sexta-feira, 15 de março de 2013

Capitulo 27 (parte I)



Olá! Aqui fica mais um capitulo, desta vez mais pequeno, mas espero que mesmo assim esteja do vosso agrado e que deixem os vossos comentários!

Beijinhos*

Mónica

(visão Rúben)

Rui Costa.

-Bom dia, Rúben! Tão cedo? O que é que se passou? – atendeu.

-Rui, eu preciso da tua ajuda, por favor! Arranja-me um jacto, um helicóptero, uma avioneta, o que tu quiseres, mas arranja-me qualquer coisa que me deixe em Londres o mais rápido possível!

-Ei, ei, calma! Uma avioneta, o que é isso, Rúben? – perguntou, rindo.

-É o desespero, ui! Preciso mesmo que me ajudes!

-Mas porque é que precisas de ir a Londres agora, assim tão rápido, com tanta urgência?

-Tenho de ir atrás daquilo que me faz feliz, da pessoa que faz o meu coração respirar!

-É uma paixoneta, Rúben?

-Não é uma paixoneta, Rui, é a mulher da minha vida!

-Bem…

-Vais ajudar-me?

-Sim, está bem, eu ajudo-te. Tenho o meu jacto privado perto do Estádio, vens cá ter?

-Sim, vou já para aí! – desliguei rapidamente e liguei o carro para acelerar em direção ao Estádio da Luz. Consegui lá chegar consideravelmente rápido. O Rui já estava à minha espera, por isso seguimos logo até junto do jacto que ele tinha falado.

-Bem Rúben, o Sr. Armando vai levar-te. Agora vê lá o que é que fazes.

-Sim, não te preocupes. E obrigado, a sério.

-Vá, vai lá!

-Dia 3 eu estou cá, está descansado!

-Está bem. Olha, e não levas mala nem nada?

-Achas que quero perder mais tempo?

-Pois, não. Vá, até daqui a dois dias!

-Obrigado, Rui!

-E, Rúben? Boa sorte!

-Obrigado! – sorri, entrando no jacto.

Chegar a Londres demorou muito mais na minha cabeça do que o tempo real. Estava tão desesperado por aterrar que minutos para mim pareciam anos. Quando finalmente aterramos, agradeci ao Sr. Armando e desatei num passo apressado, mas entretanto parei. A última vez que tinha aterrado em Londres sozinho, perdi-me. Desta vez tinha de saber o caminho, porque o David já cá não estava para me ir buscar se me perdesse. Sabia a morada delas de cor, mas não tinha dinheiro cambiado, por isso, o que me restava era comunicar com os transeuntes para conseguir lá chegar. Fui perguntando àquele e ao outro até que acabei por avistar a fachada da moradia. Pelas minhas contas, deveriam estar quase a chegar, por isso sentei-me no degrau da entrada, à espera. Realmente, ter tido a ideia de pegar no casaco mais quente que tivesse dentro do armário seria extremamente bom, visto que nem sequer tinha pensado nas temperaturas negativas que aqui se faziam sentir. Vestido apenas com umas calças de ganga, uma camisola de malha e um casaco desportivo por cima, podia dizer que estava a morrer de frio, porém, não me passava nem perto nem longe da mente a ideia de desistir. Para a palavras desistir tinha uma clara resposta: nunca. Entretanto um táxi parou lá à porta. Eram elas. Levantei-me automaticamente, apesar de sentir todos os meus músculos quase congelados. Elas apenas notaram a minha presença quando o táxi se foi embora e elas pegaram nas malas para entrar em casa. A Andreia petrificou, completamente surpreendida.

-Rúben?! – disse a Mónica, também ela surpreendida, mas com um leve sorriso no rosto.

-Eu não vou desistir até tu me dizeres que sim – disse, olhando diretamente para a Andreia, apesar da dificuldade em articular. Ela continuou apenas a olhar para mim.

-Meninos, vamos entrar porque calor é o que não está cá fora, e tu deves estar congelado, Rúben – disse a Mónica, abrindo a porta de casa. A Andreia entrou também com as suas malas e eu segui-a. A diferença de temperatura notava-se abismalmente, principalmente para quem tinha congelado lá fora e agora entrado num forno interior. Elas foram ao andar de cima deixar as malas mas depois apenas a Mónica desceu.

-Rúben, tens aqui este casaco do primo da Andreia, para aqueceres.

-Obrigado – aceitei o casaco. – A Andreia?

-Ela ficou lá em cima.

-Está outra vez a evitar-me?

-Está surpreendida. Não estávamos de todo à espera de ver-te aqui, agora, assim.

-Eu vim por ela.

