sábado, 24 de maio de 2014

Capitulo 34 (parte I)

Buenas noches!
Bem, muito tempo depois, aqui está mais um capitulo! Não é muito grande, mas foi o que consegui! Espero que gostem e quero os vossos comentários, por favor!
Besitos <3
Mónica

Visão Mónica

-Já sabe da novidade? ´perguntou´me o Rodrigo, iniciando o caminho para casa.
-Claro!
-Que bom, né?
-É, espero é que desta vez dê tudo certo! O Rú tem tido uma sorte!
-É, e a Filipa é bem legal!
-Bem não, é muito!
-Tá adorando ela!
-Eu gosto muito dela, ela é como...
-Uma melhor amiga? - arriscou, sem no entanto descuidar um tom ainda meio zelador. Estava obviamente preocupado com as minhas feridas.
-Sabes que parece mais que isso? Parece mais uma irmã, mas o sentimento é completamente diferente do que com a minha irmã
-Isso é bom, então!
-Suponho que sim! E eu acho que ela também gosta de mim!
-Ah você ainda tem dúvidas? Se ela não gostasse, e não tou falando de gostar só um pouquinho, ela não teria te contado esse segredo deles!
-Achas?
-Duvida?
-Pois, se calhar tens razão.
-Vamo fazer melhor? Liga pró Rúben e diz pra eles seguirem pra nossa casa! Vamo jantar todos juntos e aproveita e fala com ela essas coisas que você tá sentindo!
-Grande ideia, amor! Obrigada! - tirei o meu telemóvel e liguei para o Rúben. Sabia que ele estava a conduzir, tinha ido buscar a Filipa, mas ele tinha sempre o cuidado de colocar o telemóvel no kit de mãos livres.
-Olá, olá pequenina! - atendeu, num tom alegre.
-Olá Rú!
-Então, que me queres oh feia? Mais dois minutos e tinhamo-nos encontrado!
-O que quero de ti é simples, oh feio! Retomas o caminho e vais até casa do Rodrigo, e a Filipa também vem! Vamos jantar os quatro e pôr uns assuntos em dia, se é que me entendes oh desnaturado!
-Essa do desnaturado não percebi, mas está bem, vou seguir até casa do teu brasileirinho!
-E não te preocupes que o teu irmão raptou a Mariana cá de casa!
-Esse também é outro! Qualquer dia marca uma reuni]ao familiar para dizer que vou ser tio, de tantas vezes que rapta a rapariga!
-Ai, então ele que tenha cuidado, olha que aqui o maninho é galo de primeira!
-O puto que não reclame! Para além de ser tio, o pai da criança é de uma família muito boa!
-Nada convencido na parte que lhe toca, Senhor Rúben!
-Realista minha menina!
-Ah sim, chama´lhe isso vá! Mas pronto, falamos melhor em casa! Até já, Rú!
Áté já, pequenina!
-Ele é capaz de ter razão! - comentou o Rodrigo, assim que terminei a chamada.
-Em relação a quê?
-Ao Mauro e à minha irmã!
-Ai, não sejas parvinho, a tua irmã é responsável e sabe o que faz! E o Mauro, mesmo sendo irmão do Rúben, também é!
-Mesmo sendo irmão do Rúben? Você tá muito querida pra ele, hein!
-Ele sabe que tem uma artéria doida!
-Quê? - gargalhou.
-Basicamente, doidice abunda-lhe no sangue!
-Todo mundo é um pouco assim!
-Sim, ms o Rúben é... é o Rúben, pronto!
Chegamos a casa e depois de nos pormos mais confortáveis fomos os dois para a cozinha para adiantar o jantar. Quando o mesmo estava quase terminado fui pôr a mesa e pouco depois tocaram à campainha.
-Boas noites! - cumprimentou o Rúben, seguido da Filipa, quando o Rodrigo lhes abriu a porta.
-Oi! - cumprimentou-os o meu namorado.
-Então, a chata da tua namorada? - perguntou-lhe o Rúben, entrando na sala.
-Estou aqui, oh parvo! - respondi, surgindo junto deles. Ele abriu os braços e eu abracei-me a ele.

