quarta-feira, 9 de julho de 2014

Capitulo 34 (parte II)

Buenas guapas!
Finalmente volto aqui! Peço muitas desculpas pela enorme demora de um novo capitulo, mas realmente não me foi, de todo, possível mimar-vos mais cedo como era minha intenção e como bem merecem! Mas bom, aqui vos deixo um novo capitulo, embora pequeno! Espero que gostem e espero os vossos comentários, niñas!

Besitos <3

Visão Filipa

A ideia da Mónica foi muito boa! E o facto de serem eles a ficar vendados renderia muito mais gargalhadas, coisa que vinha mesmo a calhar! Depois de os termos vendado enquanto eles permaneciam sentados em duas cadeiras no meio da sala, eu e a Mónica fomos até à cozinha preparar o que precisávamos e retornamos à sala.
-Preparados? - perguntou-lhes a Mónica.
-Claro que sim! - respondeu logo o Rúben, começando a surgir-lhe o entusiasmo. Peguei numa das taças, sem escolher, e levei-lhe a colher à boca.
-Abre a boca - indiquei-lhe.
-Mau! - resmoneou com uma careta e um sorriso parecendo receoso, acedendo à indicação. - Esta é fácil! - afirmou, depois de saborear o que lhe dera para a boca. - Mel!
-Certo! - sorri.
-Agora tu amor! - disse a Mónica ao Rodrigo, ao que ele acedeu de imediato.
-Isso é... aquela coisa que a gente coloca nos morangos, aquela coisa branca, parece espuma... - tentou ele.
-Tens de dizer o nome! - ri.
-Não tou conseguindo lembrar, é aquela...
-O nome! - desta vez a Mónica é que exigiu o nome.
-Termina em li eu acho...
-Tens de dizer o nome puto, tem de ser justo! - interveio logo o Rúben, rindo também.
-Mas não tá sendo então posha, eu não sei o nome direito!
-Vá meninas, dêem lá um desconto então! - pediu-no o Rúben.
-Primeira e última vez! - atalhou a Mónica.
-Uii, estás a ser mazinha para o teu zuquinha, então! - gozou o Rúben.
-Filipa, dá-lhe alguma coisa para a boca senão ele não se cala! - pediu-me a Mónica a rir.
-Está bem! - acedi, rindo e pegando em outra coisa rapidamente. Após já ter-lhe pegado é que vi o que é que era. Lutei contra o ataque de riso que me assolou ao ver o Rúben virar-se de lado num impulso de cuspir as grainhas que lhe estavam na boca, a Mónica, morta de riso já, apressou-se a dar-lhe um guardanapo.
-Vocês querem matar-me ou quê?! Pimenta, assim? - reclamou, tirando os vestígios da boca e bebendo água que a Mónica lhe dera. O Rodrigo desatou às gargalhadas. Após tudo mais calmo e o Rodrigo ter descoberto a canela que a Mónica lhe dera, e ele também quisera cuspir com uma cara cómica, regressamos ao Rúben.
-Então Rúzinho, preparado para a próxima, ou já não aguentas? - brincou a Mónica.
-Nasci pronto pequenina!
Foi impossível não cairmos no chão a rir a certa altura! Estavam os dois um pior que o outro e nós duas já chorávamos de tanto rir! Decidimos então dar o jogo por terminado, e ficamos a rir ainda mais um bom bocado a seguir, acabando depois por me despedir do Rodrigo e da Mónica e seguir com o Rúben para o carro dele. A noite estava deveras interessante, estava a ser produtiva no campo das ligações, e estava a saber-me tão bem. Depois de algum tempo meio afastada de algo assim eis que me aparecem as melhores pessoas que podia desejar. Primeiro, uma amiga, conselheira, aquela a quem passarei a chamar de irmã mesmo não se revelando tal facto no ponto de igualdade sanguínea. Depois, um amigo para todas as horas e quais queres ocasiões, e por tantas ocasiões, em diversas horas, mas sobretudo, tanta partilha do mais intimo, daquilo que faz chorar o coração sem marejar a vista, aquele em quem tornara a ver alguém para me acompanhar no futuro. Bem e depois, mas não menos importante, o namorado da melhor amiga/irmã do coração, que se torna importante também, e que se torna mais um amigo para guardar.
Tanta coisa para dizer que estou nervosa. Pronto, estou nervosa. Tanto sentimentalismo estava a fazer surgir as inevitáveis inseguranças que surgiriam a qualquer momento. Mas porquê hoje? Esperava conseguir controlar todas essas coisas para não estragar a agradabilidade que já se estendia esta noite.

