sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Capitulo 22 (parte II)

Olá! Bem, deixo-vos aqui mais um capitulo, espero que gostem e comentem! :D
E, queria dedicar este capitulo à Minha Melhor Amiga - sabes que esta conversa entre as nossas personagens são mais ou menos o que costumavamos fazer, às vezes meio que a discutir :s, quando surgiam aquelas nossas pancas de ''descrença''. Anyway, sabes que estou sempre aqui, sempre estarei. Ah, e sei que te ''mato'' com estes capítulos, mas não morras, por favor, és essêncial a muita gente! xD Morro de saudades! Adoro-te Melhor Amiga <3

(visão Andreia)

Cheguei  à praia e parei a carrinha. Respirei fundo e saí do carro. Fui até à beira-mar e comecei a percorrer essa zona, enquanto pensava. Toda a gente encorajava e incentivava para que eu admitisse ao Rúben que o amo. Como se eu tivesse alguma coisa para admitir… Pronto, está bem, talvez tivesse. Agora era só eu e a praia, e embora o mar traga muitas vezes mensagens, tudo o que partilhasse ali sabia que não iria ser divulgado, mas já reprimia tudo há tanto tempo que já era habitual as palavras saírem-me da boca, apesar de no fundo, mas bem no fundo, escondido, do meu coração saber que essas palavras são precisamente o oposto do que realmente sinto. Esta noite, o David foi o primeiro a quem admiti a verdade. Ele pode ser o melhor amigo do Rúben, e sei que ele só quer o bem dele, mas sei que também é meu amigo e sabe respeitar as minhas decisões. Ele encoraja-me, pede-me, aconselha-me a dizer a verdade ao Rúben, mas se eu persistir no ‘’não’’ ele respeita-me. E o Rúben… O Rúben… O Rúben dá-me cabo do juízo! Ele insiste comigo a toda a hora, insiste em aproximar-se, em tentar fazer-me admitir o que os nossos amigos estão fartos de dizer, o que ele sabe… Está a tornar tudo tão difícil, tão complicado de controlar, de esconder… Ele está sempre à espera de me apanhar em falso, à espera que eu diga qualquer coisa que ele possa utilizar para me fazer parar de negar. De repente senti uma pinga cair-me em cima da cabeça. Parei e olhei para o céu. Ia começar a chover a sério dentro de pouco tempo. Olhei para trás. Tinha andado bem mais do que pensava e ia demorar até chegar à carrinha novamente, por isso comecei a correr de volta à mesma. Completamente encharcada. Lindo, ia molhar a carrinha toda e ia ficar doente. Entrei na carrinha e deixei-me ficar sentada. As lágrimas começaram a correr-me pela cara. Estava a sufocar. Não sabia durante mais quanto tempo é que iria aguentar-me firme. A pressão do Rúben quase que me levara a ceder várias vezes. Os nossos amigos já não se convenciam com as minhas palavras, assim como o Rúben, preferiam tirar conclusões das minhas atitudes e acreditar nelas. O pior era que as conclusões estavam certas. Liguei a carrinha e conduzi até casa dos meus pais para deixar lá a carrinha. Quando saí lá de dentro ainda chovia. Não me importei, de qualquer maneira ia chegar encharcada a casa. E talvez até me fizesse bem. Se aquela água gelada, chuva de Dezembro, me caísse em cima mas me oferecesse uma parte da frieza com que caía… Podia tornar-me mais fria, podia ajudar-me a deixar os meus sentimentos guardados e bem escondidos e focar-me apenas em fazer o correto… Abri a porta de casa e a televisão na sala estava acesa.

-Andy! Onde é que andaste? Estava preocupada contigo! Oh meu Deus, estás encharcada, vais ficar doente! – disparou a Mónica, levantando-se do sofá. Eu não disse nada. Limitei-me a olhá-la e a deixara a água escorrer e molhar a carpete da entrada. – Anda, vamos lá acima. Precisas de tirar essas roupas, tomar um banho quentinho. E eu vou-te fazer um chá, também… - disse ela, arrastando-me para o andar de cima. – Achas que consegues arranjar-te sozinha, cá em cima? – perguntou-me preocupada. Eu apenas acenei. Ela ainda ficou a olhar-me durante uns segundo mas depois acabou por ir-se embora. Ainda fiquei um tempo parada, no meio da casa-de-banho, sem pensar em nada, mas depois as roupas ensopadas e coladas ao meu corpo começaram a fazer peso e comecei a tremer de frio, então pus-me debaixo do chuveiro, onde a água quente fez impacto na minha pele fria. Fria como eu queria que estivesse o meu interior…

Depois do banho vesti o pijama e o robe por cima. Sabia que a minha melhor amiga estava a dar-me tempo e espaço, mas devo ter demorado uma imensidão, pois ela subiu até ao quarto, agitada de preocupação. Descemos até à sala e sentámo-nos no sofá com as canecas de chá na mão.
 
Ela não disse nada nem fez perguntas, enquanto eu permanecia apática.

-Achas que estás em condições para falar e contar-me tudo o que vai aí dentro, ou preferes ficar calada? – perguntou cuidadosamente.

-Acho que posso… - respondi num sussurro. Ela ficou à espera, e enquanto eu tentava recordar devagar, as lágrimas caíram pela minha cara.

-Hey! Calma! Eu estou aqui! – tentou tranquilizar-me, abraçando-me. Depois do abraço respirei fundo e sequei as lágrimas da minha cara com as mangas da camisola do pijama.

-Eu fui para a Costa. Pensar… - continuei a pensar.

-Pensar…

-Sim, pensar. Pensar no Rúben e nisto tudo que se anda a passar.

-E… chegaste a alguma conclusão?

-Cheguei.

-E posso saber que conclusão é essa? Queres contar-me?

-Cheguei à conclusão que apesar de amar o Rúben não posso deixar que aconteça alguma coisa entre nós, mesmo que isso me faça sofrer… - respondi já num tom normal.

-Espera, eu acho que ouvi mal. Tu disse-te que amas o Rúben?

-Disse. É verdade. Mas eu já decidi e não vou deixar nada acontecer entre nós, apesar de me estar a custar muito e de tudo isto me fazer sofrer, não vou deixar nada acontecer.

