sábado, 23 de abril de 2016

Capitulo 36 (parte II)

Boa noite meninas!
Como sempre, anos-luz depois do último capitulo publicado, venho finalmente trazer-vos mais um! Eu sei que sou uma grande desnaturada, desculpem! Mas pronto, espero que apesar da já habitual, mas horrível, espera,  ainda continuem desse lado, e que gostem! E eu adorava que me deixassem as vossas opiniões meninas, por favor!
Besitos 


(visão Mónica)

Quando acabei de ler, ouvi a porta da suite a abrir. Na hora certa, porque só me apetecia saltar para o seu colo e enche-lo de beijos, mesmo com as estúpidas das lágrimas que teimavam em tondar-me os olhos!
-Amor, cheguei... - anunciou, e mal terminou de falar já eu me havia lançado no seu colo, fazendo-o deixar o saco de treinos cair no chão. - Que recepção boa é essa? - perguntou, sorrindo, após trocarmos pequenos e rápidos beijos.
-Acabei de ler a carta que deixaste em cima da mesa - informei-o também com um sorriso.
-Ah, isso. - Acabou por pronunciar, sem saber bem o que mais dizer, notando-se uma espécie de vergonha/embaraço disfarçado no seu rosto. Coloquei de novo os pés no soalho e acompanhei-o até ao quarto, após ele ter pegado de novo no saco de treinos. - Como que você tá? A cabeça tá doendo muito?
-Acho que melhorou, mas distraí-me a ler a carta antes de tomar o comprimido que me deixas-te.
-E você já tomou café ou comeu alguma coisa?
-Também não, ia pedir alguma coisa, mas mais uma vez, distraí-me com a carta.
-Tá bom, então e banho, já tomou banho? - perguntou, despindo a camisola que tinha vestida, depois de despojar o casaco também em cima da cama.
-Também não... - respondi, agora eu trazendo a rubez ao meu rosto.
-Então vem, vou tomar o meu segundo banho do dia com você.
-E podemos conversar?
-Claro!
-É sobre a carta.
-Melhor ainda!
-Porquê, tens mais alguma coisa para me dizer?
-Tudo que você quiser perguntar mais eu vou responder, além disso, acho que vou apenas ser repetitivo! - sorriu, pegando a minha mão e puxando-me com ele na direção da majestosa casa-de-banho.

Visão Filipa

Mais um dia em que ia trabalhar, claro que com muito gosto, mas também com algum desgosto por ter de me separar do Rúben. Eu sei, eu sei, lamechas, mas não tenho culpa que o meu namorado seja o mais bonito, o mais querido, o mais divertido, uma espécie de príncipe encantado versão moderna, mais palhaço que o normal, mas digamos que a pessoa com a medida certa para a minha. Novamente lamechas. Lamento, mas estou apaixonada. Mas acho que hoje até foi um bom dia para exagerar mais que o costume na lamechice, visto que eu e a Mónica estavamos as duas sintonizadas no mesmo canal. Após falar, falar e falar de mim e do Rúben cheia de baba na conversa, chegou a hora de me consciencializar um bocadinho do tempo e espaço.
-Desculpa, eu sei que estou a ser uma chata, além de estar aqui toda cheia de baba e toda melada desta conversa, mas não sei, hoje deu-me para isto...
-Até parece que precisas pedir desculpas! Sou ou não sou tua amiga?
-A melhor! - sorri alegremente.
-Pronto, pronto, isso já não discuto! Mas a sério, quantas vezes é que tu me ouviste a mim a falar de mim e do Rodrigo e dos meus problemas?
-Não sei, não costumo contar, sabes, não costumo cobrar, muito menos de ti!
-Tonta! Estou a falar a sério!
-Eu sei, pronto! Mas eu gosto tanto de ouvir! Para além de vocês serem super fofinhos juro que as vossas peripécias são super engraçadas! No dia que parares de contar-me as coisas vou sentir a falta!
-E quando não houver novidades?
-Não sejas parvinha! Desde quando é que vocês, tu e o Rodrigo, não têm uma coisa que seja nova, ou fofinha ou qualquer coisa que depois não tenhas para contar?
-Às vezes não há nada de novo!
-Ai pronto, está bem! Mas hoje tens de certeza! Não me digas que vais passar a noite a um hotel e não tens novidades!
-Tenho!
-Eu sabia! Conta, conta!
-Bem, a noite começou bem, acabou meio mal e hoje comecei o dia melhor do que comecei a noite ontem!
-Wow, montanha russa! Deve ser mais interessante ainda desta vez! Conta! - pedi, ao que ela me contou as peripécias da noite anterior e daquela manhã enquanto eu a observava com atenção e expressava as minhas opiniões apenas com o rosto. Variaram tanto que ela não evitou rir algumas vezes! - Oh Meu Deus! - fraseei no final, como se estivesse a soletrar palavra por palavra. - Vocês... Oh meu Deus, vocês parecem saídos de um livro ou de uma novela ou uma coisa assim!
-Também não é preciso exagerar!
-A sério! - exclamei. - Já reparaste bem em tudo o que já vos aconteceu, tudo o que vocês já passaram? Já reparaste?
-Não foi assim tanto! Mas pronto, vamos compor-nos que daqui a nada chega um grupo!
-Tens razão, logo continuamos a saga! - Falei com um falso ar sério ao que ela deu uma gargalhada, que sobressaiu ao olhar de uma das nossas colegas, que nos olhou com cara de poucos amigos.