-Como é que estás coisa feia?
-Ai Rú, tantos nomes feios pá!
-São nomes fofinhos!
-Oh, fofura!
-Tonta! - riu, soltando o abraço. - Então e o jantar, já está pronto?
-Cê chega aqui e só quer saber do jantar, nem quer saber como a gente tá nem nada!
-Então mas convidaste-me para quê? Não foi para jantar? Então é normal eu querer saber do jantar! E olha, eu perguntei à tua namorada como é que estava, por isso quis saber sim!
-Pra mim deu um tchau assim que eu abri a porta! - brincou também o Rodrigo.
-Já estou farto de ti hoje! - Aqueles dois não sabiam iniciar conversas que não acabassem com estas picardias e brincadeiras!
-Tá, eu não vou falar o mesmo que assim o mau fica você! - riu o Rodrigo.
-Vá, vamos jantar! - anunciei, ao que todos se direcionaram para a mesa. O jantar decorreu com conversa fiada, mas aquando de levantar a mesa o Rodrigo puxou o assunto do Rúben e da Filipa.
-Então e porque é que eu ainda não vi vocês se beijando? - brincou.
-Olha, porque não tens de ver! Nós vemo-vos, e não é poucas vezes, mas isso é porque vocês não se contêm! Nós sabemos fazê´lo!
-Ah tá, mas era giro a gente ver!
-Mas isso não se pede, se tiveres de ver vês!
-Tá bom, pronto! - riram.
-Bem Filipa, vens ajudar-me lá dentro com a loiça?
-Sim, claro! - Seguimos para a cozinha, enquanto eles os dois ficaram na sala.
-Gostaste do jantar?
-Sim, obrigada!
-Sempre que quiseres podes vir cá! Quer dizer, a casa não é minha, mas pronto, o Rodrigo é da mesma opinião!
-Não é mas é quase! Porque é que não desistes da ideia de arranjar uma casa e ficas aqui com ele de uma vez? É que querendo ou não, vocês já fazem vida de quem vive junto, enquanto cá estás.
-Pois, é verdade, mas... Tenho medo que alguma coisa saia errada!
-Se tivesse de sair não achas que já tinha saído? Já estás aqui há um mês e pouco!
-Pois...
-Pensa sobre isso e vais ver que tenho razão! - Começamos a lavar a loiça em tom silencioso, mas quebrei o mesmo.
-Acho que estou um bocadinho nervosa, mas pronto, queria dizer-te uma coisa!
-Nervosa porquê? Diz!
-Só queria dizer-te que... a nossa amizade é muito importante para mim, e gosto muito de ti!
-Ohh, que querida! Eu sinto exatamente o mesmo! Para mim não és só mais uma amiga, és uma confidente, quase como uma irmã... Desculpa se parece exagerando, mas é o que sinto. És a irmã que nunca  tive! - O meu, enorme, sentimentalismo ergueu-se altíssimo e fez-me derramar duas lágrimas. Não de tristeza ou algo negativo, mas de felicidade, de conforto, de conexão quente que me enchia por completo o coração. Corria o risco de abrir e criar novas feridas? Durante toda a vida estamos sujeitos a tal feito, mas não tem de ser por receio, por medo que vamos afugentar cada pontinha de luz que nos surja no momento! Segundos de luz, amor, felicidade, valem muitíssimo mais do que uma vida de escuridão, solidão e tristeza, porque os segundos de luz deixam lembranças boas e vinculam a esperança, enquanto a escuridão trás apenas mais de si, fria e escura. Por isso, arriscaria novamente doar-me a uma amizade.
-Aii, só não te dou um abraço agora porque tenho as cheias de espuma! - disse-lhe, realmente com vontade de lhe dar um enorme abraço. Ela riu e dois pratos depois terminamos de a loiça. Depois de tudo limpo, finalmente fui dar-lhe o abraço.

-É assim tão emocionante ter-te dito que te adoro? - perguntou, inocentemente, porém com uma ponta de curiosidade.
-Mais ou menos... - desfizemos o abraço. - É muito importante saber, mas é que, mesmo sem eu querer, tocou-me porque também me lembrei do autêntico desastre em que fiquei depois de descobrir que uma amizade que eu considerava das mais importantes, para essa pessoa tinha simplesmente sido nada...
-Se quiseres conversar... - ofereceu. - Mas uma coisa te garanto, podemos não conhecer-nos assim há tanto tempo, mas juro que és mesmo importante para mim!
-Sinceramente, acho que não estou a cometer o mesmo erro, por isso... Estava a referir-me à minha ex melhor amiga, a ex namorada do Rúben... - E comecei a contar-lhe tudo o que alguma vez me relacionara à Andreia.
-Mas vocês fugiram e voltaram agora, ou ficaram mesmo este tempão todo aqui? - perguntou o Rúben, chegando à cozinha com o Rodrigo.
-Estamos aqui há tanto tempo assim? - perguntei.
-Vai quase fazer uma hora! - esclareceu-me o Rodrigo.
-Tanto tempo? - inquiriu a Filipa, tão surpresa como eu.
-A conversa estava boa, pelos vistos... - meteu-se o Rúben, num tom de ciúme-gozo.
-Rúzinho, ciumeira não. Primeiro, tu não és disso, e depois, a conversa não era sobre meninos, era sobre nós duas! - disse eu.
-Quem disse que estou com ciúmes? Eu sei que assunto mais interessante que eu não há, e depois, acredito que estivessem mesmo a falar de vocês, acho que havia uma conversa assim desse género pendente!
-Porquê? - tentei entender.
-Porque a Filipa falava imenso de vocês e de quão importante tu e a vossa amizade são!
-Ohh, que querida! - sorri, abraçando a Filipa fugazmente.
-Bem, não sou desmancha-prazeres, nem desmancha-climas nem nada dessas coisas, mas eu gostava de vos resgatar para junto de nós, lá dentro na sala, no quentinho! - disse o Rúben.
-Vamos lá, então! - Seguimos todos para a sala e enquanto eu me sentei encostada ao Rodrigo, envolta nos seus braços, o Rúben aconchegou a Filipa também nos seus braços. Troquei um breve olhar com o Rodrigo, que partilhava da mesma alegria que eu. Ver o Rúben assim, bem-disposto de novo, com o sorriso fácil de sempre, enorme, contagiante, ter o nosso Rú de volta, feliz, sabia tão, mas tão bem!
-Oh, agora a sério, vocês ficam tão queridos juntos! - não resisti a comentar. Ele gargalhou.
-Obrigado pequenina! - sorriu-me carinhosamente. - Aliás, obrigado aos dois! - disse, após segundos de um suspiro. - Obrigado por estarem sempre aqui, por me apoiarem quando estou bem e sobretudo quando estou mal, por me darem amor incondicional, mesmo que às vezes pareça que vem às pancadas!
-Ohh Rú, que querido! Isso foram os teus votos? Onde é que está o padre para nos casar a todos? - decidi brincar, caso contrário ele prosseguiria com a conversa e eu ia acabar por chorar.
-Vês, é por isso que és a minha maninha! Sangue diferente mas parvoíce igual! - gargalhou ele. - Mas a sério, obrigado mesmo!
-Rú eu estava a gozar para te impedir de continuar o discurso e me fazeres chorar, mas isso do padre para nos dar a benção eterna não é preciso, porque já nos juntamos, agora ninguém nos separa, percebes?
-Eh pá, Rodrigo, posso saltar para cima da tua namorada?!
-Podes o quê?! - gargalhei. Ele nem chegou a responder, quando dei conta já ele me abraçava com muita força.