-Andreia, tu não estás a sofrer, tu estás em cacos. Isso não te faz bem. Ainda por cima, se já reconheceste que o amas… Devias lutar pelo amor que sentes por ele, devias dizer ao Rúben o que sentes, devias permitir que a felicidade chegasse ao teu coração.

-Não… - neguei.

-Porquê?! Andy, é a pessoa certa. Desta vez até eu te dou a certeza que é, e eu não faço, pelo menos diretamente, parte dessa história. Desde sempre que eu percebi que o homem da tua vida tinha chegado. Eu fiz questão de te incentivar, porque sei que é a escolha certa, sei que ao lado do Rúben vais ter felicidade, amor, estabilidade e mais, posso garantir-te, eu coloco as minhas mãos no fogo ao dizer que vais ter eternidade ao lado dele. Vais ter eternidade de tudo o que sempre desejaste e tudo o que mereces. – As palavras da minha melhor amiga estavam a causar-me dor. Mas porque acreditava nelas também, porque sabia que eram verdade, mas a redoma onde o meu coração se encontrava não me permitia dizer que sim a mim mesma. A redoma fechava-se cada vez mais; chegava a sufocar muitas vezes. Peguei na caneca de chá e pousei-a na pequena mesa em frente do sofá. Levantei-me fazendo tensões de ir para o quarto. – Andy – disse a minha melhor amiga, segurando-me firmemente mas com cuidado pelo pulso. – Sabes que eu não estou a dizer-te isto para te magoar nem para te fazer sofrer e muito menos para tomar partido ao lado do Rúben. Estou a dizer-te isto porque acho que já está na altura de deixares de lado essas proteções todas que tens aí à volta do teu coraçãozinho e deixá-lo bater descompassadamente, livre e feliz. E se encontraste a pessoa certa ainda melhor. Podes deixar-te ir. Não vais sofrer. Já não. A pessoa que tem a perfeição que necessitas chegou por isso o pior que te pode acontecer é só seres feliz.

Tentei esboçar um sorriso de agradecimento. Saiu meio frustrado mas ela percebeu a intenção e sorriu-me de volta. Levantou-se.

-Obrigada – acabei por pronunciar a palavra.

-Eu vou estar sempre aqui. Não preciso que me agradeças. Dar-me-á mais satisfação ver-te feliz ao lado da pessoa certa. – Eu não respondi. Não conseguia falar sequer. – Vá, vamos lá para cima! Tu deves estar cansada e eu também estou. Vamos descansar porque amanhã vamos descontrair as duas! – sorriu, abraçando-me. Subimos para o quarto e fomos dormir.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Capitulo 22 (parte I)

Olá! :)
Bem, aqui está mais um capitulo, espero que gostem e deixem a vossa opinião! :)
Ah, e fiquem atentos/as, porque os próximos capitulos serão interessantes :p

Beijinhos*
Mónica
 
 
(visão David)

Depois do jantar em casa da Sara, nós os dois fomos até casa do Rodrigo ter com ele, com a Mónica e a Mariana pra depois seguirmos até casa da Mónica e da Andreia pra passarmos um tempinho todos juntos. Entretanto o Mauro apareceu e acabou por vir com a gente. Entrámos na casa da Mónica e da Andreia rindo, e o manz assim que soube qui a gente tava indo pra lá se colou na gente. Ele queria ver a Andreia, eu sabia isso, e viu, mas ela se escapou pró andar de cima.

-Lá estás tu a fugir outra vez! – disse ele prá Andreia.

-Ôh manz… - tentei, pedindo qui ele não começasse. Ficamos todos em pé, junto da escada, meio em filinha, pois a atitude da Andreia nos encostou na parede. Assim qui ela bateu a porta no andar de cima, com um pouco de força, uma onda passou e todo mundo deu um saltinho ao mesmo tempo, reagindo ao estrondo da porta. A Mónica e o Rodrigo subiram pra ir falar com a Andreia. Ficaram pouco tempo, e nenhum de nós se foi sentar.

-Ela quer falar com você, David – me disse o Rodrigo, quando ele e a Mónica desceram.

-Tá bom – respondi.

-Eu podia ir – disse o Rúben, despertando.

-Cê tá maluco? A gente não quer qui ela salte pela janela – pousei as mãos nos ombros dele e fiz ele sentar de novo. – Você fica quietinho aí e eu vou falar com ela. – Ele ficou me olhando, meio desapontado. Subi as escadas e cheguei no quarto. – Chamou? – perguntei,  espreitando pra dentro.

-Sim.

-Então, cê tá precisando de ajuda pra voltar lá pra baixo? – perguntei, tentando fazer logo com qui ela falasse.

-Não, parvo. Eu não vou voltar lá para baixo.

Eu sabia porquê, por isso completei.

-Pelo menos enquanto o Rúben tiver lá, né?

Ela respondeu qui sim e eu, mais uma vez, como de todas as vezes qui eu falava com ela sobre o Rúben, ou com o Rúben sobre ela, eu sabia qu’qui eles tavam pensando. Ela tava com medo de alguma coisa.

-Cê tá com medo de quê?

Ela negou qui tava com medo. Conhecia ela há muito bem já pra perceber qui ela tava mentindo. Acabou dizendo qui tava fugindo do Rúben. No meio de algumas piadas perguntei o qui é qui o manz tinha feito pra ela tar fugindo.

-Vais-me dizer que ele não te contou?

-Contou até à parte da Gala. Há mais?

-Há…

-Hiii… Tou aqui pra ouvir você.

Ela contou a história toda pra mim e eu fiquei surpreso. Eu sabia qui o manz não era de desistir, mas tinha tentado muita vez. Pelo visto era mesmo sério. Depois qui ela terminou eu fiquei olhando ela. Vista vermelha é de quem tá contendo choro.

-Pode chorar na minha frente, não precisa evitar. – Ela mi olhou surpreendida. – Os seus olhos tão muito vermelhos, dá pra perceber – A gente ficou em silêncio um tempinho, mas depois eu voltei perguntando alguma coisa. – Cê tá com medo do quê, qui eu acho qui baralhei. De perder o Rúben, tá com medo do qui a Inês parta pra cima de você ou é alguma coisa sua mesmo?

Ela respondeu qui não podia perder a amizade do Rúben, e tinha medo qui isso acontecesse se eles começassem alguma coisa.

