quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Capitulo 21 (parte I)

Olá!
Queria pedir-vos Milhões de Desculpas, porque demorei imenso tempo para voltar a publicar, mas sinceramente não tenho tinho quase tempo nenhum para escrever nem para passar o que já tenho para o computador! Peço mesmo imensas desculpas!
Bom, mas então aqui está mais este capitulo! Espero que gostem e que deixem os vossos comentários, que são muito importantes para mim.
Queria ainda agradecer todas as visitas e agradecer por me seguirem e me deixarem todos estes lindos comentários que me fazem! Sem vocês, nada tinha ainda conquistado!
Muito obrigada, Beijinhos*

Mónica


VISÃO RODRIGO


Quando acordei a minha minina já tava si mexendo pra despertar, nos meus braços.
-Bom dia, meu amor - disse eu pra ela.
-Bom dia - respondeu, si espreguiçando.
-Dormiu bem?
-Muito. E tu?
-Com você nos meus braços durmo sempre. - Ela sorriu e si levantou pra ir buscar a roupa e si vestir. Mi deixei ficar deitado observando ela. Ela vestiu um vestido roxo, de gola alta, de lã, depois foi buscar as botas pretas e sentou juntos dos meus pés pra si calçar.



Quando terminou ela si virou pra mim.
-Importaste? Estou a sentir-me muito observada, e não gosto - pediu com uma careta.
-Porquê? Não posso olhar o qui é meu? - brinquei.
-Assim não. Não gosto de me sentir observada assim.
-É muita pressão, eu sei...
-Oh, vai gozar com o caraças! - riu, si levantando.
-Não, não, não, vem aqui - pedi.
-Anda cá tu - respondeu, indo no banheiro.
-Cê quer mesmo qui eu levante da cama? Olha qui eu vou fazer o dobro da sua altura.
-Oh amor! Primeiro, o dobro da minha altura não fazes, és só uns centimetros mais alto que eu, e segundo, eu não tenho medo dos grandes.
Levantei e fui até junto dela. Ela tava terminando de escovar o cabelo, na frente do espelho.
-Mas devia - respondi.
-Ai devia? - perguntou, virando costas ao espelho e ficando de frente pra mim.
-Devia - respondi, avançando mais pra ela de modo a fazê-la olhar pra cima e notar mais a diferença de alturas. Ela ficou mi olhando, enquanto eu tinha colocado uma mão de cada lad dela, na bancada do lavatório.
-Hm. Está bem, podes intimidar um bocadinho, mas mesmo assim não tenho medo de ti. Não te esqueças que os pequeninos têm muitas vantagens que os grandes não têm - respondeu, batendo na minha barriga.
-Tá bom, cê tem razão. Os piquininos têm vantagens sim - sorri, sengurando a cintura dela e avançando pra beijá-la.
-Então não abuses, se não queres experimentar as minhas vantagens - avisou, consiguindo si escapulir de novo pró quarto.
-E não vai mi dar nem um beijo? - perguntei, chegando novamente junto dela. Ela mi puxou pra baixo pela camisola e mi deu um beijo rápido. - Qui beijo foi esse qui nem beijo foi? Eu quero um beijo bem grande e bem gostoso. Vem aqui qui eu ti mostro - reclamei, mi colando a ela. Abraçei ela forte pela cintura com o meu braço esquerdo e segurei a cara dela com a mão direita, enquanto qui a mão direita dela passava pelo meu cabelo e a mão esquerda segurava a minha camisola.
-Bem, eu vou descer para ir pondo a mesa e preparar as coisas para o pequeno-almoço - disse ela, assim qui eu a soltei.
-Não. Espera por mim. Eu mi visto num instantinho e a gente já desce.
-Está bem... - si sentou na ponta da cama. Eu fui pegar umas calças de ganga escura e uma camisola de malha branca. - Também quees que fique a olhar para ti? - perguntou, brincando.
-Cê é qui sabe si quer ver ou não. Mas pode olhar, claro - ri. Ela riu também.
Mi vesti, mi calçei e terminei de mi arrumar e depois descemos até à cozinha. Arrumámos a mesa e entretanto os nossos pais e as nossas irmãs chegaram também.
-Bom dia! - cumprimentou a minha irmã com um enorme sorriso.
-Bom dia, maninha - respondi, dando um beijo na sua testa.