-Amo-te minha pequenina! - disse-me enquanto suavizava um pouco mais a força do abraço.
-Oh, também te amo Rú! - retorqui num mesmo tom sentimentalista.
-Agora fala pra mim que me ama que também tou sentindo saudade! - brincou o Rodrigo, assim que desfizemos o abraço.
-Ai pronto, ciúmes do melhor amigo? - ri, indo agora abraçar o meu namorado. - Amo-te oh tonto! Até parece que precisas que to diga!
-De vez em quando fico carente! - brincou.
-Ai que o menino está carente! Também queres que te diga que te amo? - gozou o Rúben, juntando-se a nós muito rapidamente e abraçando-nos. - Amo-te puto, sabes que sim! - disse ao meu namorado. Depois soltou o abraço. - E pronto, antes que isto pareça demasiado gay, amor, anda cá se não quem se atira a mim é ele! - puxou a Filipa e abraçou-a.

Visão Rúben

-Descansa que cair em cima só da minha namorada, tá? - respondeu-me o Rodrigo.
-Ah, pronto, assim já fico mais descansado! Mas livra-te de contar a alguém o que aconteceu! - tornei a meter-me com ele. Ficávamos assim horas se fosse preciso, mas não nos cansávamos, porque para além do evidente, que era rir e fazer rir o tempo todo, parecendo que não, no fundo, estas pequenas coisas também nos aproximavam, e era algo que me deixava feliz.
-Tá com medo de alguma coisa, é? - riu ele.
-Eu não! - E foi aqui então que a risada voltou a ser geral. Acabamos por nos sentar novamente na sala, e enquanto eu, o Rodrigo e a Filipa nos concentramos na televisão, que sinceramente nem tinha nada de interessante, a Mónica estava focada no computador.
-Oh meu Deus... - ouvimos a Mónica suspirar num tom surpreso.
-Que é que foi amor? - perguntou logo o Rodrigo, estendendo o olhar para o computador que ela tinha no colo. E em vez de falar a sua cara denunciou que não soava a algo bom.
-Que caras são essas? É assim tão mau o que viram ai? - perguntei logo, pois a curiosidade claro que se abateu sobre mim.
-Agora também fiquei curiosa! - apoiou a minha namorada.
-Não sei se você vai querer ver Rúben...
-Porquê, é alguém a difamar-me? Não ligo a isso, já sabes!
-Não é isso, Rúben... - quase sussurrou a Mónica.
-Bem, vocês estão a assustar-me! O que é que é isso, afinal? - levantei-me e fui até junto deles para ver o que tanto os indignava. De facto, agradável não era de ver, mas não me afetava. No entanto, apesar de o sentimentalismo não ser afetado, uma réstia de desilusão assolou-me. Pensar na pessoa que um dia julguei a minha melhor amiga e confidente, e alguém a quem entreguei tudo de mim, alguém que me enchia de orgulho, e ver que agora parecia uma estranha conhecida, que enveredava por más escolhas e desintegrava a imagem decente que alguém tivesse dela. O que tanto especulara no ecrã do computador era uma noticia na imprensa, que dava a conhecer a nova namorada de um ator. Bem e esse ator era precisamente quem ela tanto mal disse, o ex melhor amigo da Mónica. Aquele que originou tanta confusão na vida da minha pequenina e do meu puto, aquele que de certa forma me fez ferir os sentimentos da Mónica. Para além de ridículo, deixava a desilusão.
-Estás bem Rú? - perguntou-me a Mónica.
-Claro que sim.
-Tem certeza Rúben? - preocupou-se o Rodrigo.
-Tenho. - A Filipa também olhou para mim, espectante. - Eu estou bem, a sério. Só me faz confusão como é que ela falou tanto mal dele e agora estão juntos.
-E diz aqui que antes ela andou a sair com o Michael... - acrescentou a Mónica
-Ainda pior. Se não tivesse acontecido nada acho que não acreditava que essa é a Andreia
-Mas já chega, né gente? Vamo deixar esse assunto! - disse rapidamente o Rodrigo, notando-lhe uma necessidade de zelo tanto por mim como pela namorada. Parecendo que não, o estado em que a Mónica tinha ficado depois da situação com a Andreia tinha despertado mais ainda o sentido de proteção que aquele rapaz por si já tinha.
-Não te preocupes puto, esse assunto não é bem vindo, por isso vamos lá fazer alguma coisa todos para nos divertirmos que é para isso que aqui estamos! - sugeri entusiasticamente. E era verdade. Estava feliz e apesar de não me arrepender do que vivi com a aquela rapariga que agora denominava desconhecida, queria apenas aproveitar a felicidade que finalmente me concederam e que esperava que durasse o mais tempo possível.
-É isso ai gente, vamo animar isso aqui!
-O que é que tens para fazermos? - perguntei ao Rodrigo.
-Isso é que tá mais complicado...
-Posso sugerir alguma coisa, ou estão a pensar em alguma coisa brilhante já? - perguntou a Mónica.
-Fala amor!
-Então, não sei se vão achar piada, mas acho que nos ia divertir, e é uma coisa diferente!
-Suspense? Diz logo! - pedi curioso.
-Conhecem o jogo dos sentidos?
-Uiii... - suspirei.
-Que jogo é esse? - perguntou o Rodrigo.
-Basicamente vendam-te e tens de tentar identificar o que te derem, através dos sentidos! - esclareceu-o rapidamente a Filipa.
-Também achas boa ideia? - perguntei-lhe.
-É giro, e é uma coisa diferente!
-Por mim acho que não tem problema! - concordou o Rodrigo.
-E é para nos divertirmos, não é? Então vamos lá a isso!
-Ótimo! Vocês podem ficar sentados que eu e a Filipa vamos preparar as coisas!
-Ai nós é que vamos ser vendados?!
-Claro Rú! - gargalhou a Mónica.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Capitulo 33 (parte IV)

Hola guapas!
Bem, aqui está mais um, novamente pouco extenso, mas aqui está ele! Fi-lo quase à velocidade da luz, principalmente porque devia um capitulo à minha melhor amiga, por isso, bf está aqui e teu por inteiro, ahah
Espero então que gostem e deixem os vossos comentários meninas!
Besitos <3
Mónica

(Visão Rodrigo)

Estacionei junto da Lisboa Ink e nos conduzi até à entrada do mesmo.