-Eu sei, Rúben. E apesar de vocês estarem a sofrer, e eu não gosto nada de ver-vos assim, eu gosto de ver isto, porque isto é o amor verdadeiro em frente de toda a gente, são provas atrás de provas de que o amor verdadeiro existe.

-Podes crer que apesar de às vezes sair destas lutas cansado, não me ei-de cansar de travar todos os dias mais uma luta, ou mais que uma por dia, simplesmente não irei cansar-me de lutar por algo, por alguém que eu sei que vale a pena, que eu sei que quando ceder, porque a algum momento ela vai ceder, vai entregar todo o sentimento que tem guardado lá dentro.

-E sabes que eu estou do teu lado, eu não, todos nós, os teus amigos. Podes contar connosco.

-Eu sei disso. Se não fossem vocês, a esta hora, eu já tinha fraquejado muitas vezes. – Ela sorriu delicadamente, mas depois alcançou as escadas com o olhar. Olhei para lá também e vi a Andreia subir novamente as escadas.

-Vai atrás dela. Ela não vai resistir mais, tenho a certeza. – Olhei-a, esperançoso. – Vai. Eu vou sair. Boa sorte – sorriu.

-Obrigado, Mónica. A sério, obrigado.

Ela sorriu, e depois de pegar nas chaves de casa que estavam na mesinha da sala, saiu de casa.


Visão Andreia

Embarquei antes da Mónica para que ela e o Rodrigo se pudessem despedir em condições. Eu via que embora ainda não se tivessem separado já estavam cheios de saudades um do outro. Assim como eu, apesar de tentar não demonstrar, estava a morrer pelo Rúben. A festa da noite passada ecoava na minha mente. Todos os olhares, todos os toques, todas as palavras, ditas ou cantadas, todas as reações. Todos os sentimentos que se revoltaram dentro de mim a cada instante. A minha fragilidade tinha atingido o seu pico, a minha resistência estava prestes a quebrar-se. Se não tivesse fugido, teria cedido com certeza. Na viagem contei à Mónica a última conversa que tinha tido com o Rúben, constatando que por mais incrível que parecesse eu não tinha chegado a casa lavada em lágrimas, nem feita em nervos consumidores, fiquei tranquila demais, mas apenas porque fiquei esgotada. Sentia-me demasiado cansada para desatar a chorar por algo que eu também queria, mas em que insistia em recusar. Bem, mas de qualquer forma, este reconhecimento e aceitação e a possível baixa de guarda, abrindo assim os meus sentimentos, não valeriam de muito, pois eu e a Mónica já estávamos a mais de metade do caminho de regresso a Londres. A distância era muita, para além de que eu tinha a Faculdade e tão depressa não voltavam. A minha melhor amiga cedeu-me bastantes palavras encorajadoras e de apoio, e ao fim da conversa, impressionantemente, sentia-me menos pesada, sentia-me de certa forma mais aliviada e com menos dor até. Entretanto no táxi que nos conduzia até casa do meu primo Bruno e da Justine, que ainda se encontravam de férias na Polónia, a casa onde eu e a Mónica estávamos em Londres, a conversa já foi algo animada e distraí-me bastante. Mas ao chegarmos à porta de casa, eu simplesmente petrifiquei. O Rúben estava lá.

-Eu não vou desistir até tu me dizeres que sim – disse ele, olhando-me intensa e diretamente nos olhos. Não fui capaz de dizer nada, apenas de ficar a observá-lo. A Mónica acabou por abrir a porta e nós as duas subimos até ao quarto para deixar as malas.

-Vais ficar aqui ou desces? – perguntou-me a Mónica.

-Não sei, eu…

-Surpreendida, não é?

-Pois…

-Sabes porque é que ele veio, não sabes?

-Sei…

-Estás disposta a falar com ele novamente? Ou achas que não aguentas?

-Talvez…

-Está bem, então… Posso ir buscar um casaco do teu primo para lhe dar? É que ele deve estar congelado.

-Sim, vai.

-Está bem.

Ela saiu do quarto e eu sentei-me na minha cama. Não estava chateada, enervada, não sentia um remoinho dentro do meu peito. Sentia-me surpreendida. Surpreendida por ver o Rúben aqui. Mas surpreendida a sério. O meu peito exalava calma, aceitação e acima de tudo, umas tréguas que não tinham ainda final definido. Tréguas entre a minha teimosia e o meu coração. Tréguas com o Rúben. Tréguas com o amor. O amor da minha vida. Algum tempo depois bateram à porta. Era ele. A Mónica não bateria.

-Entra – autorizei. Ele entrou, fechou a porta e ficou à minha frente a alguns metros de distância.

