segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Capitulo 25 (parte I)


Olá! :D
Antes de mais, peço desculpa pela demora em postar, mas fiquei doente :c
Mas bom, deixo-vos agora aqui o capitulo, um pouco maior para compensar, o último deste ano!
Agradeço sem fim todas as vossas visitas, todos os vossos maravilhosos comentáruios, que tantas alegrias me dão e continuam a dar! Sem vocês, nada disto seria possivel, por isso muito obrigada, pois vocês são a causa e o motivo para que escreva a cada dia com mais amor e dedicação!
E como este é o último capitulo deste ano, desejo-vos um Bom Ano Novo! Junto dos que mais amam, aproveitem, divirtam-se e que entrem com o pé direito, esquerdo, ou com os dois, desde que vos traga um ano bem bem melhor que o de 2012!
Muito obrigada por tudo!

Muitos beijinos*, e já agora, não se esqueçam de deixar os vossos comentários! :D

Mónica



(Visão David)

Assim qui o manz soube qui a Andreia tava melhor ele correu me avisando e eu tava sabendo dos passeios deles, porqui o manz me contava tudo. E apesar de ela já tar boa não falou nada pra mim, por isso decidi ir na casa dela e da Mónica. Assim qui estacionei vi o Rodrigo e a Mónica saindo do carro dele.

-Ôh gente! – chamei, saindo do carro e indo ter com eles, na entrada de casa. – Oi!

-David! – sorriu a Mónica.

-Oi! – cumprimentou o Rodrigo.

-Tudo bom com vocês?

-Tudo! O que é que estás aqui a fazer?

-Vim ver uma certa minina qui ficou doente e qui agora qui já tá boa não diz nada pra ninguém! – ri.

-Ah, está bem – sorriu a Mónica. Colocou a chave e abriu a porta. – Entrem. – A gente entrou na sala. – Eu vou só beber água à cozinha e já vejo se ela ainda está a dormir – disse ela, se dirigindo prá cozinha.

-Tá bom, a gente espera – respondi. – Então, como qui vocês tão indo? – perguntei pró Rodrigo, apontando com a cabeça prá cozinha, referindo a Mónica.

-Muito bem – sorriu.

-É assim mesmo! E tem tado com o Rúben?

-Tenho.

-Então cê sabe dos passeios e tudo mais qui ele tá fazendo com a Adreia, pra recuperar a confiança dela, né?

-Sei. Ele até pediu pra mim pra eu tirar a Mónica de casa ontem, prá Andreia não poder arranjar desculpas pra não ir com ele.

-O manz pensa em tudo!

-É, pensa sim. Tudo pra voltar a ficar bem com ela.

-Ele ama demais ela pra se dar ao luxo de perder a amizade dela, qui é a única coisa qui ela tenta mostrar qui tá disposta a dar.

-Mas isso é o qui ela mostra.

-Não é qui todo mundo ainda não tenha percebido qui tem mais, mas…

A gente ouviu vozes vindas da cozinha e percebemos qui as duas tavam lá.

-Pelo visto as duas já tão na cozinha – disse o Rodrigo.

-É. Vamo lá ter com elas?

-Vamo.

Nos levantámos do sofá e nos dirigimos prá cozinha. Quando tavamos chegando eu ouvi ela falando o nome do Rúben.

-Qu’qui tem o manz? – perguntei, entrando, dando uma beijo na testa da Andreia e me sentando na sua frente, na mesa da cozinha.

-Nada, o Rúben não tem nada – respondeu ela. – E já agora, o que é que vocês estão aqui a fazer? – perguntou pra mim e pró Rodrigo.

-Eu vim trazer a Mónica e dizer um Oi pra você – respondeu ele, se colocando do lado da Mónica. Eu falei qui vim como qui ela tava visto qui ela não tinha dito nada pra mim e disse qui tava contente qui ela e o Rúben tivessem bem de novo, porqui  tava ficando impossível ver eles do jeito qui tava.