-Vais fazer mais uma? - perguntou.
-A surpresa é pra você, logo , você vai fazer!
-Vou? Oh meu Deus, tu...
-Aquela que você queria muito fazer, as iniciais do nome e do sobrenome da sus mãe.
-Ai amor... - falou, se notando emoção na sua voz, bem como uma neblína no seu olhar.
-Tudo por você, meu bem. E eu falei com o Cristian e foi tudo bem.
-Obrigada! - agradeceu, me dando um beijo, o que o Cristian assistiu.
-Então, vamos a isto? - perguntou ele pra ela.
-Sim - sorriu.
-Então vamos! - começou a conduzir a gente.
-Só uma pergunta, vai doer muito? - perguntou ela, meio melindrada.
-Onde é que queres? - Ela apontou a parte de trás do pescoço, junto da orelha esquerda. - Um bocadinho, mas o valente do namorado está aqui! - sorriu ele, antes de indicar a cadeira pra ela sentar.

Visão Filipa
O Rúben tinha dormido lá em casa, outra vez. Maus hábitos, mas sabia tão bem estar com ele. Dormir envolta do seu abraço caloroso, adormecer com um beijo e um sorriso de boa noite e acordar com o mesmo era tão bom.
-Então e o almoço? É melhor começarmos a fazer, não é? - sugeriu.
-Sim, às 14.00h tenho de estar no Estádio.
-Sim senhora! Então e o que é que vamos fazer?
-Sinceramente não sei, não tirei nada para descongelar.
-Hm... Então vamos almoçar fora!
-Ah, Rúben...
-O que é que tem?
-Sabes que...
-Nos vão ver? Que mal é que tem? Podes ser só uma amiga, o que para todos os efeitos é verdade!
-Mas vão começar a especular.
-Que comecem, só terão certezas se sair da minha boca!
-Ai Rúben, mas e...
-Ei! - disse chegando-se perto de mim e envolvendo o meu rosto com as mãos. - Está tudo na tua cabeça, lembras-te princesa? - relembrou carinhosamente, fixando por segundos o seu olhar no meu. E sem esperar, este gesto tão involuntário no entanto algo intenso, teve o surpreendente efeito de me acalmar.

-Está bem, tens razão, se quero mentalizar-me disso tenho de começar por algum lado!
-Vês? - sorriu, fazendo-me retribuir o gesto. - Vamos, então?
-Vamos.
Quando o Rúben estacionou junto do Estádio já só faltavam cinco minutos para as 14.00h. O almoço tinha corrido bem e ao contrário do que pensei, poucos foram os olhares indiscretos sobre nós.
-Vais contar à Mónica agora? - perguntou, referindo-se à questão de estarmos juntos, não apelidando o facto.
-Acho que sim, mas se calhar mais para o fim da tarde, o movimento é menor e estamos mais perto da hora de saida, por isso se for preciso depois conversamos melhor sobre o assunto.
-Está bem.
-E tu, quando é que vais contar ao Rodrigo?
-Antes do treino, depois do treino, ainda tenho de decidir.
-Está bem.
-Estás nervosa?
-Um bocadinho, mas só um bocadinho, eu sei que posso confiar na Mónica. E tu, estás nervoso?
-Acho que um bocadinho também, mas não é propriamente por ir contar ao Rodrigo, ele vai reagir super bem, de certeza, a questão é que, és tu.
-E o que é que tem ser eu? - inquiri, sem entender.
-Tu és especial. Tudo bem, todas as minhas namoradas foram especiais, e não estou a rotular-te como tal, mas tu és diferente, não sei. Acho que isto da épicidade desde o principio torna tudo muito mais especial.
-Posso não comentar? É que fiquei sem saber o que dizer. - Ele sorriu, rebuscando em seguida um beijo nos meus lábios. - Bem, tenho de ir, se não chego atrasada, mesmo estando aqui à porta.
-Está bem - acedeu, dando-me novamente um beijo.
-Até logo  - disse-lhe.
-Até logo  - retorquiu. - Olha - chamou-me, quando virei. cara para abrir a porta do carro. Assim que torneei a cara de novo para ele, voltou a saquear-me a boca em busca de mais um beijo.

