segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Capitulo 32 (parte III)

Olá meninas!
Aqui está mais um capitulo, e eu sei que é muito pequenino, mas quis publicar hoje como uma espécie de prenda, porque o RÚBEN FAZ ANOS HOJE! Por isso aqui está ele, espero que gostem e deixem os vossos capítulos! E PARABÉNS AO RÚBEN!!!
Besos
Mónica

Visão Rúben

A minha noite não tinha sido bem passada, e para piorar, até ir ter com a Filipa para a ajudar nas mudanças, fiquei a relembrar e pensar no beijo. Tentei encontrar uma explicação para o sucedido, e após tantas voltas, a única escolha plausível era a carência. E foi exactamente o que disse à Filipa, quando ela, a medo, introduziu a conversa sobre o assunto, no carro, a caminho da sua anterior morada. Foquei-me tanto na convicção da justificação que apresentara que a calma reinava em mim, e pouco pensei mais no assunto, porém, a quando da aparição e subjacente afirmação da tia da Filipa, o embaraço chegou por fim até mim. Mas apesar disso decidi prosseguir com a normalidade que havíamos reavido após o beijo. Só que não pensei que o assunto tornasse a atormentar-me. Acabei por lanchar em casa da Filipa e depois regressar a casa. Decidi ir tomar um banho para me aconchegar em casa, e quando cerca de uma hora depois voltei a prestar atenção ao telemóvel, tinha cinco mensagens. E para meu espanto eram todas da Andreia. Porém não me soavam nada amistosas. Ela tentou iniciar conversa comigo, no entanto sentia uma disposição e um tom não muito agradados. E como não respondi ela tentou mais quatro vezes, uma tornando-se mais pessimista e agressiva que a outra. Naturalmente que senti desagrado, todavia compreendi que já algum tempo não me lembrava dele, e muito menos sentia a sua falta. Até ao beijo com a Filipa, que me levou a procurar uma explicação para o sucedido, levando-me algo instintivamente à Andreia. Mas de minha livre vontade, sem ser para desculpas, explicações ou simplesmente por incorporar a normalidade de uma relação, não tinha pensado nela. E se deveria sentir-me chocado com tal constatação, foi precisamente o oposto a acontecer. Senti-me completamente normal, e acho que até sem remorsos. Ao pensar sobre isso achei-me esquisito, nunca tinha sido assim, mas a verdade era que me sentia verdadeiramente livre de qualquer culpa ou preocupação.
O assunto que mais me remoeu foi o beijo. Foi a Filipa. Não conseguia por nada esquecer aquele beijo. Se dissesse que não tinha gostado estaria a mentir, do mesmo que se dissesse que não me sentia confuso e esquisito, estaria a mentir também. Relembrar a maneira como a Filipa tinha cativado a minha atenção, melhorando o meu dia sendo uma completa estranha, fascinava-me. Um sorriso. Um simples mas genuíno sorriso. Devolveu o meu, que já faltava há algum tempo! Por causa da Andreia. Como é que era possível? E por mais estranho, absurdo e impensável que parecesse, na minha cabeça soava apenas o final de um ciclo e o inicio de outro. Não conseguia justificar tal pensamento, assim como não justificava de modo algum a distinção de um sorriso carinhoso a mencionar a Filipa e um esmorecer triste quando pensava na Andreia. Decidi tentar empurrar para longe a confusão na minha cabeça com um jogo na playstation.

Visão Rodrigo

O seu corpo permanecia aquecendo o meu, com a sua cabeça pousada no meu peito, um braço rodeando meu tronco e uma respiração calma. Mais uma vez acordando no paraíso.

 Enquanto um dos meus braços a rodeava, descansei meu olhar sobre ela, sobre a sua silhueta, colada em mim, sobre sua pele, macia, que começava sendo coberta com alguns raios de sol, vindos das frechas da janela. Uma vida inteira não bastaria pra eu me cansar de observar ela. Alguns minutos depois a quietude terminou quando ela começou se movendo de leve e abrindo os olhos mais devagar ainda.
-Oi, meu amor - cumprimentei ela, dando um beijo na cimo da sua cabeça.

