quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Capitulo 28 (parte III)

Boa noite meninas!
Finalmente consegui acabar mais um capitulo! Eu sei que está muito pequeno, mas realmente não consegui fazê-lo maior, no entanto espero que gostem e deixem as vossas opiniões e os vossos comentários!

Beijinhos*
Mónica

Visão Rodrigo

Eu e a minha irmã ficámos conversando e conversando, parecia qui nunca mais o assunto ia terminar! Geralmente era sempre assim quando a gente ficava conversando!
-Agora qui eu tou lembrando, deixei o meu telefone no meu quarto! - falei - Vou lá num instantinho pegar ele! - me levantei da cama.
-Vai, mas corre qui a namorada pode tar te ligando e você não pode perder a chamada, viu! - riu a Mariana. Eu sai do quarto dela e fui até ao meu, pegar o telefone, qui tinha ficado em cima da cama. Assim qui peguei ele, começou a tocar. O Rúben tava me ligando.
-Oi Rúben!
-Rodrigo - saudou, mas o seu tom não era nem um pouco acolhedor, era precisamente o contrário, era frio.
-Qu'qui houve pra você me ligar a essa hora? E coisa boa não é, com esse seu tom...
-Estás sentado?
-Quê? Sentado?
-Sim, sentado puto. É melhor que estejas.
-Cê tá me preocupando, Rúben!
-Eu não queria de todo contar-te nada disto, mas eu tenho de contar, tu és meu mano e eu sou-te leal!
-Qui papo é esse, Rúben? Fala de uma vez qu'qui tá acontecendo!
-Então cá vai... - ouvi ele respirar fundo. - A Mónica anda a trair-te com o melhor amigo dela! - Nesse momento, o meu coração segurou uma pedra do tamanho do mundo, qui levou ele até o chão, inerte. O meu sangue deixou de correr, a minha respiração parou. Se a dúvida não pairasse no meu pensamento, eu teria morrido naquele momento. Após recuperar, fracamente, os meus sentidos, voltei a prestar atenção ao telefone.
-Você tem certeza do qui você tá dizendo, Rúben? - perguntei, através de um ténue fio de voz.
-Tenho, puto, infelizmente tenho. Eu vi-os a beijarem-se, tirando sinais evidentes que vi durante a noite... - E eu tornei a gelar, petrificar, estagnar. Eles se beijaram? E, qui sinais? - Desculpa ter de te dizer isto, mas eu não podia deixar passar.
-Não, você... você fez bem... eu, eu... - Eu falava sem pensar. As palavras tinham abandonado a minha articulação, e no lugar deixado sons indefinidos, sons qui faziam justiça ao qui eu tava sentindo, à dor no meu coração... Como é qui ela tinha sido capaz? Eu julgava qui ela me amava também, tanto quanto eu amava ela... Eu acreditava nas palavras dela, nos gestos que pareciam tão verdadeiros e genuínos, até agora. Agora, a única certeza qui eu tinha era a incerteza dominando todos os meus poros, articulações, ligações, ossos, intoxicando meu sangue... Me matando aos poucos... Eu dava a vida por ela, eu me entregava cegamente àquela qui eu pensava ser a mulher da minha vida, aquela qui tinha entrado na minha vida pra me ensinar a amar de novo, aquela qui faria o meu final ser feliz...
-Puto, estás bem?
-Sentado na cama... - respondi, recuperando alguma da minha capacidade de raciocínio.
-Desculpa ser eu a dizer-te... - se desculpou ele novamente.
-Não, deixa, obrigado por ter me contado... - Minha voz parecia quase sumida, e sem presença. Tava doendo.
-Hmm, eu vou desligar porque ainda vou ter de por o outro daqui para fora... Mas tu não vais ficar bem, pois não?
-A minha irmã tá comigo - Botar ele pra fora? Então isso aconteceu agora?...
-Então já fico mais descansado - fez uma pausa, provavelmente esperando qui eu fosse dizer alguma coisa, mas eu não disse então ele retomou a palavra. - Bem, eu vou então, puto. E se precisares de alguma coisa, liga-me, e eu amanhã já estou em Portugal outra vez, por isso...
-Tá.
-Puto, a sério, qualquer coisa liga-me.
-Tá, Rúben.
-Então pronto... Até amanhã.
-Tchau. - E ele desligou. E eu fiquei sentado na cama, com o telefone na mão, metade de mim ali, a outra metade perdida, longe, ainda alucinada com a felicidade qui eu julgava qui tinha conquistado nesse último mês... Fiquei assim, estático, meio vazio meio perdido, durante alguns minutos, mas depois me levantei, deixando o telefone em cima da cama de novo, e sai do meu quarto pra voltar pra junto da minha irmã.
-A namorada devia... - começou dizendo, assim qui eu fechei a porta do seu quarto, mas depois qui olhou pra mim esqueceu a frase. - Rodrigo, você tá pálido, e olha qui isso é difícil! Qu'qui aconteceu? - perguntou, preocupada, se sentando na cama. Eu voltei pra de baixo dos lençóis e cobertores.
-O Rúben me ligou.
-E o qui foi qui ele falou pra você tar desse jeito?
-Eu não quero falar sobre isso agora.
-Ah não Rodrigo, fala! É raro você ficar a mal assim, me conta posha! - Hesitei uns segundo, mas depois falei de uma só vez.
-Ele falou qui a Mónica tá me traindo com o melhor amigo dela! - despejei. E assim que falei senti um aperto no coração e uma vontade de chorar arrasadora! E foi o qui eu fiz. Não conseguia aguentar mais um minuto sem expulsar alguma coisa que não a presença vazia. E comecei chorando como não lembrava de ter chorado alguma vez.