Após o último grupo ir embora paramos um pouco na entrada a conversar, mais uma vez, sobre o conto de fadas e acabamos a falar sobre nós.
-Nós estamos muito lamechas, hoje! - riu.
-Ai eu sei, mas quero lá saber! Estou tão feliz! Não sei, hoje acordei assim! A pensar que tenho melhor namorado do mundo!
-Sabes que discordo dessa afirmação, mas só porque o Rúben não é o meu namorado, se fosse eu dizia a mesma coisa que tu, mas neste caso já sabes que para mim é o Rodrigo!
-Eu sei! Mas não é só por ter o melhor namorado do mundo que estou assim, sei lá, sinto-me feliz, mesmo, e depois também tenho a melhor amiga do mundo, não é? - sorri-lhe
-Ai, esquece, estás, aliás, estamos, mesmo queridas hoje! - riu, dando-me um mega abraço. - Também tenho a melhor amiga do mundo, e para que conste, é tu, está bem!
-Ohh, que fofinha! Gosto tanto de ti!
-Também gosto muito de ti!
-Ai que melosas, credo, hoje é demais! - ouvimos a nossa colega Joana, a mesma que nos tinha olhado desdenhosa mais cedo, reclamar, enquanto passava por nós para sair pela porta principal para ir embora.
-Invejosa! - não resisti a vociferar mais alto, ao que ela apenas lançou um olhar para trás, continuando o seu caminho. Eu e a Mónica rimos.
-Vá, vamos deixar a invejosa e trocar-nos para irmos embora!
-Vamos!
Após trocarmos de roupa cada uma de nós, depois de nos despedir-mos, seguiu para o carro do respetivo namorado. Vi o Rodrigo ir embora e depois de pôr o cinto de segurança, reparei que o Rúben não se moveu dali, olhando para mim.
-Está tudo bem? - perguntei, meio confusa.
-Mais ou menos.
-Não me assustes, Rúben! O que é que se passa?
-Ainda podes voltar atrás?
-Como assim? - tornei a perguntar, ficando cada vez mais expectante.
-Podes voltar ao teu trabalho, ou já fecharam?
-Não, ainda está lá gente... Mas para quê?
-Para trocares a tua linda roupa por isto! - informou-me, finalmente, entregando-me algo que teria de vestir, segundo ele, no lugar das minhas roupas, num saco da 5àSec, e junto vinha um outro saco com algo lá dentro também.
-O que é isto?
-Vai trocar-te e já vais ver!
-Tanto suspense!
-Vá, vai lá! - sorriu-me, ao que eu finalmente acedi, saindo do carro. Desloquei-me novamente para o meu posto de trabalho, tendo a sorte de as meninas que fechavam estarem um pouco atrasadas e entrei, dando uma brevíssima justificativa, e dirigindo-me aos vestiários. Abri o fecho do saco da roupa e espreitei o outro saco e arregalei os olhos. Era tudo lindo! Só ainda não tinha percebido para que era aquilo tudo, mas deduzi que não fôssemos diretos para casa. Completei o look de saltos altos com uma nova maquilhagem e estava pronta.




