terça-feira, 12 de março de 2013

Capitulo 26 (parte IV)



Olá! Aqui vos deixo mais um capitulo, espero que gostem e deixem os vossos comentários! E peço desculpa se ando a deixar alguém muito ansioso, nomeadamente a Mariana Mendes, ainda por cima grávida, mas, tem de ser assim para vos deixar ansiosas pelo próximo capítulo! :p

Beijinhos*

Mónica

(visão Mónica)

 -Lembraste do primeiro dia que estivemos juntos, quando tu e o Rúben me foram buscar a mim e à Andreia ao aeroporto?

-Lembro sim – sorriu.

-E, lembraste dessa noite?

-Claro qui lembro meu bem. Uma das melhores da minha vida – sorriu ainda mais. Um breve estremecer percorreu o seu corpo, e também a minha mente. Também essa tinha sido, definitivamente, uma das melhores noites da minha vida.

-Bem, nessa noite eu… - comecei, sendo cada vez mais consumida pelos nervos. Não olhei para ele.

-Hey, psiu, pode olhar pra mim? O qui quer qui você vá dizer não vai me deixar mal, com certeza – disse elevando o meu queixo para que eu olhasse para ele. Em seguida deu-me um beijo. Tal beijo pareceu transportar a confiança que me faltava. – Agora fala, olhando pra mim.

Ele estava certo, não ia magoá-lo com o que ia dizer-lhe. E o receio era algo completamente desnecessário. Não tinha o que recear. Amava-o e entregava-lhe todo o meu coração, assim como ele fazia comigo. Trocávamos amor por amor, e esse amor era verdadeiro, por isso as coisas seriam simples.

-Foi a minha primeira vez. – disse, finalmente. O seu olhar denotou toda a sua surpresa. – Tu foste o primeiro homem a quem me entreguei. E quero que sejas o único e último – terminei. Já conseguia olhá-lo. Após o seu beijo não receei mais Ele continuava surpreso, mas estava com um olhar terno e um leve sorriso começou a iluminar o seu rosto.

-Não tava esperando ouvir isso, até porqui, pra ser sincero, não pareceu nada. Você se entregou de uma forma qui…

-Com amor – denotei, seriamente, olhando-o.

-Com amor – concordou. – Eu tou me sentindo, nem sei, é uma sensação tão boa… Parece qui tou me sentindo meio qui honrado, ou uma coisa parecida…

-Não é todos os dias que se é o primeiro homem de uma mulher.

-E nem é por ser o primeiro homem de uma mulher, meu bem, é por eu ser o seu primeiro homem. É por ser você, meu amor. Eu ti amo demais, e ser o primeiro homem na sua vida me faz te amar ainda mais, me faz sentir ainda mais especial na sua vida.

-Podes ter a certeza que és mesmo muito importante na minha vida – assegurei.

-E você não sabe o quanto você é importante pra mim – sorriu. – E é muito bom ouvir tudo isso qui você me disse.

-Ainda bem – sorri.

-Mas, amor, posso só fazer uma pergunta pra você?

-Sim.

-Porqui é qui você decidiu contar isso pra mim agora, hoje?

-Eu já queria ter-te contado, só que depois perdia a coragem.

-Porquê?

-Sei lá, tinha vergonha ou assim.

-Ôh meu amor, você sabe qui não tem de ter vergonha de nada.

-Sim, eu sei. E também porque, vou embora amanhã…

- amanhã, por isso, vamo aproveitar o hoje, tá?

-Tá.

-E olha, eu ti prometo qui da próxima vez qui a gente fizer amor eu vou fazer tudo com mais calma, vou fazer tudo o qui eu conseguir pra fazer como se fosse da primeira vez. Cê sabe, vou fazer daqueles ambientes todos românticos, cheios de velas, e flores, e incensos, e vinho e todas as coisas qui as garotas imaginam. – Eu encostei a cara no seu peito a rir, ao que ele me acompanhou.

-Amor, eu não preciso desses ambientes nem dessas coisas. O ambiente perfeito já nós criamos. Eu só preciso de ti, da tua calma, da tua segurança e do teu amor.

-Isso eu ti dou a toda hora e vou ti dar sempre – certificou, fazendo-me deitar para se debruçar sobre mim.