-Cê pode ganhar muito mais qui a amizade dele. Cês podem permanecer com essa grade amizade e se amar ao mesmo tempo. Não é crime, não tão fazendo mal pra ninguém e muito menos é estúpido.

-Eu tenho medo, David.

-Medo? Qui medo! Cê tá é tonta! Cê não ama o Rúben?

Eu fiz de propósito pra pegar ela. Não ia falhar. Eu conhecia ela e não ia havia tempo pra arranjar desculpas ou mentiras.

-Amo.

Finalmente! Agora só faltava ela admitir isso também pró Rúben! Sorri ao ouvir essa coisa boa!

-Então, posha! Deixa dessas bobagens, deixa de ser cabeça dura e fala isso pró Rúben! Qual qui é a dúvida qui cês têm qui tar juntos?

-David, o Rúben é o meu melhor amigo. Eu preciso dele, e não quero nem posso perdê-lo. Tenho medo disso, percebes? Eu não posso perder o Rúben.

-Mas tu não me vais perder  - ouvi o manz dizer nas minhas costas. -  Quem é que te pôs essa ideia estúpida na cabeça? – Olhei pra ele e depois me levantei.

-É… eu vou deixar vocês dois. Se precisar alguma coisa grita, tá?

Pisquei o olho pra Andreia, querendo pedir pra ela ter calma e dei uma pancadinha no ombro do manz, pedindo a mesma coisa. Saí do quarto, desci as escadas e todo mundo tava sentado no sofá, esperando alguma coisa.

-A gente não conseguiu segurar o Rúben.

-Sim, o meu irmão estava mesmo a passar-se – concordou o Mauro com o Rodrigo.

-Ela disse o qui eu queria ouvir, por isso não há problema. Agora eu só espero qui eles finalmente se resolvam – sentei junto da Sara.

-Disseste que ela disse o que tu querias ouvir… O que é que ela disse? – perguntou a minha namorada.

-Ela disse qui ama o Rúben. Mas pra mim, não pra ele!

-O quê? A Andreia o quê? – perguntou o Mauro, surpreendido.

-Ela ama o seu irmão. Mas você fica de boca fechada, viu? Se há alguém qui tem de contar pra ele é ela.

-Está bem, está bem. Mas, wow, quer dizer, eu sabia que o Rúben gostava dela, mas não sabia que ela gostava dele…

-Gosta – disse o Rodrigo.

-E muito – completou a Mónica.

-Pois, acho que agora já percebi.

-Mas eles não estão a complicar um bocadinho? Quer dizer, vocês sabem que eu gosto da Inês, mas o que o Rúben sente por ela já não é amor há muito tempo – disse a Sara.

-Coisas da cabeça da Andreia. O Rúben pediu um tempo prá Inês e já falou prá Andreia qui ama ela, por isso não há mais impedimento, mas mesmo assim ela continua fugindo, com medo de alguma coisa ou até mesmo do qui tá sentindo – comentei também.

-Amar é uma coisa muito boa, a gente não tem qui ter medo. Ainda pra mais o Rúben. Ele pode ser maior palhaço e tar sempre brincando e zoando com tudo e com todos, mas quando é pra ser sério ele é. Dá pra ver desde sempre qui a Andreia mexeu com ele, ela tomou o coração dele e ele simplesmente quer dar o dele pra ela. Mas ela tá complicando demais… - falou o Rodrigo.

-Inspiradão você, hein? – ri.

-Ah, inspirado sim – tirou um olhar e um pequeno sorriso com a Mónica. – Mas, vocês não concordam? Quer dizer, porquê complicar se o Rúben já deu bastantes provas qui ama a Andreia de verdade, e não há nada qui seja pretexto pra impedir de eles ficarem juntos?

-Claro que sim, claro que concordamos, quer dizer, acho que posso falar por todos. Mas mesmo assim, apesar de o Rúben ter pedido um tempo à Inês, e ela não ter feito uma cena, só ter reagido mal no princípio, coisa compreensível, eu não sei se ela vai ficar no canto dela se vir ou se souber que o Rúben e a Andreia estão juntos – disse a Sara.

-É, eu também acho qui a Inês não vai ficar nem parada nem calada. Se ela já fazia maior cena quando a Andreia e o Rúben falavam, agora se ela vir ou alguém disser pra ela qui eles tão juntos, se eles realmente ficarem, ela não vai se ficar… - concordei.

De repente a gente ouviu uma porta no andar de cima e alguém correndo escadas abaixo. Eu, a Mónica e o Rodrigo nos levantámos imediatamente e fomos até junto das escadas. A Andreia passou por nós correndo e saiu de casa. O Rúben vinha logo atrás.

-Sai, sai, sai, sai, sai, sai, sai! – gritou o manz pra mim, correndo as escadas. Eu me desviei por reflexo, mas depois consegui segurar o manz pelo capuz da camisola dele.

-Ôh, ôh, ôh! Calma aí! Onde é qui cê pensa qui vai?

-Oh David, larga-me! Deixa-me ir atrás dela! Larga-me! – esperneou ele.

-Manz, se acalma! Cê não vai a lado nenhum agora! – disse eu, segurando ele pelos ombros.

-Mas… - tentou ele, desviando o olhar pra porta da saída, qui tava aberta.

-Rúben, eu já disse qui você não vai a lado nenhum agora! Se acalma, por favor, pra depois você contar o qui é qui Aconteu pra fazer ela fugir desse jeito.

-Mas oh David…

-Manz! Chega! Vamo sentar – ele veio sentar no sofá e a Mónica foi até à porta , ficou olhando um tempinho mas depois a fechou e veio pra junto da gente.

-O que é que aconteceu, Rú? – perguntou a Mónica, preocupada.

-Pff… Eu disse-lhe que ela nunca iria perder-me nem à minha amizade, e tentei beijá-la… E ela desatou a fugir.

-Claro! Cê tava esperando o quê?! Cê sabe como é qui ela costuma reagir.

-Eu sei, mas… Fogo! Porque é que ela está a complicar tanto?!

-Ela tá com medo, manz – disse eu.

-Medo? Mas medo de quê? Eu já lhe disse, já lhe provei que a amo a sério e pretendo fazê-la feliz, e nunca a magoaria… Porque é que ela está com medo? – falou o Rúben, com um ar meio cansado.