-Estás linda! - sorriu o meu namorado quando me viu, após eu entrar novamente no carro, já de roupas trocadas, depois de ter deixado as minhas colegas a piscar os olhos para perceber se estavam a ver bem quando me viram abandonar o edifício novamente.
-Obrigada Rú, adorei!
-Ainda bem, princesa!
-Não vamos já para casa, pois não?
-Claro que não! Espero que estejas com fome, porque o jantar está praticamente à nossa espera! - sorriu, saindo finalmente com o carro. A viagem não foi muito longa. Assim que trespassamos a porta de entrada de um restaurante de boa aparência do lado exterior, um empregado veio receber-nos e conduzir-nos até à nossa mesa, daquele restaurante lindo também por dentro.
-Só a beleza do restaurante e o trato que nos dão já valeu a pena, mesmo que a comida não seja boa!
-É claro que a comida vai condizer com o resto, ou achas que eu te trago a sítios onde não se coma bem?
-Não, claro que não. Ainda por cima tu que adoras comer! - Rimos os dois, uma pequena gargalhada que foi logo seguida pela presença do empregado de mesa que ficaria responsável pela nossa mesa naquela noite, pretendendo levantar os nossos pedidos. O menu era diversificado e demorei um pouco a decidir-me, enquanto o Rúben decidiu de primeira e escolhia o vinho também.
-Estás a gostar? - perguntou-me, quando terminamos a refeição principal.
-Sim, estou a gostar muito, Rú, obrigada!
-Tudo por ti, princesa!
-Mas não é nenhuma ocasião especial, não era preciso, por isso obrigada!
-Para mim todos os dias são especiais, desde que tu estejas presente em todos eles!
-Ai que amoroso! - sorri docemente.
-Bem, esperamos até depois da sobremesa, ou vamos dançar agora?
-Dançar?
-Sim! Não me esqueci que tenho uma namorada dançarina, e olha que aquela pista de dança está mesmo a olhar para nós! - argumentou, piscando-me o olho, juntamente com um sorriso, indicando com a cabeça a pista de dança existente no restaurante. De facto era apelativa. Luz suave, ambiente romântico, música calma. Chamava definitivamente nem que fosse para uma única dança.
-Está bem, vamos, mas depois da sobremesa, pode ser?
-Claro! - acedeu, sorrindo, e chamando o empregado para que recolhesse os nossos pratos e nos trouxesse o cardápio das sobremesas. Após as mesmas, que estavam deliciosas, assim como todas as refeições e aperitivos anteriores, esperamos o inicio de uma música nova e juntamo-nos aos poucos casais que trocavam pés de dança e abraços carinhosos na pista.



-Foste muito querido, amor, obrigada.
-De nada, princesa. E antes que reclames, fiz-te esta surpresa porque acho que estou muito amélia hoje, então apeteceu-me.
-Muito o quê? - ri.
-Amélia... - riu também. - Muito lamechas, amor.
-De onde é que isso veio?
-Do facto de estar apaixonado por ti, não é óbvio?
-Não amor, isso do amélia!
-Ah, isso! Do Mister...
-Ah bem, não quero saber pormenores senão vai dar-me uma dor de barriga de tanto rir! - Rimos os dois, e depois voltamos apenas a encostar os nossos corpos e rodopiar ao som da balada que tocava.