Sorri, após terminado, mas não cheguei a virar-lhe costas, porque me roubou um novo beijo.
-Rúben! - ri, depois de findado o beijo. Ele sorriu, recorrendo mais uma vez à minha boca.
-Só mais um! - pediu, beijando-me mais umas três vezes seguidas de forma rápida.
-Pronto, vá, tenho de ir! - repliquei, conseguindo escapulir-me por fim para fora do carro.
-Boa sorte para a revelação - desejou, adicionando um toque de gozo, que ultrapassei, desejando-lhe boa sorte também.
-Deixa eu ver - ouvi o Rodrigo dizer, aproximando-se do pescoço da Mónica. Hoje tinha sido ela. chegar primeiro. - Tá doendo?
-Um bocadinho, mas é normal, não é?
-É, mas se precisar coloca gelo, tá?
-Sim, amor.
-Boa tarde! - cumprimentei, chegando à frente deles.
-Oi! - disse o Rodrigo.
-Olá! - retorquiu-me a Mónica com um sorriso.
-Então, magoaste-te? - inquiri-a.
-Não, é que o Rodrigo hoje levou-me a fazer uma tatuagem, e agora está a doer-me um bocadinho.
-Ai que giro, posso ver? - Ela acedeu e mostrou-me. Estava simples mas bonita. - Tem significado, não tem? - perguntei, notando que não tinha sido feita só porque sim.
-São as iniciais do primeiro e último nomes da minha mãe. Ela faleceu há quase 10 anos.
-Eu sei, o Rúben já me tinha dito... Está linda - sorri, enternuradamente.
-Obrigada - agradeceu com o mesmo sentimento apoderando-se do seu olhar.
-Não quero você triste, viu? - pediu-lhe o Rodrigo, abraçando-a em seguida.
-Sim amor! - sorriu-lhe ela, retribuindo o abraço.
-Então pronto, eu vou embora meu bem.
-Sim, vai amor, nós temos de ir trabalhar também.
-Tá bom, então logo  eu venho te pegar.
-Está bem - concordou ela, recebendo um beijo dele. - Até logo .
-Até logo  amor - disse-lhe, despedindo-se de mim com dois beijinhos e indo embora. - Bem e nós vamos despachar-nos porque daqui a nada já começa a chegar gente!
-Então e a noite ontem, não acabou só quando nos despedimos, pois não? - ri, metendo-me com ela. Faltava meia hora para sairmos.
-Claro que não! - riu também. - Nem sei dizer a que horas é que acabou exactamente, só sei que hoje de manhã adormeci, e como o Rodrigo decidiu não me acordar, faltei às aulas. Depois tenho de pedir os apontamentos à Mariana.
-Ui, deve ter sido forte, então - gargalhei.
-É sempre! Aquele homem tira-me tudo! - riu também.
-Promenores não!
-Óbvio que não! Agora parecias mesmo o Rúben! - Limitei-me a rir, tentando esconder o sentimento automáticamente ao ouvir o nome dele, porém detive-me. Ia contar-lhe e estavamos sozinhas, por isso não precisava esconder. - Por falar em Rúben, foi ele que te veio trazer?
-Foi, ele é o meu motorista até o meu carro estar pronto, não é... Mas eu acho que já está a demorar tempo demais para o meu carro estar pronto!
-Provavelmente ele pediu para demorarem mais para poder fazer o serviço de táxi gratuito e passar mais tempo contigo!
-Pronto, ok, tem de ser agora!
-O quê? Perdi-me!
-Tenho de contar-te uma coisa!
-E o Rúben está envolvido nisso!
-Sim! Os teus palpites e as tuas suposições estavam certos, nós estamos juntos!
-Porque é que demoraste tanto tempo a contar-me?
-Oh, nós combinamos deixar em segredo. Até porque não rotulámos, por assim dizer, nada. Estamos juntos, mas sem nomes no meio, entendes?
-Sim, claro que sim... - notei-a pensativa, mas decidi proseguir.
-O Rúben também vai falar com o Rodrigo, mas nós combinamos que vos iamos pedir para guardar segredo. Decidimos contar-vos porque são os dois mais próximos de nós, e eu já não aguentava que fizesses tantas suposições certeiras e não te dizer nada, e o Rúben disse que o Rodrigo também andava desconfiado de alguma coisa.
-Sim, podes ficar descansada que eu guardo segredo! Mas já agora podias contar-me como é que isso aconteceu! - pedinchou, sorrindo. Acabei por contar-lhe tudo, desde as primeiras conversas que me aproximaram do Rúben até à hora de almoço daquele dia. Não dispensei contar-lhe os promenores que não escapavam ao Rúben como incluí um pouco entusiasmada a maneira como estava a sentir-me em relação a tudo. Tinha completa confiança nela, e para além de saber super bem exteriorizar tudo, era entusiasmante fazê-lo com ela, porque ela demonstrava interesse, disponibilizava conselhos e apoio e era super divertida no meio disso tudo. A meu ver, para além do porto seguro que encontrara no Rúben, tinha descoberto um novo e importante pilar nela, e arriscava dizer que também no Rodrigo. Despachamo-nos para sair ainda entre conversa e mandei uma mensagem ao Rúben atempadamente para me vir buscar, esperando apenas uns dois minutos após ir com a Mónica até à saida, onde o Rodrigo já a esperava, e aproveitou para me felicitar com um sorriso generoso.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Capitulo 33 (parte III)

Buenas noches guapas!
Com a regularidade escassa de sempre, aqui está mais um capitulo! Acho que não está tão extenso quanto o habitual no entanto espero que gostem na mesma!
Bf (Filipa Gonçalves) desculpa não satisfazer as tuas necessidades por completo, mas pelo menos parte estão aqui! Te quiero <3
E pronto, fico à espera dos vossos comentários meninas!
Besitos <3
Mónica

Visão Mónica

-Agora a gente - disse o Rodrigo, abraçando-me após terminarmos as despedidas da noite. Sorri.
-Ainda há mais?
-Claro que há! Ou pensou que eu organizava essa festa com todo mundo e depois não fazia nada só pra nós dois?
-Não...
-Então pronto, vamo subir nesse carro e seguir pró nosso destino! - indicou, soltando-me.
Fomos para Lisboa. Para um hotel, de nome America Diamond's Hotel. Apenas o facto de irmos para um hotel me deixava deslumbrada, mais fiquei quando descobri que iamos ficar numa suite!