-Tem calma, mano. Nós estamos aqui para ajudar-te – tentou o Mauro tranquilizar, colocando uma mão no ombro do manz.

-É, a gente tá aqui, e no qui depender da gente, a gente vai fazer de tudo pra vocês ficarem juntos! – reforçou a Mariana com um enorme sorriso. O Mauro olhou pra ela e sorriu também.

-Sim Rúben, sabes que estamos sempre prontos para te ajudar, e neste caso para vos ajudar – ofereceu a Sara.

-E eu vou fazer mais do que já faço. Acho que já está na hora de se resolverem… - falou a Mónica.

-Eu não vou falar nada porqui cê sabe qui eu vou tar sempre do vosso lado – acrescentou o Rodrigo.

-Obrigada pessoal, a sério. Têm feito muito por mim, têm-me ajudado muito. Não sei como é que ei-de agradecer-vos.

-Ah, mas eu sei! Depois qui você e a Andreia ficarem juntos cês têm, e sim, tou obrigando, qui ser felizes – ri, passando um braço nos ombros do manz.

-Obrigado – sorriu.

-Bem, e agora, eu queria mostrar-vos umas coisas – disse a Sara.

-O qui é qui cê tem pra mostrar pra gente? – perguntou a Mariana.

-Revistas.
 

-Revistas? Olha a minha paciência para as ver… - resmoneou o Mauro. Todo mundo riu.

-Estas acho que toda a gente vai quere ver. São aquelas onde falam sobre a Gala de Natal do Benfica – sorriu a minha namorada. Adorava aquele sorriso dela.

-A sério? – perguntou a Mónica.

-Sim. Não sabia se vocês já tinham visto, por isso, estão aqui – colocou as revistas ao dispor de todo mundo e eles tiraram pra ver. A Sara não sabia o qui tinha acontecido nessa noite entre o manz e a Andreia… Mesmo assim, o Rúben pegou uma também e começou passando as páginas. Parou numa em qui o título sobressaía: ‘’Terá Rúben Amorim um novo amor?’’. Em baixo, algumas fotos deles dois na Gala, em destaque uma de quando eles pousaram no famoso tapete vermelho, tavam os dois sorrindo. E aquele sorriso do manz eu conhecia bem, naquela foto, naquele momento ele tava completamente feliz. Assim qui eu gostava de ver ele. Ele já tava vendo aquilo fazia muito tempo, e a réstia de sorriso qui tinha sobrado da última conversa antes das revistas tava desaparecendo.

-Manz, a sério, se acalma. Cês vão se resolver mais cedo ou mais tarde, e todo mundo vai tar torcendo e fazendo uma forcinha pra ser mais cedo – falei pra ele.

-Eu sei David, eu sei, mas custa, o que é que queres? Ainda por cima não sei para onde é que ela foi… Não vou conseguir dormir descansado enquanto não souber que ela já está em casa e está bem.

-Não se preocupa manz, a gente tá aqui e assim qui a Mónica ou o Rodrigo souberem alguma coisa eles falam pra você.

-Obrigado – suspirou.

Coitado do manz. Tava custando pra caramba essa luta pra conquistar a Andreia… Mas depois qui ela cedesse ia saber bem toda essa luta. E ele não tava sozinho. Nunca.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sondagem!

Olá! :)
Bem, ainda não venho com um novo capitulo, mas esse estará para breve, prometo!
Venho aqui agora para pedir-vos que respondam à sondagem que tenho em ambas as fics, por favor. Não é uma pergunta muito relevante, mas desde que começei as duas ficas que tenho curiosidade em saber qual delas gostam mais de ler, e por isso deixei esta pergunta!
Se quiserem, podem também comentar este ''pedido'', dizendo as razões pelas quais mais gostam de ler a fic que votarem!

Obrigada pela atenção, e espero as vossas respostas! :D

Beijinhos*
Mónica

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Capitulo 21 (parte IV)


Olá! :D
Deixo-vos aqui mais um capitulo, espero que gostem e que deixem os vossos comentários! :D
 
Beijinhos*
Mónica

(visão Andreia)

-Chamou? - perguntou, com um grande sorriso.

-Sim - respondi, não evitando um sorriso também. Ele entrou e sentou-se ao pé de mim.

-Então, cê tá precisando de ajuda pra voltar lá pra baixo? - gracejou.

-Não, parvo. Eu não vou voltar lá para baixo.

-Pelo menos enquanto o Rúben tiver lá, né? - completou.

-Sim...

-Cê tá com medo de quê?

-Eu não estou com medo de nada.

-Ah, pelo amor de Deus, Andreia, não mente pra mim vai! Eu conheço você.

Fogo, não conseguia mesmo esconder nada, hoje.

-Está bem... - comecei. - Eu, estou a fugir do Rúben.

-Ué, o Rúben não é nenhum bicho papão pra você ter qui fugir. Tá bom, de vez em quando ele não fica normal, mas quem não tem momentos de estupidez, de brincadeira parva? Todo mundo tem!

-E vocês os dois quando se juntam, então… - sorri.

-Mas a gente é especial, a gente tá sempre zoando um com o outro, mas isso já faz parte da gente.

-Pois – ri.

-Vocês se davam tão bem… Até eu já tava ficando com ciúmes de vocês! – riu. – Mas agora sério, o qui é qui houve pra você tar fugindo do manz?

-Vais-me dizer que ele não te contou?

-Contou até à parte da Gala. Há mais?

-Há…

-Hiii… Tou aqui pra ouvir você.

Contei tudo o que tinha acontecido entre mim e o Rúben desde a noite da Gala, e os meus olhos já ardiam de tanto me esforçar para não chorar. O David ouvia tudo atentamente, com um ar sério. Quando acabei permaneci calada e ele ficou a olhar para mim durante uns minutos. Já estava a sentir-me incomodada por ele estar a olhar tanto para mim.

-Pode chorar na minha frente, não precisa evitar. – Olhei-o surpreendida. – Os seus olhos tão muito vermelhos, dá pra perceber – esclareceu. Permanecemos em silêncio novamente, e mesmo assim não deixei que as lágrimas caíssem. – Cê tá com medo do quê, qui eu acho qui baralhei. De perder o Rúben, tá com medo do qui a Inês parta pra cima de você ou é alguma coisa sua mesmo?

