segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Capitulo 8 (parte II)




Almoçámos animadamente e depois ficámos à conversa e a ver televisão. O assunto voltou a ser futebol.
-Ah, mas é sim! É bem melhor ver o jogo da bancada qui do sofá! Eu por acaso falei pra Mónica qui vocês duas tinham de ir ver um jogo lá no Estádio. Ela ficou bem pensativa quando eu falei na equipe, qui vocês tinham de conhecer o plantel do Benfica… - Eu comecei a rir-me, mas sem demonstrar muito, no entanto não lhes escapou.
-Qual é que é a piada? Não gostavas de os conhecer? – perguntou-me o Rúben.
-Si eles forem chatos como você, não, né Rúben! – riu o David, gozando.
-Cála a boca seu cara de cú! Mas diz-me lá, não gostavas de os conhecer? – respondeu o Rúben ao David, e voltou a fazer-me a pergunta.
-Gostava, claro que gostava. E a Mónica também… - disse eu com uma voz meio insinuosa.
-Iihh, qu’qui foi esse tom de voz ai no finzinho?
-Nada – respondi.
O telemóvel do David tocou e ele foi atender.
-Vá, agora diz-me lá a mim o que é que foi aquele tom de voz – pediu-me o Rúben.
-Aah…
-Diz lá.
-Lá.
-Oh, não era para dizeres lá, era para me contares porque é que fizeste aquele tom.
-Pff, está bem. Mas tu livra-te de abrires a boca para dizeres a alguém!
-Podes ficar descansada, não vou abrir a boca para contar a ninguém – sorriu.
-A Mónica acha um dos jogadores do Benfica giro.
-E quem é?
-Isso agora já não te posso dizer.
-Vá lá.
-Não.
-Porquê? Sou eu?
-És, és muito convencido, és.
-Ah! Não sou nada! Mas se não me dizes quem é tenho de tentar adivinhar.
-Claro, e tinhas de ser o primeiro da lista.
-Oh, vá lá, diz-me lá quem é.
-Que idade é que tens mesmo, Rúben?
-Hã? – perguntou-me, confuso.
-Maçã.
-Oh, o que é que disseste?
-Perguntei que idade é que tens.
-27. Mas tu já sabias isso, porque é que estás a perguntar?
-Parece que tens 12.
-Aii, agora foste mesmo má, Andreia! Porque é que dizes isso?
-Porque estás sempre a pedir ‘’vá lá’’, e isso é o que as criancinhas fazem.
-Oh, isto é só curiosidade.
-Curiosidade de menino… - sussurrei.
-Mas vais dizer-me quem é ou não?
-O Rodrigo.
-O Rodrigo? Hm.. está bem. – Eu ri-me da cara que ele fez. Então e tu?
A pergunta cortou-me o sorriso e deixou-me mei constrgida. Não queria responder-lhe àquela pergunta.
-Andreia?
-Hã?
-Não respondes?
-Ahh…
-É assim tão difícil?
-Não…
-Então…? – perguntou, expectante.
-Ahh… És tu, o Miguel, o Garay, o Javi, …
-Ah! Vês! Afinal eu tinha razões para me gabar!
-Mas estás a ser um bocadinho convencido, se calhar.
-Oh! Estou orgulhoso! Ou só tu e a minha mãe é que podem orgulhar-se de mim?
-Quem é que te disse que tenho orgulho em ti?
-Será que não tens? – perguntou, expectante, mas já meio certo da minha resposta.
-Bem, tenho. Mas é normal! És um defensor autêntico de um clube incrível. O amor e dedicação que demonstras por ele são merecedores de orgulho, ou não?
-O clube é claro que merece, mas eu já não sei. Quer dizer, há tenta gente que faz o mesmo que eu.
-Ninguém é igual a ti – deixei escapar para fora uma parte do meu orgulho e admiração pelo Rúben. Ficámos os dois a olhar um para o outro. Eu séria, ele com um ligeiro sorriso.
-Gente, a Mónica chegou! – disse o David, entrando na sala com a minha melhor amiga ao lado.
-Olá! – cumprimentou ela com um sorriso.
-Olá, olá! – respondeu o Rúben com um enorme sorriso.
-Grande alegria, hã! – disse ela a sorrir, sentando-se do lado esquerdo do Rúben.
-Sempre! – respondeu o Rúben, fazendo um sorriso ainda maior que o anterior. Como é que era possível este rapaz sorrir tanto desta maneira…
-Olha, eu não quero estragar esse momento de sorrisos e alegria, mas a gente tem de ir. Cê tem um voo pr’apanhar, manz.
-Tem de ser, não é? Então vamos a isso! – disse o Rúben levantando-se do sofá. Fomos todos para o carro do David e seguimos para o aeroporto.


