sábado, 24 de maio de 2014

Capitulo 34 (parte I)

Buenas noches!
Bem, muito tempo depois, aqui está mais um capitulo! Não é muito grande, mas foi o que consegui! Espero que gostem e quero os vossos comentários, por favor!
Besitos <3
Mónica

Visão Mónica

-Já sabe da novidade? ´perguntou´me o Rodrigo, iniciando o caminho para casa.
-Claro!
-Que bom, né?
-É, espero é que desta vez dê tudo certo! O Rú tem tido uma sorte!
-É, e a Filipa é bem legal!
-Bem não, é muito!
-Tá adorando ela!
-Eu gosto muito dela, ela é como...
-Uma melhor amiga? - arriscou, sem no entanto descuidar um tom ainda meio zelador. Estava obviamente preocupado com as minhas feridas.
-Sabes que parece mais que isso? Parece mais uma irmã, mas o sentimento é completamente diferente do que com a minha irmã
-Isso é bom, então!
-Suponho que sim! E eu acho que ela também gosta de mim!
-Ah você ainda tem dúvidas? Se ela não gostasse, e não tou falando de gostar só um pouquinho, ela não teria te contado esse segredo deles!
-Achas?
-Duvida?
-Pois, se calhar tens razão.
-Vamo fazer melhor? Liga pró Rúben e diz pra eles seguirem pra nossa casa! Vamo jantar todos juntos e aproveita e fala com ela essas coisas que você tá sentindo!
-Grande ideia, amor! Obrigada! - tirei o meu telemóvel e liguei para o Rúben. Sabia que ele estava a conduzir, tinha ido buscar a Filipa, mas ele tinha sempre o cuidado de colocar o telemóvel no kit de mãos livres.
-Olá, olá pequenina! - atendeu, num tom alegre.
-Olá Rú!
-Então, que me queres oh feia? Mais dois minutos e tinhamo-nos encontrado!
-O que quero de ti é simples, oh feio! Retomas o caminho e vais até casa do Rodrigo, e a Filipa também vem! Vamos jantar os quatro e pôr uns assuntos em dia, se é que me entendes oh desnaturado!
-Essa do desnaturado não percebi, mas está bem, vou seguir até casa do teu brasileirinho!
-E não te preocupes que o teu irmão raptou a Mariana cá de casa!
-Esse também é outro! Qualquer dia marca uma reuni]ao familiar para dizer que vou ser tio, de tantas vezes que rapta a rapariga!
-Ai, então ele que tenha cuidado, olha que aqui o maninho é galo de primeira!
-O puto que não reclame! Para além de ser tio, o pai da criança é de uma família muito boa!
-Nada convencido na parte que lhe toca, Senhor Rúben!
-Realista minha menina!
-Ah sim, chama´lhe isso vá! Mas pronto, falamos melhor em casa! Até já, Rú!
Áté já, pequenina!
-Ele é capaz de ter razão! - comentou o Rodrigo, assim que terminei a chamada.
-Em relação a quê?
-Ao Mauro e à minha irmã!
-Ai, não sejas parvinho, a tua irmã é responsável e sabe o que faz! E o Mauro, mesmo sendo irmão do Rúben, também é!
-Mesmo sendo irmão do Rúben? Você tá muito querida pra ele, hein!
-Ele sabe que tem uma artéria doida!
-Quê? - gargalhou.
-Basicamente, doidice abunda-lhe no sangue!
-Todo mundo é um pouco assim!
-Sim, ms o Rúben é... é o Rúben, pronto!
Chegamos a casa e depois de nos pormos mais confortáveis fomos os dois para a cozinha para adiantar o jantar. Quando o mesmo estava quase terminado fui pôr a mesa e pouco depois tocaram à campainha.
-Boas noites! - cumprimentou o Rúben, seguido da Filipa, quando o Rodrigo lhes abriu a porta.
-Oi! - cumprimentou-os o meu namorado.
-Então, a chata da tua namorada? - perguntou-lhe o Rúben, entrando na sala.
-Estou aqui, oh parvo! - respondi, surgindo junto deles. Ele abriu os braços e eu abracei-me a ele.

