sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 34 (parte III)

Buenas noches, guapas!
Desculpem a imensa demora do capitulo, mas não consegui postar antes, e mesmo assim o capitulo não está muito grande, no entanto espero que gostemm e espero as vossas opiniões!
Besitos <3

Mónica

(visão Rodrigo)

-Terminou? - perguntei quando ela colocou a taça, já vazia, em cima da mesa de cabeceira e saindo de cima de mim.
-Hm-hm - sonorizou afirmativamente.
-Eu devia fazer o mesmo com você - disse, pegando os copos ainda com vinho e estendendo um pra ela.
-Mas não vais - soou convicta, convicção essa que me desafiou no mesmo instante e me fez inclinar o copo que estendia pra ela e derrubar o vinho pela sua pele.
-Pode não ser com chocolate...
-Fizeste de propósito, oh! - riu.
-Vou aproveitar esse acidente e fazer o mesmo que você fez comigo!
-Oh, mas...
você falou que o chocolate era como e quando você quisesse, então agora o vinho é como e quando eu quiser. Não reclama - terminei, colocando um pouco mais de seriedade sedutora no meu rosto, o que fez ela terminar sorrindo ao rendimento.
pronto, está bem - concordou, se deitando na cama, enquanto eu peguei a garrafa de vinho e me posicionei de joelhos entre as suas pernas. - Mas com cuidado, se faz favor, o vinho estava no gelo.
você não pensou em ter calma com o chocolate que tinha saído do lume - sorri.
-Já tinha arrefecido!
-Tá, e isso vai esquentar logo que tocar na sua pele! - sorri, iniciando o processo que ela tinha feito em mim, dessa vez com o vinho.

Visão Rúben

O jogo foi divertido, apesar de eu ter reclamado. Reclamar já é um hábito, mas é um hábito que faz toda a gente rir, por isso tornar-se-há num hábito eterno. Ficamos mais um bocado à conversa com o Rodrigo e com a Mónica e depois seguimos para casa da Filipa. Tentei obrigar-me a ir embora, a passar uma única noite que fosse daquela semana em minha casa, na minha cama, sozinho, mas não consegui. Só um mero e inocente sorriso da minha namorada já se tornava num convite irrecusável, mesmo que o sorriso se devesse a outra coisa qualquer.
-Tenho de ver se encontro qualquer coisa que ajude a controlar os desejos! - proclamei, após passar a soleira da porta da casa dela.
-Hã?
-Basicamente tenho de ver se resisto a ficar a dormir aqui!
-Ah, está bem... Mas por algum motivo em especial? - notei-lhe algo por detrás das palavras proferidas.
-Não, só que depois fico mal habituado e depois quem sofre a minha cama, de solidão! - acabei por brincar, tentando suavizar uma tensão que lhe senti, antes de abordar os seus nervos com um comentário intencional. - Mas estavas a pensar no quê?
-Em nada.
-Em alguma coisa pensaste, de certeza.
-Foi só que pronto, como tu falaste em controlar desejos...
-Sim...? - tentei encorajar.
-Oh, nada, esquece... - desviou o olhar, envergonhada.
-Pensaste que estava a falar acerca de desejos em relação a ti, não foi? - perguntei, mais retoricamente, notando-lhe um pouco mais de embaraço. - Esses eu só controlo até tu quereres. - E cada vez mais lhe notava o embaraço, mas continuei. - Sobre ti controlo o desejo muitas vezes ao dia, neste momento estou a fazê-lo, mas só vou fazer o contrário quando tu me disseres explicitamente que posso fazê-lo, entendes? - fui ao seu encontro e fi-la erguer a cabeça para que pudesse olhá-la.
-Podes - disse, quase num sussurro.
-Posso o quê? - fi-la dizer tudo.
-Podes descontrolar-te, porque sinceramente descontrolar a ânsia que sinto em relação a isso é uma das coisas que mais quero agora!
-Finalmente! - exasperei, puxando-a grotescamente contra o meu corpo e arrebatando-a com um beijo sequioso.


