terça-feira, 14 de agosto de 2012

Capitulo 20 (parte I)


Olá!
Peço desculpa pela demora a postar, mas não tenho conseguido escrever e só agora arranjei um tempinho! :s
Espero que gostem de mais este capitulo e me deixem os vossos comentários! :D
Beijinhos*

Mónica

VISÃO ANDREIA

Desliguei rapidamente antes que a Mónica começasse a dar-me os sermões que já têm sido habituais, sobre o Rúben. Já me bastava ele estar sempre a insistir... Saí da cozinha e esgueirei-me para o quarto da minha irmã, que outrora também tinha sido meu, em vez de me juntar ao resto da família que estava na sala. Ao lado da cama da minha irmã estava um saco com o presente que eu tinha para o Rúben. Um pulôver cinzento.



 Achei que lhe ia ficar bem. Mas depois nem consegui entregar-lho. Cada vez que ele estava ao pé de mim eu perdia a noção de uma parte da realidade. Cada vez mais.
-Estás aqui mana? - disse-me a minha irmã, entrando de repente no quarto. - Isso é para quem? - perguntou, olhando para o pulôver que estava nas minhas mãos.
-É... para o meu cunhado, quer dizer, o Rodrigo.
-O Rodrigo? Que Rodrigo?
-O do Benfica.
-O do Benfica? A sério? Mas... Mas como é que ele é teu cunhado mana? Tu não tens mais nenhuma irmã - perguntou, confusa.
-É uma maneira de dizer, tontinha - coloquei o pulôver dentro do saco. - Ele é namorado da Mónica e eu trato-a como se ela fosse uma irmã, por isso, o Rodrigo é meu cunhado, mas é só a fingir. Irmã só tenho uma, e és tu minha piolha! - abraçei-a e dei-lhe um beijo.
-Vens lá para dentro para ao pé de nós, mana?
-Vou já, amor. Vou só fazer uma coisa.
-Está bem - respondeu e saiu do quarto em direcção à sala.

New Message. Text. To: Rúben: Amanhã aro-te a porta, mas é só porque tenho de te dar a tua prenda de Natal, não é para me chateares outra vez com a mesma conversa ;p  Beijos.

New Message. From: Rúben: Não menina Andreia, amanhã vamos conversar sobre o que temos de conversar. E se te atreveres a não me abrir a porta eu entro pela janela, e se não conseguir entrar vou gritar tudo o que tenho para dizer, para que tu possas pelo menos ouvir-me, e não quero saber dos vizinhos ou das pessoas que passam na rua.

New Message. Text. To: Rúben: Tu não fazias isso...


New Message. From: Rúben: Tu não me testes, Andreia Filipa! Eu sou bem capaz de fazer isso. Mas é só se recusares a abrir-me a porta.

Não respondi. Eu sabia que ele era bem capaz de fazer o que estava a dizer... Fui para a sala e sentei-me ao lado do meu tio, pai do meu primo Gonçalo que estava a brincar com a minha irmã, e a mãe dele, a minha tia, estava à mesa, a conversar com a minha irmã. De repente recebi outra mensagem, do Rúben. Simples, mas que me deixou sem palavras, novamente.
Adoro-te.
Não respondi outra vez. Não conseguia. Ficava sem palavras. Outra mensagem.
Desculpa, escrevi mal. Não é adoro-te, é amo-te.
Fiquei estática a olhar para a mensagem.
-Andreia. Andreia, estás a sentir-te bem? Estás um bocado pálida - despertou-me o meu tio. As palavras do Rúben tinham-me deixado sem ar, incoscientemente.
-Ah, esqueci-me de respirar... Eu vou até à cozinha - respondi, levantando-me. A minha mãe ficou a olhar para mim. Segui até à cozinha e abri a janela. Respirei fundo.



