu sei que disse. É o que sinto. Amo-te Rúben Filipe
Marques Amorim!
-Eu também te amo! – sorri, dando-lhe um beijo.
-Ficas cá, ou tens de te ir embora?
-Não, hoje estou por tua conta. O jacto privado que me
deu boleia teve de voltar.
-O quê? O jacto privado? Tu vieste de jacto para aqui?
Como?
-Claro que vim! Queria cá chegar o mais rápido que
conseguisse. Aliá, eu tinha que chegar cá o mais rápido que conseguisse. Eu falei
com o Rui Costa e ele arranjou-me um que me desse a boleia imediata.
-O Rui? Oh meu Deus, o Rui sabe?
-Ele não sabe que és tu, só sabe que vim atrás da
mulher da minha vida – sorri.
-A mulher da tua vida…? – perguntou um pouco
embaraçada.
-Sim. Tu és a mulher da minha vida, e eu não estava
disposto a perder-te, por nada – respondi seriamente, dando-lhe um beijo algo
mais intenso.
-Desculpa – pediu, olhando-me diretamente.
-Desculpa porquê? – perguntei confuso.
-Por te ter feito passar tanta coisa. A minha teimosia
foi maior do que o que sinto. Fiz-te sofrer desnecessariamente.
-Não tens de pedir desculpa. Eu percebo-te, eu sei por
tudo o que passaste, contaste-me, lembras-te? Eu percebo-te, não te preocupes.
E a pessoa a quem tens de pedir desculpa é a ti própria.
-Obrigada Rúben. Obrigada por teres sido tão
persistente comigo, obrigada por não teres desistido daquilo que sentíamos.
-Do que sentimos – corrigi. - E para de me agradecer.
Estamos juntos agora, é isso que importa.
-Então pronto, ficas cá hoje, não é?
-Fico. Quer dizer, o teu primo e a namorada não estão
cá, pois não?
-Não, não te preocupes, eles ainda estão na Polónia. E
por falar nisso, a Mónica?
-A Mónica deixou-nos sozinhos – sorri. – E não sei a
que horas é que volta.
-Oh meu Deus, aquela rapariga…
-Aquela rapariga é uma grandessíssima melhor amiga!
-Se é. Ela ajudou-me tanto, insistiu tanto no que
sinto por ti, insistiu tanto em nós…
-Pois foi. Ela esteve sempre do nosso lado, ela e os
nossos amigos.
-Temos sorte em ter amigos assim.
-Foram a nossa sorte, muitas vezes! Ah, tenho uma
coisa para te contar. Eles contaram-me quando e voltei para dentro, depois de
tu te teres ido embora.
-Conta!
-O meu irmão e a Mariana namoram!
-A sério?
-Sim. Bem, se tu visses o brilhinho nos olhos deles,
quando me deram a noticia! Eles estão mesmo felizes!
-Ainda bem, eles merecem.
-Bem e olha, acho que a Mónica teve uma mãozinha
naquilo, acho que ajudou a Mariana.
-Oh, claro. Bem pelo menos começaram a dar-se logo
bem, isso é bom. É a irmã do namorado dela, convinha que se dessem bem.
-Eles dão-se todos bem. Nós somos como que um
acréscimo da família, não há como nos darmos mal.
-Pois é.
-Bem meu amor, desculpa se estou a estragar alguma
coisa, mas é que, já estou a ficar com fome.
-Oh Rúben, só tu! – riu.
-Desculpa, mas estou mesmo. Saí de casa a correr,
literalmente, e o dinheiro que eu tenho na carteira aqui é inútil.
-Vieste mesmo à pressa!
-Para vir atrás de ti larguei tudo.
-Vamos comer, então. Não quero aturar a tua má
disposição por causa da fome!
-Agora nem a fome me põe mal disposto! – sorri.
Levantamo-nos e acabámos por partilhar um duche rápido
antes de irmos comer.
Como correrá a partir de agora a relação destes dois?