-Agora é difícil é aturar o Rúben falando de você a toda hora e dizendo qui tá super contente por voltar a tar numa boa com você! Mas isso até dá gosto de aturar! – ri. Ela pareceu ficar meio envergonhada. De repente recebi uma mensagem.

De: Manz:

Olá manz! Olha eu tive uma ideia muito boa para a Passagem de Ano, mas preciso que venhas ter cá a casa para falar contigo sobre isso. Vem assim que possas, e não te preocupes que eu dou-te almoço! Ah, e não digas nada à Sara e assim, por favor. Até logo.

Quando eu tava abrindo a mensagem o Rodrigo recebeu uma também. Terminei de ler e olhei discretamente pra ele, qui olhou pra mim do mesmo jeito.

-Eu preciso ir – disse ele, colocando o telefone no bolso. – Amor, eu depois ti ligou ou passo aqui por casa, tá bom? – deu um beijo na Mónica.

Eu aproveitei a ocasião e disse qui também tinha umas coisas pra tratar. Nos despedimos delas e saímos.

-Você também recebeu uma mensgem do Rúben? – perguntei pra ele.

-Recebi.

-Eu tou indo pra lá agora, e você?

-Também.

-Tá bom, então vamo. Mas cada um no seu carro. É qui elas não pareceram muito convencidas.

-é, elas desconfiaram sim. Mas depois eu dou um jeito com a Mónica.

-Tá bom, vamo então.

Peguei no carro e segui pra casa do Rúben. Eu e o Rodrigo chegámos ao mesmo tempo. O Rúben veio abrir a porta pra gente.

-Olá! – cumprimentou a gente.

-Oi manz!

-Oi Rúben!

Entramos e fomos prá sala.

-Demoraram pouco tempo a chegar – comentou o manz.

-A gente tava na casa da Andreia e da Mónica – respondeu o Rodrigo.

-Ah. Mas elas não sabem o que é que vocês vieram aqui fazer, pois não?

-Não manz, descansa. Elas nem sabem qui a gente veio pra sua casa.

-Mas elas ficaram desconfiadas de alguma coisa – acrescentou o Rodrigo.

-Hm… Bem, mas sentem-se que eu quero contar-vos a minha ideia.

A gente sentou.

-Então fala aí! – pedi.

Ele começou falando prá gente, todo entusiasmado, qui ele quiria fazer uma mega festa, com o plantel do Benfica e o da Seleção de Futibol de Portugal e o Rodrigo falou qualquer coisa sobre convidar uns três ou quatro jogadores do Sporting, o qui o Rúben aceitou. A gente foi acertando pormenores, propusemos locais e chegámos a um consenso sobre os DJ’s qui a gente quiria. Um plano muito bem estruturado, muito legal pra gente passar o final de Ano, mas o manz não tava planejando tudo isso só porqui ele quiria tar com todo mundo. Também era isso, mas o principal ele não tinha mencionado. Nem precisava. Eu conheço ele há muito tempo pra perceber sozinho.

-Bom, já tá tudo combinado, então eu vou indo – disse o Rodrigo.

-Vais ter com a namorada, não é? – riu o manz.

-Vou sim! Ela tá me esperando e vou aproveitar e falar pra ela dessa festa. Assim ela vai poder levar a prima dela e aí…

-E aí? Fala qui eu tou gostando! – zoei.

-E aí eu já falei demais!

-Ah, não falou nada! Cê tá entre amigos!

-Eu sei David, mas o assunto não é meu por isso eu não posso falar.

-Mas tem a ver com a prima da Mónica, não é? – tentou o ARúben.

-Nem vem Rúben! Eu não posso e não vou falar nada!

-Tá bom, a gente entende.

-Brigado! Bom, eu vou indo então. Tchau gente.

-Tchau – respondemos eu e o Rúben.

