sábado, 29 de outubro de 2011

Capitulo 2 (parte I)




- Sim... - olhei para o telemóvel. Pela imagem não dava sequer para saber o nome. - Não sei de quem é...
- Vê lá se pelas fotos dá para ver de quem é... - sugeriu a Andreia.
- Ok... - desbloqueei o telemóvel e fui até à galeria. - Andreia... É o telemóvel do Zach...
- Saiu-te a sorte grande, então... - riu a Andreia.
- Não gozes... E agora como é que eu vou devolver-lhe o telemóvel?
- Não sei... Espera que liguem e depois combinam para devolveres o telemóvel. É que agora vai ser um bocado complicado...
- Pois, eu sei...
O evento foi super giro, e como já sabia, não conseguimos apanhar os actores no final.
- Esqueçe. Tenho mesmo que esperar que liguem...
- Eu disse-te.
- Sim... Vamos embora?
- Vamos.
Depois de andarmos durante um bocado, encontrámos o carro da Andreia. Só que houve um pequeno contratempo.
- Boa! Fiquei sem gasóleo...
- Awesome.... E agora?
- Agora... Acho que temos de ir de táxi...
- Ainda há a esta hora?
- Sim. Temos é de ir a pé até à paragem mais próxima.
- Está bem. Vamos.
Saimos do carro, agarrámos nas nossas malas e pusémo-nos a caminho da paragem dos táxis.
- Havias de ter visto a tua cara quando ele te abraçou para tirar a fotografia... E aquele ataque de tosse...
- Eu engasguei-me, está bem...
- Ahah, está bem, está...Ainda por cima vais ter de o ver outra vez por causa do telemóvel...
- Pára de gozar comigo, Andreia Filipa Amorim!
- Não me chames isso!
- Amorim...
- Já disseste isso...
- Não...não...não é...
- Não é o quê?
- Andreia, o Rúben Amorim está ali... - disse-lhe eu, surpreendida.
- O quê?!
- Olha para a frente e vais ver.
- Agora é que não olho mesmo!
- Ok, então continua a ir nessa direcção que vais mesmo direita a ele. - gozei. Agora era a minha vez.
- Cála-te, Mónica Alexandra!
- Não me chames isso!
- Então cála-te!
- Está bem, pronto, não digo mais nada...
- Acho bem.
- Olha, vê lá se queres que vá dizer uma coisa ao Rúben!
- Cála-te! Vê lá que ele ainda te ouve! - Eu ri-me.
- Boa noite. - disse eu, quando chegámos à paragem.
- Boa noite. - respondeu o Rúben a sorrir.
- Então Andreia, não vais ficar em choque agora... - sussurrei.
- Cála-te... - respondeu ela por entre dentes. Eu ri-me.
- Não é um bocadinho perigoso andarem na rua a esta hora? - disse o Rúben, de repente.
Tanto a Andreia como eu ficámos surpreendidas. O Rúben estava a meter assim conversa com duas desconhecidas... Se calhar era porque eramos portuguesas...
- Pois... É que a Andreia ficou sem gasóleo... - disse eu.
- Tinhas de dizer o meu nome? - sussurrou-me a Andreia.
- Desculpa, saiu... - respondi, também a sussurrar.
- Ah... Porque é que estás tão envergonhada Andreia? - perguntou o Rúben.
- Porque tu estás aqui... - sussurrei de modo a ele não ouvir. A Andreia deu-me uma chapada no braço.
- Ok... - disse o Rúben.
De repente, no lugar do táxi apareceu outro carro. Quem saiu do carro foi o David Luíz.
- Boa noite. - disse ele, dirigindo-se a mim e à Andreia. - Então manz, como é qui cê si foi perder? Eu ti expliquei tudo e cê disse qui tinha entendido... - disse ele, falando para o Rúben.
- Pois, só que quando cá cheguei, as coisas eram mais dificeis... - O David riu.
- Cês querem vim com a gente? Eu posso levar vocês.
- Não, obrigada. - disse logo a Andreia.
- Pois, não é preciso, obrigada. - agradeci também.
- Tá bom. Cês qui sabem... Vamo embora Rúben?
- Vamos. - respondeu o Rúben. - Adeus. Adeus, Andreia.
- Adeus. - disse eu. Dei uma cotovelada à Andreia.
- Adeus. - disse ela.
Eles entraram no carro e foram embora.
- Vá, agora já podes sentar e respirar. - disse eu, enquanto nos sentávamos.
- Tu cála-te! Fizeste-me passar uma vergonha!
- Envergonhada já tu estavas...
- Eu estou a falar a sério. Precisavas de ter mandado aquela bocas?
- Ele não ouviu.
- Podia ter ouvido.
- Mas não ouviu.
- Eh pá, tu...
- Pronto, desculpa, ok? Mas também, o que é que queres, ele é que se meteu conosco...
- Pois, mas mesmo assim...
- Está bem, pronto, desculpa.
- Está bem... Olha, vem ai um táxi.
Assim que o táxi parou, entrámos e fomos para casa.

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