-Podias cansar-te um bocadinho de gastar dinheiro comigo, amor - disse-lhe, não evitando sorrir, enquanto esperavamos pelo elevador, num dos corredores pouco movimentados àquela hora.
-Se eu não canso de você nunca também não vou cansar de mimar você, meu bem!
-Mas tu gastas ordenados comigo, amor! - repliquei ainda sorrindo, quando entrámos no elevador vazio. Ele premiu o botão que nos levaria ao 8° andar, o último.
-Vendo bem, eu gasto com a gente os dois, amor, mas mesmo que fosse só com você, não seria nada comparado com tudo de bom que você me dá, começando com esse sorriso lindo que você tem sempre no rosto! - sorriu, acercando-se de mim e envolvendo-me num abraço bom melhorado com um beijo lento e doce. Senti um arrepio quente em todo o corpo, antecipando-me para o calor que me encheria o corpo por dentro e por fora, colhendo no fim o paraíso pessoal e interior. Assim que ele abriu a porta da suite, dando-me passagem primeiro, não escondi o encanto. Soube que ficariamos numa suite, mas nem perderá tempo depois a pensar sobre isso. Fechada a porta e com ele ao meu lado sentia-me a dona de algo, o que juntando com a sensação genuina de ter a sorte de estar ali com ele, me faziam sentir estranhamente poderosa, ainda que pela decoração do local e o sentimento de paixão que me embalada, me fizesse senti-lo de uma forma doce.
-Gostou? - perguntou-me ele, chegando atrás de mim e envolvendo-me com os seus braços.
-Se perguntasses se amei tinha sido mais certeiro! Eu amei! - sorriu.
-Ainda bem, meu amor! - Deu-me um beijo e depois de despir o casaco e colocá-lo sobre uma cadeira dirigiu-se a um dos movéis da sala e retirou de uma gaveta uma caixa de fósforos, velas e incenso. Entretanto eu sentei-me na cama. O quarto era simples, mas era lindo, e sentia-lhe uma energía tão boa que me fazia sentir tão confortável e calma. Enquanto eu permanecí a admirar todo o eu campo de visão ele foi acendendo as velas e colocando-as de ambos os lados da cama, no chão, colocando o incenso em cima de uma das mesas de cabeceira. Enquanto ele dispunha as velas no chão, agachado, mantive-me concentrada nele, nos seus movimentos, nos seus traços. Quem quer que me peça alguma vez para descrever o que sinto por ele vai ficar sem uma resposta pouco elaborada, porque de tão profundo que é o que sinto não consigo ir ao fim e trazer tudo à tona com meras palavras. Após terminar a tarefa do primeiro lado da cama olhou para mim e sorriu, constatando a minha atenção a observá-lo.
-Gostando de me ver mais em baixo?
-Eu gosto de te ver de qualquer maneira!
-Bom, porque hoje vai ter de tudo!
-Ai, o que é que queres dizer com isso?
-Que vai ter de tudo hoje!
-É essa a parte que não percebo!
-É essa a parte que é surpresa!
-Jura? - ironizei.
-Juro! - riu, ao que acabei por gargalhar também.
-Então mas é muita coisa?
-Eu não conto quantidade mas sim qualidade, meu amor!
-Ah, então e a qualidade vai ser boa?
-Você que vai avaliar depois!
-Ai pá, tu não te descais?
-Não quê?
-Nada amor, esquece! - ri. Ele terminou a disposição das velas do outro lado.
-Esqueci! - disse, apagando as luzes que estavam acesas. - Fica bem ai onde você tá! - pediu, pegando no telemóvel e colocando música a tocar, que reconheci logo a primeira. Paulo Mac - Até a noite acabar. Se a música já me era sujestiva, o que se seguiu aumentou ainda mais a sujestividade. Depois de me dar um beijo, afastou-se e iniciou uma espécie de dança, desfazendo-se lentamente de cada peça de roupa, uma por uma. Se o sentimento inicial fora a surpresa e alguma expectativa, predominava agora o desejo e certa presunção, porque sendo sincera, não imaginava que um momento destes emanace tão bem em cada movimento dele. Talvez me fosse um pouco estranho por nunca ter assistido a tal episódio com ele, mas dos movimentos seguros, sem qualquer vergonha ou embaraço por estar a realizar passos insinuosos de dança enquanto a cada movimento descobria mais o corpo para mim, até ao olhar, sempre concentrado e fixo em mim. Se não fosse mínimamente audivel a minha rarefação na respiração ele tê-la-ia percebido na mesma. Descompassara-me o fôlego e subira-me o desejo, pior ainda sendo a primeira vez a assistir a algo assim. Os meus batimentos pareceram acelerar ainda mais quando ele veio até junto de mim, ornamentando apenas uns dos seus boxers pretos, que lhe ficavam bem como tudo!
-Ai Rodrigo, podes parar de me seduzir desta maneira? Se não daqui a nada tenho de ir lá para fora! - Ele riu, aproximando seguidamente rápido o seu rosto do meu., dando-me um beijo carregado. Ele ainda conseguia fazer pior, pronto! Pouco depois senti as suas mãos tocarem-me, começando por me abrir o fecho do vestido, seguindo depois por baixá-lo, com a sensualidade suficiente para dar continuidade ao espetáculo, agora em mim, ou aos dois, ou o que raio se quisesse dizer, mas que sabia tremendamente bem. Após ver-me livre do vestido precipitei-me para descalçar os sapatos de salto que tinha calçados, mas ele pousou a mão sobre a minha, no meu tornozelo.
-Não tira os sapatos - pediu, soando ao mesmo tempo uma espécie de ordem, fazendo com que fosse impossivel não conceder tal pedido. Afastei a mão do tornozelo, demonstrando a concepçãp do pedido, sem desviar o olhar do seu, penetrante e abrasador. Ele sorriu-me, sorriso que não chegou a grande, mas não chegou a tão pequeno que fosse tímido. Um sorriso sedutor. Como tudo o que procedera desde que estavamos ali dentro. Após a minha concordância ele tornou a subir a mão, deslizando-a demorada e deliciosamente pela minha perna, pelo meu tronco, parando no meu pescoço, para me beijar seguidamente, da mesma forma dominadora. Se continuasse neste ritmo acabaria comigo rapidamente. Deslizei sobre o colchão, deitando-me e levando o Rodrigo comigo, que se encaixou, de encosto perfeito no meu corpo, enquanto deslizava intensamente as mãos por todo o meu corpo. Para além do fogo consumidor que a junção dos nossos corpos me causava, tirei partido da sensação enebriante de percorrer o seu corpo também com as minhas mãos. Era impressionante como mesmo após tantas vezes a revolver na cama e não só com aquele homem eu continuava a sentir espasmos de prazer a cada vez que voltamos a juntar-nos. A sensação de possessão era esmagadora e de cada toque seu afloravam-se-me arrepios por toda a parte. Iria alguma vez deixar de ser assim? Após alguns momentos de envolvência entre