-Como é que estás coisa feia?
-Ai Rú, tantos nomes feios pá!
-São nomes fofinhos!
-Oh, fofura!
-Tonta! - riu, soltando o abraço. - Então e o jantar, já está pronto?
-Cê chega aqui e só quer saber do jantar, nem quer saber como a gente tá nem nada!
-Então mas convidaste-me para quê? Não foi para jantar? Então é normal eu querer saber do jantar! E olha, eu perguntei à tua namorada como é que estava, por isso quis saber sim!
-Pra mim deu um tchau assim que eu abri a porta! - brincou também o Rodrigo.
-Já estou farto de ti hoje! - Aqueles dois não sabiam iniciar conversas que não acabassem com estas picardias e brincadeiras!
-Tá, eu não vou falar o mesmo que assim o mau fica você! - riu o Rodrigo.
-Vá, vamos jantar! - anunciei, ao que todos se direcionaram para a mesa. O jantar decorreu com conversa fiada, mas aquando de levantar a mesa o Rodrigo puxou o assunto do Rúben e da Filipa.
-Então e porque é que eu ainda não vi vocês se beijando? - brincou.
-Olha, porque não tens de ver! Nós vemo-vos, e não é poucas vezes, mas isso é porque vocês não se contêm! Nós sabemos fazê´lo!
-Ah tá, mas era giro a gente ver!
-Mas isso não se pede, se tiveres de ver vês!
-Tá bom, pronto! - riram.
-Bem Filipa, vens ajudar-me lá dentro com a loiça?
-Sim, claro! - Seguimos para a cozinha, enquanto eles os dois ficaram na sala.
-Gostaste do jantar?
-Sim, obrigada!
-Sempre que quiseres podes vir cá! Quer dizer, a casa não é minha, mas pronto, o Rodrigo é da mesma opinião!
-Não é mas é quase! Porque é que não desistes da ideia de arranjar uma casa e ficas aqui com ele de uma vez? É que querendo ou não, vocês já fazem vida de quem vive junto, enquanto cá estás.
-Pois, é verdade, mas... Tenho medo que alguma coisa saia errada!
-Se tivesse de sair não achas que já tinha saído? Já estás aqui há um mês e pouco!
-Pois...
-Pensa sobre isso e vais ver que tenho razão! - Começamos a lavar a loiça em tom silencioso, mas quebrei o mesmo.
-Acho que estou um bocadinho nervosa, mas pronto, queria dizer-te uma coisa!
-Nervosa porquê? Diz!
-Só queria dizer-te que... a nossa amizade é muito importante para mim, e gosto muito de ti!
-Ohh, que querida! Eu sinto exatamente o mesmo! Para mim não és só mais uma amiga, és uma confidente, quase como uma irmã... Desculpa se parece exagerando, mas é o que sinto. És a irmã que nunca  tive! - O meu, enorme, sentimentalismo ergueu-se altíssimo e fez-me derramar duas lágrimas. Não de tristeza ou algo negativo, mas de felicidade, de conforto, de conexão quente que me enchia por completo o coração. Corria o risco de abrir e criar novas feridas? Durante toda a vida estamos sujeitos a tal feito, mas não tem de ser por receio, por medo que vamos afugentar cada pontinha de luz que nos surja no momento! Segundos de luz, amor, felicidade, valem muitíssimo mais do que uma vida de escuridão, solidão e tristeza, porque os segundos de luz deixam lembranças boas e vinculam a esperança, enquanto a escuridão trás apenas mais de si, fria e escura. Por isso, arriscaria novamente doar-me a uma amizade.
-Aii, só não te dou um abraço agora porque tenho as cheias de espuma! - disse-lhe, realmente com vontade de lhe dar um enorme abraço. Ela riu e dois pratos depois terminamos de a loiça. Depois de tudo limpo, finalmente fui dar-lhe o abraço.