-Tenho medo de perder a amizade do Rúben. Tenho medo que se começarmos alguma coisa possamos magoar-nos um ao outro e que a amizade que temos desapareça. E eu não posso ficar sem a amizade dele. É muito importante, demasiado importante para que possa dar-me ao luxo de perdê-la.

-Cê pode ganhar muito mais qui a amizade dele. Cês podem permanecer com essa grade amizade e se amar ao mesmo tempo. Não é crime, não tão fazendo mal pra ninguém e muito menos é estúpido.

-Eu tenho medo, David.

-Medo? Qui medo! Cê tá é tonta! Cê não ama o Rúben?
 
Esta pergunta caiu tão diretamente que não tive tempo de pensar para negar ou para desviar o assunto. E, sinceramente, não quis. Podia confiar totalmente no David.

-Amo – acabei por admitir, fugindo com o olhar dos olhos atentos do David. Ao ouvir a minha resposta ele sorriu.

-Então, posha! Deixa dessas bobagens, deixa de ser cabeça dura e fala isso pró Rúben! Qual qui é a dúvida qui cês têm qui tar juntos?

Acreditava no que o David estava a dizer. E sentia-o. Sentia-o por baixo de muitas máscaras e artefactos que encobriam a certeza pelo qual o meu coração palpitava agora, e quase sempre. No entanto, o automático respondia por mim. Diziam que eu tinha de negar, e eu negava, diziam para eu fugir, e eu fugia.

-David, o Rúben é o meu melhor amigo. Eu preciso dele, e não quero nem posso perdê-lo. Tenho medo disso, percebes? Eu não posso perder o Rúben.

-Mas tu não me vais perder. Quem é que te pôs essa ideia estúpida na cabeça? – o Rúben entrou no quarto, e ao falar fez com que eu e o David olhássemos para ele.

-É… eu vou deixar vocês dois. Se precisar alguma coisa grita, tá? – disse o David. Olhou para mim e piscou-me o olho e quando passou pelo Rúben deu-lhe uma pequena pancada no ombro, antes de fechar a porta.

-Então, quem é que te pôs essa ideia estúpida na cabeça? – perguntou ele, sentando-se no lugar do David, ao meu lado, na minha cama. Não consegui controlar mais as lágrimas. Ao ver o Rúben ali à minha frente, depois da conversa que tinha tido com o David, não consegui.

-Ninguém – respondi, baixando a cabeça para que ele não visse as lágrimas na minha cara.

-Ninguém?! Esse estúpido, ou estúpida até te fez chorar, então!

-Então a estúpida sou eu.
-Andy, não és estúpida nenhuma. Pronto, ok, agora estás a ser um bocadinho tonta, mas pronto. Qual é que é a ideia de dizeres que tens medo de me perder? Já não te disse que nunca me vais perder? Nunca. Por nada. Vou estar sempre ao teu lado – enquanto falava aproximou-se de mim, levantou o meu queixo e limpou uma lágrima que caía. Agora ainda estava mais próximo. Ia tentar beijar-me… Afastei-me e saí do quarto a correr. Desci as escadas e passei pelo David, pelo Rodrigo e pela Mónica, que estavam mesmo à frente. Ouvi os passos do Rúben a descerem as escadas a correr também e corri mais rápido. Não queria que
ele me apanhasse. Não queria que ele me tocasse. Não queria sequer olhar para ele. Porque se o fizesse eu ia cair nos seus braços nesse exacto momento, e isso não podia acontecer. Entrei na carrinha do meu pai e guiei até ao sítio onde me sentiria mais calma e onde poderia pensar melhor: a praia.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Capitulo 21 (parte III)

Olá!
Bem, quero pedir imensas desculpas por não publicar há imenso tempo, mas o meu computador avariou e só agora é que foi arranjado, e não consegui arranjar nenhuma oportunidade para publicar! Desculpem! Mas bom, deixo-vos aqui, finalmente, mais um capitulo! Espero que gostem, que deixem os vossos comentários, mas acima de tudo, espero que não tenham desistido das minhas fics, e agradecer-vos por todos os comentários e todo o apoio!

Beijinhos*
Mónica




(visão Rodrigo)

Deduzi o qui ela tava querendo saber.
-Cê quer qui eu conte pra você a história, é isso? - perguntei, quase adivinhando.
-Mas, eu não quero que lembres o que não queres, não quero que sofras ao falar nisso...
-Não vai causar nada em mim - garanti, levantando o queixo dela pra falar olhando nos seus olhos. - Não dói mais. Não dói nada. Ela é passado e o passado já ficou pra trás. O qui eu quero agora é o presente e o meu presente é você. Com você eu sei qui não vai ser como com a Carolina. Eu vejo isso em você e em tudo o qui você faz e diz. Eu apendi a perceber isso, pra não vir a mi magoar mais do jeito qui foi. Si eu não soubesse qui você é completamente diferente eu tinha lutado contra o qui eu tava sentindo. Eu ti amo e sei qui você mi ama de verdade também e eu não preciso qui você diga por palavras, porqui eu sinto isso em você. - Ela apenas olhava pra mim. - Ouviu? - perguntei. Ela acenou qui sim. Juntei meus lábios com os seus, tentando confortar mais ela. - Ainda quer qui eu conte? - perguntei, passando a minha mão no seu rosto.
-Quero.
-Mas primeiro vem aqui, vem. Deixa eu abraçar você.