-Bom dia amor.
-Mais boa tarde, meu bem, meio-dia e meia.
-Dormi assim tanto?
-A gente não dormiu propriamente cedo, amor.
-É, tens razão.
-Então e dormiu bem?
-Porque é que fazes a pergunta se sabes que contigo durmo sempre bem? - sorriu, se erguendo e colocando em cima do meu peito, virada pra mim.
-Pronto, desculpa. Mas você sabe que escutar isso todos os dias sabe bem, meu amor.
-Tonto - respondeu também com um sorriso, me dando um beijo.
-Banho? - sugeri, assim que me foi possível falar.
-Sim! - Saímos da cama e seguimos pró banheiro pra tomar um duche rápido. Vinte minutos depois a gente já tava se vestindo, ao mesmo tempo que discutíamos o que fazer pró almoço, e de repente a campainha tocou. - Ai, deve ser a entrega! - exclamou ela, me sobressaltando um pouco.
-Que entrega? - perguntei, mas ela não respondeu, correndo pró andar de baixo, ainda descalça. Eu terminei de vestir uma camisola e desci também.
-Obrigada, boa tarde! - se despediu de alguém, fechando a porta. Reparei então que um caixote de cartão, nem grande nem pequeno tava no chão da entrada.
-Que é isso amor? - perguntei, curioso, me referindo ao caixote.
-A tua segunda prenda! - me esclareceu, visivelmente contente e entusiasmada.
-Posha amor, eu falei que não precisava! - tentei protestar.
-Oh, vem abrir, rápido, vais adorar! - a sua felicidade e entusiasmo me desarmaram e fui até junto dela, abrir então o meu segundo presente.
-Um cão amor? - perguntei, algo surpreso. Dentro do caixote forrado com jornal, tava um cachorrinho, que olhava pra nós assustado.

 A minha namorada, com calma, pegou nele, que tremia, e o encostou no seu peito, dando pequenas festas no animalzinho.
-Não é lindo amor? - perguntou, sorrindo.
-É amor, é lindo, obrigado! - concordei, chegando junto dela pra tomar um beijo e fiquei passando a mão no pêlo do pequeno cachorrinho, que tava deixando de tremer tanto.
-Ainda bem que gostaste amor! - sorriu. - Agora tens de dar-lhe um nome! - Pensei um pouco e rapidamente surgiu um nome.
-Doni!
-É giro e incomum! - concordou. - Mas de onde é que veio esse nome, amor?
-Era o nome de um cachorro que morava na rua, que eu e o Thiago brincávamos, quando a gente morava lá na Espanha. A gente gostava tanto dele que deu um nome pra ele e brincava muito tempo com ele!
-Que queridos!
-É, mas depois levaram ele pró canil e a gente nunca mais viu ele.
-Mas agora tens aqui o Doni, que vai ser lindo e te vai fazer companhia! - E realmente o Doni parecia já tar de ambientando. Já não tremia e agora dava pequenas lambidelas nas nossas mãos, agitando a pequena cauda.
-É, acho que vais sim, não é amiguinho? - sorri, voltando a dar festas no Doni.

Visão Filipa

Depois do lanche o Rúben foi embora, e eu, depois de arrumar a cozinha, sentei-me no sofá a passar canais para ver se dava alguma coisa interessante, mas sobretudo para ocupar os meus pensamentos. O meu telemóvel tocou, era a Mónica.
-Olá! - atendi.
-Olá! - cumprimentou alegremente. - Então, como é que correram as mudanças?
-Bem, nem foi muito difícil com a ajuda do Rúben.
-Que bom!
-Então e precisas de alguma coisa? - perguntei, visto ela ter-me ligado.
-Não, era só para saber como é que tinha corrido!
-Ah, está bem!
-Bem, então, até amanhã.
-Até amanhã.
-E se precisares de alguma coisa já sabes!
-Sim, e tu a mesma coisa!
-Está bem, beijinhos.
-Beijinhos - despedi-me. Depois decidi focar-me no programa que passava na televisão.

