segunda-feira, 14 de abril de 2014

Capitulo 33 (parte II)

Boa noite meninas!
Deixo-vos aqui, finalmente, um novo capitulo! Espero que gostem e deixem os vossos comentários!
Besitos <3
Mónica

Visão Rúben

Todos os medos e dúvidas da Filipa faziam sentido, porém, eu sentia que nenhuma das dúvidas ou medos se concretizariam. Eu pareço meio parvo, porque a última vez que senti que seria real e especial, terminara à poucas horas com uma traição. E apesar do fim desmerecido por minha parte, eu sei que enquanto estivemos bem foi verdadeiro, apesar de não tão forte como eu pensava. Mas a Filipa... Sei lá, a Filipa foi épico, é épico, ela é diferente. E a minha intenção ou propósito não é, de todo, fazer comparações, mas ela é o oposto da Andreia. Quando conheci a Andreia ela era fria, e foi durante muito tempo, mas a Filipa foi de uma doçura e simpatia incríveis, logo após aquele encontrão. As duas têm medis do passado, e agora com toda a certeza prefiro o épico ao curandeiro. Isto é, não me arrependo de nada que fiz para conquistar a Andreia, mas sem sofrer, apaixonar-me está a soar-me ainda melhor. Acabei por pernoitar na casa da Filipa e senti-me pacificamente feliz ao adormecer abraçado a ela. Depois de despertarmos, na manhã seguinte, mantivemo-nos ocupados, principalmente a desfrutar da companhia um do outro. Acabei por me perder nas horas e saí de casa dela apressado para passar em minha casa e ir buscar o que precisava para seguir para o treino, o primeiro dos que teríamos hoje, à conta do jogo de hoje. Cheguei uns dois minutos atrasado, por sorte, e ainda vi a minha pequenina, antes de correr na direcção que os rapazes haviam seguido. O treino correu bem e consegui dar uma desculpa ao Mister que ele acreditou, ou se não acreditou fingiu fazê-lo, por ter faltado ao treino da tarde anterior. Seguimos para almoçar animados.
-Para além do bom treino tá com cara de felicidade! O que é que aconteceu? - perguntou-me o Rodrigo, sentando-se ao meu lado.
-Acordei bem-disposto!
-Tá, e acordou bem-disposto assim porquê? - insistiu.
-Oh, sei lá, acordei assim! E ainda bem, porque temos jogo!
-Hm-hm - murmurou, não-convencido.
-Podemos parar com esta conversa, por favor?
-Tá querendo me esconder alguma coisa, mas tá bom - Dei inicio a uma conversa banal, que ele acabou por aceitar e continuar.
-A Mónica ficou com as meninas, tava se sentindo sozinha de manhã.
-A sentir-se sozinha contigo ao lado?
-Não, eu saí um pouquinho e a Mariana foi ter com o seu irmão.
-Ah, então pronto, fez bem, assim não fica sozinha, e as meninas são simpáticas e divertidas!
-É, e ela ia chamar a Filipa pra vir também, já que elas e a minha irmã vão ver o jogo no Estádio.
-A Filipa?
-Sim.
-Ah, está bem - contive um sorriso a custo. Tentei depois evitar assuntos que relacionassem as meninas para não ter de evitar sorrir assim que tocássemos no nome da Filipa.