-Agora nós – disse eu pra ele

-Agora nós? É pá, não te declares já que eu ainda não estou preparado!

A gente riu.

-Eu tou falando sério, manz. Preciso falar uma coisa com você.

-Ok. É sobre a Sara? Por falar nela, onde é que ela está?

-Ela teve qui ir na casa dos pais.

-Ah, está bem. Então é sobre o quê?

-É sobre você.

-Sobre mim?

-Sobre essa festa qui a gente vai fazer.

-O que é que tem? Achas alguma coisa mal?

-Não sei se tenho qui achar.

-Não sabes? Como assim?

-Essa festa não é só pra tar com todo mundo, né? – ele tentou fazer uma cara de desentendido. – Ah, não disfarça manz, eu conheço você. Tou com medo é do qui você vai fazer com a Andreia.

-Está descansado.

-É. Descansa, eu sei o qui eu tou fazendo, não se preocupa… Sempre a mesma coisa, e depois acaba dando tudo errado!

-Aí David! Até parece!

-Até parece? Quer tomar mais um susto, é?

-Não.

-Então toma cuidado!

-Ela disse que me ama, David.

-Ela o quê?! – saltei no sofá, completamente surpreendido.

-Ela disse que ama.

-Cê tá zoando comigo, né Rúben?

-Não.

-Não? – Já não tava entendendo nada!

-Não, não estou. Ela disse.

-Mas ela disse qui ti ama tipo assim?

-Não foi tipo assim, obviamente. Mas há-de ser.

-Mas então como qui foi? Já não tou entendendo nada manz!

-Quando ela agora ficou doente eu fiquei a cuidar dela.

-É, eu já sei.

-Então, durante a noite, a Mónica e o Rodrigo tinham ido para casa dele, e eu voltei a subir para o quarto e ela chamou-me.

-Ela ti chamou? Mas então ela sabia qui cê tava cuidando dela? É qui eu pensei qui não.

-Não, não sabia. Ela estava a delirar.

-Ah, já entendi tudo!

-Posso acabar?

-Pode!

-Ela estava a delirar, como te disse, e pediu para eu não me ir embora, que ela precisava de mim, e disse que me ama.

-Tinha qui tar mesmo delirando, né?

-Eu sei que ela estava a delirar e por isso mesmo o consciente dela não conseguiu evitar que ela me dissesse a verdade. Acho que quando ela não está consciente dos atos, consegue dizer mais facilmente a verdade em relação ao que sente do que quando está consciente – comentou ele.

-Cê sabe qui ela é difícil!

-Se sei! Mas não é por isso que vou desistir. E depois disto não desisto mesmo!

-Mas e então será qui cê pode contar pra mim o qui é qui cê tá pensando fazer com a Andreia, ou vai guardar segredo? - perguntei, brincando.

-Desta vez vou guardar segredo.

-Sério?

-Sim. Desculpa lá mano, sabes que confio em ti e assim, mas prefiro guardar para mim. Não quero que ninguém me estrague os planos. Isto tem de correr bem.

-Tá bom, cê qui sabe, mas toma cuidado, por todos. Mas principalmente por vocês dois, hein?

-Sim mano, eu sei, obrigado pela preocupação.

-Bom, tá quase na hora de almoço. Qu'qui a gente vai comer?

-Ainda não pensei. Vamos até à cozinha ver.

-Tá bom. E depois a gente podia jogar uma partidinha de playstation! Há muito tempo qui eu não dou uma coça em você! - sugeri, zoando e dando umas pancadinhas no ombro do manz.

-Ahaha, isso é se eu deixar, oh cara de cú!

-Vai ver só seu babaca! Vou colocar seus bonecos pra comer relva no campo!

A gente correu pró sofá e pegou nos comandos da playstation pra começar jogando.