-Ainda bem, porque é tudo o que eu quero agora – afirmei, pousando a minha mão na sua cara. Ele voltou a juntar os seus lábios aos meus e a sua calma voltou a invadir-me. A sua segurança absorveu-me conforme a intensidade dos beijos aumentava. O seu toque fazia-me tão bem. Compactava-me ao seu corpo e fazia-me sentir única, poderosa, desejada e capaz. Qualquer tipo de toque, desde que fosse seu. As suas mãos percorriam o meu corpo como o cetim a descer pela pele, leve e delicadamente, mas com um toque tão profundo que me arrancava arrepios. Senti também os seus traços o mais que pude, pois esta seria a última vez que o faria até voltar de férias a Portugal. Tentei memorizar todos os seus toques, todos os seus traços, recordar o som da sua voz, o seu cheiro tão atraente e confortante. Queria levar tudo isso para matar as saudades quando elas se fizessem mais sentir.


Visão Rodrigo

Acordei com ela nos meus braços. Apesar das baixas temperaturas eu não tava com frio. Tava tão quente qui aquecia ela também, por isso é qui ela devia tar dormindo tão aconchegada no meu peito.
Fiquei olhando ela, qui entretanto abriu os olhos, sorrindo pra mim em seguida.

-Bom dia, meu amor!

-Ótimo dia, meu bem! – sorri também, dando um beijo nela.

-Vou ter tantas saudades de dormir assim abraçada a ti! – reclamou, se abraçando mais a mim.

-Eu também, meu amor. Vou sentir muito a sua falta na minha cama.

-Só de pensar que daqui a pouco tempo vou estar longe de ti…

-É, vai custar muito esse tempo sem você. E por falar nisso – olhei prá mesa-de-cabeceira pra ver as horas - , tá na hora de a gente se levantar pra se arrumar. A gente ainda tem qui passar na sua casa e da Andreia pra pegar as suas coisas e pra pegar ela pra irmos pró aeroporto.

-Pois é! Oh meu Deus! Tenho de ir ver como é que ela está – se exaltou, se levantando de imediato da cama.

-Ei, calma melhor-amiga-super-preocupada! Eu sei qu você tá super preocupada, assim como eu também tou, mas quer dizer, o seu namorado ainda tá aqui, lembra? Você vai embora com a sua melhor amiga, mas o seu namorado fica aqui, viu? – reclamei, segurando a sua mão.

-Namorado ciumento, pelos vistos!

-Tou com ciúme sim! Eu quero aproveitar esses últimos momentinhos com você! Vou ficar muito tempo sem você, depois!

-Está bem, pronto… Então e que tal aproveitarmos e irmos tomar um banho rápido, agora?

-Acho boa ideia, vamo! – me levantei da cama e a gente seguiu pró banheiro do meu quarto.

Depois de nos termos arranjado, tomamos o café da manhã e ao sair de casa a Mónica ligou prá Andreia pra ela ter tempo de se arrumar até a gente chegar em casa delas. Quando lá chegamos a Andreia já tava terminando de trazer as malas dela prá sala.

-Oi! – cumprimentei, dando um beijo e um abraço nela.

-Olá – respondeu, com um pequinino sorriso, no entanto a voz dela se notava cansada.

-Como é que estás? – perguntou logo a Mónica, depois de dar um abraço nela

-Estou bem. – A Mónica olhou pra ela com um ar desconfiado.

-Depois nós conversamos melhor! – falou a minha namorada. A Andreia esboçou um sorriso de quem já tava adivinhando a compreensão e preocupação da melhor amiga. – Eu vou só lá acima buscar as minhas malas e já vamos embora – disse a Mónica, subindo as escadas.

-Bom, a gente pode começar colocando as suas malas no carro! – disse eu, pegando numa das malas. Pouco tempo depois as malas da Mónica também tavam no carro e eu dirigi até ao aeroporto de Lisboa. Ainda demoramos algum tempo pra chegar lá, mas depois elas foram fazer o check-in. O voo delas era dentro de meia hora. Ficamos conversando e eu fui roubando discretamente alguns beijos da minha namorada, mas tentei fazer com cuidado pra não deixar a Andreia nem de parte nem se sentindo mal. Mas o tempo passou correndo e de repente a gente já tinha qui se despedir.