lábios, linguas e respirações já aceleradas, ele deixou a minha boca para descer o toque quente e húmido, causador de arrepios e aceleramentos cardiacos, dos seus lábios para o meu pescoço. Pequenos silvos de prazer exalavam da minha boca denunciando a sensação de prazer e agrado com os seus lábios a percorrerem o meu pescoço e o colo do peito, enquanto uma mão pousava na minha nuca, deixando pequenas festas, a outra circulava da minha coxa, subindo pelo meu tronco, dando pequenos toques nas minhas costas, o que gerava mais arrepios, voltando a inverter o caminho. Até ao momento que tinhamos alguma peça de roupa no corpo consegui conter-me, porém, quando a nudez, meramente interrompida pelo facto de continuar com os meus sapatos calçados, não contive mais nada. Deixei-me levar, como sempre, pela experiência que adquirira já de todas as formas possiveis de fazer-me estremecer de prazer. E nem depois de consumado o fogo deixei de sentir a réstea de desejo que me acompanhava durante todo o dia pelo homem que amava. Depois de permanecermos alguns minutos a estabilizar a respiração, ele levantou-se e foi à casa de banho, mas demorou mais do que o habitual.
-Amor, estás bem? - perguntei-lhe do quarto, sentando-me na cama.
-Tudo óptimo amor! - respondeu, chegando ao quarto e parando ao meu lado. A nudez acentava-lhe gloriosamente, e agora já não sentia aquele pouquinho de vergonha de vê-lo assim, ou que me visse do mesmo jeito.
-O que é que se passou para demorares tanto tempo amor?
-Vai já ver! - disse, estendendo-me a mão.
-O quê? - insisti curiosamente.
-Vem - pediu, ao que segurei a sua mão e me levantei da cama, indo com ele até à casa de banho. E mais uma surpresa. Meu Deus, a suite não era o bastante, precisava de hidromassgens e champanhe.
-Amor eu só faço anos, não é um evento nacional!
-Pra mim você é o melhor do nacional, do internacional e dos dois juntos! Eu te amo e o melhor que eu puder dar pra você acredita que não é o que eu penso que é o melhor, porque você merece sempre mais!
-Ai amor, o que é que te deu hoje? Estás super querido e extremamente sedutor, assim não dá!
-Uma parte já deu, vai falar que não aguenta a outra?
-Pronto, está bem, claro que sim!
-Bem que parecia! - sorriu, dando-me um beijo. Depois deu-me passagem primeiramente para a banheira, com um gesto cortês. Descançei, finalmente, os sapatos e entrei naquela água quente sabotada agradavelmente com pétalas de rosa. Ele seguiu-me o gesto e mergulhou também para o calor tranquilizante da água, fazendo-me encostar ao seu peito, no entanto, antes de me descansar em tal posição, mergulhei completamente para molhar o cabelo, que se escorreu ao longo das minhas costas. Os seus olhos envolveram-me um pouco acima da cintura.
-Desejo satisfeito? - perguntei de olhos fechados.
-De você nunca.
-Mas em relação aos sapatos?
-Ah, isso...
-Satisfeito?
-Sim - sorriu.
-E contares-me sobre isso para irmos experimentando?
-Eu conto, mas o próximo será seu.
-Combinado!
-Já sabe qual vai ser?
-Possivelmente.
-Me conta?
-O problema é a pedalada que não sei se tenho agora.
-Me conta na mesma!
-Vais entusiasmar-te e não sei se vamos fazê-lo.
-Pode falar, por favor?
-Antes de sairmos daqui, o que não vai ser agora porque estou aqui bem e preciso de recarregar um bocadinho.
-Tá bom, vou fazer o mesmo - concordou, movendo-se um pouco para servir duas taças de champanhe e entregar-me uma delas. O contraste do quente da água e o frio do champanhe que estava no gelo revitalizava-me o interior. O silêncio absorveu o espaço abrangente, entrecortado apenas pelas nossas respirações. Enquanto absorviamos a calma do espaço ele brindava-me com um cafuné bom, enquanto, pelo que me parecia, começara a trotear num sussurro alguma música.
-Estás a preparar mais uma demonstração de algum talento escondido? - perguntei, metendo-me com ele.
-Não, só colaborando com a repetição da música que ficou tocando no quarto, no meu telefone - sorriu.
-Não sabia que também já ouvias Paulo Mac.
-Só costumava ouvir quando você ouvia e eu tava junto, mas agora comecei gostando mais e ouvindo.
-Então e não queres exteriorizar essa colaboracão com a música? - desafiei. - Estou curiosa! - ri. Ele sorriu, mas acedeu ao meu pedido. Obviamente que haviam falhas e desafinos, mas ele nem cantava mal e soou-me melhor pois ele cantou para mim, carregando o ar com maior intensidade de emoção. Quando ele parou de cantar, não chegando a metade da música, beijei-o. Se não o fizesse, apostava que acabaria por ficar ainda mais sentimental, o que poderia originar um choro de felicidade, e embora fosse de contentamento não queria que surgissem lágrimas esta noite. - Vamos sair? - sugeri.
-Vamo - concordou. Saimos da banheira e cobrimo-nos com os roupões que estavam na casa de banho, seguindo de regresso ao quarto. - Já vai me falar o seu desejo?
-Estás assim tão curioso? - ri.
-Até tou, e eu quero ajudar você a concretizar. - Ri novamente.
-No carro - revelei rapidamente.
-Quê? - Não sei se não percebeu mesmo ou se fez de propósito, mas repeti.
-No carro. - Ele aproximou-se de mim, ficando bem à minha frente.
-Algum em especial? - perguntou, aproximando mais o seu rosto do meu.
-O teu - respondi prontamente, erguendo o rosto para ele. Senti-o inalar profundamente.
-Se tivesse perto da gente eu te concretizava já - disse, num tom sedutoramente pesaroso.
-Fica para a próxima.
-Pena.
-Acontece - não consegui esconder um esgar de um sorriso, enquanto permaneciamos próximos e de olhares fixos.
-Mas a gente tem uma cama - propôs, sorrindo.
-Outra vez a cama? - brinquei, desafiando-o secretamente.
-Prefere o chão dessa vez? - perguntou sem hesitar, determinado.
-O sofá era melhor.
-Qual deles?
-O da janela.
-Tá com sorte que a gente tá no último andar e não há gente pra ver - disse, encostando-me finalmente a si com um puxão pela cintura contra o seu corpo.
-E tu estás com sorte que não te resisto, mas olha que qualquer dia declaro invalidez e a culpa é tua. - Ele riu.
-Se for preciso eu te sustento toda a vida.
-Não vou declarar invalidez!
-Você acabou de...
-Mudei de ideias! Aliás, era só uma ideia!
-Você e sua aversão por eu pagar o que quiser pra você!
-Preciso sentir-me útil e parte disso é um emprego!
-Tá bom, por agora não vou contrariar mais você!
-Finalmente! - exclamei, levando-nos a rir aos dois. Depois disso, beijo daqui, toque dali e lá fomos parar ao sofá da janela.

