quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Capitulo 2 (parte III)



Regressámos para casa sempre com a Andreia a gozar comigo, e a dizer que o Zach tinha gostado de mim e qualquer dia ia convidar-me para sair, visto que tinha sido tão directo em dar-me o número dele e pedir-me o meu.
- Oh Andreia! Não gozes comigo...!
- Eu não estou a gozar. Só achei giro.
- Ai é? Olha, eu também achei giro o Michael ir meter-se contigo, sabes.
- Eu ainda achei melhor como tu o deixaste! Coitado do rapaz, ficou boé envergonhado. - disse ela a rir.
- Mas eu só lhe disse a verdade. Tu estás interessada noutra pessoa, e a minha irmã gosta muito dele, mas tem 12 anos... Ele é que pareceu ficar decepcionado. - ri também.
- Ai eu estou interessada em alguém? Não sabia.
- Sabes sim. O Rúben. Amorim. Ele é uma pessoa normal, a diferença é que é reconhecido com o trabalho que faz, por isso, podes perfeitamente gostar dele. E ele é português e tudo. Para além de que, se o encontráste, por acaso, na rua uma vez, podes encontrá-lo mais e...
- Já chega! Pára de fazer filmes!
- Eu não estou a fazer filmes, Andreia. Sabes que pode perfeitamente acontecer.
- Oh...
- Oh nada, Andreia. É verdade. Ou não é possivel?
- É é muito pouco provável.
- Mas é possivel Andreia.
- Está bem... - disse ele, embora soubesse que ela não estava convencida nem nada que se parecesse. Chegámos a casa e o primo da Andreia tinha saido, então almoçámos e ficámos na sala a ver uma série.
- Andreia, vamos passear. - sugeri.
- Onde é que queres ir?
- Não sei, Vamos andar, só.
- Está bem.
Fomos buscar as nossas malas e saimos.
- Tu é que querias vir dar uma volta e estás a andar boé devagar,
- Não reclames. Tu é que estás com o fogo todo!
- É o amor! - Rimos, porque nos fez lembrar de uma música. - Mas vá, anda lá mais depressa. - disse ela, enquanto continuava a andar de costas. Eu ia dizer-lhe para parar de andar dessa maneira, mas. reparei que precisamente à minha frente, ou seja, atrás da Andreia, estava o Rúben Amorim, a andar exactamente como a Andreia, mas na nossa direcção. O David Luiz vinha atrás dele. Eu decidi não dizer nada à Andreia e pareceu que o David decidiu fazer o mesmo para com o Rúben. De repente, eles foram um contra o outro. Viraram-se e disseram ao mesmo tempo :
- Sorry!
Assim que a Andreia viu que era o Rúben, ficou estática e super nervosa a olhar para ele. Ele ficou a olhar para ela com um sorriso.
- Desculpa, eu vinha a andar de costas... - começou ela, para quebrar o silêncio.
- Eu também. Não há problema. Magoaste-te?
- Não.
- Ainda bem... - Depois olhou para mim e voltou a olhar para a Andreia. - Vocês são as raparigas da paragem de ontem à noite. - sorriu.
Eu ri. A Andreia olhou para mim reprovadoramente.
- É, eu lembro de vocês. - disse o David.
- Pois, nós também nos lembramos de vocês. - disse eu com um pequeno sorriso. A Andreia olhou para mim e eu retribui o olhar.
- Estão com vergonha outra vez? - perguntou o Rúben a sorrir.
- Não. É só que,não estamos habituadas a falar assi com pessoas conhecidas... - respondi.
- Hoje até já nem é novidade... - sussurrou-me a Andreia.
- Cála-te Andreia Filipa. -disse-lhe eu, um pouco mais do que era suposto. Ela deu-me uma cotovelada. O Rúben riu-se.
- Desculpa. - disse eu à Andreia, por entre dentes.
- Vocês nâo querem dar uma volta? Já qui a gente se encontrou outra vez, a gente gostava de conhecer vocês. Eu gostei dessa vossa conversa, por gestos. Acho qui vocês devem ser bem divertidas, né Rúben? - disse o David.
- É isso mesmo. E estejam descansadas que não vão ver fâs nem jornalistas atrás de nós. - respondeu o Rúben,
- Bem, obrigada pelos elogios, foram bons de ouvir, ainda mais por pessoas como vocês, mas não vai dar, nós temos umas coisas para fazer, e na verdade, já estamos um bocadinho atrasadas.- disse eu, tentando safar a Andreia. O Rúben tinha ficado a olhar para ela, mas se eu a obrigásse a ir, o que era a minha vontade, ela matava-me, e como eu sou necessária a várias pessoas, não dava muito jeito, para além de que gosto de viver.
- Pois, é isso, desculpem. - acrescentou a Andreia.
- Ok, não faz mal. Mas então, - começou o Rúben. Depois tirou um papel e uma caneta do bolso e começou a escrever. - fiquem com o meu número, e quando vos der jeito, combinamos qualquer coisa. - e estendeu o papel à Andreia. Ela aceitou, timidamente e depois de dizermos adeus, fomos embora.
- Hai-de ti que tivesses dito que sim!- resmungou ela.
- Mas não disse. Desta vez safei-te.
- Era a tua obrigação. Envergonhaste-me duas vezes à frente do Rúben!
- Foi sem querer. Mas estás a falar daquilo do nome? Oh, ele até achou piada, não viste? É que ele também é Filipe... - ri.
- Cála-te!
- Ok, ok, pronto! - disse eu a rir, elevando as mãos em sinal de redenção.
- Acho bem.

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