-Vá, eu despeço-me já de ti para vocês depois se despedirem em condições! – sorriu a Andreia, vindo me dar um abraço.

-Fica bem, viu? E vai dando notícias! Se cuida – disse pra ela.

-Fica descansado que eu estou bem, e é claro que dou notícias! – sorru.

-Eu tou falando sério, Andreia.

-Eu também, cunhadinho, não te preocupes. Vá, agora eu vou andando. Não se demorem! – riu. Assim qui ela passou a porta de embarque eu me abracei à Mónica.

-Vou ter tantas saudades suas, meu amor! – suspirei.

-E eu tuas amor!

-Cuida dela, viu? – pedi.

-Óbvio que cuido! Mas, quer dizer, agora já queres saber.

-Oh, cê sabe qui eu me preocupo!

-Eu sei, estava a brincar.

-Ah bom – ri. – Me liga quando puder?

-Ligo. E tu vai dando notícias, por favor. Vou morrer de saudades! Até de ver os teus treinos vou ter saudades! – Eu ri.

-Vai vendo na internet as fotos. É melhor qui nada!

-Nem sempre metem, os treinos têm sido à porta fechada!

-Não se preocupa, eu peço à alguma das meninas pra tirarem e depois eu te mando.

-Está bem.

-Bom, você tem qui entrar, né? – Ela acenou. – Então me dá um beijo, daqueles bem gostosos, pra ver se eu consigo guardar pra depois ir matando as saudades!

-E tu capricha neste beijo também que vai ser o último, o de recordação até às próximas férias!

-Tá, então vamo caprichar os dois!

-Vamos.

Tava difícil de controlar o riso enquanto a gente se aproximava pra se beijar, tão difícil qui a gente chegou a metade da distância e se desfez rindo. Eu decidi não falar nada, e quando a gente acalmou eu segurei o rosto dela e a beijei. Tentei dar a minha alma nesse beijo assim como ela tentou dar a dela também, pois, como ela tinha dito, esse ia ser o nosso beijo de recordação até chegarem as próximas férias. Esse beijo, tão intenso quanto a saudade qui a gente já sentia, terminou com o ar rareando nos nossos pulmões.

-Eu ti amo muito. Não esquece isso, tá? Nunca.

-Eu sei, não vou esquecer. E eu também te amo muito.

-Eu sei disso, meu amor – respondi, roubando mais um rápido beijo dela.

-Vai passar rápido, está bem? Daqui a pouco tempo eu já cá estou outra vez.

-Desde qui eu oiça a sua voz todos os dias, vai passar um pouquinho mais rápido! – Ela riu.

-Tenho de entrar, meu amor.

-Tá, tem mesmo de ser. Se cuidem, viu?

-Podes ficar descansado – ela sorriu, já entrando na porta de embarque. Assim qui ela desapareceu eu me virei, suspirando.

E pronto, em tão pouco tempo tinha conquistado o amor da minha vida, vivido os melhores momentos do lado dela, e tão depressa assim ela tinha qui ir embora de novo. Ia ser difícil de passar os dias sem ela, vendo o seu sorriso, o brilho do seu olhar, o som quente e fantástico da sua voz, sentir o calor do corpo dela, na minha cama de manhã, à noite quando a gente deitava, ou até durante o dia, quando nos envolvíamos em enormes abraços. Ia sentir falta do gosto do seu beijo, da audácia e do carinho em qui os nossos lábios se envolviam… Ia sentir muito a falta dela. Respirei fundo e iniciei então o caminho pra sair do aeroporto e voltar pró meu carro.