 

(visão Rodrigo)

Depois do almoço com o Zach, qui correu muito bem, decidimos ir passear e ela pediu prá gente ir até Cascais. Fomos prá Praia da Conceição e enquanto tavamos andando fomos conversando e ela me contou qui sempre gostava de vir nessa praia e qui lembrava as tardes qui ela vinha passear  com a mãe dela.

-Cê pensa muito nela? - perguntei, me refirindo à mãe dela.

-Muitas - respondeu, olhando o horizonte, meio que distante.

-Mas não vai ficar triste agora, vai? - perguntei, meio com medo. Eu sabia qui era um tema sensível e não queria ter colocado ela triste por falar na mãe dela. Não é nada fácil não ter a nossa mãe nunca mais do nosso lado, e quando não se tem, dói, e não deve ser pouco...

-Não, não vou! - me sorriu abertamente, olhando pra mim. Eu sorri pra ela também, apertei ela num abraço contra o meu corpo e dei um beijo no rosto dela. Admirava a minha namorada nisso. È preciso ser muito forte pra aguentar todos os dias a falta permanente de uma mãe. Mas a minha minina é forte, porque ela suporta tudo isso e tem quase sempre um sorriso na cara pra oferecer. A gente continuou andando e conversando sobre outros assuntos até qui ela parou e ficou observando uma garota qui tava de costas na nossa frente. Pediu pra eu esperar um pouco e foi ter com a garota. Pelo visto elas se conheciam, porqui a garota mal olhou prá Mónica se jogou nos braços dela a abraçando. Elas começaram conversando sempre sorrindo e fazendo caras engraçadas. Me deixei ficar onde tava pra deixar elas conversarem e entretanto  um fã chegou junto de mim, me pedindo um autógrafo e uma foto. Chegaram mais fãs pedindo a mesma coisa, e quando eu tava terminando de dar o último autógrafo, a minha namorada me chamou.

-Amor! – entreguei o autógrafo e reparei que o rapaz qui o tava recebendo ficou olhando prá gente, admirado. Levantei a cabeça pra olhar prá Mónica, qui vinha pra junto de mim com a garota qui ela tinha ido falar e o rapaz foi embora. – Queria apresentar-te a minha prima Margarida – apontou pra garota. – Amor, é o meu  namorado, o Rodrigo – falou prá prima, apontando pra mim. Eu e a prima dela nos cumprimentamos.

-É impressão minha ou você chamou a sua prima de amor?

-Chamei. Porquê?

-Porqui eu pensei qui só eu qui era o seu amor… - sorri, meio triunfantemente pra ela.

-Ah, desculpa amor, mas não és o único amor da minha vida – sorriu.

-Claro! Tu não vives sem mim! – riu a prima dela.

-E tu sem mim, oh!

-Eu não disse que vivia sem ti!

Elas riram e eu sorri, vendo a maneira como elas se davam. Era uma maneira muito especial, muito bonita de ver.

-Mas é óbvio que tu és o meu amor – falou a minha namorada, entrelaçando as nossas mãos. – Amo-te de maneira diferente da maneira que amo os outros.

Eu sorri e ela também, e ficámos no comunicando assim uns segundos. Depois ela retomou a conversa com a prima, sem soltar as nossas mãos, mas eu tive qui soltar porqui apareceu um fã me pedindo um autógrafo. A Margarida perguntou alguma coisa prá Mónica, falando baixo, no entanto eu ouvi um nome e sorri. A minha namorada reparou quando olhou pra mim e me lançou um olhar qui eu entendi como um pedido pra parar  de sorrir, pedido esse qui eu atendi.
 
 Pouco depois ela falou qui a gente ia andando, visto qui a amiga da prima dela tava chegando. Elas as duas começaram falando qui tinham de combina alguma coisa e quando a Mónica falou qui quiria me apresentar ‘’pra todo mundo’’, nesse caso, a família dela, ao mesmo tempo, o meu coração acelerou só de ouvir.

-Tchau Margarida. Gostei de conhecer você! – me despedi.

