sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Capitulo 2 (parte VI)



-Hey... Wake up... - disse o Zach enquanto mantinha a mão no meu braço.
-Hm...? Oh, sorry. I fall asleep...
-No problem. - sorriu. - You must be very tired, 'cause you talked a lot when you were sleeping.
-I, I talked? What did I said?
-I didn't understand. You must be dresming in portuguese or something.
Uff! Ao menos ainda sonho em português...
-Oh, okay. - Ele sorriu. - Where are we going? - perguntei.
-Do you mind if I say we're going to a place that means very much to me?
-It depends.
-On what?
-On the place, and the memories I suppose you're going to tell me.
-Yeah, you suppose well... - sorriu ele.
Passado pouco tempo parámos.
-It's here. - disse ele assim que parámos. Era a entrada para uma floresta.
-Let's get in! - disse eu, saindo da carrinha. Ele saiu também e veio para junto de mim. - You know the trades, right?
-Yeah.
-Are you soure?
-I came here everytime I can.
-Hm, okay.
-You're safe with me. - Sorri e ele sorriu também e depois rodeou os meus ombros com um braço e começámos a andar. Depois de andarmos um pouco pelo interior da floresta, chegámos ao pé de uma árvore enorme. O Zach levou-nos para baixo dela e sentámo-nos junto das suas grandes raízes.
-So, do you want to share your memories with me now? - sugeri.
-Yeah...
-You're free to start, when you want...! - disse eu, tentando pô-lo à vontade. Não sabia qual seria o tipo de assuntos que ele ia contar-me, mas tinha de preparar o terreno.
-Do you know my first kiss was here? - Fiquei espantada.
-And why you're telling me this?
-The girl was a very special one. She was the most special girl in my life, before my mom, of course. - Deixei-me ficar calada, a ouvi-lo e a tentar perceber onde é que ele queria chegar. - And now, you're so special as them... - disse ele, olhando directamente para mim.
-Thank you for putting me in this high position of your life... - repondi, meio atrapalhada, sem saber bem o que dizer mais.
-I know it will seem strange 'cause we just meet each other at not much than a week, but I feel it...
-What do you feel...?
-You're my best friend. I'm glad for meeting you and I don't want to be distant from you.
-Wow... Well, thanks. I, I really don't know what to say, I... like  you said, we meet just not much than a week, so, I don't know you so well to say you're my best friend, but I can say that I feel safe with you and I love spending my time with you. I mean, I nor give for the time passing... Okay, I'm talking too much... - disse eu meio envergonhada.
-No, no, no. I'm loving hearing you say all that good things. - sorriu, dando-me a mão. Sorri também.
-You know, now I want to ask you something.
-What?
-An hug. - Ele sorriu.
-Came here! - respondeu-me, estendendo um braço para que me abraçasse a ele.
-It's cold now...
-Yeah. But I'm here to warm you.
-I think I prefer a fireside and a mug of tea...
-Are you inviting me for that?
-Actually I'm expecting to go go to your house. I don't live alone, and I would like to proceed with this feeling of beeing just with my best friend. - Ele deu uma pequena gargalhada.
-Okay. Great idea, but we have to go to the supermarket first. I don't have tea in my cupboard. - respondeu ele a rir.
-No problem. We're going to fill it up with tea. I'll go there too much times.
-Not so much as that. I'll always be divided in some cities...
-I don't want to know. I just want to know about now, so up!Let's buy tea for you're cupboard! - respondi, levantando-me e estendendo a mão para que ele seguisse o gesto.
-So, now I'm your best friend? - perguntou-me.
-You're more close each moment I pass with you... - sorri.
Ele levantou-se e voltou a abraçar-me, e foi assim que fomos até chegarmos à carrinha.