 Dei um beijo também nos meus pais e dei os bons dias ao pai e à irmã da Mónica. Depois sentámos todos na mesa, eu no topo, a Mónica do meu lado esquerdo, e começámos comendo e conversando.
-Ontem à noite parecia qui tava chovendo pra caramba. A gente acordou de noite e ouviu. Mas agora tá um sol tão bom... - comentou a Mariana.
-Pois foi. Mas não me parecia chuva - disse a irmã da Mónica. Eu terminei de dar um gole no meu suco e cruzei o olhar com a Mónica, qui tava com a cabeça baixa prá taça de cereais mas os olhos dela tinham levantado pra mim. Ela tava tentando não si rir, tal como eu.



A Mariana ficou olhando pra gente, sorrindo ligeiramente. Não sei porquê, mas não tava gostando muito desse sorrisinho dela. Aquele assunto terminou por ali, mas ficámos conversando até terminarmos o café da manhã.
-Pai, cês ficam pró almoço? - perguntei.
-Não meu filho. A gente vai ter com o Adélio (pai do Nélson Oliveira), já tinhamos combinado em almoçar lá com eles. Mas só eu e sua mãe, si sua irmã quiser ficar aí - respondeu o meu pai, olhando prá minha irmã.
-Ah, eu posso ficar sim, mas só até às onze.
-Ai é? E porquê? - perguntei.
-Ah, ela vai almoçar na casa da Dona Bela - respondeu a minha mãe.
-Dona Bela? - perguntei, meio confuso.
-A mãe do Rúben, Rodrigo.
-Ah, sim. Mas, pera ai, porqui é qui cê vai almoçar com a Dona Bela sozinha? - perguntei prá Mariana.
-Porqui não é  só a Dona Bela qui vai tar lá, não. O Mauro também vai - disse a minha mãe.
-Ai, Dona Andreia, não tá muito metidinha, não? - comentou a minha irmã.
-Eu? Eu não. Você é qui tá com medo de falar - respondeu a minha mãe.
-Não tou não - falou a minha irmã.
-Ah não? Então porqui é qui cê tá aí toda nervosinha? - continuou a minha mae.
-Eu não tou nervosa, mãe! Cê é qui tá enchendo meu saco com essas bobeiras!
Começámos todos nos levantando da mesa.
-Ah é? Hm, tá bom, tá... - voltou a minha mãe a dizer, com um sorrisinho.
-O qui é qui tá acontecendo aqui, hein mininas? - perguntou meu pai com ar meio desconfiado, falando prá minha mãe e prá minha irmã.
-Ah, nada pai. A mamãe é qui tá zoando com a minha cabeça. Mi larga, vai mãe!
-Ah, bom, tá bom - sorriu a minha mãe. - Mas já agora dá um beijo na Dona Bela.
-E um abraço no Mauro, também - acrescentou o meu pai.
-Pode deixar qui eu dou.
-Você diz - corrigi, zoando com a minha irmã.
-Não zoa também não Rodrigo! - mi respondeu ela. Eu ri.
-Bom, e vocês ficam ou precisam qui eu leve vocês? - perguntei pró pai e prá irmã da Mónica.
-Não, nós vamos embora. Só precisamos que nos leves a casa, se faz favor - pediu o Sr.António.
-Claro, eu levo vocês daqui a pouco então. Vão indo todos prá sala qui a gente vai só arrumar a cozinha num instante.
Eles foram saindo da cozinha.
-Vens para ao pé de mim, Mariana? - pediu a irmã da Mónica.
-Tou indo, linda. Primeiro tenho qui dar uma palavrinha com eles dois.
-Está bem - respondeu a minina, saindo prá sala também. Eu e a Mónica começamos tirando as coisas da mesa.
-Qu'qui cê quiria falar com a gente? - perguntei.
-É sobre o chuveiro qui andou correndo essa noite... - sorriu a Mariana. Eu tinha parado atrás da Mónica, colocando umas taças no lava-loiças qui ela tava enchendo pra lavar a loiça. Ela tava ficando envergonhada, e eu não quiria falar disso agora com a minha irmã.