-Eu também gostei de te conhecer! Afinal até és engraçadito! – riu ela, se despedindo.

-Se isso era um elogio, obrigado – agradeci, meio confuso. Ela riu.

-Então vá, adeus amor! – disse a minha namorada pra ela.

-Adeus sweetie! – mandou um beijo pró ar e a gente se virou prá frente, voltando a caminhar.

-O qui é qui foi aquilo do ‘’engraçadito’’? – perguntei, tentando me esclarecer e pegando a mão dela ao mesmo tempo. Ela me explicou, mas a gente continuou conversando até qui a conversa já era tão parva qui a gente terminou rindo daquilo. Eu sugeri qui a gente fosse sentar e ela concordou, então a gente caminhou até à beira-mar e sentamos. Ela se encostou no meu peito. Perguntei se ela tava mesmo pensando  em me apresentar prá família dela.

-Claro. O pior já tu fizeste.

-O quê, conquistar você? – sorri.

-Oh, não. Conhecer o meu pai e a minha irmã.

-Ah tá…

-Já vais começar com a insegurança?

Eu falei qui não era insegurança, mas acho qui no fundo era um pouquinho sim.

-E se eles não gostarem? – perguntei.

-De quê?

-De ver a gente junto. De mim.

-Eu gosto – respondeu prontamente.

-Você eu sei, mas e eles?

-Ai Rodrigo, chega disso! – pediu, se virando de frente pra mim. - Os bons momentos fazem-se com coisas simples – falou ela, depois de ter voltado a se encostar no meu peito, depois de a gente ter começado um momento de troca de palavras boas de ouvir. Mas eu acabei estragando esse momento porqui fiquei com fome, no entanto ela não ficou chateada e a gente foi até ao Centro Comercial qui havia lá perto, pra lanchar. Lógico qui não me livrei de mais fãs, mas nem assim a gente saiu tão cedo de lá. Fomos  passear por lá e só depois acabámos descendo até ao estacionamento pra entrar no meu carro e seguimos pra minha casa.

-Ah! Estou cansada! – exclamou ela, sentando no sofá.

-A gente passeou o dia todo, e a praia dá moleza na gente – sentei junto dela no sofá.

-Pois dá.

-A gente é qui podia ficar dando mole agora… - sugeri, abraçando ela.

-Está bem, mas não por muito tempo. Daqui a pouco preciso que me leves para casa.

-Então a gente só fica aqui mais meia hora? - perguntei, desanimado.

-Sim.

-Ah, não vai. Fica comigo hoje - pedi, dando pequenos beijos no seu pescoço, tentando persuadir ela.

-Hm...

Só faltava um pouquinho...

-Por favor... - pedi, com um mesmo tom qui eu sabia qui ia resultar.

-Está bem, pronto, eu fico.

-Boa! - sorri.

-Mas então deixa-me ligar à Andy a avisar.

-Manda mensagem, é mais rápido.

-Custa-te assim tanto ouvir-me a falar com ela ao telefone nem cinco minutos?

-Não, custa é ter de esperar pra beijar você de novo - sorri, esperando qui passasse rápido porqui eu tava esperando pra tirar um beijo dela. - Já posso? - perguntei, assim qui ela guardou o telefone.

-Já podes o quê?

-Ti dar um beijo.

-Não.

-Não? - perguntei, surpreendido com a resposta.

-Não.

-Porquê? - perguntei, confuso.

-Antes eu quero falar contigo sobre um assunto muito sério - respondeu num tom sério, o qui me deixou meio preocupado.

-Um assunto muito sério?

-Sim.

-Mas, aconteceu alguma coisa?

-Não.

-Eu fiz alguma coisa errada? Disse alguma coisa qui não devia?

-Não.

Essas respostas curtas e rápidas tavam me deixando cada vez mais confuso e preocupado. Se o problema fosse comigo talvez eu pudesse emendar, mas pra isso eu precisava qui ela me dissesse o qui é qui tava havendo.