-É assim tão emocionante ter-te dito que te adoro? - perguntou, inocentemente, porém com uma ponta de curiosidade.
-Mais ou menos... - desfizemos o abraço. - É muito importante saber, mas é que, mesmo sem eu querer, tocou-me porque também me lembrei do autêntico desastre em que fiquei depois de descobrir que uma amizade que eu considerava das mais importantes, para essa pessoa tinha simplesmente sido nada...
-Se quiseres conversar... - ofereceu. - Mas uma coisa te garanto, podemos não conhecer-nos assim há tanto tempo, mas juro que és mesmo importante para mim!
-Sinceramente, acho que não estou a cometer o mesmo erro, por isso... Estava a referir-me à minha ex melhor amiga, a ex namorada do Rúben... - E comecei a contar-lhe tudo o que alguma vez me relacionara à Andreia.
-Mas vocês fugiram e voltaram agora, ou ficaram mesmo este tempão todo aqui? - perguntou o Rúben, chegando à cozinha com o Rodrigo.
-Estamos aqui há tanto tempo assim? - perguntei.
-Vai quase fazer uma hora! - esclareceu-me o Rodrigo.
-Tanto tempo? - inquiriu a Filipa, tão surpresa como eu.
-A conversa estava boa, pelos vistos... - meteu-se o Rúben, num tom de ciúme-gozo.
-Rúzinho, ciumeira não. Primeiro, tu não és disso, e depois, a conversa não era sobre meninos, era sobre nós duas! - disse eu.
-Quem disse que estou com ciúmes? Eu sei que assunto mais interessante que eu não há, e depois, acredito que estivessem mesmo a falar de vocês, acho que havia uma conversa assim desse género pendente!
-Porquê? - tentei entender.
-Porque a Filipa falava imenso de vocês e de quão importante tu e a vossa amizade são!
-Ohh, que querida! - sorri, abraçando a Filipa fugazmente.
-Bem, não sou desmancha-prazeres, nem desmancha-climas nem nada dessas coisas, mas eu gostava de vos resgatar para junto de nós, lá dentro na sala, no quentinho! - disse o Rúben.
-Vamos lá, então! - Seguimos todos para a sala e enquanto eu me sentei encostada ao Rodrigo, envolta nos seus braços, o Rúben aconchegou a Filipa também nos seus braços. Troquei um breve olhar com o Rodrigo, que partilhava da mesma alegria que eu. Ver o Rúben assim, bem-disposto de novo, com o sorriso fácil de sempre, enorme, contagiante, ter o nosso Rú de volta, feliz, sabia tão, mas tão bem!
-Oh, agora a sério, vocês ficam tão queridos juntos! - não resisti a comentar. Ele gargalhou.
-Obrigado pequenina! - sorriu-me carinhosamente. - Aliás, obrigado aos dois! - disse, após segundos de um suspiro. - Obrigado por estarem sempre aqui, por me apoiarem quando estou bem e sobretudo quando estou mal, por me darem amor incondicional, mesmo que às vezes pareça que vem às pancadas!
-Ohh Rú, que querido! Isso foram os teus votos? Onde é que está o padre para nos casar a todos? - decidi brincar, caso contrário ele prosseguiria com a conversa e eu ia acabar por chorar.
-Vês, é por isso que és a minha maninha! Sangue diferente mas parvoíce igual! - gargalhou ele. - Mas a sério, obrigado mesmo!
-Rú eu estava a gozar para te impedir de continuar o discurso e me fazeres chorar, mas isso do padre para nos dar a benção eterna não é preciso, porque já nos juntamos, agora ninguém nos separa, percebes?
-Eh pá, Rodrigo, posso saltar para cima da tua namorada?!
-Podes o quê?! - gargalhei. Ele nem chegou a responder, quando dei conta já ele me abraçava com muita força.

-Amo-te minha pequenina! - disse-me enquanto suavizava um pouco mais a força do abraço.
-Oh, também te amo Rú! - retorqui num mesmo tom sentimentalista.
-Agora fala pra mim que me ama que também tou sentindo saudade! - brincou o Rodrigo, assim que desfizemos o abraço.
-Ai pronto, ciúmes do melhor amigo? - ri, indo agora abraçar o meu namorado. - Amo-te oh tonto! Até parece que precisas que to diga!
-De vez em quando fico carente! - brincou.
-Ai que o menino está carente! Também queres que te diga que te amo? - gozou o Rúben, juntando-se a nós muito rapidamente e abraçando-nos. - Amo-te puto, sabes que sim! - disse ao meu namorado. Depois soltou o abraço. - E pronto, antes que isto pareça demasiado gay, amor, anda cá se não quem se atira a mim é ele! - puxou a Filipa e abraçou-a.