Visão Mónica

No caminho de regresso a casa fomos na conversa, comentei, parte do que tinha acontecido no trabalho hoje, e a outra parte referiu-se à minha conversa com a Filipa e o episódio com a nossa colega. A viagem foi relativamente curta, pelo que cegamos rápido ao hotel.
-Amor, vai no restaurante e escolhe alguma coisa pró nosso jantar que eu tou apertado pra ir no banheiro, por favor! - pediu-me o Rodrigo, assim que entramos no elevador do parque de estacionamento.
-Vais para o nosso quarto?
-Vou, pede pra levar até lá o jantar depois!
-Está bem! - acedi, saindo no andar onde se encontrava o restaurante do hotel, enquanto ele seguiu no elevador até à nossa suite. Fui até ao restaurante, pedi o menu para ver o que escolher e pedi que levassem o pedido quando pronto até à nossa suite, seguindo depois novamente para o elevador para subir ao nosso andar. Assim que cheguei junto da porta da mesma vi uma fita vermelha de seda, apertada em laço, ao redor da pequena caixa onde passávamos o cartão que nos era fornecido para ter acesso ao quarto. Para passar o mesmo tive de desfazer o laço. Assim que empurrei a porta senti um cheiro adocicado no ar e ao abrir a mesma constatei que tinha um trajeto no chão feito de pétalas de rosa, ladeado de velas acesas, no escuro que estava toda a divisão. Segui o caminho, já com um sorriso no rosto, pois percebi que a urgência para ir à casa-de-banho que o Rodrigo tinha proferido era apenas um disfarce para poder subir primeiro. Fui seguindo até chegar ao quarto, que se encontrava apenas iluminado pela luz das velas, e encontrei o Rodrigo, sentado na beira da cama, virado na minha direção, com um sorriso doce no rosto à minha espera. Vê-lo diante daquela luz minima, suave e mágica só o faziam ainda mais bonito. Não disse nada, fiquei apenas à entrada do quarto, a olhar para ele enquanto sorria também. Em silêncio, ele levantou-se, se deixar o sorriso de lado, pegou primeiro na minha mão, puxou-me levemente para que entrasse de facto na divisão e abraçou-me.
-Rodrigo... - balbuciei.
-Amanhã a Filipa vai ter mais novidades pra ouvir - sorriu ao que eu ri, encostando a minha cabeça no seu ombro.
-Porquê? - perguntei, referindo-me àquela surpresa.
-Porque eu amo você, chega?
-Hm-hm - sorri novamente.
-Não sei se você vai ficar desiludida, mas eu troquei o seu pedido pró jantar.
-Trocaste?
-Sushi. Eu sei que você fala que nunca provou, por isso chegou a hora. Garanto que vai gostar.
-Espero que sim, senão volto a pedir o meu prato! - ele sorriu e ficamos ali apenas abraçados, de olhos fechados, acompanhados pela melodia que se fazia ouvir em tom baixo através do rádio que estava no quarto. Pouco tempo depois fomos interrompidos pela batida na porta da suite, que revelou ser o nosso jantar.
-Preparada?
-Tem de ser, não é? - Ele acenou com a cabeça, sorrindo, enquanto parava o carrinho com a comida do outro lado da cama. Colocou tudo em cima da mesma e acrescentou uma quantas velas, pedindo para que me sentasse. Fi-lo e ele fê-lo à minha frente.
-Vamo começar pelos pauzinhos? - Eu acenei, rindo. - Tem um pequeno elástico pra ajudar você, olha aqui - explicou, ensinando-me a posicionar os mesmos. Tentei durante um tempinho mas não achei que estivesse a fazer a coisas corretamente.
-Não queres acender as luzes? Eu gosto de ver o que estou a comer, principalmente se nunca comi! - pedi.
-Não! Se eu fizesse isso ia estragar o ambiente! - negou. - Eu já entendi que manusear os pauzinho não tá sendo propriamente fácil pra você, por isso pode largar, eu dou pra você!
-Como? - perguntei, tendo como responta ele a direcionar os pauzinhos, com uma espécie de rolinho, branco e laranja por dentro e escuro por fora. O ar não me inspirou muito, mas mesmo assim quase fui obrigada a abrir a boca e provar. Não era mau de todo, parecia que a constituição mais clara era suportável, mas depois havia uma coisa que parecia que não queria descer-me pela garganta, ficava a enrolar e enrolar na boca, por isso detetei que não ia comer aquilo. Fiz uma careta e foi o suficiente para o Rodrigo me estender, enquanto ria, um guardanapo para cuspir fora o que não ia para dentro.
-Ruim?
-Essa coisa escura fica a enrolar-me na boca! Isso eu não como!
-Tá bom! - riu. - Experimenta esse aqui então! - deu outra sugestão, levando-ma novamente à boca. Desta vez tinha um melhor aspecto, um rolo branco, que parecia arroz com pequenos pedaços coloridos no seu interior. Este era bom.
-Gostei deste!
-Que bom!
-Alguma coisa que gostei!
-Ainda tem muito pra você provar!
-Sim, mas tu come também, eu arranjo uma maneira de por as coisas entre os pauzinhos!
-Pode comer com a mão, se quiser, fica mais fácil.
-Ainda faço aqui uma chafurdice de todo tamanho!
-Não faz não! E experimenta esse molho aqui, vai ficar melhor ainda! - sugeriu, apontando um molho que estava no meio. Decidi seguir o seu conselho e comer com a mão, porque percebi que de facto os pauzinhos eram inúteis na minha mão. Escusado será dizer que rir foi coisa que não foi suspensa durante todo o jantar! - Foi tão ruim assim? - perguntou quando terminamos.
-Não, foi bom! Só não como os primeiros que experimentei nem aqueles que têm coisas cruas!
-Viu, não é tão ruim assim!
-Pois não, acho que até gostei muito!
-Bom, assim vamo poder repetir mais vezes!
-Agora?!
-Não, noutras alturas! Agora eu vou pedir pra trazerem a nossa sobremesa! - pegou no telefone de serviço de quartos, pediu a nossa sobremesa e depois de desligar começou a arrumar os pratos, traças e copos de novo no carrinho, para troca-lo pelo do Fondue da nossa sobremesa. Não demorou muito para que essa troca fosse feita. - Vamo fazer um jogo? - sugeriu, enquanto ainda aproveitávamos aquela pequena taça de chocolate de leite onde mergulhávamos pedaços de fruta fresca.
-Que jogo?
-Adivinhas?
-Sobre o quê?
-Sobre a gente!
-Mas o que é que vamos adivinhar?
-Tá, eu começo! Eu aposto que o dia mais feliz da sua vida foi o dia que você me conheceu!
-Não sejas convencido! O dia mais feliz da minha vida ainda está por vir!
-Mas eu tenho certeza que eu vou fazer parte dele!
-Essa acertaste!
-Eu sabia!
-Vá, vá deixa lá de ser presunçoso! - Ele riu e continuamos aquele jogo de adivinhação que de parvo tinha tudo, mas servia para rirmos.

Acordei cedo, apesar de termos ido dormir tarde. Sentia-me bem-disposta o suficiente para cometer essa proeza e com o bónus de não estar mal-humorada.
-Bom dia, bom dia! - cumprimentou-me o Rodrigo, dando-me um beijo na testa e levantando-se da cama. - Dormiu bem?
-Bom dia! Dormi, e por incrível que pareça acordei bem-disposta!
-Milagre! - gracejou, indo até à casa-de-banho.
-Que piada! - ironizei, não evitando um sorriso. - Descemos para tomar o pequeno-almoço?
-Depois do banho, claro!
-Claro que sim! - concordei, seguindo também para a casa-de-banho para ter o verdadeiro despertar do dia. Depois de nos arranjarmos descemos até ao restaurante/bar do hotel para tomarmos a primeira refeição do dia.