-Então mas dá pra você falar de uma vez? Eu já tou morrendo aqui!

-Eu preciso da tua ajuda.

-Da minha ajuda? Porquê? Cê tá me deixando cada vez mais confuso!

-Ei, acalma-te! Não precisas ficar assim!

-Não preciso? Você falar qui é um assunto sério e tá me deixando confuso com as suas respostas. Eu prefiro qui cê diga logo de uma vez!

-Eu ia dizer, tu é que começaste com as perguntas.

-Tá bom, então ei me calo e você fala.

-Então é assim, a Margarida, a minha prima, gosta muito do Ricky, o Wolfswinkel, do Sporting, e se o conhecesses eu queria que me ajudasses a arranjar um encontro entre eles, para ela poder conhecê-lo.

Depois de ela ter falado eu me senti muito mais aliviado, mas...

-Cê tá zoando comigo, né?

-Porquê?

-Afinal era só isso! Você me colocou aqui com o coração nas mãos, pensando qui eu tinha feito alguma coisa errada, e afinal era só isso!

-Desculpa, mas isto é um assunto sério. Estamos a falar da minha prima.

-Não tou dizendo qui não é sério, mas eu pensei qui fosse alguma coisa de errado com a gente.

-Não. Mas existem razões para haver alguma coisa? - perguntou, me olhando meio desconfiada, apesar de saber qui ela tava brincando.

-Não. Quer dizer, eu acho qui não, né... - ela sorriu. - Ah, olha! Pára de zoar comigo!

Ela riu às gargalhadas.

-Está bem, pronto, desculpa. Desculpa ter-te assustado, não foi de propósito - se desculpou, sorrindo e pegando a minha mão. - Mas então achas que consegues ajudar-me?

-E se eu disser pra você qui não?

-E vais dizer-me que não? - sorriu.

-Não sei, qu'qui cê acha? - tentei me manter sério.

-Acho que tu vais ajudar-me - respondeu, convencida da resposta dela.

-Tem tanta certeza assim?

-Sim, acho que sim... Conheces o Ricky?

-Pra sua, quer dizer, vossa sorte, conheço!

-A sério? - perguntou, se mostrando entusiasmada com a ideia.

-Sim.

-Boa! E tens o número de telemóvel dele?

-Pra dar pra você não tenho...

-Rodrigo...

-Tava zoando com você! - ri. - Tenho o número dele sim.

-Então achas que podes ligar-lhe?

-Agora?

-Sim...

-E o qui é qui eu tenho de dizer?

-Então, podias falar na minha prima e dizer que ela gostava de conhecê-lo...

-Tá bom, já entendi.

-Só uma pergunta.

-Fala.

-Vocês comunicam em que língua?

-Inglês. Eu ainda não sei falar holandês. E é fácil pra ele também, porqui pra ele se comunicar, pelo menos no clube, ele usa o inglês.

-Ah, está bem...

Ela ficou me olhando.

-Qui foi?

-Acho interessante tu saberes falar tantas línguas... È giro ver-te.

-Oh, também não falo assim tanto...

-Não, claro que não, só o teu inglês perfeito no almoço com o Zach...

-Oh, também não exagera...

-Eu não estou a exagerar. Mas está bem, eu calo-me. Liga lá ao Ricky.

Eu fui pegar o telefone lá de casa e marquei o número de casa do Ricky, assim não gastava tanto.

-Hello? - atendeu ele com o seu sotaque normal.

-Hi Ricky! It's Rodrigo Moreno.

-Oh, hi!

-How are you?

-Fine, thank you. And you?

-Couldn't be better.

-Nice.

-I'm interrupting or you have a time to talk?

-Yes, I have. What do you need?

-Well, I have a kind of porpouse for you.

-Porpouse?