Visão Rúben

-Descansa que cair em cima só da minha namorada, tá? - respondeu-me o Rodrigo.
-Ah, pronto, assim já fico mais descansado! Mas livra-te de contar a alguém o que aconteceu! - tornei a meter-me com ele. Ficávamos assim horas se fosse preciso, mas não nos cansávamos, porque para além do evidente, que era rir e fazer rir o tempo todo, parecendo que não, no fundo, estas pequenas coisas também nos aproximavam, e era algo que me deixava feliz.
-Tá com medo de alguma coisa, é? - riu ele.
-Eu não! - E foi aqui então que a risada voltou a ser geral. Acabamos por nos sentar novamente na sala, e enquanto eu, o Rodrigo e a Filipa nos concentramos na televisão, que sinceramente nem tinha nada de interessante, a Mónica estava focada no computador.
-Oh meu Deus... - ouvimos a Mónica suspirar num tom surpreso.
-Que é que foi amor? - perguntou logo o Rodrigo, estendendo o olhar para o computador que ela tinha no colo. E em vez de falar a sua cara denunciou que não soava a algo bom.
-Que caras são essas? É assim tão mau o que viram ai? - perguntei logo, pois a curiosidade claro que se abateu sobre mim.
-Agora também fiquei curiosa! - apoiou a minha namorada.
-Não sei se você vai querer ver Rúben...
-Porquê, é alguém a difamar-me? Não ligo a isso, já sabes!
-Não é isso, Rúben... - quase sussurrou a Mónica.
-Bem, vocês estão a assustar-me! O que é que é isso, afinal? - levantei-me e fui até junto deles para ver o que tanto os indignava. De facto, agradável não era de ver, mas não me afetava. No entanto, apesar de o sentimentalismo não ser afetado, uma réstia de desilusão assolou-me. Pensar na pessoa que um dia julguei a minha melhor amiga e confidente, e alguém a quem entreguei tudo de mim, alguém que me enchia de orgulho, e ver que agora parecia uma estranha conhecida, que enveredava por más escolhas e desintegrava a imagem decente que alguém tivesse dela. O que tanto especulara no ecrã do computador era uma noticia na imprensa, que dava a conhecer a nova namorada de um ator. Bem e esse ator era precisamente quem ela tanto mal disse, o ex melhor amigo da Mónica. Aquele que originou tanta confusão na vida da minha pequenina e do meu puto, aquele que de certa forma me fez ferir os sentimentos da Mónica. Para além de ridículo, deixava a desilusão.
-Estás bem Rú? - perguntou-me a Mónica.
-Claro que sim.
-Tem certeza Rúben? - preocupou-se o Rodrigo.
-Tenho. - A Filipa também olhou para mim, espectante. - Eu estou bem, a sério. Só me faz confusão como é que ela falou tanto mal dele e agora estão juntos.
-E diz aqui que antes ela andou a sair com o Michael... - acrescentou a Mónica
-Ainda pior. Se não tivesse acontecido nada acho que não acreditava que essa é a Andreia
-Mas já chega, né gente? Vamo deixar esse assunto! - disse rapidamente o Rodrigo, notando-lhe uma necessidade de zelo tanto por mim como pela namorada. Parecendo que não, o estado em que a Mónica tinha ficado depois da situação com a Andreia tinha despertado mais ainda o sentido de proteção que aquele rapaz por si já tinha.
-Não te preocupes puto, esse assunto não é bem vindo, por isso vamos lá fazer alguma coisa todos para nos divertirmos que é para isso que aqui estamos! - sugeri entusiasticamente. E era verdade. Estava feliz e apesar de não me arrepender do que vivi com a aquela rapariga que agora denominava desconhecida, queria apenas aproveitar a felicidade que finalmente me concederam e que esperava que durasse o mais tempo possível.
-É isso ai gente, vamo animar isso aqui!
-O que é que tens para fazermos? - perguntei ao Rodrigo.
-Isso é que tá mais complicado...
-Posso sugerir alguma coisa, ou estão a pensar em alguma coisa brilhante já? - perguntou a Mónica.
-Fala amor!
-Então, não sei se vão achar piada, mas acho que nos ia divertir, e é uma coisa diferente!
-Suspense? Diz logo! - pedi curioso.
-Conhecem o jogo dos sentidos?
-Uiii... - suspirei.
-Que jogo é esse? - perguntou o Rodrigo.
-Basicamente vendam-te e tens de tentar identificar o que te derem, através dos sentidos! - esclareceu-o rapidamente a Filipa.
-Também achas boa ideia? - perguntei-lhe.
-É giro, e é uma coisa diferente!
-Por mim acho que não tem problema! - concordou o Rodrigo.
-E é para nos divertirmos, não é? Então vamos lá a isso!
-Ótimo! Vocês podem ficar sentados que eu e a Filipa vamos preparar as coisas!
-Ai nós é que vamos ser vendados?!
-Claro Rú! - gargalhou a Mónica.

1 comentário:

  1. Boa noite! Adoro, simplesmente adoro-os são super divertidos e estavam muito bem amorosos hoje, foi bonito de se ver!
    Bem não sei o que dizer mais, adorei e como sempre fico à espera do próximo, já agora para ver se o jogo corre bem.
    Beijinhos.

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