terça-feira, 24 de julho de 2012

Capitulo 18 # parte I #




Olá!
Bem, queria pedir-vos imensas desculpas pela enorme demora deste capitulo, mas, com as mudanças e tudo mais não tenho conseguido escrever! Mas bom, aqui está o capitulo, espero que gostem, e deixem os vossos comentários e opiniões, que são muito importantes!
Beijinhos  :)
Mónica

VISÃO ANDREIA
Depois de ter chorado enquanto a Mónica me abraçava, o choro cessou.
-Obrigada... - agradeci, com a voz meio apagada.
-Não tens de agradecer, Andy. - Tentei esboçar um sorriso, mas saiu algo fracassado. - Queres explicar-me agora o que é que aconteceu? - perguntou ela cuidadosamete.
Agarrei numa almofada e coloquei-a em cima das minhas pernas, cruzadas ''à chinês'' em cima da cama. Respirei fundo e entre esse respirar surgiu um pequeno soluço. Ela olhava para mim, pacientemete.
-Eu fui uma estúpida... - começei.
-Porquê?
-Porque deixei passar beijos que nem sequer deviam ter acontecido.
-Beijos? Tu e o Rúben voltaram a beijar-se? - perguntou, surpreendida. Respirei novamente fundo.
-Quando voltámos de férias, enquanto tu e o Rodrigo foram para a cozinha, ele beijo-me, e eu em vez de me chatear com ele, deixei passar e aceitei ir com ele hoje à Gala. - Ela ficou a olhar para mim com ar de quem não sabia sequer o que pensar. - E saímos mais cedo da Gala...
-Sim, tu foste avisar-me.
-Pois. Só que nós fomos para a Costa.
-Para a Costa? - perguntou, surpreendida.
-Sim, para a Costa. Estivémos a dançar e acabámos por nos beijar outra vez... E eu deixei. Eu deixei,percebes? Eu deixei! Não sei porquê, assim como deixei antes de dizer que ia com ele à Gala, mas deixei! - disse eu já um pouco irritada.
-Andy, tu gostas dele! Eu estou farta de te dizer!
-Não, não gosto! Não posso gostar e não gosto!
-Mas não podes gostar porquê?! Porque ele é o teu melhor amigo? Isso não tem nada a ver. Aliás, até é bom, porque antes de ser teu namordo tem de ser teu amigo.
-Não.
-Não o quê?
-E a Inês? Onde é que ela fica, hã?
-Fica como uma grande amiga do Rúben. Só isso. Porque ele acabou com ela e porque ele te ama. Até a Inês já percebeu isso e só quer que o Rúben seja feliz.
Fiquei calada, a pensar no que a Mónica tinha dito. Eu sabia que ela, tinha razão. Eu amava o Rúben, sim, e estava tudo a nosso favor, mas mesmo assim sentia medo de poder estragar alguma coisa entre nós, como cortar um fio que não voltará mais a fazer a ligação. Não queria perdê-lo, de maneira nenhuma. Mas ele iria cansar-se qualquer dia, e aí, provavelmente, perdê-lo-ia de todas as maneiras. Mas eu ainda me sentia como se um precipicio estivesse mesmo à minha frente, à espera que eu desse o passo em frente para me fazer cair...
-Bem, eu quero deitar-me, estou cansada - disse eu.
-Está bem. Boa noite - disse a Mónica, indo para a sua cama, buscar o pijama.