-Por alguma razão não consegui resistir a ficar aqui hoje! - sorri quando ela se deitou ao meu lado.
-E quais foram as razões dos outros dias? - sorriu também, encostando-se a mim.
-Não sei... Se calhar foi por ter esperança que este motivo chegasse! É que a partir de agora acho que este vai ser muitas vezes o motivo! - Ela gargalhou, o que me fez expandir o sorriso.
-Mas tu ainda tens casa para além da minha? - brincou.
-Estar lá ela está, mas tem andado assim um bocado para o desabitada!
-Tonto!
-Oh, eu gosto de dormir aqui contigo, por isso acho que enquanto tu não me expulsares vou continuar a ficar cá.
-Então se calhar podes começar a trazer as malas porque não vou expulsar-te!
-Para isso fazes tuas malas e vamos para minha casa!
-Olha, porquê?
-A minha é maior! E para além disso é mais perto do Caixa!
-E a minha é mais perto do Estádio!
-Não, mas vá, mais tarde falamos disso, quem se vai juntar primeiro a titulo oficial são o puto e a pequenina!
-Nisso tens razão! A Mónica ficou a um bocadinho de dizer que ia ficar lá definitivamente!
-Vais ver, amanhã já sabemos da noticia! E pronto depois dá para ver como é que corre, se correr mal não seguimos com a ideia avante!
-Todos os casais são diferentes! Tomara que com eles corra tudo muito bem,  mas imaginando que não corresse, não queria dizer que connosco fosse igual!
-Eu sei tonta, estava só a brincar! Mas pronto, antes de decidirmos alguma coisa temos de ver tudo muito bem para nada correr mal. Para além de que só começamos a namorar agora.
-Sim, claro.
-Não quero precipitar-me e depois perder tudo.
-Não vai acontecer. E com eles também não.
-Com eles não acontece que são muito lamechas!
-Oh, que parvo! - rimos os dois.

Visão Filipa

E acabou por correr tudo bem! Se tinha ânsias o Rúben tinha-as a duplicar, e apesar de me sentir um pouco envergonhada quando iniciamos uma conversa que nos levou directamente ao assunto, depois de lhe dizer o que queria, aconteceu tudo com naturalidade, mas sobretudo com calma e com uma verdadeira entrega. Acho que de certa forma já esperava que fosse mais ou menos assim, porque o Rúben sempre demonstrou genuinidade comigo, tal como eu com ele, e isso contribuiu para que tal genuinidade permanecesse neste momento. Depois de nos deitarmos para finalmente sucumbirmos ao sono, percebi que parecera uma adolescente. Não é que seja muito velha, mas aquele nervosismo, a ansiedade, a insegurança, fizeram-me sentir como tal. Acabei por adormecer perdida a pensar ainda sobre aquele momento.
O Rúben só tinha treino às 17.00h, por isso ficou comigo até à hora de almoço e depois de me levar ao Estádio, seguiu finalmente para a sua casa. A Mónica ia a chegar ao mesmo tempo que eu, por isso acenei brevemente ao Rodrigo e seguimos juntas. E qual de nós é que tinha o maior sorriso? Achei difícil eleger.
-Bom dia, Fizinha! - sorriu imensamente, dando-me um doce beijo no rosto.
-Bom dia! - retorqui com um enorme sorriso também, retribuindo-lhe o beijo.
-Estás com um sorriso... - comentou.
-Olha quem fala! - ri.
-Tenho novidades!
-Eu também!
-Oh meu Deus, a sério? Conta!
-Conta tu primeiro!
-Não, conta tu!
-Ai, deixa de ser chata e conta logo!
-E enquanto conto morro de curiosidade! - tentou ainda dissuadir-me.
-Cala-te e conta, vá!
-Está bem, pronto! Disse ao Rodrigo que vou parar de procurar casa e vou ficar lá em casa com ele, definitivamente!
-A sério? Que bom! Pensaste melhor como te disse, então!
-Sim, e bem, tens mesmo razão!
-Claro que sim! Estou tão contente!
-Também eu! Mas vá, agora tu, o que é que tinhas para me contar?
-Eu e o Rúben...
-Tu e o Rúben...?
-Nós dormimos juntos!
-Hã?
-Ai Mónica, estás um bocadinho lerda, não?
-Pois, desculpa lá, mas acho que sim! Então mas vocês não dormem juntos sempre que ele fica em tua casa?
-Sim, mas não é isso... Nós fizemos amor.
-Mas ainda não tinha acontecido? - perguntou, um pouco surpresa.
-Não.
-Se calhar eu é que estou a ser meio apressada, mas sei lá, como vocês têm sempre tanta cumplicidade, tanta química... Pensei que já tivesse acontecido. Mas pronto, foi bom? Como é que te sentiste?
-Foi muito bom! Ele é tão querido! Mas eu acho que já estava meio à espera, sei lá, é que só sempre fomos tão verdadeiros um com o outro, sempre demonstramos o carinho que sentíamos... Foi...
-Genuíno? - completou. Assenti afirmativamente. - Eu sei como é que é isso - sorriu, num tom perdidamente doce. Definitivamente, e sem quaisquer hipóteses de contra-argumentos, para ela, o Rodrigo seria ''para sempre''. E não tinha grandes dúvidas que com ele se desse o mesmo.
-Cuidado! - disse-lhe, de repente, libertando-a de alguma recordação.
-Com o quê? - perguntou, um bocadinho sobressaltada.
-Com a baba! - ri.
-Ai pá, estás mesmo a puxar ao chato do teu namorado! Vocês! - Eu gargalhei e ela riu também.
-Está bem, pronto, desculpa lá. Mas olha, agora lembrei-me de uma coisa!
-O quê?
-Porque é que me chamaste aquele nome à bocado?
-O Fizinha? Oh, é um diminutivo carinhoso, pode ser? E estou feliz!
-Está bem, mas Fizinha? - ri, tentando chateá-la mais um bocadinho. De facto, estava a puxar ao meu namorado.