-O que é que vais escolher?
-Um cappuccino, e você?
-Também vou querer um, mas vou ter de comer alguma coisa.
-E que tal comer umas quantas besteirinhas pra depois gastar calorias no ginásio aqui no hotel? Ia fazer bem pra mim por causa do jogo de amanhã e assim você me acompanhava!
-Aceito! Só não vou ser tua concorrente no ginásio porque o meu ritmo é diferente do teu!
-A sua presença vai ser suficiente! - sorriu-me e fez os nossos pedidos de seguida.






Após o pequeno-almoço subimos para o quarto e ficamos lá um pouco, seguindo depois para o ginásio que estava disponível para nosso uso no hotel.







-O treino, foi bom?
-Foi ótimo! Você tá em melhor forma do que você pensa! - disse-me, quando saímos do ginásio e nos dirigíamos ao elevador.
-Estou?
-Tá! - Sorri, satisfeita. Ao que entramos de seguida na nossa suite e fomos diretamente para a casa-de-banho para desparecer com todo o suor do nosso corpo. - Vou ligar prá Mariana pra saber como que ela tá! - disse depois que voltamos ao quarto, ainda envoltos nas toalhas, indo buscar o telemóvel. Após quatro toques a Mariana atendeu.
-Olá! - ouviu-se uma voz masculina do outro lado. Por certo seria o Mauro.
-Mariana? - retornou o Rodrigo, brincando obviamente com o Mauro.
-Mariana? Mas eu tenho voz afeminada e sotaque brasileiro, ou quê?! - retrucou ele.
-Ah tá, já entendi, desculpa, mas é que quando você atendeu tava muito parecido!
-Bem, vê lá vê!
-Tou te zoando, Mauro, calma, já parei! - riu o Rodrigo.
-Vê lá, olha que para a próxima mando-te pastar!
-Quê?
-Esquece, esquece! O que é que tu queres, afinal?
-Falar com a minha irmã, caso você não tenha reparado atendeu o telefone dela! Aliás, porque é que você atendeu o telefone dela?
-Cheguei primeiro e atendi!
-Ah tá, agora pode passar pra ela então!
-Com certeza!
-Obrigado! - agradeceu e depois de segundos de silêncio ouviu-se finalmente a voz da Mariana.
-Oi maninho!
-Oi! Que é que tá acontecendo com o seu namorado que tá mal-educado? - brincou novamente o Rodrigo.
-Ele não é mal-educado, Rodrigo! Ele atendeu porque eu falei pra ele atender!
-Tô zoando! - afirmou com um risinho.
-Eu sei, bobo! Olha eu só não tou entendendo uma coisa! Porque é que vocês foram se isolar ai os dois pra vosso bem e agora você tá me ligando? Que eu saiba ainda não terminou a estadia!
-Ah tá bom, então se você não quer que o seu irmão te ligue pra saber como você tá, por causa da má vizinhança, e dizer que te ama, então tá, eu vou desligar!
-Não, não, não, eu tava brincando! Você é um queridinho, é o meu mano lindinho e eu também te amo, mas não precisa se preocupar porque eu também não fiquei por casa!
-Não? Onde você tá? E o Donni?
-Fica tranquilo, meu amor! O Mauro me trouxe pra acampar e o Donni ficou com a mãe dele, ela falou que não se importava!
-Sério? Muito bem, hein, afinal o seu namorado até tem umas ideias bem legais!
-Vou te contar um segredo: a ideia foi da Filipa, mas não tem importância! - baixou o tom de voz e deu uma risadinha.
-Ah, só podia! Era um pouco estranho seu namorado ter ideias tão originais!
-Eu estou a ouvir, caso não saibas! - ouvimos o Mauro do outro lado da linha, e as gargalhadas da Mariana a tentarem sobrepor-se-lhe.
-Tá bom, desculpa! - Desculpou-se o Rodrigo, enquanto continuava a rir. - Então tá, se você tá bem, se tá tudo tranquilo, é isso, não vou tirar mais o tempo de vocês! Beijo maninha!
-Tchau amor, beijo! - despediu-se também a Mariana, terminando a chamada em seguida.
-Está tudo muito bem, pelos vistos! - ri, assim que ele pousou o telemóvel em cima da cama.
-Tá sim! O Mauro acertou bem na hora de tirar a minha irmã lá de casa!
-Ainda bem! Bem, então e nós, o que é que vem agora?
-Agora vem que a gente vai só ficar aqui, namorando, descansados, até ir almoçar!
-Parece-me bem!