-Chuveiro? Primeiro era chuva, agora é o chuveiro. Cê não sabe qui é qui cê tá dizendo.
-Ah cês pensam qui eu não sei qu'qui cês andaram fazendo? Eu não sou burra não gente.
-Ih, Mariana, chega tá - pedi, tentando não embaraçar mais a minha namorada, qui já tinha começado a lavar a loiça. Eu mi juntei a ela, passando a loiça por água.
-Cês não precisam ficar tão envergonhados, isso é normal entre namorados tá, eu sei. Mas vocês podiam ter tido mais vergonha na cara, cês tinham visitas gente, e não eram umas visitas quaisqueres não, eram os pais de cada um e as irmãs, e olha qui uma delas é menor...
-Mariana, já chega, por favor. Ou você quer qui eu vá dizer pró pai qui você gosta do Mauro?
-Tá bom, eu paro. Mas, eu não gosto do Mauro! Ôh gente, vai encher o saco de outra pessoa, pelo amor de Deus!
-Ah não gosta? Então porqui é qui cê fica sempre tão zangada e agitada quando a gente fala isso, hein?
-Porqui é mentira!
-Hm-hm. Mi diz só mais uma coisa: quem é qui vem pegar você pra ir na casa da Dona Bela?
-O Mauro...
-Ah, tá bom, mi esclareceu... - ri.
-Ah, encheu, viu! Vou prá sa pra ver se você mi esquece!
-Vai lá, vai. A mamãe também tá lá, viu!
-Ah, não zoa Rodrigo! - respondeu a minha irmã, saíndo da cozinha.
-Pronto, já pode respirar - disse eu prá Mónica, rindo.
-E tu riste!
-Ah, tem qui ser! Ou quer qui eu chore?
-Que piada - ironizou. - Deves ter gostado das bocas da tua irmã.
-Ah, gostar, gostar, não gostei, mas também mandei ela lá pra dentro num instantinho. Basta falar no Mauro qui ela fica logo mal
-É, eu acho que tens de começar a pôr olho nisso, se não, qualquer dia ficas sem a tua irmãzinha.
-Minha irmãzinha nunca vai deixar de ser a minha irmãzinha. Eu e o meu pai não vamos ser os únicos homens na vida da minha irmã, eu sei qui não vai durar pra sempre.
-Ah, então vê se te deixas de armar em guarda-costas. A rapariga já sabe o que faz e parece ter bom gosto, por isso.
-Bom gosto? Mau,qui eu não tou gostando. Qu'qui cê quis dizer com isso, hein?
-Então, se ela ficar com o Mauro fica bem servida, ele é um rapaz decente.
-Ai é? E onde qui eu fico?
-Tu ficas ao pé de mim.
-Fazendo o quê? De vela ou segurando o babete?
-Também já aprendeste a do babete! Ai o caraças!
-Já, cê sabe qui o convivio com o Rúben tem dessas coisas. Mas vá, mi diz, qu'qui cê prefere?
-Está bem, já que queres mesmo que eu escolha, prefiro que sejas o candeeiro.
-Essa opção não tá em aberto.
-Nem a opção de ficares em outro sítio que não seja ao meu lado e para sempre, mas mesmo assim deste-me essas opções.
-Calma, o quê? Não escutei, repete - brinquei, segurando ela pela cintura e a virando pra mim.
-Não tens outra posição na minha vida sem ser a que tens como estado civil: meu namorado. Eu não te quero longe de mim, seu tontinho. Por mais que as pessoas da familia Amorim sejam atraentes e pessoas decentemente fantásticas, a única atração que eu quero és tu, a única pessoa decentemente fantástica que eu amo és tu - mi respondeu sorrindo e fazendo uma festa na minha cara antes de colocar os braços atrás do meu pescoço.
-O Rúben si ouvisse você já tava cantando e dançando a ''I'm sexy and I know it'' - ri. Ela deu uma gargalhada e encostou a cabeça no meu peito.
-Ainda bem que tu não fazes isso - desabafou rindo.