A pouco tempo de termos de nos reunir para a palestra do Mister, após o treino antecedente ao jogo, eu e o Rodrigo, assim como o resto do plantel, fomos até aos camarotes para ir ter com as meninas. Não evitei sorrir ao ver a Filipa, enquanto me dirigia com o Rodrigo ao seu encontro e da Mónica. Enquanto o Rodrigo se foi agarrar à Mónica e ficaram entretidos aos sorrisinhos e abraços, eu e a Filipa mantivemo-nos alguns segundos apenas a sorrir um para o outro. Parecia tudo tão genuíno, tão verdadeiro. O ar parecia-me mais leve, era mais fácil respirar, era impossível não sorrir. Sentia-me feliz, mesmo com o secretismo, feliz como parecia que nunca tinha estado.
-Olá - acabei por dizer, sem desfazer o sorriso, diminuindo apenas a sua expansão, pois se não me moderasse, o que queríamos esconder, por ora, seria obviamente claro para todos.
-Olá - respondeu, exercendo o mesmo esforço que eu para controlar o sorriso. Até agora, podia dizer que já tínhamos alguma intimidade, dado o que já havíamos partilhado um com o outro nos piores momentos que passáramos recentemente, mais eu que ela, mas que a haviam levado a partilhar coisas comigo. Mas neste momento sentia que já nos ligava alguma cumplicidade. Se cada palavra que havíamos dito com o coração, principalmente na noite anterior, nos restituísse os pontos essenciais para uma boa amizade, evolutiva depois conforme os passos que quiséssemos dar, diria que já estaríamos a meio caminho.
-Vais ficar para ver o jogo? - perguntei aleatoriamente, sabendo já a resposta.
-Não tenho nada melhor para fazer - o dialogo não parecia estar a surgir, mais devido ao facto de termos de nos conter de modos diferentes, porque garanto que o que me apetecia neste momento era abraçá-la, receber um beijo de boa sorte e ficar a conversar como na noite anterior até ter de ir para campo.
-Então mano! - sobressaltei-me um pouco quando o meu irmão surgiu atrás de mim, colocando um braço por ima dos meu ombros, acompanhado pela Mariana.
-Então! - respondi, tentando tirar o mais de inconveniência que se me atravessasse no tom de voz.
-Pronto para o jogo? E olá Filipa! - sorriu, cumprimentando a Filipa, ao que ela pareceu apenas habilitada a responder com um sorriso.
-Sempre! - respondi.
-Assim é que é maninho! Mas boa sorte de qualquer maneira!
-Obrigado!
-Oi gente, oi maninnha! - disse o Rodrigo, surgindo com a Mónica ao pé de nós. - Rúben tá na hora de a gente ir!
-Está bem! - cheguei-me junto da Filipa e dei-lhe dois beijinhos. - Se marcar, é para ti - disse-lhe entre a despedida, de forma discreta.
-Boa sorte - sorriu. Depois de me despedir dos outros segui com o Rodrigo, olhando uma última vez para aquela que inspiraria a minha noite.
Ganhámos por 3-0. Não marquei, mas dei mais que o meu melhor.
-Inspiradão você, hein Rúben? - comentou o Rodrigo, quando já íamos a sair dos balneários, dirigindo-nos às garagens, ond as meninas nos esperavam.
-Olha que fala, também!
-Desviando assunto de novo? - percebeu, sorrindo.
-Não é desviar assunto, é constatar factos! - tentei novamente.
-Tá, vou fingir acreditar!
-É isso! Então e olha, a tua pequenina está quase a fazer anos! - mudei definitivamente o assunto, sabendo que o prenderia neste.
-Tá mesmo!  - sorriu, não escondendo o carinho. Se havia algo que me fazia sorrir também era a forma tão evidenciada como eles demonstravam, muitas vezes sem perceberem, o quanto gostavam um do outro.
-Então e vais fazer-lhe alguma coisa? Se precisares de ajuda a organizar alguma coisa ou assim conta comigo!
-Vou fazer com certeza, mas vou ter que pensar ainda, eu já preparei uma surpresa pra ela, mas não é nenhuma festa, é mais uma prenda.
-Está bem, mas então precisas de ideias, preferes pensar sozinho?
-Pode ajudar, claro! Aliás, eu queria a sua ajuda e da minha irmã. E vou pedir ajuda à Filipa pra entreter ela prá gente se reunir e pensar alguma coisa.
-Boa! E quando é que vai ser?
-Ainda não sei, mas depois a gente vê que eles já tão ali esperando a gente! - respondeu, quando estavamos já perto dos nossos carros.
-Vamos festejar pessoal? - perguntou o meu irmão, assim que os alcansámos.
-Eu não quero ser desmancha prazeres, mas eu não estou com vontade de andar a dormir na Faculdade nem no trabalho - disse a Mónica, sorrindo e trocando um olhar cúmplice com o Rodrigo, que retorquiu com um sorriso igual.
-Pois, eu também não vou, amanhã é dia de trabalho - disse a Filipa.
-Nem olha pra mim que eu não vou deixar a minha menina! - disse logo o Rodrigo.
-Ai, não podes deixar a menina hoje? - perguntou o meu irmão.
-Poder eu posso, mas não tou querendo! - respondeu o Rodrigo, abraçando a Mónica.