Visão Rúben

"Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer", já dizia um ditado popular. Pois eu deitei-me tarde, levantei-me cedo, acordei com os olhos do tamanho de uma ervilha e tive de ir treinar logo de manhã! Por este andar ia perder a saúde que se ganha por ir dormir cedo! Custou, não vou dizer que não, mas depois de uns dez minutos a correr, ou quase arrastar os pés pelo relvado e apanhar aquele arzinho frio na cara, despertei, e até melhor do que esperava, dada a minha preguiça matinal.
No regresso a casa decidi fazer uma pequena alteração de roteiro e passei numa florista, numa loja de crianças e numa especializada em chocolates. Encomenda especial para a namorada. Quando cheguei a casa, já ela estava a pé, provavelmente à pouco tempo, pois ainda estava de pijama, com a sua taça do pequeno-almoço nas mãos, sentada no sofá a ver televisão.
-Bom dia, princesa! - disse-lhe assim que entrei, estendendo logo a surpresa, porque ela iria desconfiar de imediato que tinha alguma coisas escondida atrás das costas.
-Bom dia! - sorriu alegremente, levantando-se e dando-me um beijo quando me acerquei dela, e aceitando o que lhe estendia. - Que lindo, amor, obrigada!
-De nada, meu amor! - sorri-lhe de volta, sentando-me ao seu lado. Porém tornei a levantar-me num ápice.
-Ai Rú, o que é que foi? Assustaste-me!
-Esqueci-me do saco de treinos no carro! Vou lá buscá-lo num pé e venho noutro! - corri para fora de casa e fui buscar o saco num instante. Quando retornei à sua companhia ela estava a abrir a caixa de chocolates, então aproveitei e roubei-lhe um chocolate.
-Rú! - protestou ela, com um sorriso pretendendo estar emburrada.
-Que foi? Não comes a caixa sozinha, e acho que estava mesmo a precisar de um doce!
-Hm, sei! - reclamou de novo com o seu sorriso, dando-me um pequeno encontrão com o ombro, ao que apenas ri e lhe roubei outro chocolate, fazendo-a fechar a cara para mim, ou pelo menos tentar.

Visão Filipa

Tinham acabado de ligar da oficina onde, há muito tempo atrás, eu tinha deixado levares o meu carro. Aquela, do conhecido do Rúben. O senhor acabou por me contar que , de facto, o problema do meu carro tinha demorado mais que o previsto para ficar arranjado, mas confessou-me também, como quem não queria ser apanhado a fofocar, mas que mesmo assim fazia a fofoca, que o Rúben lhe tinha ligado umas poucas vezes para que ele não me ligasse e devolvesse o veiculo recuperado. Todas as semanas ele ligava no mesmo dia, mas como na semana anterior a ligação não surgira, ali estava o senhor mecânico a ligar-me e a contar-me as novidades, mesmo aquelas que não seriam para serem dadas. Fiquei felicíssima! Já tinha saudades de conduzir o meu carro novamente! Combinei em ir buscá-lo hoje a partir das 19.00h!
-Rú! - chamei-o, quando ele chegou à sala.
-Diz princesa!
-Acabaram de me ligar da oficina do teu amigo para eu ir buscar o carro! - informei-o, esperando ver a sua reação. Ao ouvir-me, ele arregalou rapidamente os olhos, mas tentou disfarçar, tal como a ligeira diferença no tom de voz.
-A sério?
-A sério! Ou esqueceste-te que a ligação para o teu amigo esta semana falhou? - insinuei, com um sorriso desafiador. Nesse momento a ficha dele caiu e observei o hilário momento em que ele pregou uma chapada na testa, apercebendo-se dos factos.
-Desculpa - acabou por pedir, receando que eu ficasse chateada ou magoada.
-Não há nada para desculpar tonto! Só gostava de saber para que é que fizeste estas tramóias todas!
-Oh, assim eu aproveitava mais aqueles bocadinhos de ir levar-te e buscar-te, para ficar contigo!
-Que tonto, Rú! Nós passamos mais tempo juntos que sei lá o quê! Tu só vais a casa buscar roupa e pouco mais e ainda tentas essas coisas para teres mais tempo comigo?
-Parece que nunca é suficiente! E bem, em relação a eu ir a casa tão poucas vezes, achas que posso mudar-me de vez para aqui, ou vou ter de esperar ainda?
-Estás a começar a ficar incomodado com o pó da tua casa?
-Um bocadinho, talvez... - sorriu.
-Coitadinha... Temos de ir lá qualquer dia fazer a limpeza geral para ficares menos triste, está bem?
-Combinado! Aproveito e trago as malas e meto uma placa na janela!
-Essa parte já pode tardar um bocadinho!
-Deves estar farta de mim já, estás sempre a querer adiar a minha estadia permanente contigo!
-Rú, já conversamos sobre isso!
-Eu sei princesa, mas, eu gostava tanto...
-Vamos ter calma, amor, por favor.
-Está bem, pronto, já me calei! Afinal a que horas é para ir buscar o carro da menina?
-A partir das 19.00h!
-Ótimo, vou lá levar-te! - respondeu alegremente.