  Ela juntou a sua cabeça ao meu peito e apertou levemente o meu tronco num abraço bem gostoso, enquanto eu pousei a minha mão esquerda um pouco acima da sua cintura, apertando levemente também e a outra mão pousou nos seus cabelos, fazendo pequenas festas. - Então, eu conheci a Carolina quando eu ainda tava no Real Madrid, eu ja tinha feito 17 anos. Foi em Novembro. Tinha havido treino à porta aberta e eu tinha reparado nela porquê ela era uma das fãs mais histéricas, se não a mais histérica, mas à saída a gente foi um contra o outro e eu gostei do jeito dela. O meu pai tava comigo e viu qui eu mi interessei, mas ele não foi muito afim de eu tentar conhecer ela, para além de qui ela era mais velha qui eu um ano.
-Então os teus pais não gostavam dela? - perguntou. A sua voz saía abafada por ela estar encostada ao meu peito.
-Não gostavam, mas ela acabou por conseguir dar a volta a neles. A Mariana é qui sempre ficou com um pé atrás.
-A sério?
-Sim. Ela fazia questão de falar pra mim todo o dia qui não tinha certeza qui a Carolina era a pessoa certa e assim. Entretanto eu fiz 18 anos e ela 19 e o meu pai mi deixou morar sozinho, numa casa qui ele tinha, perto do sitio onde qui eu tinha qui treinar, porquê eu depois fui pró Bolton. A Carolina dormia muitas vezes lá em casa, mas a gente começou discutido demais, porqui ela ficava com ciúmes de fãs ou amigas, coisa descabida, ou por coisas completamente estúpidas.
-E as coisas pioraram?
-É, pioraram um pouco sim, e quem ficava mal era sempre eu. - Ela mi apertou mais um pouquinho e mi deu um beijo de conforto no peito. - Ahaha. Já passou, meu anjo - sorri. - Mas bom, eu deixei passar mais um ano. Mesmo com todas as discussões e tudo mais, eu gostava dela. Fiquei mais um ano no Bolton e continuei tentando fazer com qui os meus pais e a Mariana gostassem dela, mesmo depois de alguns escândalos qui ela fez, porqui eles ficaram com o pé atrás novamente - parei pra respirar. Ela levantou a cabeça pra olhar pra mim. Sorri. - Bom, depois houve uma noite em qui a gente foi jantar fora com os meus pais e a Mariana e apareceu um amigo do meu pai, o Fabiano. Ele tinha uns 21 anos, mais um ano qui ela, mais dois qui eu, mas já era bastante rico, por herança do pai dele, qui também tinha sido amigo do meu pai, e porqui era um empresário bem sucedido. Desde esse dia qui eu tinha notado a maneira qui eles se olhavam e claro qui não gostava. A minha namorada trocando olhares e sorrisinhos com ele... Para além de qui eu nunca tinha gostado muito dele. Ele já tinha tentado dar em cima da minha irmã e eu discuti com ele, mas não podia fazer grande coisa. Mas a Mariana deu um chega pra lá nele.
-Ele andou atrás da tua irmã?
-Andou. Ele e a Carolina serviam muito bem um pró outro. Mas então, os olhares e os sorrisos tavam durando à muito tempo e a Carolina passava cada vez menos tempo comigo, inventava desculpas pra não ficar lá em casa ou pra não tar comigo, apesar disso as discussões não paravam, então eu decidi ir até casa do Fabiano pra conversar, pra ele parar de fazer esses sorrisinhos e assim com a Carolina, mas quando a porta do elevador abriu pra eu subir até ao andar dele fui eu quem não quis falar mais nada, porqui o qui eu vi me esclareceu e desfez as minhas dúvidas.
-O que é que viste? - perguntou ela, meio a medo.
-Eles tavam si enrrolando no elevador - ela estremeceu. Apertei um pouco mais. - Saí dali directo pró carro e fui embora o mais longe qui consegui, mas a meio eu tive qui encostar porquê não conseguia aguentar mais. u chorei pra caramba, mas saí dali de volta pra casa jurando qui não ia deitar nem mais uma lágrima por ela. Agora eu só sentia repulsa por eles, mi sentia tã traído e humilhado qui eu não quiria qui ela aparecesse mais na minha frente. Quando cheguei em casa a Mariana tava lá, eu tinha dado uma chave pra ela. Ela mi viu daquele jeito e então eu falei tudo pra ela. A gente sempre partilhou tudo e ela mi ajudou muito. Ela ficou dormindo lá, e a Carolina não apareceu.
-E, nunca mais a viste?
-Vi sim. Na manhã seguinte ela apareceu lá em casa quando eu e a Mariana tavamos tomando o café da manhã. A Mariana ficou de boca aberta por ela ainda ter a lata de ir lá em casa, mas eu não, eu já tava meio esperando, porquê depois de ver o qui tinha visto a minha cabeça juntou tudo e descobriu a Carolina, a falsa qui todo mundo tinha mi tentado avisar. Ela começou pedindo desculpas, dizendo qui o Fabiano é qui tinha pegadoela no elevador, e você ainda não sabe porqui você ainda não dormiu comigo no Verão, mas aí eu durmo só de calção. Ela começou tentando si aproximar e si colar em mim, fazendo coisas qui ela costumava pra mi provocar, mas tudo o qui ela tentava eu travava, porqui a única coisa qui eu sentia ao olhar práquela brasileira, linda, de olhos azuis e cabelo loiro, qui todo o homem ficava olhando quando passava, era nojo, porqui depois de tudo o qui eu tinha lutado pra ficar com ela, não ligando prós conselhos dos meus pais e da Mariana e alguns amigos meus, por exemplo o Thiago Alcântara, qui eu andava desde criança, depois de ter discutido tantas vezes com o meu pai por causa dela, depois de todas as acusações qui ela mi fazia, ela mi traiu, com o primeiro qui apareceu pra ela com mais dinheiro qui eu. E teve a coragem de inventar desculpas esfarrapadas e si tentar desculpar ao mi tocar. - Parei novamente pra respirar e ela voltou a levantar a cabeça pra mi olhar. Sorri e fiz uma festa no seu rosto. - E a minha irmã e a Carolina iam si pegando - ri.
-O quê? - perguntou surpreendida.
-A Mariana começou atirando tudo o qui tinha pra dizer na cara dela, elas começaram discutindo e a Mariana acabou dando um tapa na Carolina.
-O quê? A Mariana bateu-lhe? - perguntou, si levantando um pouco e eu vi um pequeno sorriso surgir na sua boca. Sorri.
-É, deu esse tapa nela sim. E a Carolina ia dar um nela, mas eu mi coloquei na frente e disse qui ela não tocava na minha irmã e a expulsei da minha casa. Depois do almoço a Mariana foi embora e aí eu fiquei pensando, sozinho, qui tinha sido muito burro. Eu mi deixei levar sem conhecer bem ela. Ela veio com aquele jeito dela pra mi conquistar logo, e eu não percebi qui ela nunca mi amou de verdade mas sempre quis ficar famosa e si aproveitar do dinheiro da gente, porqui o meu pai tinha sido o grande jogador do Flamengo, nos anos 80, e porqui eu tava indo no bom caminho também... No dia seguinte a gente soube qui ela e o Fabiano tinham fugido. Ele tinha feito um desfalque numa empresa, qui era, na verdade, do qui ele vivia, e ela aproveitou pra fugir e não ter qui enfrentar o meu pai, e assim ficou bem com o novo rapaz rico qui tinha arranjado. No dia em qui a Mariana bateu nela e eu defendi a minha irmã, a Carolina mi chamou de tudo e mais alguma coisa, disse qui eu era um simples garotinho pra ela, qui não servia de nada e não era bom pra nada, qui não levava jeito pra conquistar uma garota porquê eu não era qui nem aqueles rapazes todos musculados e qui era um sem graça...
-Então ela é burra ou precisa de óculos. O teu corpo pode até ser pouco vistosos, comparando com muitos, mas o teu abraço é reconfortante e transmite segurança, enquanto que os outros devem sufocar. Tu és lindo - sorri. Ela si sentou e pousou as mãos nas minha pernas. - E és uma pessoa maravilhosa. És fantástico, agora, ela deve preferir aqueles que passam a vida a gritar e são super violentos... - sorri e passei a minha mão no seu rosto.
-Essa é a história, e como você tá vendo não tou nem um pouco incomodado. Já botei isso pra trás das costas. A Carolina não é ninguém na minha vida e não vai voltar a ser. Não provoca mais nós na garganta, nem borboletas na barriga, nem faltas de ar, nem falta de apetite, nem nada. A Carolina pra mim é como si não tivesse existido.
-Não mereceste nada do que ela te fez. Tu és uma pessoa extraordinária e nao sei como é que podem existir pessoas que não dêm valor a isso, ou que nem se apercebam disso. És o meu herói, o meu campeão, o meu menino - sorriu, mi beijando e se sentando no meu colo.
Ficámos nos beijando e todos os nossos beijos tinham mensagens qui só podiam ser desvendadas com os nossos gestos e carícias, os nossos beijos e sorrisos. Paramos pra respirar um pouco e eu mi levantei, pegando ela no colo.