 A minha irmã não falou nada, tendo o tato perfeito pra ficar silenciada, e me abraçar forte. Chorei tanto qui acabei adormecendo encostado à minha irmã, qui tava me fazendo festas na cabeça.

Visão Mariana

Ver o meu irmão assim despedaçava meu coração. Eu nunca tinha visto ele assim. Nem quando houve a história com a Carolina. A Mónica era diferente. Pra ele tinha sido uma espécie de resgate da descrença no amor. Ela tinha despertado de novo nele aqueles sentimentos bons, aquelas borboletas na barriga, aqueles sorrisos bobos que tão bem acentavam no seu rosto. Eu não podia acreditar. Eu tinha visto ela. O brilho no olhar, o carinho nas palavras, a preocupação, o medo quando eu falei pra ela da Carolina. Ela era apaixonada por ele, assim como ele era por ele. Parecia esquisito, mas eles se amavam de uma forma... Como se o mundo fosse acabar amanhã. Mesmo que eles só tivessem juntos fazia um mês. Decidi que eu tinha de tirar isso a limpo, por isso, quando o meu irmão adormeceu eu o deixei cuidadosamente na cama e fui até à sala. Eu tinha de ligar pra ela. Peguei o telefone de casa e digitei o número de casa dela e da Andreia lá da Inglaterra. E chamou, chamou, mas ninguém atendia...
-Mariana? - ouvi a voz do meu irmão e olhei na direção, no cimo das escadas, com cara de sono, e a tristeza tava lá também.
-Pode voltar a dormir, maninho.
-Qu'qui cê tá fazendo aqui? A quem qui você tava ligando? - perguntou, olhando pró telefone de casa, ainda na minha mão.
-Eu... Tava ligando pró Mauro, mas ele não tá atendendo... - menti.
-A essa hora? - perguntou, desconfiado e já desperto.
-É, eu ia falar pra ele qui amanhã a gente não ia tar junto... - Ele ficou me observando por uns segundos e depois franziu a sobrancelha.