Já estávamos de saída da oficina, e quando me dirigi ao meu carro, fui puxada pelo braço, levemente, pelo meu namorado.
-Que susto, Rú! Que foi?
-Queria um beijo, antes de me dirigir para o carro que só me vai levar a mim!
-Ai que sentimentalista por causa de uma viagem de carro!
-Uma viagem de carro sem ti!
-Então mas tu não tens de ir a tua casa?
-Tenho... E tu podia vir comigo.
-Rú, tens de ir lá sozinho no carro na mesma, que eu saiba ainda não conduzes um reboque para levar agora o meu carro!
-Pronto, está bem, desisto! Vou lá num instantinho e vou logo direto para tua casa!
-Sim, senhor doutor das pressas! Vai lá que de casa não saio!
-Acho muito bem!
-Vê lá se queres que saia sem tu saberes!
-Desculpa princesa, pronto, o que eu quis dizer foi que é o que mais quero, que fiques em casa, porque não demoro mesmo nada, nada, nada e queria que estivesses lá à minha espera!
-Vou fingir que acredito em ti! Vai lá se não só chegas amanhã! - gargalhei.
-Não me vou embora sem o meu beijo! - reclamou, ao que lhe satisfiz a vontade depois de um "até já"  junto de um indispensável beijo cada um entrou no respetivo carro.



Estava já a meio caminho quando recebi uma chamada da Mónica. Fiquei preocupada, porque tinha-la visto sair com o Rodrigo e não era propriamente regular ela ligar-me a meio da noite.
-Estou? - atendi, com um tom de voz a balançar para o preocupado.
-Olá! Desculpa estar a ligar-te a esta hora, se calhar assustei-te!
-Mais ou menos, estou só a estranhar estares a ligar-me a estas horas. Aconteceu alguma coisa?
-Não aconteceu, mas vai acontecer! - respondeu, notando-lhe já uma nesga de entusiasmo na voz, sinal de que não tinha motivos para me preocupar.
-Então e o que é que vai acontecer que te deixa num estado de ansiedade que até ao telemóvel se sente?
-O aniversário do Rodrigo! - Só podia! Mas como é que eu não adivinhei que "Rodrigo" e "Entusiasmo" estavam ligados neste momento, e ainda por cima a estas horas! - Ele faz anos daqui a uma semana! E como é óbvio eu já comecei a ter umas ideias para fazer uma festa para ele!
-Queres partilha-las, não queres? - atirei, mas para certeiro do que duvidoso.
-Melhor que isso, quero que me ajudes! Também vou pedir agora mesmo a ajuda da Mariana!
-Tou dentro! - ouvi a Mariana também do outro lado da linha, pelo que o pedido para a mesma deve ter sido feito a meio de gestos no preciso momento em que me comunicava. - Se for pra pregar susto no meu irmão então, ai eu já nem saio! - riu a Mariana.
-Fii - chamou-me a minha melhor amiga, pelo que percebi que vinha ai um pedido especial. - Achas que estou a pedir muito se te pedir que venhas cá a casa agora? Assim já conversávamos as três e tudo!
-Tudo bem, eu vou! Até calhou bem que assim chateio um bocadinho o Rúben! - ri
-Chateias um bocadinho o Rúben? - repetiu a Mónica, sem perceber.
-Depois explico! Já estou a meio do caminho para vossa casa, por isso vá, até já!
-Até já, Fii! - despediu-se também. Após desligar a chamada no atendedor de mãos livres que tinha acabado de recolocar no meu carro, inverti o sentido e segui ao encontro das meninas.

Visão Mónica

Já havia algum tempo que andava a pensar acerca do aniversário do Rodrigo. Queria fazer alguma coisa especial, só não sabia bem o quê! Acabei por ter algumas ideias, mas definitivamente ia precisar de ajuda! E ninguém melhor que a Mariana e a Filipa! A ideia de juntarmo-nos e expor-lhes as minhas ideias surgiu oportunamente na hora em que o Rodrigo saiu de casa, já depois do jantar, com o Mauro, que lhe pediu afincadamente que o acompanhasse para uma conversa de teor familiar só entre eles os dois. O Rodrigo riu, não entendendo tanto a urgência da conversa, visto que já nos havia apresentado as alianças de compromisso nas mãos dele e da Mariana, e o Rodrigo tinha apenas demonstrado felicidade para com os dois, no entanto acedeu ao seu pedido e foi com ele, que não se ficou simplesmente pelo jardim, entraram no carro do Mauro e saíram. Ali havia coisa.
-Obrigada por teres vindo! - agradeci, assim que abri a porta à Filipa, cerca de 15 minutos depois do término da chamada.
-De nada! - sorriu, dando-me um breve abraço ao passar a soleira da porta.
-Eu sei que sou chata, eu sei, mas é por uma boa causa!
-Não te preocupes, eu apoio totalmente essa causa! E como já te tinha dito, dá-me jeito para pregar um sustinho ao Rúben!
-Mas queres pregar-lhe um susto porquê? - quis saber, quando já nos sentávamos junto da Mariana, no sofá da sala.
-Apetece-me! Ele armou-se em esperto, claro que na brincadeira,vocês sabem como é que ele é, então vou pregar-lhe um sustinho!
-Ai, acho que o Rú vai apanhar é um sustão! Nem quero ver a cara dele depois!
-Ah, mas olha que tu vais ajudar-me com o susto! E tu também Mariana!
-Ui, cuidado com esse susto que o Rúben depois vai querer me pegar e esfolar!
-Ai meninas, vá lá, ele pode ficar chateado mas no segundo a seguir já está a rir!
-Isso é verdade! - concordou a Mariana.
-Está bem, pronto, mas não vamos exagerar no susto, pode ser? Para apanhar sustos todos os dias já chego eu que sou a assustadiça de serviço!
-Está bem! - concordou a Filipa, tranquilizando-nos um pouco. - Então mas que ideias são essas que já tens para a surpresa no aniversário do Rodrigo? - quis ela saber. Claro que rebobinei tudo super entusiasmada!