-Que mel, pá! - resmoneou o Mauro.
-Dá pra você calar a boca, ou não vê que eles tao apaixonados? É normal! - retorquiu logo  a Mariana com um sorriso.
-Apaixonado também eu estou mas não estou incapacitado para te deixar de vez em quando!
-Mauro, cala a boca, só isso, tá?
-Pronto! Então e tu, não vais falhar, não é maninho? - virou-se para mim.
-Vocês estão uns cortes, hoje!
-Quer ir jogar os 90 minutos como a gente fez, juntar os treinos e ir festejar? - perguntou o Rodrigo.
-Mas nós ganhámos!
-Mas nós estamos cansados! - repliquei.
-Pronto, já percebi! Amor, vens comigo? - perguntou à Mariana.
-Vou!
-Ah, alguém que não me deixa festejar sozinho!
-Alguém que não tá cansada como eles! Mas mesmo assim não vai ser até muito tarde que amanhã eu também tenho a Faculdade!
-Está bem! Bem, então nós vamos campeões!
-Bom festejo! - brinquei.
-Vai ser melhor que ficar em casa! - rimos.
-Ah, esperem! É só para vos avisar que se precisarem de me ligar não o façam, fiquei sem telemóvel!
-Então? - perguntou o Mauro.
-Caiu e foi-se! Mas amanhã vou comprar um novo, não te preocupes que não ficas muito tempo sem me chatear à distância! - ri. Acabámos por nos despedir de vez e eles foram embora.
-Bom gente, a gente vai embora também! - informou o Rodrigo. - Precisa de boleia, Filpa?
-Deixa estar que o motorista está cá! - intervim.
-Tá bom! Então até amanhã!
-Até amanhã!

-O telemóvel caiu depois de o teres mandado contra a parede! - disse a Filipa após entrarmos no meu carro.
-Ninguém precisa de saber!
-Vais contar-lhes que tu e a Andreia acabaram?
-Vou, mas por agora ainda não.
-Está bem.
-Amanhã vens comigo comprar o telemóvel novo?
-Se acordares de manhã sim, porque eu entro às 14.00h.
-Se não acordar sozinho acordas-me tu.
-Pernoitar na minha casa outra vez?
-Sinto-me sozinho na minha, e durmo bem ao teu lado.
-Bela desculpa, mas aceito.
-Compenso quando lá chgarmos - sorri, prometendo então os beijos reprimidos em todas as ocasiões que nos cruzaramos.

Visão Rodrigo
Durante a semana que tinha passado a Filipa nos ajudou a distrair a Mónica enquanto eu, o Rúben e a minha irmã discutiamos ideias pra fazer uma surpresa prá minha namorada. Ela era muito apegada na familia então pensei em algo que os envolvesse, mas não foi possivel reunir todos, por isso apenas os primos e uma das tias participariam. Fui percebendo também que ela tava se dando bem com as meninas, inclusive com a nova namorada do Nico, que a gente acabou descobrindo que elas já se conheciam, por isso decidimos alugar um salão em Cascais pra juntar todo mundo. Acertamos todos os pormenores no dia anterior, o dia que seguiu nosso empate com o Nacional, na Madeira, por 2-2.
Na manhã do aniversário dela acordei mais cedo, tendo o cuidado de sair da cama sem despertar ela, e fui preparar o café da manhã prá gente, pra levar no quarto.

Comecei despertando ela com beijos na cara e no pescoço.