-Posso levar você lá pra cima ou quer ficar aqui? - perguntei.
-Podemos subir. Mas eu sei andar.
-Ué, não posso querer levar você? - respondi começando a subir as escadas.
-Podes - respondeu sorrindo e mi dando um beijo no pescoço.
O amor não si vê, si sente, por isso a gente si amou depois de subir no quarto. Ela queria qui eu soubesse qui ela nunca iria fazer pra mim o qui a Carolina tinha feito. Eu gostava desse jeito dela, apesar de não precisar fazer amor com ela pra saber isso.
Depois de almoço ficámos dando mole, vendo fime e namorando um pouquinho. Eram oito horas e a gente tinha adormecido, até qui eu despertei com a campainha. Com calma, mi soltei dela e fui abrir a porta. A Mariana. Fiz sinal pra qui ela falasse baixo. Ela entrou e ficou olhando a minha namorada dormir.
-Eu tava indo pra cozinha preparar o jantar, quer vir?
-Sim, vamo - respondeu a minha irmã. Começámos preparando as coisas. - Você gosta mesmo dela, né maninho?
-Muito mesmo.
-Dá pra ver. E olha qui dessa vez todo mundo gosta dela. O papai e a mamãe ficaram muito bem impressionados. E eu gosto dela, ela é uma garota bem legal e ti ama de verdade.
-É, eu sei.
-Rodrigo, eu não sei si você vai si importar ou não, e eu espero não ter feito nada errado, mas... eu acabei falando na Carolina e contei resumidamente a sua história com ela - disse ela, meio qui envergonhada por ter falado sobre assuntos qui não eram da sua vida.
-Não tem problema. Acho até qui foi melhor assim. Ela ficou meio chateada e assustada, mas já tá tudo bem.
-Ah, ainda bem. Eu não quiria ficar sem ela agora, eu tou precisando da ajuda dela.
-Ai tá? Cês já tão si dando tanto assim? - perguntei brincando.
-É, a gente tá si dando muito bem sim. E, eu preciso falar uma coisa pra você...
-Fala.
-É... eu...
-Hm, que cheirinho tão bom! - exclamou a minha minina, chegando na cozinha.
-Oi! - cumprimentou a Mariana si escapando.
-Olá - sorriu a Mónica.
-Já acordou? - perguntei quando ela si abraçou a mim.
-Já.
-E qu'qui cê ia dizer pra mim? - perguntei pra minha irmã. Reparei qui ela trocou um olhar com a Mónica.
-Eu preciso contar uma coisa pra você.
-Pode falar. Ou você prefere qui a gente fale só os dois?
-Não, não. Eu quero qui a Mónica fique. Ela mi ajudou - sorriu, olhando pra minha namorada.
-Ela ti ajudou? Cês já tão si dando bem assim?
-Tamos sim - respondeu a minha irmã com um sorriso
-Hm, acho qui isso é bom, então. Mas, o qui é qui cê tem pra mi dizer?
Ela voltou a trocar um olhar com a minha namorada.
-É qui... - notei qui a minha irmã tava nervosa.
-Mariana, pode falar. Tudo. Cê sabe qui a gente sempre partilhou tudo, não tem de ficar nervosa. O qui é qui tá havendo? - encorajei.
-Eu, - hesitou - tou gostando do Mauro.
-O Mauro?
-Sim amor, o Mauro. O irmão do Rúben - respondeu a Mónica soltando o abraço.
-Cê tá falando sério? - perguntei prá minha irmã.
-Sim.
-Cê tava com medo de falar pra mim ui tá gostando do Mauro? Não precisava, Mariana. Todas a s vezes qui eu brinquei com você sobre isso eu tava brincando mesmo, eu não sabia qui você gostava dele, si bem qui eu já tava notando qui vocês andavam saindo muitas vezes.
-Você não tá chateado por eu ter falado primeiro com a Mónica, tá? Pr'além qui mesmo qui eu quisesse esconder era impossivel. Ela ficou uxando, puxando até qui eu tive qui dizer.
-Claro qui não fiquei, nem vou ficar chateado. Chateado porquê? Você fala com quem você quiser e quando você quiser. Eu sou seu irmão e você sabe qui pode contar tudo pra mim, como a gente tem feito até agora, mas você não tem obrigação de fazer isso. E eu fico contente de ver qui vocês tão se dando tão bem assim. Finalmente vou conseguir viver tranquilo com a minha família e a minha namorada, todos juntos.
-Mas pode mesmo. A namorada é completamente diferente, ela ti ama de verdade, e todo mundo já viu isso, por isso, é claro qui a gente gosta dela - sorriu a minha irmã.
-A namorada ama-TE, ama aquilo que tu ÉS, e não aquilo que tns ou podes vir a ter - sorriu a Mónica, avançando pra mim, rodeando o meu pescoço e mi beijando. Abraçei ela também.
-Ih, gente, vamo fazer assim, eu viro costas e fico terminando o jantar e vocês podem subir lá pra cima. É qui eu não quero ficar vendo vocês aí encostados, si agarrando... - riu a Mariana.
-Ah, não enche Mariana! Cê tá é precisando é do Mauro aí do seu lado! - brinquei.
-Ah! Você sai dessa cozinha, si não eu dou com o pano da cozinha em você! - respondeu ela, pegando o pano.
-Ahahaha, tá bom, tá bom, a gente vai prá sala! - ri, enquanto eu e a Mónica saíamos prá sala.
-És mesmo mau, tu! - disse ela, ainda rindo.
-Mau? Então?
-Oh, ela esteve ali uma pilha de nervos para te contar que gosta dele e tu depois vais gozar com ela!
-Por falar nisso, - sentámos no sofá. Ela si abraçou a mim - você sabe si o Mauro também gosta dela?
-Saber não sei, mas que pareçe, pareçe.
-Era bom qui sim. A minha irmã merece. E o Mauro é um cara legal, tal como o Rúben. Ela ia ficar bem.
-Ah, agora já não ficas com ciúmes ao dizer que os Amorim são pessoas bestiais.
-Eu não fico com ciúmes nunca. Pelo menos deles. Eu sei qui você mi ama. E eu ti amo ainda mais.
-Pois amo. Muito - sorriu. Eu sorri de volta e alcançei os seus lábios. Beijar ela mi dava uma sensação muito boa. Mi sentia tão feliz só por tocar os seus lábios e perceber qui a garota maravilhosa qui mi completava só com um beijo, dizia qui mi pertencia, qui mi amava e qui eu fazia dela a garota mais feliz.
-Oh, pelo amor de Deus! Nem na sala! Vamo jantar gente, vai! Si soltem um pouquinho! - disse a Mariana, entrando na sala. Tirei mais um beijo da minha minina e depois fomos prá mesa.