VISÃO RÚBEN

Enquanto seguíamos viagem para o aeroporto, no carro do David, eu analisei algumas coisas. As últimas conversas com a Andreia, embora sempre com brincadeiras e parvoíces à mistura, fizeram-me ter a certeza que ela é uma pessoa espectacular. Sinto-me, não sei, sinto-me sempre tão bem quando falo com ela… É muito bom ter uma pessoa assim com quem conversar. E tenho o manz, que é o manz e não é preciso preciso dizer nada. Sei que posso contar sempre com ele e ele pode contar sempre comigo. E a Mónica parece igualmente ser uma pessoa confiável, divertida, séria, e bonita, assim como a Andreia… Tenho de falar com a Andreia para o Rodrigo e a Mónica se conhecerem. Acho que ela é uma boa pessoa para o puto, nem que seja uma amiga, melhor amiga… Melhor amiga. Acho que tinha acabado de ganhar uma. E sabia muito bem.
-Rúben! – chamou o manz.
-O que foi?
-Iihh, tava perdido fazendo o cubo mágico qui é a sua cabeça?
-A minha cabeça não é quadrada – respondi a primeira coisa que me veio à cabeça, o que resultou na risota total dentro do carro.
-A gente já chegou, manz. – disse o David, assim que conseguiu falar.
-Já? – perguntei, meio apático.
-Já. – respondeu-me o David.
Saímos do carro, tirei as minhas malas da bagageira e entrámos no aeroporto. Depois de fazer o check-in e deixar as malas no sítio certo, voltei para junto deles os três. Como só tinha cinco minutos tive de falar logo.
-Mónica. – comecei. Decidi começar pelo mais fácil. Ela olhou para mim, à espera. – És uma rapariga muito fixe. Adorei conhecer-te – sorri. Ela sorriu também. A pessoa do meio ia seer a mais complicada, por isso, ia deixar o David para o fim, para aliviar. – Andreia. – Ela olhou para mim. – És a pessoa mais fantástica que conheci nestes últimos tempos. Fazia-me falta conversar e estar com alguém como tu. Fazes-me bem. Acho que ganhei uma melhor amiga que já procurava à algum tempo. Obrigado – sorri.
-Não precisas de agradecer, Rúben. – respondeu ela a sorrir também, no entanto notei um brilhozinho turvo no olhar dela.
-David – chamei.
-Iihh, si é pra fazer chorar pode parar por aí. Cê sabe qui eu não gosto de chorar assim.
-É pá, mas tu deixas-me falar? A ti vou fazer um discurso mais soft, Vou só dizer-te que és o meu mano e podes sempre contar comigo. Ah, e obrigado pela estadia e por me teres feito o jantar e o almoço tantas vezes – ri.
-Cê não tem qui agradecer… ‘Pera lá! Cê disse qui fazia o jantar de hoje, mas você vai embora agora! Como é qui você vai fazer o jantar?! – Eu desatei a rir.
-Tu é que caíste nessa. Se tivesses pensado um bocadinho… - ri.
-Sempre zoando comigo, né Rúben? – riu ele também.
-Bem, está na minha hora. Já terminei os discursos, por isso, adeus pessoal. – Despedi-me de todos e prometemos todos ir falando. Entrei no avião. Agora tinha de descansar bem a cabeça, porque depois de aterrar em Lisboa, ninguém me ia largar. Incluindo a Inês…

3 comentários:

  1. fantastico...

    quero mais... tou curiosa para ver o proximo...

    continua...

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  2. Olá começei a ler a tua fic e esta espetacular. Também tenho se quiseres espreitar deixo aqui o endreço.

    http://podesmorrermasomeuamorportinaomorrera.blogspot.com/

    Continua. está prefeita.

    beijinhos
    Beatriz

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    1. Olá Beatriz1 Ainda bem que estás a gostar da minha fic, fico muito contente!
      É claro que vou ver a tua, tenho sempre curiosidade ;D
      Obrigada pelo comentário :)
      Beijinhos

      Mónica

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