Não quis ligar ao Rúben para me ir buscar ao Estádio depois de sair do trabalho, portanto encaminhei-me para a paragem de táxis mais próxima. Rapidamente chegou um, no qual entrei apressadamente devido ao frio que se fazia sentir já às sete e meia da tarde.
-Para onde, menina? - perguntou-me o taxista. A sua voz fez-me prender a respiração, por momentos. Soava-me tão familiar. Era tão jovial e alegre, com um timbre tão característico de alguém mais ou menos da minha idade. Parecia mesmo que já ouvira esta voz antes. Talvez já tivesse apanhado este taxista alguma outra vez. Mas não me recordava de alguma vez ter apanhado um taxista tão jovem, eram sempre aqueles mais velhos, alguns já de cabelos grisalhos, geralmente com a voz meio rouca, de baixa estatura. E eram quase sempre os mesmos, por isso quando me viam perguntavam se era para o mesmo sitio, já tendo decorado o meu destino. Procurei ignorar a sensação e indiquei a morada. A viagem foi iniciada com prudência pois o tempo não estava muito propicio a grandes velocidades ou manobras. Distrai-me a observar Lisboa através da janela, mas foi impossível não desviar a atenção quando percebi que o taxista tinha trocado o som da rádio por um CD. E a música que começou imediatamente a tocar não me era de todo indiferente. O Gonçalo metia-se comigo a toda a hora porque achava piada eu gostar tanto dos filmes da Disney, e desde que o Frozen tinha saído não parava de ouvir a Let it go, da Demi Lovato, e quase obrigá-lo a prometer ir ver o filme comigo. No momento em que olhei em frente devido ao impulso da recordação que a música me trouxe, percebi que de facto conhecia aquela pessoa. Conhecia aqueles olhos. Estávamos parados num sinal vermelho, a cerca de uns dois minutos de minha casa.
-Gonçalo? - questionei, com a voz a falhar-me.

Visão Rodrigo

O treino de hoje era às 17.00h, e desde a hora que a gente tinha levantado, parando apenas pra almoçar, o nosso novo amigo foi o centro das atenções.
-Amor, eu vou me preparar pra ir no treino - falei prá minha namorada, que tava encostada em mim, no sofá, e o pequenino no colo dela, dormindo.
-Está bem amor. Hoje não te vou ver, vou ficar aqui com o Doni - sorriu, se desencostando de mim e se ajeitando, tendo cuidado para não desperta o Doni.
-No quentinho, né?
-Não fiques triste, quando voltares eu aqueço-te!
-Tá prometido, hein!
-Mesmo que não quisesse cumprir não conseguia, não consigo ficar longe de ti durante muito tempo
-É, eu sei que não! - sorri.
-Olha, eu chamava-te convencido, mas pronto, fui eu que acabei de admitir! - Eu ri e beijei ela, pra subir no quarto e ir buscar o saco de treinos em seguida.
-Eu vou embora então, amor.
-Está bem amor, bom treino!
-Obrigado, meu bem - agradeci, sorrindo e dando um beijo de despedida nela e fazendo uma festa ao de leve no Doni, que nem se mexeu.
Cheguei no Caixa e depois de uns minutos de espera na conversa todo mundo seguiu prós balneários pra se equipar. Achei estranho o Rúben ainda não tar lá, mas calculei que tivesse um pouco atrasado por ter ido ajudar a Filipa com as mudanças, no entanto os minutos passaram e nem sinal dele.
-Oh Rodrigo! - me chamou o Mister, no final do treino, quando já tava saindo de campo.
-Diga Mister! - parei, me virando pró Mister.
-Então o Rúben, não veio?
-É Mister, ele vir não veio, mas não sei porquê.
-E sabes se algum deles sabe?
-Não Mister, mas acho que ninguém deve saber!
-Está bem, pronto. Até segunda, então.