Visão Mónica

-Boa ideia esse jantar, hein? - sorriu o Rodrigo após o Rúben e a Filipa terem ido embora.
-Sim! Apesar daquela noticia decepcionante, foi muito boa ideia amor!
-É, essa noticia... Mas pronto, a gente se divertiu, era o que a gente precisava!
-Sim! Aii e as caras do Rúben? Meu Deus, ele é demais!
-Eu não vi, mas só de ouvir ele reclamando e comentando dava vontade de rir!
-Tu também fizeste umas caras engraçadas! - ri.
-Deve ter sido! - riu também.
-Bem, vamos dormir?
-Dormir não, vamos deitar. Não tou com sono ainda.
-Hmm... - sorri.
Subimos para o quarto e fomos vestir os pijamas e lavar os dentes para por fim nos deitarmos. Abracei-me a ele, encostada no seu peito, enquanto ouvia calmamente as batidas do seu coração.
-Amor...
-Diz.
-Posso fazer uma pergunta pra você?
-Achas que tens de perguntar?
-Eu sei amor, mas é que é um tema delicado pra você...
-Deixa-me adivinhar, é sobre a noticia de há bocado, mais precisamente sobre a Andreia.
-Acertou - respondeu, exibindo cautela no tom de voz.
-Podes perguntar.
-Tem certeza? É que a noite foi boa e eu não quero você chorando...
-Pergunta.
-Tá bom... - pensou durante segundos. - O que é que você sentiu quando viu a noticia?
-Relativamente à noticia ou só à menção da Andreia?
-Dos dois, porque na verdade é dela e do seu ex melhor amigo.
-Em relação aos dois, não sei se foi uma reacção influenciada por tudo, mas só pensei que até estavam bem um com o outro. E em relação à Andreia, não vou dizer que não senti nadinha, porque por pouco que seja, senti alguma coisa, posso dizer com certeza que maioritariamente foi  a já habitual desilusão, mas acredita que cada vez menos me afecta ou me magoa.
-Então já conseguiu ultrapassar tudo o que aconteceu?
-Acho que só vou dizer que ultrapassei quando já não sentir rigorosamente nada em cada vez que se tocar no nome dela, mas agora já não fico em baixo por isso. Lá está, a desilusão e é óbvio que alguma tristeza, mas não o suficiente para estragar o meu dia, ou para me deixar a remoer.
-Mesmo?
-Sim.
-Fico tão feliz meu amor! - sorriu abertamente, enfatizando o estado de espírito citado.
-Eu sei amor. Eu sei que tu também sofreste este tempo todo. Eu não queria que isso tivesse acontecido, mas...
-Nem tenta discursar pra pedir desculpas! Eu não aceito desculpas nenhumas porque você não tem de pedir desculpa de nada! Dois em um, tá? Os seus problemas são os meus problemas, a sua dor é a minha assim como a sua felicidade também é a minha!
-Eu sei, mas podia ter evitado.
-Você não conseguia evitar nada, isso foi culpa dela, por ser orgulhosa e por revelar uma personalidade completamente diferente daquela que a gente conheceu e que a gente tanto gostava!
-Pois, mas se eu...
-Se você o quê? Se você tivesse ouvido e calado? Encher tudo ai dentro e sofrer ainda mais, sozinha? Não tinha necessidade e não era correcto! Você não fez nada errado, você só fez o que tinha de fazer e disse o que tinha de dizer. Ninguém pode culpar você de não ter tentado, se houve alguém que lutou e que tentou recuperar e manter a amizade foi você, ela que não soube dar valor pra você nem prá vossa amizade nunca!
-Não te revoltes, se faz favor! - acabei por rir. Tudo o que ele tinha dito encaixava na verdade, mas já não valia a pena remexer mais no assunto. Os assuntos estavam resolvidos, a ligação quebrada, com os colaterais de desilusão adquirida e mágoa infligida, mas que pouco a pouco se tornariam apenas em recordações menos boas.
-Não se preocupa que eu não vou causar nenhuma catástrofe! ´riu também. -Tenho de ir no banheiro. - disse, levantando-se da cama e indo à casa de banho. Demorou um pouco, e nesse tempo pensei seriamente ao ponto de tomar uma decisão.

Visão Rodrigo

Sai do banheiro e voltei pra junto da Mónica, que tinha sentado na cama.
-Cansada de tar deitada? - perguntei, me sentando do seu lado.
-Não. Tenho uma coisa para te dizer.
-Uii, tá me assustando!
-Não precisas, não e nada mau, ate acho que e o contrario!
-Diz logo, então, não me deixa aqui curioso!
-Lembro -Confirmei, sentindo o nervosismo no peito.
-Então pronto, eu vou parar de procurar casa, vou ficar a viver contigo!
-Tá falando sério? - perguntei, não tomando realmente aquilo como certo.
-Sim! - sorriu.
-Meu Deus, que bom! Obrigado! - sorri também, me atirando na sua direcção pra lhe dar um abraço bem apertado.