-Feliz aniversário meu amor - desejei, sorrindo junto do seu rosto, que logo  se abriu num sorriso enorme, após abrir os olhos e se espreguiçar.
-Obrigada amor - agradeceu, me dando um beijo.
-Tá com fome?
-Sim.
-Que bom, trouxe seu café da manhã!
-Obrigada amor! - sorriu, se sentando e liberando espaço pra eu sentar do seu lado e comer com ela, porém o que a gente desejava que prolongasse pra umas horas de mimo na cama teve de originar um duche rápido pra eu levar ela na Faculdade, onde eu também fui buscar ela na hora de almoço, pois ela tinha pedido folga pró dia e a gente ia almoçar junto. O Mister ia dar folga prá gente no dia seguinte, por isso ela foi assistir ao meu treino, às 17.00h e depois seguimos pra casa, onde eu falei que a gente ia jantar fora também.
-Estás a estragar-me! - reclamou, enquanto a gente se vestia.
-É seu dia, você merece!
-Mas é demais amor!
-É de menos até, meu bem! E pode ficar estragada o quanto for, eu que vou tar do seu lado, por isso não vou ter problemas em lidar com isso!
-Tonto.
-Eu te amo - disse, chegando perto dela e tirando um beijo.
-Eu também te amo! - sorriu.
-Tá pronta?
-Quase!
-Então termina prá gente ir! - Pouco depois saí com ela deslumbrante do meu lado pra um jantar tão menos íntimo do que ela esperava.

Visão Filipa

Como o Rodrigo me tinha pedido, entreti a Mónica enquanto ele, o Rúben e a Mariana planeavam como é que iam fazer uma festa para ela, que fazia anos no dia 12, tarefa na qual fui bem sucedida e penso que ela não desconfiou ou achou estranho pedir-lhe para passar algum tempo apenas comigo. Julgo que tal também se deveu ao facto de a cada dia estarmos mais próximas. Desde que nos conheceramos a simpatia fora imperial, e com a convivência, quer nas horas de trabalho quer fora delas, as coisas fluiam de uma forma tão simples que me sentia tão confortável a conversar com ela, como se estivesse predestinado conhecermo-nos e criarmos uma amizade que desejavamos guardar para a vida. Era assim que me sentia em relação à nossa amizade. Também havia passado uma semana desde que eu e o Rúben começaramos a... o que quer que fosse que tinhamos. Como lhe tinha dito, não me sentia preparada para iniciar algo, se bem que começava a tentar mentalizar-me que era apenas uma ideia da minha cabeça, mas a disponibilidade do Rúben em não rotular nada, em não termos de seguir a normalidade, por assim dizer, de um relacionamento, o facto de ter sido o primeiro a apelar para o secretismo, se me sentisse bem e assim o quisesse, deixava-me mais confortável com a situação. Contudo, estava a tornar-se um bocadinho difícil manter a segredaria disso, porque a Mónica de vez em quando fazia umas suposições e constatações que me inquietavam, e se fosse sob o seu olhar, não conseguia sequer tentar negar ou mudar o assunto, tentava ignorar, o que daria ainda mais aso a que ela fizesse suposições.
Na manhã de dia 12 enviei uma mensagem de parabéns à Mónica e tornei a dormir, ligando-lhe à hora de almoço para reforçar o desejo de feliz aniversário. Trabalharia com outra colega, porque ela tinha pedido folga, pelo que há hora de saída já o Rúben me esperava, já ele pronto, para me levar a casa para que me arranjasse também para seguirmos para a festa da Mónica.
-A Mónica anda a fazer suposições muito certeiras - comentei com o Rúben, no caminho para a festa.
-Em relação a quê?
-A nós.
-Hm... E como é que te sentes em relação a isso? Tens medo que ela descubra?
-Acho que não. Acho que ela já é mais uma melhor amiga do que uma simples amiga, por isso acho que se ela descobrir não vou importar-me.
-Isso é bom, significa de algum modo, progressos.
-Sim. Eu tenho andado a tentar mentalizar-me que esse medo e assim é tudo da minha cabeça.
-Acho que fazes muito bem! Se precisares de um empurrãozinho é só dizeres!
-Depende da espécie de empurrãozinho.
-Podes descansar que é indolor e não te traz problemas!
-Vou considerar! - ri. Acabamos por chegar e findar a conversa, juntando-nos a quem já lá estava.
Visão Rúben
Estaba ansioso que a minha pequenina chgasse e percebesse que afinal não ia jantar sozinha com o seu brasileirinho mas sim con todos os que mais gostava. Acho que os sorrisos são algo que nunca me cansei de ver e rever, e vê-los no rosto das pessoas que me são queridas é algo mprescindivel, e a minha pequenina é a minha pequenina, tirando o pequeno grande detalhe de ela ser a rapariga que faz a vida ser melhor para um dos meus melhores amigos. E como previsto e desejado, sorrisos abundaram na noite, sendo o maior o da Mónica, seguido pelo do Rodrigo, que não parou um segundo de babar para a rapariga.
-Então, gostaste da surpresa? - perguntei à baixinha da aniversariante, após chegar junto dela, do Rodrigo, do meu irmão, da Mariana e da Filipa, que acabara também de se lhes juntar.
-Claro que sim! Obrigada!
-Parar de agradecer é regra nessa festa, a menos que entreguem presentes pra você! - disse a Mariana.
-Bem, com licença, Filipa, queres dançar? - perguntei, estendendo-lhe a mão.
-Está bem - aceitou, segurando a minha mão, erguendo o seu olhar carinhosamente para mim.
-É disso que eu tenho estado a falar Fii! - disse a Mónica para a Filipa, retrucando um olhar com ela que eu já conhecia a par da cumplicidade das duas. A Filipa sorriu sem dizer uma palavra, seguindo-me para a pequena pista.
-Ela já descobriu, só não disse directamente, ainda - disse à Filipa, após firmar as minhas mãos no seu corpo para dançarmos.