Visão Rodrigo

No meu ponto de vista, a noite tinha sido perfeita. Esperava que do dela também, porque era esse o objectivo. Me estreei, se for o termo certo, em shows particulares. Enquanto acendia as velas me sentia um pouquinho nervoso, mas chegada a hora os nervos sumiram e correu muito bem, tendo um resultado mais que bom, pois, mesmo sem querer, mas, a meu pedido, acabamos por satisfazer um desejo meu. E depois que a gente conversou acerca do assunto me senti ainda mais incitado a continuarmos com a concretização dos mesmos, de nós dois. Se não fosse com ela, duvido que tivesse tido coragem de pedir que tal sucedesse. Com a Carolina ela parecia demasiado prepotente, o que me fazia nem pensar nas minhas vontades e desejos, e as outras poucas raparigas com quem havia ficado e dormido eram diferentes. Eu gostava delas, mas não tão forte assim. Mas a Mónica era diferente. Eu digo isso um montão de vezes, mas se eu conseguisse explicar tudo o que sinto por ela, não precisava falar tantas. Para além de que ela é a minha pequenininha, pra mim ela é linda e perfeita, e ultimamente, a ousadia dela sobrelevava a sensualidade dela, o que me transmitia segurança nesse campo.
Quando acordei ela ainda tava dormindo. E como eu não cansava de olhar pra ela, fiquei observando a calma do seu sono e meio que sonhando na minha cabeça. Percebi que ela já tava atrasada prá Faculdade, mas não a despertei. Se ela faltasse hoje por certo não haveria problema. Acabei pegando no sono e quando despertei eram 10.40h. Tava precisando de um banho, mas não queria fazer isso sem ela, por isso liguei no serviço de quartos e pedi um miminho pra depois acordar ela. Vesti o roupão tapando o corpo pra ir atender o pedido que tinha feito e cheguei no quarto com o mesmo quando ela começava despertando.
-Bom dia meu amor! - cumprimentei, pousando o tabuleiro de morangos com três escolhas acompanhando, açucar, chantilli e chocolate, e me deitei ao seu lado, a envolvendo com um braço e lhe dando um beijo no pescoço.
-Bom dia amor - sorriu.
-Dormiu bem?
-Claro que sim - sorriu. Depois foi ver as horas. - Rodrigo, eu estou mais que atrasada para a Faculdade! - se sobressaltou.
-Amor, se você faltar hoje não tem problema de certeza, e a Mariana te passa os apontamentos que você precisar.
-Tens razão, e olha, agora também já não valia muito a pena ir...
-Então pronto, não vai, fica comigo!
-Fico! - sorriu, me dando um beijo e me abraçando.
-Bom, eu esperei por você pra tomar um banho e entretanto pedi isso - mostrei o tabuleiro. - Qual vai ser primeiro?
-Isto, estou esganada de fome!
-E a culpa é minha? - falei, sorrindo, já sabendo a resposta.
-Toda tua! Daqui - mencionou, passando a mão no meu cabelo - até aos pés! - riu.
-Não fala muito se não eu te culpo também! - sorri, roubando um beijo dela.
-Deves ter muito por que me culpar! Eu sou pequenina!
-Pequenina de trabalho duplo, ôh garotinha!
-Não me culpes que não tenho culpa que me tenham feito assim!
-Eu te amo do jeito que você é, mas também saio cansado disso, né?
-Ai, tá, mas agora vamos a isso para irmos tomar banho! - falou, referindo o conteúdo do tabuleiro.
-Vamo!
Já tavamos nos dirigindo pró meu carro, depois do check-out, quando anunciei a surpresa que ainda tinha pra ela.
-Antes de a gente ir pra casa vamos fazer uma visita noutro sitio!
-Que sitio?
-Surpresa! Aliás, a surpresa que deixou você sozinha no dia do jogo!