-Você ia ligar prá Mónica, não ia? - deduziu perspicazmente.
-Tá Rodrigo, eu não consigo nem gosto de mentir pra você mesmo, por isso sim, eu ia ligar pra ela. Aliás, eu tentei ligar prá casa delas, mas ninguém tá atendendo.
-Porque é que você fez isso? Você não tem qui ligar! Se há alguém qui tem de ligar pra falar com ela sou eu, Mariana! E nesse momento eu não sei se eu quero falar, por isso não volta a repetir isso de novo, por favor! - me repreendeu, e eu senti o ligeiro sabor amargo e desgostoso que atravessava as suas palavras, e escondido no seu rosto.
-Tá - falei somente. - Agora vamo voltar prá cama e dormir os dois. Ele acenou, e seguimos de novo os dois pró meu quarto. 

O sono tava custando a pegar a gente
-Rodrigo...?
-Diz.
-Porque é que você não quer falar com ela? - perguntei, meio inocentemente, pra tentar não magoar o meu irmão.
-Porque é qui cê acha?
-Cê tá com medo qui o qui o Rúben falou pra você seja mesmo verdade... - respondi.
-Muito, Mariana. Você sabe o quanto eu amo aquela garota, você sabe o qui é qui ela é pra mim, você sabe qui eu era capaz de fazer tudo por ela... Eu não quero me perder de novo, eu não quero perder a mulher da minha vida!
-Eu sei, maninho - falei carinhosamente, passando os dedos na face dele, deixando pequenas festas. - Você vai ver qui não vai perder ela, só tem de ter calma...
-Vou tentar... Mas agora eu preciso dormir. Tou cansado, minha cabeça tá doendo... Desculpa se essa noite não foi como era suposto, maninha.
-Não tem de se desculpar. Agora dorme, descansa. Se precisar qualquer coisa eu tou aqui do seu lado, tá?
-Tá. Boa noite - segurou a minha mão e deixou um beijo nela, e eu retribui com um beijo no rosto dele. Ele fechou os olhos, mas eu não igualei seu gesto. Eu fiquei esperando até ver qui a respiração dele tinha pesado e ele tinha caído no sono. Ai me levantei com cuidado da cama e voltei a sair do quarto, dessa vez fui até ao quarto do meu irmão, fechando a porta atrás de mim e me sentei na cama, segurando o meu telefone. Ele tinha me pedido pra não ligar, mas eu tinha de saber, eu tinha de falar com ela. Mas dessa vez liguei pró telefone dela, qui após uns sete sinais de chamada, me atendeu.

4 comentários:

  1. Olá :D
    Desculpa não comentar à muito tempo!
    Adorei o capítulo, estou ansiosa para ler o próximo!
    Continua ;)
    Beijinhos
    Ritááá xD

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  2. Estou ansiosa para ver como será o próximo, para saber o que vai dizer a Mónica à Mariana, estou ansiosa por saber tanta coisa!

    Adorei, fico à espera do que se segue!

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  3. Olá!
    Adoorreeii!!
    Tadinho do rodrigo! Isto não se faz!
    Mas o Ruben fez bem dizer-lhe, ele merecia saber.
    E a Mariana também está a fazer bem querer falar com a Monica! Calculo que ela ainda não saiba que o Ruben ligou, estou para ver como vai ser a reacção dela quando perceber que o Rodrigo ja sabe de tudo, ai estou estou!
    Espero que a Mariana lhe consiga abrir a pestana porque o lugar dela é ao lado do Rodrigo e não ao pé daquele ingles da treta.
    Próxiimmoo Ráppiiddoo!!

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  4. É para resmungar e tu sabes!

    Então ISTO NÃO SE FAZ melhor amiga! O Rodrigo coitado ficou para morrer! mas no meio de tudo até reagiu digamos, com calma?! eu tinha ido logo a Londres espetar um soco no gajo (não gosto dele!) e já agora, a Mariana que ligue e que dê na cabeça da Mónica e já agora do Amorim por dizer uma coisa destas por tlm e deixar o rapaz daquela maneira (omg mas o Amorim é tão lindoo bf *-*) e pronto, tenho dito que quero mais (óbvio) e que te amo sua doidaa <3

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