Tocaram à campainha e as três entreolhamo-nos, pois já sabíamos que vinha ai o furacão do Rúben. Na verdade ao telefone ele não parecera assim tão chateado, o problema foi qual de nós é que se voluntariava a ir abrir a porta. Acabei por me levantar e ir eu, porém meio escondida atrás a da porta quando abri a mesma.
-Não precisas de te esconder! - disse-me, assim que entro em casa. O semblante que ele forçava para ficar sério demais não resultou, porque acabou por se desmanchar num sorriso. - Vocês são mesmo parvinhas, não são? Querem matar um homem do coração?! - reclamou, apesar de o seu ar ser já descontraído. - E aposto que a ideia foi tua, menina! - apontou o Rúben à Filipa, que se desmanchou a rir na cara dele, que por sua vez não se ficou e avançou para ela com reclamações fofinhas e um ataque de cócegas. Tinhamo-lo deixado ligar duas vezes, sem obter resposta, para a Filipa, e à terceira, mesmo antes de soar o último bip de chamada, eu atendi o telemóvel e comecei a falar sem parar a pedir que ele viesse ter connosco. Antes disso, o meu telemóvel e o da Mariana tinha sido contactado por ele e ambas dissemos que a Filipa não estava connosco. Era ou não era para ele estar a estrangular-nos? Mas como o Rú é o Rú, faz as reclamações sem força dele e depois ri. Sorte a nossa! Depois de ele e a Fii já estarem recompostos no sofá, falei com ele também sobre a surpresa que queria fazer ao Rodrigo, ele podia ajudar-nos também. Não foi quase preciso expor nada, ele alinhou praticamente sem ouvir.

Visão Rodrigo

 O Mauro enrolou tanto enquanto a gente dava uma volta pelo shopping, tudo pra ficar dizendo e re-dizendo o quanto ele gosta da minha irmã e o quão feliz planeia ser junto dela. Na verdade eu acho que ele, apesar de todas as piadinhas que costuma dizer, tava meio com medo, e ficou falando e dando voltas pra ver se eu falava alguma coisa, mas tudo o que eu falei foi que acreditava nele e que esperava que ele fizesse realmente a minha irmã feliz. Quando a gente chegou em casa tinha mais gente do que quando a gente saiu. O Rúben e a Filipa tavam junto com a minha irmã e a minha namorada na sala.
-Não sabia que ia ter visita! - falei, quando a gente chegou junto deles.
-Nem nós, mas decidimos dar uma passadinha aqui! - comentou a Filipa.
-Fizeram muito bem! - informei. - Então e o que é que vocês tavam conversando aqui?
-Nada demais - falou a minha namorada.
-Bem, oh puto, já disse à minha menina que tu nos ofereces-te a noite de amanhã lá no hotel onde vocês estiveram, mas olha lá uma coisa, nós vamos ficar no mesmo quarto que vocês?
-Eu acho que sim, mas quando chegar lá vocês perguntam! Por falar nisso, tenho de pegar lá no quarto o voucher de vocês!
-Eish, não sei se quero ficar no mesmo quarto que vocês!
-Porquê? - inquiriu a Filipa.
-Olha, porque eles passaram duas noites naquele quarto a fazer sabe Deus o quê e não me apetece encontrar vestígios de nada!
-Passaste-te, Rúben! - meio que riu a Mónica.
-Eu não!
-Cê tá doido mesmo, que conversa é essa?
-Rúben, sabes que eles mudam a roupa de cama e essas coisas todas, no hotel, todos os dias! - disse a Filipa.
-Sei lá! - continuou o Rúben sorrindo.
-Rú, para de ser parvinho! - riu de novo a minha namorada.
-Eu vou pegar o voucher de vocês! - ri também e acabei por levantar do sofá e ir no quarto.