-Não me esmagues!
-Desculpa! - afrouxei o abraço. - Tá mesmo falando sério?
-Sim! Queres que repita mais quantas vezes para acreditares?
-Meu Deus, tou tão feliz! - beijei os seus lábios fugazmente. - Mas como que você mudou de ideia tão rápido assim?
-A conversa com a Filipa ajudou-me a definir melhor as ideias.
-Então você já tinha pensado em aceitar antes?
-Sim, e pronto, como já disse, já vivemos como se morássemos juntos, não vai fazer diferença.
-Que bom você decidiu isso, meu amor!
-Ela me sorriu docemente e eu tomei outro beijo dela -Vamos comemorar?
-Isto não é um grande acontecimento amor, se reparares nada vai mudar!
-Pra mim é importante, e todas essas pequenas coisas, assim como no futuro maiores virão, eu quero comemorar! Todos os detalhes que me fazem feliz como você merecem e têm que ser comemorados!
-Oh amor estas a ser um querido, mas também como é que vamos comemorar a esta hora?
-Vinho, chocolate e nós dois nessa cama ou onde você quiser. Tá bom assim?
-Agrada-me, mas há uma condição.
-Que condição? - perguntei, curioso, fixando o olhar nesse mesmo tom, no seu olhar fervoroso.
-O chocolate entra quando e como eu quiser.
-Humm... - apreciei aquela proposta, ou aquela imposição, melhor dizendo, me deixando seduzir pela incógnita, interiormente.
-Tá pensando concretizar mais alguma fantasia? - perguntei, morbidamente entusiasmado, mantendo porém esse entusiasmo na pergunta.
-Sim - respondeu prontamente, me abrindo mais o caminho sedutor com o seu olhar penetrante.
-Vamo lá então! - me levantei da cama, seguido por ela e descemos até a cozinha.
Enquanto eu fui pegar a garrafa de vinho do frigorífico e preparei o que precisava para depois mantê-lo frio do mesmo jeito, ela pegou em duas barras de chocolate e as derreteu. Decidi me concentrar nas minhas tarefas e deixar de olhar para o que ela estava fazendo, por que algumas ideias já estavam me surgindo e me deixando ainda mais entusiasmado. Após os dois terminar-mos tudo o que tínhamos a fazer, subimos com as coisas, de volta para o quarto. Depois de trancar a porta e desocupar as minhas mãos, fui até junto dela e a abracei, reclamando imediatamente o contacto dos meus lábios com a pele do seu pescoço. - Vinho agora ou depois? - perguntei, respirando propositadamente no seu pescoço.
-Agora e depois - respondeu, se virando de frente pra mim. Peguei então o vinho e coloquei em dois copos pra nós.
-Tá me matando com tanta sedução amor, e só tá me olhando!
-Ai é? - acenei que sim. - Bem então é melhor acalmares-te, amor.
-Vai fazer pior?
-Claro que sim.
-Como que você com essa alturinha pequena consegue me abalar tanto? - suspirei, retirando o copo da sua mão e pousando o dela e o meu junto da garrafa.
-Como já te disse várias vezes, as baixinhas fazem muita coisa que as outras não fazem - proferiu, prosseguindo com o mesmo olhar. - Vamos começar, então! - indagou, levando muito rápido as mãos à minha t-shirt e me obrigando, de modo reflexivo, a levantar os braços pra ela completar a ação iniciada.
-Agora é assim? - ri.
-Sim - sorriu, levando seguidamente as mãos às minhas calças pra me desnudar. Me deixou apenas de boxeres e me ordenou que deitasse na cama. Executei no segundo seguinte. A curiosidade e ansiosidade se abatiam estrondosamente sobre mim. Retirou o pijama e depois de pegar a taça com o chocolate derretido e a colher, se sentou sobre as minhas coxas.
-O que é que você tá pensando fazer? - perguntei, vendo ela remexer com a colher no conteúdo da taça. Ela apenas sorriu, elevando a colher com chocolate e a direccionando para o meu peito. - Isso vai me queimar, amor!
-Já arrefeceu, tonto! - sorriu, deixando então escorrer o chocolate da colher pra cair vagarosa e surpreendentemente, agradável, sobre o meu peito. Em seguida, baixou o rosto e com a língua retirou chocolate da minha pele, e foi retirando até o meu peito estar apenas pegajoso. Suspirei, arrepiado e seguidamente ela me deu um beijo nos lábios, deixando o sabor do chocolate impregnar a minha boca. Após deixar a minha boca ansiando aquele doce sabor, espalhou mais chocolate por todo meu corpo e voltou a repetir a sequência com a língua, sem voltar no entanto a adocicar a minha boca, Durante todo o processo me fez suspirar, surgindo consequentemente um sorriso no seu rosto.
-Terminou? - perguntei quando ela colocou a taça, já vazia, em cima da mesa de cabeceira e saindo de cima de mim.