-Yes. Well, it's this: my girlfriend have a cousine that admires you, and she would like to meet you. I want to know if you're interessed.

-You have a girlfriend? - perguntou meio surpreendido.

-Yeah. It's something recent, but I'm very happy with her.

-Congratulations, then!

-Thanks! And, so, do you accept or not meeting my girlfriend's cousine?

-How old is she?

-Ah, I don't know... Let me ask. - Baixei o telefone. - Amor, qui idade tem a sua prima?

-15 - respondeu ela.
-She's 16 - falei pró Ricky.
-Oh... She seems to be a little...
-Little what?
-Young.
-It doesn't mesn anything. Sometimes the age is on the mind, not on the body or on the citizen card.
-Yeah, but... I'm 24...
-And then? Dude, you're just going to meet her, not date her or something.
-Hm, ok, you're right. I can't think that way.
-That's it.
-Well, then okay, I can meet her.
-Seriously?
-Yeah.
-Nice. Well, then give me ten, fifteen minutes and I'll call you back.
-Okay.
-And thank you.
-For what?
-For accepting.
-You don't have to thank me. Maybe I will thank you later for this.
-But you're thinking...?
-I'm not thinking anything. Just saying.
-Alright. So I call you back in a few minutes.
-Okay.
Desliguei.
-E então? - perguntou a Mónica, super ansiosa.
-E então qui... Ele aceitou conhecer a sua prima!
-A sério?
-Seríssimo.
-Que bom!
-É. Olha, liga pra ela e combina com ela como qui vocês querem fazer pra eu ligar de novo pra elee  combinar as coisas também.
-Obrigada! És o melhor namorado do mundo! - sorriu, se levantando do sofá pra pegar a mala dela.
-h, essa graxa não funciona comigo. E descansa qui o susto qui você me pregou não tá esquecido não!
-O quê? - voltou atrás, ficando em pé na minha frente.
-Nada. Liga logo pra ela antes qui eu faça isso ficar pr'amanhã!
Ela sorriu e de seguida ligou prá Margarida. Após elas terem combinado tudo e de a Mónica me ter explicado eu voltei a ligar pró Ricky pra informar ele e ver se tava bom pra ele daquele jeito. Eu me ofereci pra levar ele até ao sitio qui elas tinham combinado, em Cascais, e era de manhã, o qui calhava bem porqui o Ricky  tinha umas coisas pra fazer na parte da tarde.
-E pronto, já está! - disse ela, assim qui eu desliguei. - A Margarida ficou tão contente!
-Ainda bem!
-E o que é que achas que o Ricky vai achar?
-Ah, não sei. Eu não falei muito dela, só falei a idade.
-Ele ficou meio...
-Ele ficou meio relutante, mas eu falei com ele e pareceu aliviar um pouco.
-Ainda bem. E olha que ela pode parecer uma miúda, com os 16 anos que tem, mas ela tem mais cabeça e maturidade do que parece. Eu conheço a minha prima. Acho que sou capaz de ser uma das pessoas  que melhor a conhece, e sei de tudo e mais alguma coisa da vida dela. Ela é uma rapariga espetacular. Tudo bem que tem as suas coisas, mas toda a gente tem de vez em quando - ela falava tudo isso com um sorriso orgulhoso no rosto.
-Eu reparei  na maneira como vocês se tratam, a maneira como vocês se dão. É muito bonito ver uma relação assim.
-Quando eu a chamo ''amor'' não é por acaso, eu amo aquela rapariga de verdade!
-Deu pra perceber. A vossa relação é muito bonita, eu gosto muito de ver vocês as duas juntas, brincando uma com a outra.
- Hás-de ver muitas vezes! Ah, é verdade! Temos de combinar com as minhas tias para irmos lá a casa.
-Hi, vamo mesmo, né?
-Vamos. E convinha ser antes da Passagem de Ano, porque pouco depois disso eu e a Andy temos de voltar para a Faculdade.
-Então fala com elas e quando vocês combinarem a gente vai lá.
-Está bem, então depois de jantar eu ligo à minha tia Susete para ver quando é que lhes dá jeito.
-Tá bom. E olha, por falar em jantar, vamo fazer qualquer coisa pra gente comer? Com isso tudo já tá na hora do jantar.
-Sim, vamos.
 