VISÃO ANDREIA

O Rúben já tinha ido embora, mas não sem antes, mesmo comn a porta fechada entre nós, ter o prazer de me conseguir irritar ainda mais. Depois de ouvir o carro dele a afastar-se fui até à cozinha tomar o pequeno-almoço e depois subi até ao quarto, fiz a minha cama e depois fui para o computador. Por volta das 11.00h fui ter com os meus pais para irmos almoçar a casa dos meus avós. Foi agradável estarmos todos juntos e só regressámos perto da hora de jantar, jantar esse que ia ser em casa dos meus tios. A meio do jantar recebi uma mensagem da Mónica a avisar que ela, o Rodrigo, a Mariana, o David (que tinha vindo passar o Natal a Portugal, com a Sara), e o Mauro vinham para nossa casa, para passarmos um bom bocado. Estavam lá por volta das 21.30h. Ela não tinha mencionado o Rúben, por isso ele não ia. Ainda bem. Não queria que ele voltasse a aproximar-se de mim hoje, com intenções de persuasão... Essas tentativas estavam a dar-me cabo da paciência. Depois de jantar ajudei a minha mãe e as minhas tias na cozinha, despedi-me de todos e voltei para minha casa. Sentei-me no sofá, a ver televisão, enquanto esperava que eles chegassem. Entretanto ouvi a chave na porta de entrada.
-Ah, mas a gente não vai ficar a noite toda assistindo televisão! - ouvi o David.
-Claro qui não! Vamo ficar jogando playstation! - gozou o Rodrigo.
-Ahaha! Tiveste uma piada puto! - ouvi ironizarem. Pronto, já estava tudo estragado! Mas o que é que o Rúben estava aqui a fazer? Olhei para a Mónica, meio que repreendendo-a, mas ela devolveu-me um olhar pelo qual percebi que não tinha sido ela.
-Oi! - cumprimentou o David, sorrindo.
-Olá - respondi. O Rúben estava a olhar para mim. - Bem, eu tenho de ir lá acima ao quarto. Já venho - levantei-me e passei pela Mónica até às escadas.
-Lá estás tu a fugir outra vez! - disse o Rúben, dirigindo-se a mim.
-Ôh manz... - disse o David.
Entrei no quarto e bati a porta com um pouco mais de força. Pouco depois a Mónica e o Rodrigo entraram no quarto.
-Estás só a fazer tempo para o Rúben ir embora, não é? - perguntou a minha melhor amiga.
-Não - tentei disfarçar.
-Não precisa ficar fingindo - disse o Rodrigo.
-Eu não estou a fingir nada.
-Ai não? Então porque é que não voltas lá para baixo para junto de nós? - perguntou a Mónica.
-Perguntas dificeis agora não, por favor - pedi.
-Pergunta dificil? Tá complicado então, hein? - Olhei para ele, meio com medo de admitir alguma coisa.
-Podem chamar o David, por favor? - pedi, olhando para os dois. Eles olharam um para o outro e a Mónica segurou a mão do Rodrigo e puxou-o, levantando-se da sua cama.
-Está bem, nós chamamos - disse a minha melhor amiga.
-Mas, se precisar cê sabe qui cê pode chamar a gente! - ofereceu o Rodrigo.
-Eu sei. - Eles sairam e encostaram a porta. A seguir vi o David espreitar para dentro do quarto.
-Chamou? - perguntou, com um grande sorriso.


Será que a conversa com o David irá ter bom resultado? Ou a Andreia irá continuar a fugir do Rúben?