Me despedi também e segui finalmente prós balneários, começando agora a ficar realmente preocupado com o Rúben. Antes de entrar no carro pra ir pra casa liguei pra ele, mas o telefone tava desligado, o que me alarmou mais ainda.
-Oi, oi meninos! - sorri, chegando na cozinha, onde a minha namorada tava de volta do fogão e o pequeno Doni tava sentado ao seu lado, olhando pra ela enquanto abanava a pequena cauda.
-Olá amor! - sorriu de volta a minha namorada e logo de seguida me acerquei dela pra conseguir um beijo. O Doni me olhava do mesmo jeito que olhava a Mónica e eu dei pequenas festas nele.
-Como que ele tá se portando? - perguntei prá minha namorada, abraçando ela por trás.
-Bem, não me largar!
-Ele gostou logo de você! - Ela apenas sorriu. - Tá fazendo o quê pró jantar?
-Jardineira.
-Deixa eu espreitar! - pedi, e ela destapou o tacho. - Tá com um cheiro gostoso! - elogiei.
-Oi gente| - ouvimos de repente a minha irmã na cozinha.
-Olá! - sorriu a minha namorada, apagando o lume e colocando de novo a tampa no tacho, indo dar um abraço na minha irmã em seguida.
-O chato do seu namorado não veio também? - perguntei, brincando, enquanto agora eu abraçava também a minha irmã.
-O chato do namorado está aqui e ouviu! - riu o Mauro, surgindo então na cozinha. A gente cumprimentou ele também.
-Ai meu Deus, que coisa fofa é essa? - falou a minha irmã, se agachando junto dos pés da Mónica, onde o Doni tava meio encolhido. A minha namorada se baixou e pegou nele, dando pequenas festas que ajudaram a acalmar o pequenino.
-É meu, quer dizer, nosso! Foi a minha namorada linda que me deu! - esclareci, me encostando à minha namorada e dando uma festa no Doni.
-Ai que lindo! - se maravilhou a minha irmã, passando finalmente uma mão no pêlo do cachorrinho. - E ele já tem nome?
-Doni! - respondeu a Mónica.
-Doni? - inquiriu a Mariana. - Foi você que escolheu o nome, Rodrigo?
-Fui.
-Lembra do Doni? - sorriu a minha irmã, lembrando o cachorro que eu tinha falado prá Mónica.
-Lembro, por isso eu pus esse nome!
-Ai que lindo, vou adorar você, sabia amiguinho? - sorriu, fazendo novamente festas no Doni.
-Bem meninos, vamos pôr a mesa para irmos jantar? - falou a Mónica, colocando então o Doni no chão, com uma última festa. Concordámos, e depois de posta a mesa, fomos jantar, com o Doni sempre de volta da gente.
Eu e o Mauro lavamos a loiça no final, enquanto que as meninas ficaram na sala, brincando com o Doni. Quando terminámos a loiça voltámos pra junto delas, mas eu me detive na porta da cozinha, observando a minha namorada e a minha irmã brincando com o nosso novo amiguinho. Elas gargalhavam em alto e bom som, divertidas. E eu me deliciei, vendo como momentos tão simples como esse me enchiam a alma de felicidade! E era essa mesma felicidade que eu queria sentir por muitos anos, essa felicidade que enchia meu coração com desejos de um futuro igualmente perfeito, com a mulher que tanto me fazia sorrir. E foi sorrindo que me juntei a eles e fiquei observando e absorvendo a felicidade de mais perto.

4 comentários:

  1. Olá

    Amei *_* Parabéns ao Rúben e vê lá se na história o juntas a Filipa e mandas a Andreia ir dar uma volta xD

    Próximo !

    Beijinhos


    Catarina

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  2. Olá princesa dmv!

    Opá que amor de cap, aquele canito lindo, o Doni oiiiiiiiin $:
    Opá o Rú e a Fi a sofrerem um cadito né, mas junta-os, juntas?! e já agora tu assustaste-me, mas agora o Gonçalo no carro?! ó jesus! Ok é alguém parecido com ele, como se tivesse a mandar um recado, mas é tão o:
    Já sabes que amei, mesmo muito e quero o próximo já a seguir que tal baby? $:

    Te amo e escreves cada vez melhor, sabes disso princesa da Fii <3

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  3. Olá :)
    Mais um capitulo fantastico!
    Quero mais :p
    Beijinhos
    Ritááá xD

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  4. Adorei!
    Junta lá o Rúben e a Filipa e vê lá se dizes o que aconteceu com o rapaz que agora não se sabe.
    Rodrigo e Mónica, nunca desiludem!
    Como vês gostei muito, beijinhos.

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