-Por enquanto...
-Mau! Tu vê lá! - levantou o rosto pra olhar pra mim. - Eu não quero assistir a figuras dessas!
-Ah, vai mi dizer qui você também não dança de vez em quando.
-Se eu soubesse dançar, talvez o fizesse.
-Não acredito qui você não sabe dançar nada.
-Mas não danço.
-Não dança mas vai dançar. Um dia desses eu ti ensino qualquer coisa.
-Não sei se vai valer a pena.
-Claro qui vai - sorri. Depois ficamos alguns segundos nos olhando apenas e balançando devagarinho. - Eu acho qui se eu procurasse eu não ia encontrar você.
-Isso é suposto ser um elogio, já percebi, e obrigada, mas agora diz-me lá o que é que querias dizer exactamente com isso - riu ela.
-Ahah. Por exemplo, tá vendo essa sua atitude agora, foi natural e botou piada num momento em qui eu ia tentar começar uma declamação.
-Declamação?
-Sim. Aê, eu não sei como é qui cês dizem aqui, mas eu ia dizer pra você qui eu tou gostando muito de você, eu ti amo e você é uma das pessoas mais fantásticas qui eu conheço, cê é maravilhosa, eu amo a sua maneira de ser, amo a sua energia, as suas brincadeiras, as caras qui cê faz... Você é única e por isso eu ti amo.
-Eu não sou única, sou igual a muitas pessoas.
-Não, não é. Você é qui não vê, porqui cê é assim desde sempre, mas quem vem de fora, quem não conhece você... Não é dificil ficar encantado - sorri. - Você é alegre e cativa todo mundo.
-Já terminaste a tua declaração? Já posso beijar-te? - perguntou.
-Claro qui pode. Pode sempre. Mas, mi deixa dizer só mais três palavras? - Ela acenou qui sim. - Ti amo muito - sorri, avançando pra tocar os seus lábios com os meus.
-Eu também te amo muito - conseguiu dizer, antes de eu a beijar.
Pouco depois ouvimos alguém tossindo.
-Mãe, cê tava aí há muito tempo?
-O suficiente pra ouvir as coisas bonitas qui cês disseram - respondeu a minha mãe sorrindo e entrando na cozinha. Eu e a Mónica nos largámos.
-É, precisa de alguma coisa, mãe? - perguntei, meio envergonhado.
-Por acaso preciso, preciso qui vocês venham comigo na sala. Eu e seu pai vamos embora.
-Ah, claro. - Olhei prá minha namorada. - Vamo - segurei a mão dela e seguimos junto com a minha mãe prá sala.
-Então, ficaram conversando? - perguntou o meu pai.
-É, pode dizer qui tivemos sim - respondeu a minha mae, sorrindo ligeiramente.
-Hm. Bom, meu filho, a gente vai indo. Já nos despidimos de todo mundo menos de vocês dois - falou o meu pai, avançando pra mi dar um abraço. Depois deu dois beijos no rosto da Mónica. - Você tem aqui uma moça séria, não deixa ela escapar não.
-Pode deixar qui eu cuido disso, pai - respondi, trocando um rápido olhar e um breve sorriso com a minha namorada.
-Eu sei qui sim. Bom, Mónica, gostei muito de conhecer você, você é uma boa moça e faz muito bem pró meu filho - disse o meu pai.
-Obrigada, Sr.Adalberto - agradeceu ela.
-Ah, deixa dessas coisas. É Adalberto, por favor.
-Está bem, Adalberto - sorriu ela, pronunciando o nome do meu pai ainda meio esquisito.
-Bom e eu vou levar vocês, se vocês quiserem - disse eu, falando pró pai e prá irmã da Mónica.
-Sim, por favor - respondeu o pai.
Depois de todos si dispidirem, eu dei um beijo na minha namorada e um ''tchau'' prá minha irmã e fui com o Sr.António e a Vânia pró meu carro, pra levar eles em casa.