-Andreia, eu sei que já te disse muitas coisas, muitas vezes, mas é o que eu sinto, é o que eu sei que tu também sentes, e isto dói, percebes? É que, eu já tentei, milhares de vezes, perceber o porquê de tu continuares a fugir, a negar, a rejeitar o que sentes. Agora, mais do que nunca, não temos entraves, tudo pende a nosso favor, e tu só precisas de dizer uma palavra, o resto são as consequências. Só tens de abrir o teu coração. Abri-lo para mim. Não é tão difícil quanto parece, e eu juro que não trará dor. O teu coração vai sentir-se melhor que nunca, vais sentir algo a brotar dentro de ti, algo maravilhoso que te vai fazer sorrir até te doerem as bochechas, vai fazer-te suspirar até ficares sem fôlego… Sabes, eu sinto tudo isso, mas grande parte nem te consigo explicar… Gostava que sentisses tudo isso também, mas comigo, que partilhássemos tudo isso um com o outro, que… sei lá! Andreia, por favor, só te peço uma oportunidade, uma oportunidade para ser feliz, para te fazer feliz, mas sobretudo para te mostrar, para te provar que amar é bom, quer seja ou não correspondido, porque de tudo o que vivemos tiramos experiências, tiramos lições, até dos amores sem correspondência, daqueles que julgam ser bem-amados mas não o são e daqueles que se correspondem e vivem o melhor do amor. E este caso é um deles. É um amor correspondido, um amor mutuo, um amor que vale a pena. Se me deres esta oportunidade vais ver que o arrependimento e o desgosto não baterão mais à tua porta.

E agora, irá a Andreia finalmente ceder, ou voltará a negar e recusar os seus sentimentos pelo Rúben?

 

12 comentários:

  1. E agora??? Agora fico a desesperar pelo próximo... isto não se faz!!!

    A Andreia que páre de fugir e tu que postes rápido sff

    Bjs

    Mari

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    1. Ahaha, desculpaaa, mas ainda não tenho o próximo terminado :s Vou tentar apressar-me para postar o mais rápido que conseguir :)
      Beijinhos*
      Mónica

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  2. Aii que nervos, ainda agora acabei de comentar o outro já me tou a passar com este princesa, vá lá eu queria mesmo que eles se entendessem :c
    Ele fez uma declaração tão linda, vá lá peço-te por tudo que os juntes amor, please please .

    Beijinhos, e quero muito o próximo, que amava que fosse já a seguir , ahah ;*

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    1. Aii, desculpa princesaa, mas tem mesmo de ser assim! Ainda não consegui terminar o próximo, por isso não pode ser já a seguir, mas vou tentar que seja o mais rápido possivel, prometo princesaa!
      ahaha, vou ver se consigo aceder ao vosso pedido de os juntar xD
      Beijinhos*, ly muitoo <3

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  3. :O então e o resto? Preciso do resto!!!
    Bjokinhas
    Mariaa

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    1. Ainda não consegui terminar o próximo, mas prometo apressar o mais que conseguir para postar rápido!
      Beijinhos*
      Mónica

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  4. Fantastico quero mais.bjs

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  5. Está fantástico, espero que a Andreia esquece de vez todos os medos que tem e declare o seu amor ao Ruben...está na hora destes dois se acertarem e serem felizes ;-)

    Fico á espera do proximo :-)
    Bjinho

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    1. Ainda bem que gostaste Mila! :D
      Terás mesmo de esperar pelo próximo para saber se estes dois finalmente terão uma oportunidade! :p
      Beijinhos*
      Mónica

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  6. Olá!

    Adorei, tá fantástico como sempre *.* Esta história desde o ínicio me prende ao ecrã e confesso que tenho adorado!

    Ainda bem que o Ruben foi atrás da Andreia, já está na hora destes dois se acertarem finalmente, e espero bem que seja agora!

    A Andreia tem de ceder, ela ama-o, ele ama-a, mas qual é a dúvida? Ai, quero rápido a resposta a essa pergunta final e espero que seja boa!

    Quero rápido o próximo, sff.

    Beijinhos
    Beatriz

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    1. Olá :D
      Ainda bem que gostaste tanto :D Beatriz, não sabes o quão bom é ler isso! Deixa-me realmente feliz, a sério! :')
      é claro que o Rúben não podia deixar a Andreia ir assim! Ele não desiste até conseguir o pretendido! :p
      Quanto à tua/vossa resposta, não sei quando é que vou conseguir dar-vos. tenho andado com uns problemas o que não me deixa nem muito tempo nem muita cabeça para escrever, desculpem :s
      Beijinhos*
      Mónica

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