Visão Rodrigo

De manhã acordei e imediatamente um sorriso enorme se formou no meus lábios. A felicidade incutida pela noticia da noite anterior ainda fazia efeito. Faria durante longas horas, de certeza. Era cedo mas dessa vez não tava fazendo muita diferença. Acordei à mesma hora que a Mónica pra nos prepararmos e eu poder levar ela na Faculdade. O sorriso dela era mais esplendoroso ainda que nos outros dias. Segui pra casa e fui dormir mais pouquinho, acordando com o meu telefone tocando.
-Bom dia, princesa! - atendi o telefonema da minha irmã. A minha voz ainda tava um pouco embargada com o sono, mas o tom bem-disposto se notava.
-Bom dia! Ai, me chamando de princesa assim? Que felicidade toda é essa?
-Nao sei se devia ser eu contando!
-Como assim?!
-A Mónica tem uma novidade! Mas talvez seja melhor ser ela falando!
-Tá me deixando curiosa! Eu ainda não cruzei com ela hoje!
-Quando cruzar pergunta pra ela!
-Ela não vai me dizer que tá grávida, vai?
-Para de tentar adivinhar!
-Ai mas me fala! Eu vou ser tia ou não?!
-Pra já não! - ri, recebendo o seu entusiasmo.
-Então o que é?
-Pergunta pra ela quando encontrar!
-Você tá sendo mau comigo!
-Não tou não! Mas me fala, porque você me ligou agora?
-Senti saudade, pode ser?
-Claro que pode! Eu também tou com saudade sua! O seu namorado anda te raptando muitas vezes!
-Até pode ser, mas olha, por mais que eu ame você e a sua namorada linda, eu acho que eu não tenho vocação pra servir de vela a vida inteira, maninho! De vez em quando tá, agora toda vez eu dispenso!
-Eu vou tentar te tirar esse papel mais vezes, então! - rimos. - Mas e ligou só por saudades?
-E pra falar que o Mauro vai jantar ai em casa hoje! Mas hoje eu fico, tá?
-Tá bom. Precisa que eu vá buscar alguma coisa pró jantar?
-Não, eu vou buscar o que eu preciso, hoje vou ser eu cozinhando!
-Se precisar de ajuda já sabe!
-Pode deixar! Bom, vou ter de desligar! Logo a gente se fala! Te amo, maninho!
-Também te amo, maninha! - Depois de ela desligar me levantei, fiz a cama e fui arrumar a sala.
Na hora de almoço peguei a Mónica na Faculdade e fomos almoçar em casa.
-Ainda não cruzou com a minha irmã hoje? - perguntei, quando a gente terminou de lavar a loiça.
-Não, hoje não tínhamos aulas juntas. Porquê?
-Porque ela me ligou hoje e como eu soei tão feliz acabei dizendo que você tem uma novidade! Ela tá morrendo de curiosidade!
-Tadinha, deixaste-a a sofrer!
-Logo você fala pra ela, o Mauro vem jantar cá em casa hoje.
-Está bem!
-Sabe qual foi a primeira coisa que ela pensou quando eu falei que você tinha uma novidade? - falei, enquanto íamos pegar nossas coisas na entrada pra sairmos pró meu carro e eu levar ela pró Estádio.
-Não.
-Ela pensou que você ia falar que tava grávida.
-Ah...
-Que cara é essa? - perguntei, notando uma expressão distante no seu rosto, após entrar também no carro.
-A minha, querias que fosse de quem?
-Deixa de ser boba? Você pareceu meio distante.
-Não é nada, só não estava à espera.
-Tá bom... - falei, não me dando muito por convencido, mas não tava querendo encher o saco dela. - Então e quando que você tá pensando oficializar a sua nova residência? - perguntei, mudando o assunto para algo que nos deixaria de sorriso no rosto. E foi o que aconteceu. Mal ela ouviu as minha palavras um sorriso lindo surgiu no seu rosto.