VISÃO MÓNICA

Depois do Rodrigo ter ido levar o meu pai e a minha irmã a casa e os pais dele terem ido embora, fiquei sozinha com a Mariana. Ficámos a ver um pouco de televisão e a conversar.
-Bem, eu vou arrumar o quarto. Se precisares de alguma coisa chama-me - disse eu.
-Tá muito bagunçado? - perguntou, sorrindo. Olhei para ela, breves segundos, tentando perceber se a sua pergunta iria servir para mandar alguma boca ou se era simplesmente uma pergunta, sem segundas intenções. Não pareceu que as tivesse.
-Não muito, mas vou dar um jeitinho. Não gosto de deixar as coisas desarrumadas.
-Ih, você e o meu irmão são mesmo iguais. Ele também detesta begunça.
-Eu sei, e ainda bem, assim não tenho de arrumar o que ele desarruma, porme ele já o faz.
-É, é bom sim. Mas agora eu acho qui deviam arrumar os dois. Os dois bagunçaram, os dois arrumam.
-Mariana, importaste de para com as insinuações, por favor?
-Não são insinuações, são factos. Eu já disse qui não sou burra.
-Ah é? Então sendo assim também posso dizer-te que eu também não sou burra nenhuma.
-Qu'qui cê quer dizer com isso?
-Já percebi que o Mauro mexe alguma coisa em ti.
Ela fitou o chão, meio embaraçada.
-Não mexe não. Até você já acredita nas brincadeiras do Rodrigo e da minha mãe?
-Não é questão de acreditar neles ou não, eu também sei ver. E, se não mexe, porque é que estás a olhar para o chão e não para mim, quando falamos nisso?
Ela ficou ainda mais envergonhada.
-Tá bom, pronto. Ele mexe um pouquinho, sim.
-Ah! Eu sabia. Então e gostas dele há muito tempo?
-Eu não disse qui gostava dele!
-Ah, está bem... Podes tentar enganar muita gente, mas comigo não funciona, ou queres que te traduza esse brilhozinho nos teus olhos de cada vez que se fala no Mauro?
-Posha, não convenço você mesmo, né?
-Não mesmo. Então mas diz-me lá, há quanto tempo é que gostas dele?
-Ah, sei lá... Faz um mês e pouco...
-Hm. E têm saido muito?
-Não, porqui eu tenho passado mais tempo no Brasil, mas agora eu tou pensando ficar por cá.
-A sério?
-Sim. Vou falar com o meu irmão pra ver se dá pra eu ficar aqui com ele até encontrar um sitio.
-Sim, obviamente que ele não te vai dizer que não.
-Sim, claro. E vou ter de vir prá Faculdade aqui também.
-Que curso é que estás a tirar?
-Tradução, também.
-Ah, então vais para a Nova, aqui em Lisboa?
-É, acho qui vou sim - sorriu.
-Está bem.
-E, eu quiria pedir uma coisa pra você.
-Pede.
-Não fala pró meu irmão qui eu falei pra você qui eu tou gostando do Mauro, por favor.
-Eu dizer não digo, mas, achas que o teu irmão é burro? Se ele já não percebeu, já está desconfiado.
-Acha?
-Acho. Mas não percebo muito bem porque é que estás com medo que o teu irmão saiba. Estamos a falar do Mauro, o irmão do Rúben, o Rodrigo conhece-os, sabe que eles são pessoas fantásticas e totalmente impecáveis.
-Ah, não sei...
-Não tens de ter medo de nada.
-É, vai ver e você tem razão.