VISÃO ANDREIA


Só consegui pensar que a Mónica ia estar morta quando voltasse a estar com ela.
-Então, no que é que estás a pensar, tão concentrada. - perguntou-me o Rúben. Eu tinha-me mantido calada desde que tínhamos começado a andar.
-Só estou a ter um pressentimento que alguém vai estar morto quando eu chegar a casa...
-Então porquê?
-Não tenho de te dar explicações.
-Ok! - respondeu ele, com um tom de voz de quem não voltava a ''pedir explicações''.
Ele parou o carro pouco tempo depois, ao pé de um descampado.
-Chegámos. - sorriu ele. Foi ao porta-bagagens e depois foi até à parte da frente do carro, com uma bola de futebol. - Anda! - chamou-me.
Eu sai do carro e assim que me virei, ele mandou-me a bola. Surpreendeu-me, mas consegui agarrá-la.
-Boa! Bons reflexos! - felicitou o Rúben. Voltei a mandar-lhe a bola e dei alguns passos na sua direcção, sem dizer nada. - Oh, vá lá Andreia! Não estejas com essa cara!
- É a minha cara.
-Não, não é. As pessas não têm só uma cara amuada de quem não quer estar aqui. Eu sei que no fundo tu estás a gostar de estar aqui comigo, e se deixasses de ser tão teimosa aproveitavas mais...
-Precisas de me estar sempre a chamar nomes?
-Preciso. Ao menos assim tu respondes-me.
-Não tem piada, Rúben Fil... - calei-me.
-Podes dizer o resto. - sorriu ele. Fiz uma cara meio envergonhada. - Está bem. Então e qual é a posição que gostas mais de jogar? - perguntou-me, mandando-me a bola novamente.
-Guarda-redes. - respondi, mandando-lhe a bola.
-Andreia Filipa, tira essa cara! E eu quero saber o resto do nome. - sorriu. Desta vez não consegui evitar e ri também. Ele sorriu mais abertamente. - Ah! Assim é que eu gosto! - Continuei a sorrir. Ele tinha razão. Eu estava a ser teimosa. Estava a gostar de estar ali, com ele, e tinha de aproveitar. - Então e será que podemos treinar um bocado, ou tens medo de te sujar? - riu ele.
-Eu vou sujar-me tanto que vais ter dificuldade em limpar os estofos do carro. - ri, desafiando-o.
Ele mostrou um grande sorriso.
-Vamos lá, então!
Ele começou com remates leves e eu conseguia defender sempre.
-Boa! É mesmo assim1 Mas podias fazer um bocadinho de batota e deixar entrar nem que fosse só uma vez. É só para eu ficar contente...
-Até parece que precisas que eu faça batota. Se quiseres, marcas. Tu és um excelente jogador.
Ele sorriu.
-Obrigado pelo elogio, mas mesmo assim, tu és uma excelente guarda-redes. É difícil marcar na tua baliza.
-Obrigada... Mas esta baliza nem sequer tem as medidas certas de uma baliza do estádio.
-Quando o guarda-redes é bom, é bom e pronto. Não importa se a baliza tem 2 metros ou 70 centímetros...
Ele estava a fazer-me um grande elogio...
-Obrigada... - disse eu, meio embaraçada.
-De nada. - sorriu-me, e em seguida fez um remate inesperado, e com a atrapalhação, ele acabou por marcar golo.
-Este foi oferecido... - gozou ele.
-E foi o único! - sorri.
Mais tarde voltámos para o carro para o Rúben me levar a casa.
-Sujaste-te mesmo. E agora vou ter de limpar o carro ao David... - riu ele, tentando ser dramático.
-Eu avisei-te.
-Está bem. Então, amanhã posso vir buscar-te para mais uma sessão de treinos, à porta aberta, do Rúben Amorim e do novo guarda-redes do Benfica? - gracejou.
-Acho que sim. - respondi com um pequeno sorriso.
-Achas ou tens a certeza? - perguntou-me, de braços cruzados, encostando-se à ombreira da porta, enquanto eu procurava as chaves na minha mala.
-Está bem, podes vir buscar-me. - sorri, e depois, ao tirar a mão de dentro da mala, deixei as chaves cairem ao chão. Ele baixou-se e voltou a erguer-se com as minhas chaves na mão.
-Os reflexos fora do campo também servem, jogadora.
-Eu tenho-os. Agora é que falharam um bocado...
-Assim também tem piada. - riu ele.
-Oh. Bem, eu tenho de entrar. Até amanhã.
-Até amanhã Andreia.

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