-O episódio acabou? - perguntou ela, voltando a deitar a cabeça no meu colo, quando chegou do banheiro.
-Acabou.
-Hm... - murmurou, olhando pra cima, pra mim. Eu continuei fazendo festas no cabelo dela.
-Tá com sono? - perguntei.
-Por incrivel, não. Acho que o tempo que passámos aqui no sofá deu para descansar e o sono foi-se. Mas o que estás a fazer sabe bem - sorriu.
-Então levanta qui eu faço uma coisa qui sabe melhor.
-Tipo o quê?
.Tipo, se você levantar vai saber.
Assim qui ela levantou eu beijei ela.
-Ah, isso sabe bem melhor - sorriu.
-Eu sei qui sim - sorri, roubando mais um beijo. - Vamo lá pra cima?
-Está bem.
A gente levantou do sofá, fui desligar a televisão e depois subimos pró meu quarto. Depois de fechar a porta ela me puxou pra ela e encostou o seu corpo no meu, começando a me beijar em seguida. O beijo rapidamente se tornou num beijo qui me consumiu por dentro, e entretanto a gente já tava deitado na cama e ela precipitou as mãos pra mi tirar a camisola. Eu tava gostando demais daquilo... A gente continuou se beijando, mas as minhas mãos não avançaram mais do qui do fundo das costas dela, pra não piorar... Paramos pra respirar e eu desgrudei dela.
-Amor, vamo parar por aqui.
-Porquê?
-Porqui eu quero ficar por aqui. A gente ia só ficar pelos beijos, e isso já tá indo prá lá disso...
-E não queres ir para lá disso? - perguntou, pousando as suas mãos no meu peito. Tive de contar mentalmente pra me controlar.
-Não.
-Não?
-Não.
-E porquê? - desconfiou.
-Não tou com vontade.
-Não?
-Não. - Custou dizer esse não.
-Está bem... - respondeu, se resignando, no entanto ela ficou meio estranha. Se sentou e começou atando o cabelo.
-Vou no banheiro - falei pra ela. Fui até à porta do banheiro e me limitei a fechar a porta, pra ela pensar qui eu tinha entrado. Depois, fui chegando de mansinho por trás dela e a abraçei. - Tava zoando com você! - disse, beijando o seu pescoço. Ela se assustou e deu um pulo.
-Assustaste-me!
-Desculpa - sorri.
-Hm. E estás a falar a sério ao dizer que estavas a gozar?
-Tou.
-E podes explicar-me porque é que fizeste isso?
-Eu falei qui o susto qui você me pregou não tava esquecido.
-Ah e isso foi a tua ''desforra''?
-Foi. Pelo visto você pensou qui eu tava falando sério.
-Párvo pá! Isso não se faz! - reclamou.
-O qui você me fez também não!
-Oh.
-Mas você pensou mesmo qui o qui eu falei era verdade?
-Pensei.
-Não é, meu anjo, eu tava zoando. Não ficou chateada, pois não?
-Não, claro que não. E se fosse mesmo verdade eu ia respeitar, tal e qual como fiz agora.
-Eu sei, meu amor - ela se virou de frente pra mim. - Então e será qui agora a gente pode retomar o qui tava fazendo à pouquinho?
-Por mim.
Sorri e juntei os nossos lábios numa união acelerada. Dessa vez, eu tirei a camisola de e me apressei juntando a minha pele com a dela, tocando onde quiria e fazendo tudo o qui tinha evitado fazer à minutos atrás. Acabámos adormecendo bem abraçados.
 
-