-Tenho. Nem o teu irmão nem ninguém te vai impedir de nada. Já és maior e vacinada e sabes o que queres. Se o Mauro também gostar de ti, vocês têm é de  aproveitar, vocês não estão a cometer nenhuma ilegalidade, só estão a tentar ser felizes.
-Obrigad pelas suas palavras, cê tá mi ajudando bastante. Acho qui vou falar com o meu irmão sim - agradeceu com um sorriso.
-Não tens de agradecer, acho que teria gostado que fizesses o mesmo comigo, se fosse eu.
-Pode crer qui fazia. Se os nossos pais não tivessem gostado de você eu ia buscar você na mesma, se bem qui o meu irmão não ia desistir de você tão fácil não. Amando você como ele ama, mesmo sendo os nossos pais, qui ele ama muito, ele não ia deixar você fugir- Ele pode já ter sofrido muito, mas agora, pr'além de os nossos pais e eu tarmos torcendo por vocês e termos gostado muito de você, tiranndo de parte a brincadeirinha qui eu fiz pra você no principio, o meu irmão sente , com mais certeza qui nunca, qui você é a garota qui vai ficar do lado dele pra sempre.
-Então e qual é o poeta que estás a reitar? - brinquei, sorrindo, no entanto, de todas as coisas boas de ouvir que ela me tinha dito agora, estraí uma parte menos boa que me estava a preocupar.
-Ah, poeta nenhum. É o romântico do meu irmão. A gente fala muito, e de tudo, por isso eu sei o quanto ele te ama.
Sorri.
-Então se partilham de tudo, já estás a preparar-te para lhe falar sobre o Mauro, certo? - brinquei.
-Olha, agora tou mesmo. Você mi ajudou e mi fez perceber qui não tem do qui ter medo. O meu irmão sempre mi escutou e ele sempre resolve as coisas conversando e com calma, por isso não tem do qui ter medo.
-É mesmo assim! - em seguida permaneci meio hesitante, mas eu tinha de perguntar, eu tinha de saber, e se fosse perguntar ao Rodrigo tinha medo de abrir feridas ou deixá-lo em baixo por lembrar o assunto. - Mariana, posso fazer-te uma pergunta sobre o teu irmão?
-Pode, agora eu não sei é se eu vou poder ou saber responder. Mas mi fala, qui é que cê quer saber?
-Há pouco, quando tu disseste que o teu irmão já tinha sofrido muito, estavas a referir-te ao quê» - perguntei, meio com medo, coisa que se deve ter evidenciado na minha cara. Ela suspirou, calmamente.


E agora, como correrá a conversa entre a Mariana e a Mónica? O que será tudo isto que tem dado imensas preocupações à Mónica?

2 comentários:

  1. Olá!
    O Rodrigo calou a Mónica mas não consegui calar o chuveiro. Foram apanhados.
    Fartei-me de rir nesta parte "O Rúben si ouvisse você já tava cantando e dançando a ''I'm sexy and I know it''". Imaginei-o mesmo a dançar isso.
    Bjs Tânia

    P.S- Eu já te enviei as fotos do fundo. Não sei se já as recebeste. Se não diz qualquer coisa que é para te enviar novamente.

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  2. Olá :D
    Adorei o capítulo : )
    Não fizeram barulho, mas o chuveiro denunciou-os!
    Espero que a conversa com a Mariana corra bem.
    Quero o próximo :p
    Beijinhos
    Ritááá xD

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