Visão Rúben

Levei uma eternidade para conseguir adormecer.
 Andei às voltas na cama, sempre a pensar no mesmo. A Andreia. Aquela fuga, sem uma última contestação como era normal não me saia da cabeça. Ela não disse mais que não, não disse para eu parar, não disse que eram mais mentiras, simplesmente fugiu. E ninguém me tirava da cabeça que ela fugiu para não ceder, para não dizer que também sentia o mesmo por mim. Durante grande parte da noite pensei sobre tudo isso. Sobre tudo. Sobre a nossa história que já tinha começado a ser escrita, mesmo sem já estarmos juntos, até porque as histórias de amor não começam só quando os casais já estão juntos, iniciam-se sim desde o primeiro momento em que um dos corações começa a bater mais forte pelo outro. E o meu coração, neste momento, já quase que saia do meu peito, por sentir algo tão forte e profundo quanto o que eu sentia por ela. E por isso mesmo, por toda a história já escrita, todo o amor que sentia e que estava ciente que ela também sentia, por toda a luta e todo o afinco que dediquei a esta mulher, eu não ia desistir. Não ia desistir até conseguir alcançar o meu objetivo, até conseguir alcançar a felicidade ao lado daquela mulher. Sabia que o voo delas era às nove e que o Rodrigo ia levá-las ao aeroporto, por isso, dormindo pouco ou muito, ou até nem dormindo, na manhã seguinte, às nove horas, eu estaria lá, e voltaria a insistir no nosso sentimento, que por enquanto era por ela renegado, e continuaria a declarar o meu amor, continuaria a lutar contra tudo que ela colocava como obstáculo.

Acordei sobressaltado. Tinha adormecido precisamente há três horas. E estava atrasado. Faltava meia hora para as nove da manhã. Não podia chegar tarde. Não podia. Saltei da cama e vesti as primeiras peças de roupa que apanhei, dei um jeito rápido ao cabelo e depois de me calçar e pegar no meu telemóvel, na carteira e nas chaves de casa e do carro, enfiei-me dentro do carro e acelerei o máximo permitido para tentar combater o tempo e chegar a horas ao destino desejado. Assim que lá cheguei, corri até ao quadro que apontava as partidas e aterragens, à procura da porta de embarque em que elas estariam e voltei a correr até lá. Vi o Rodrigo a regressar e parei meio atrapalhado.

-A Andreia? – perguntei rapidamente.

-O voo partiu há cinco minutos, Rúben.

-Não acredito! – reclamei, completamente irado.

-Cê vinha se despedir?

-Mais que isso, Rodrigo. Eu vinha atrás da mulher da minha vida! Mas cheguei tarde…

-Nunca é tarde.

-O que é que queres dizer com isso? – perguntei, confuso.

-A gente só tem qui se apresentar dia 3, por isso, arranja uma maneira e vai atrás dela!

-Como é que eu vou fazer isso…? – Num ápice, alguma coisa ocorreu na minha mente. – Já sei! Obrigado, Rodrigo! – Comecei a correr novamente.

-Rúben! – gritou. Parei e virei-me para trás. – Boa sorte! – sorriu.

-Obrigado! – sorri de volta, retomando a corrida em seguida. Cheguei ao meu carro e tirei o telemóvel do porta-luvas. Procurei o número nos contactos e premi para chamar.

Para quem irá ligar o Rúben? E qual será a sua ideia?

8 comentários:

  1. Fantastico adorei adorei adorei.quero o proximo.bjs

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    1. Ainda bem que sim, e obrigada por deixares a tua opinião :) Beijinhos*

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  3. :O e o resto?
    Isto não pode acabar assim!
    Próximo!
    Bjokinhas
    Mariaa

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    1. Ahaha, tem sim senhora, que é para vocês cá voltarem! xD
      Em breve postarei o próximo! :)
      Beijinhos*

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  4. opá princesa, ja te dei a minha opinião, tu sabes né, mas fogo, fiquei mesmo mal, e chorei até por causa da despedida, ok eu sou uma chora-por-tudo-e-por-nada mas fogo, só nas férias?! sabes que é horrivel, até depois do que eu te contei e era só um fim de semana princ. por isso eu queria eles juntinhos :c
    Depois, esta Andreia tira-me do sério, chiça coitadinho do Rú, eles já se entendiam não?! Trata disso ouviste fofii?

    Beijinhos e sabes que quero muuuuuuuito o próximo :$

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    1. Sim princesa, eu sei que custa muito, e se só um fim-de-semana já é o que é olha uns meses! Mas pronto, vai passar rápido, vais ver :p
      E pois, sim, a Andreia é de facto muiiito teimosa...
      Eu sei que siim princesaa :) Beijinhos*, ly muitooo <3

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