VISÃO MÓNICA

No dia que seguiu a Gala eu não importunei a Andy com perguntas nem sermões, decidi dar-lhe espaço. Mas eu sabia que apesar de ela se manter ocupada e parecer normal, ela estava a sofrer, o seu interior devia estar cheio de nós a sufocarem-na e deveria apetecer-lhe chorar a toda a hora. Eu conhecia a minha melhor amiga. Mas também eu estava com uns nervozinhos no estômago. Hoje à noite era dia de Natal, e era hoje que o meu pai e a minha irmã iam conhecer o Rodrigo e eu ia conhecer os seus pais e a sua irmã. Eram três e meia quando o Rodrigo tocou à nossa campainha.
-Olá! - sorri ao abrir a porta ao meu namorado.
-Oi amor! - sorriu ele entrando e dando-me um beijo.
-A Andy está aqui na sala. Mas, não lhe digas nada sobre o Rúben, por favor. Ela precisa de descansar e dar uma folga nesse assunto, está bem? - pedi.
-Tá bom, eu não falo nada.
-Obrigada. Bem, eu vu só lá acima buscar as minhas coisas.
Ele acenou com a cabeça e sorriu. Subi as escadas e fui até ao quarto. Peguei na minha mala, saco onde estava o vestido que ia vestir nessa noite e tirei de baixo da minha cama um embrulho. Desci as escadas e fui até à sala. A minha melhor amiga e o meu namorado estavam à conversa. Ela viu-me.
-Bem, vai-te lá embora que a tua namorada já está à espera - sorriu ela. O Rodrigo virou-se para trás e sorriu-me.
-Na verdade ainda teno de fazer uma coisa - disse eu. Fui até junto deles e estendi o embrulho à minha melhor amiga. - É o meu presente para ti - sorri-lhe.
-Oh, eu não acredito! Não era preciso! - reclamou ela a sorrir.
-Pára lá de resmungar! Claro que era preciso! És a minha melhor amiga. Para além de que já devias saber que eu faço sempre isto - sorri.
Ela aceitou o embrulho e colocou-o no sofá e tirou um saco de lado do mesmo.
-Está bem, então toma! - estendeu-me o saco. Aceitei-o. - Esta é a minha prenda para ti - sorriu.
-Obrigada - agradeci e em seguida abracei-a - Obrigada melhor amiga.
-Oh, de nada. Vá,agora vão-se lá embora.
-Oh pá! Mas tu estás a despachar-me, ou quê?
-Não, não estou! Mas vá, vão lá!
-Hm - franzi os olhos, mas em seguida dei uma gargalhada. - Está bem, nós vamos. - segurei a sua mão. - Bom Natal, melhor amia - disse-lhe com um sorriso sincero.
-Obrigada, melhor amiga - agradeceu-me ela com um sorriso igual. Depois olhou para o Rodrigo, que se tinha encostado à ombreira da entrada da sala e olhava para nós enquanto sorria. - E vocês, juízo! - sorriu a minha melhor amiga ao meu namorado.
-Olha, olha! - resmunguei. Depois rimos os três.
Eu e o Rodrigo despedimo-nos da Andreia e fomos para o carro dele.
-Então e o meu presente, não tem? - perguntou-me enquanto colocavamos os cintos de segurança.
-Tem sim, mas só to dou em casa e só abres quando chegar a hora!
-Tá bom, tá bom! - riu ele.
-Amor, a que horas é que vais buscar os teus pais? - perguntei já mais séria. Sentia um formigueiro no estômago só de pensar que ia conhecer os ''sogrinhos'', como a Andreia dizia para gozar comigo...
-Às 18.30h pego eles no aeroporto. Você pode se arranjar agora prá gente ir buscar o seu pai e a sua irmã antes.
-Sim...
-Já tá nervozinha você, hein.
-Oh... - disse, meio envergonhada.
-Não precisa, meu anjo. Meus pai são legais, e eu só falo bem de você pra eles - sorriu.
-Oh, está bem. Mas vais-me dizer que também não estás um bocado nervoso por ires conhecer o meu pai e a minha irmã?
-Ah, nervoso não... Tou um pouquinho curioso, só isso.
-Oh, está bem - rimos. Ele estacionou e entrámos em casa dele.
-Amor, eu vou tomar um duche rapidinho. Você pode ir pró meu quarto se arrumar... - pousei a minha mala no sofá - ou você podia vir comigo... - sugeriu, agarrando-me pela cintura.
-Pois, pois podia... Mas eu já tomei banho em minha casa e se eu fose contigo nunca mais saíamos de casa - ele fez um beicinho lindo. - Temos pena. É a vida, amor. Ocasiôes não hão-de faltar, por isso.
-Tá bom - respondeu, um pouco desanimado. Eu apoiei-me nos seus ombros e estiquei-me para lhe dar um beijo.
-Vá, se te despachares ainda somos capazes de ter tempo para namorar um bocadinho, antes de irmos buscar meu pai e a minha irmã.
-Então e a mesa pró jantar se arruma sozinha? - perguntou ainda meio amuadinho.
-Enquanto tu tomas banho eu trato disso. Só preciso de trocar de roupa e pouco mais, por isso dá tempo.
-Hm.
-És mesmo tolo.
-Quê?
-Quê o quebas. Vai, mexe-te, despacha-te! Ou precisas que te dê um pontapé no cú? - Ele de uma gargalhada.
-Você não existe, anjo! - sorriu-me. Sorri e dei-lhe mais um beijo rápido.
-Vamos lá subir para eu me ir arranjar também - disse-lhe, segurando o saco com o vestido numa mão e puxando-o com a outra.
Enquanto ele tomava banho eu vesti-me, prendi o cabelo numa trança simples e coloquei um pouco de perfume, depois de calçar os meus sapatos pretos de salto alto. Desci até ao andar de baixo e arranjei o que era necessário agora na mesa de jantar. Depois voltei ao quarto, onde encontrei o meu namorado a acabar de vestir as calças ainda de tronco nú.
-Ôbá, cê caprichou pra caramba! - sorriu-me ele.
-Obrigada - agradeci sorrindo também. Às calças de ganga escura e aos ténis da Adidas brancos juntou uma camisa branca e um pólo com decote em V cinzento. - Estás lindo, amor - disse-lhe.
-Eu sei qui não tou vestido pra nenhuma Gala, mas... - argumentou, vindo ao meu encotro.
-Não é preciso, amor. Estás perfeito assim - ele roubou-me um pequeno beijo. - Para além de que o meu pai vai gostar de ti pelo que tu és, não pela maneira com estás vestido nem pelas coisas que tens. - Ele fez um sorriso ainda maior que o anterior e depois deu-me um beijo apaixonado.
-Ti amo tanto... - disse-me, segurando o meu rosto.
-Também te amo muito - respondi-lhe, sorrindo muito.
-Bom, a mesa já tá pronta?
-Sim.
-Então vamo buscar seu pai e sua irmã.
-Estás com pressa, tu.
-E dessa vez não vou desapressar não. Quero conhecer a pessoa maravilhosa qui trouxe você pra esse mundo!
-Vais conhecer só o meu pai, amor...
-Ué, e daí? Se não fosse o homem a mulher não engravidava, por isso, o pai também coloca o filho no mundo! - Dei uma gargalhada.
-Tens razão, pronto, desculpa - ri. Ele sorriu-me.
-Bom, vamo então! - disse ele,segurando a minha mão e levando-me com ele.

3 comentários:

  1. Adorei quero o proximo.bjs

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    1. Obrigada. Voltarei a postar o mais rápido que conseguir!
      Beijinhos
      Mónica

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  2. fabuloso...

    quero mais... tou super curiosa para ver o proximo...

    continua...

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