-O que é que se passa, filhota? - perguntou-me o meu pai, aparecendo ao meu lado.
-Ai, que susto pai! - olhei para ele. - Não se passa nada. Porque é que havia de se passar? - respondi, voltando a olhar pela janela.
-Se eu já não te conecesse... Anda aí alguma coisa a tomar conta do teu juízo.
-Não anda nada, pai.
-O Rúben veio só entregar as prendas, há bocado?
Fiquei completamente surpreendida pela pergunta do meu pai e pelo facto de ter sido tão directo. O pior era que o ''palpite'' dele estava certo. Anda alguém a tomar conta do meu juízo e do meu ''não-juízo'' e essa pessoa é exactamente o Rúben...
-Sim pai, veio - menti. - E pusemos a conversa em dia, só isso.
-Então quem é que é esse rapaz que te anda a atazanar o juízo?
-Quem é que te disse que é um rapaz? São só umas coisas da Faculdade que estou a ter dificuldade.
-Está bem, está. Vou fingir que acredito.
-Mana! - chamou-me a minha irmã. - O Gonçalo precisa da tua ajuda.
-Está bem. Vamos lá ver o que é que ele quer - respondi, aproveitando para escapar à conversa com o meu pai. Ele olhou para mim.
-É Natal, filha. Esqueçe a Faculdade agora - pediu ele, pronunciando a Faculdade de maneira diferente para que eu não esquecesse que ele sabia que a minha Faculdade neste momento era outra, apesar de não saber qual, mas estava lá perto.

VISÃO MÓNICA

Meia-noite e meia. Os presentes já estavam abertos e a conversa tinha sempre sido super animada, mas agora o sono já começava a chegar, pelo menos à minha irmã, que já tinha passado da pilha à necessidade de bateria.
-Bom, a gente vai indo meu filho - informou o Sr. Adalberto.
-Cês não querem passar cá a noite? Há quartos pra todo mundo - perguntou o Rodrigo.
-Não precisa - voltou o pai dele a dizer.
-Eu não quero qui vocês andem na rua a essa hora, pai. Mãe, Mariana, por favor.
-Tá bom, a gente fica - respondeu a mãe dele.
-Obrigado - sorriu. - E vocês também ficam cá.
-Não é preciso. Só precisamos que nos leves a casa - respondeu o meu pai.
-Oh pai, eu quero dormir cá - sussurrou a minha irmã.
-Eu não posso levar vocês em casa. Eu não quero, eu quero qui vocês fiquem cá. Vou ficar mais tranquilo - insistiu o meu namorado.
-Vá lá, pai - voltou a pedir a minha irmã, baixinho.
-Está bem, pronto, nós ficamos. Não podiamos voltar para casa na mesma - brincou o meu pai.
-Obrigado - sorriu o meu namorado. - Bom, então vamo mostrar os quartos pra vocês, pra vocês verem onde qui querem ficar.
Subimos as escadas e depois eles escolheram os quartos onde queriam ficar. A minha irmã quis ficar com a Mariana.
-Eu vou já ter contigo.Vou só ter uma conversinha rápida com a minha irmã - disse eu ao Rodrigo.
-Tá bom. Eu vou já trocando de roupa - deu-me um beijo.
Bati à porta do quarto onde a minha irmã e a irmã dele estavam e entrei.
-Preciso de falar contigo, menina - disse eu à minha irmã.
-Porquê? - perguntou ela.
-Eu não me esqueci que tu desviaste a conversa quando eu perguntei ao pai como é que ele sabia que eu namorava com o Rodrigo.
-Ah...
-Ah, pois é. Tu tens alguma coisa a ver com isso, de certeza, por isso vá, conta-me.
-Eu estou com sono...
Por isso mesmo, quanto mais rápido falares mais cedo vais dormir.
-Ah, está bem. Eu vi uma mensagem que ele te mandou, uma vez, quando tu foste visitar-me a mim e ao pai. Foste à casa-de-banho e deixaste o telemóvel em cima da mesa, então eu vi. E tu saías muitas vezes e ias muitas vezes ao Estádio, e depois de ler a mensagem descobri mesmo.
-Sabes que eu não gosto que mexam e que vejam assim as minhas coisas.
-Eu sei.
-Então para a próxima já sabes. Mas como é que o pai soube?
-Eu contei-lhe o que vi e ele depois percebeu tudo.
-Hm, está bem. - Ela desviou os lençóis para se deitar. - Ainda bem que não viram as revistas... - sussurrei.
A Mariana, que entretanto se tinha levantado da sua cama, onde se encontrava inicialmente, para colocar o casaco na cadeira junto do armário, chegou atrás de mim.
-Mas eu vi. Cê tava maior gata. E o meu irmão também tava bem bonitinho - sorriu ela, falando baixo. Eu sorri, meio envergonhada.
-Bem, já conversámos, já sabes o que não quero que faças, por isso vou andando. Até amanhã.
-Até amanhã - respondeu a minha irmã, quase a dormir.
-Vai qui o meu irmão deve tar te esperando. Boa noite.
-Boa noite - respondi, abrindo a porta e saíndo. De repente senti agarrarem-me e apertarem-me suavemente por trás.