-Achas?
-De certeza. Mas estás bem com isso, certo?
-Sim, sim, com ela estou.
-Ainda bem. Mas, achas que também estarias com o Rodrigo?
-Porquê? Ele também sabe?
-Desconfia de alguma coisa. Eu acabo sempre por conseguir mudar o assunto, mas ele não insiste mais porque me respeita, mas a verdade é que acho que preciso de contar a alguém e queria que fosse ele.
-Podes contar-lhe.
-Tens a certeza?
-Sim, afinal eles são quase como um, sabes perfeitamente a cumplicidade que há entre eles, para além de que eles já devem ter comentado alguma coisa entre eles.
-É, tens razão. Mas então não te importas mesmo?
-Não. Eu vou falar com a Mónica também.
-Amanhã?
-Sim. Mas vamos pedir-lhes para guardarem segredo.
-Claro.
-Boa - sorriu.
-No final da noite, mais concretamente, o inicio da madrugada, depois de todos se despedirem e irem embora, apenas o grupo habitual permaneceu.
-Rúben - chamou-me a Filipa, num tom mais baixo, enquanto o meu irmão e a Mariana se despediam da Mónica e do Rodrigo.
-Sim.
-Posso fazer-te uma pergunta?
-Claro que podes.
-Eu sei que não é da minha conta, mas, os pais da Mónica não vieram, pois não? - Ah, a pergunta.
-O pai e a irmã dela, que é filha dele com outra mulher, não puderam vir.
-Hm, e a mãe dele? É que eu percebi que ela é muito ligado à familia, pelo menos aos que estiveram cá hoje...
-A mãe dela faleceu há quase dez anos - respondi, sem evitar ostentar um pequeno pesar no tom de voz.
-Ah, eu... eu não sabia...
-Não te preocupes, ela lida bem com isso, quer dizer, se é que o termo bem pode ser empregue neste tema.
-Ainda bem - disse, um pouco envolta pela emoção caída em si aquando da novidade.
-Vá, deixa isso! Vamos despedir-nos deles também?
-Sim.
-E posso pernoitar outra vez?
-Qualquer dia alugas-me o outro quarto!
-Olha que não era mal pensado!
-Não inventes, Rúben!
-Está bem, pronto, vamos lá! - não insisti, dirigindo-nos para os nossos amigos.