-Que susto! - disse eu ao Rodrigo.
-Desculpa - sorriu, dando-me um beijo no pescoço, enquanto nos dirigiamos para o seu quarto.
-O que é que estás aqui a fazer? Não tinhas ido para o quarto?
-Fui na cozinha pegar um copo de água.
-Ah.
-Correu muito bem - sorriu, referindo-se ao jantar e ao encontro das nossas famílias.
-Pois foi. Ainda bem.
Entámos no quarto e fechámos a porta devagarinho. Chegámos junto da cama e ele beijou-me.
-A sua irmã e o seu pai são bem legais.
-Hm-hm.
-E o qui é qui você achou dos meus pais e da minha irmã?
-São espetaculares.
-Ainda bem qui cê gostou deles. Eles também gostaram de você, incluindo a Mariana. Ela fez aquilo só pra assustar você, pra ver como qui você reagia. Não foi por mal, não.
-Eu sei, amor. Não te preocupes. Eu não ia e não vou sair de perto de ti de qualquer maneira - sorri.
-Ainda bem, porqui eu quero você bem juntinho de mim, sempre - sorriu, abraçando-me e começando a beijar-me demoradamente. Pouco depois as suas mãos desceram ansiosamente até aofundo das minhas costas e preparavam-se para descer mais, ao mesmo tempo que nos empurrava para a cama. Separei os nossos lábios.
-Amor, não estamos sozinhos... - adverti.
-Eu sei - respondeu, procurando os meus lábios novamente.
-Então é melhor pararmos por aqui...
-Ah não... A gente não faz barulho. Vem cá, vem - insistiu, beijando-me com mais do que vontade, com enorme desejo. Deitou-nos e colocou-se em cima de mim, beijou-me avidamente enquanto a sua mão direita segurava a minha cara e a mão esquerda segurava a minha perna subindo o meu vestido.
-Amor, eles ainda nos ouvem... - argumentei, tentando não me deixar levar.
-Eu calo você, anjo - beijou-me novamente. Levantou-se ligeiramente e despiu o pólo e a camisa. Voltou a beijar-me prolongadamente e deixei que ele me tirasse o vestido. As suas mãos percorreram o meu corpo fazendo-me arrepiar, mas eu não conseguia deixar-me levar, como ele estava a tentar fazer-me. Interrompi um beijo.
-Amor, não consigo fazer isto agora... - disse-lhe colocando uma mão no seu peito.
-Porquê não? - perguntou, tentando persuadir-me com pequenos beijos.




           E agora, qual será a resposta da Mónica? E como reagirá o Rodrigo? Como correrá o resto da noite?

2 comentários:

  1. Olá :D
    Já tinha saudades dos teus capítulo ;)
    Adorei e quero muito o próximo :p
    Beijinhos
    Ritááá xD

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    Respostas
    1. Olá Rita!
      Ohh, tão querida! :D Só não posto mais vezes porque não consigo mesmo :S
      Obrigada :D
      Beijinhos*

      Mónica

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