(visão
Mónica)
Acordei eram
9.15h. A Andy estava virada de costas para mim e estava muito sossegada, pelo
que calculei que ainda estivesse a dormir. Mas ela precisava, a noite anterior
tinha sido má e cansativa, por isso ela precisava descansar. Levantei-me e fui
tomar um duche rápido, depois voltei para o quarto e vesti-me. Em seguida desci
até à cozinha e preparei o pequeno-almoço para mim e para a Andy. Quando
terminei voltei a subir até ao quarto para ir buscar um casaco ao armário e ir
ao computador um bocadinho, deixando a Andy dormir mais um pouco. Tirei o
casaco do armário e vesti-o, mas sem querer bati contra a porta aberta do armário
e esta fechou-se com um pequeno estrondo.
-Fogo! Fogo!
Fogo! – sussurrei.
-Não faz
mal, eu já estava acordada – disse a Andy, sem se mexer.
-Desculpa,
foi sem querer, eu ia deixar-te dormir mais um bocado.
-Não vale a
pena, eu não consigo dormir de qualquer maneira…
-Tens a
certeza?
-Hm-hm.
-Então olha,
já que não consegues dormir podias começar a levantar-te da cama porque temos
um longo dia à nossa espera! – sorri.
-Está bem… -
respondeu, puxando os lençóis vagarosamente e levantando-se. Mas ao mesmo tempo
que se pôs de pé, caíu novamente para a cama.
-Andreia! –
disse eu aflituosamente, correndo para ela e sentando-me na sua cama. – O que é
que se passa?
-Eu…
sinto-me um bocado tonta… - murmurou. Coloquei-lhe a mão na testa.
-Oh meu Deus! Andreia, tu estás a ferver! –
exclamei preocupada. Tocaram à campainha. Que
boa hora… - Olha, deita-te! – ajudei-a a ajeitar-se na cama. – Eu vou só
ver quem é e volto já! – informei, abrindo a porta do quarto e descendo as
escadas a correr. Abri a porta de rompante.
-Bom dia…
-Rúben… -
suspirei. – Entra. – Ele entrou e ficou a olhar para mim com um ar preocupado.
-O que é que
se passa? Que cara é essa? – perguntou preocupado.
(Visão
Rúben)
Depois de
receber a mensagem da Mónica a dizer que a Andy já estava em casa fiquei mais
aliviado. Agradeci-lhe por não se ter esquecido de me avisar e fui deitar-me.
Fiquei mais descansado, no entanto passei a noite às voltas na cama. De manhã
acordei, arranjei-me e tomei o pequeno-almoço e depois peguei no carro e fui
até à casa da Andy e da Mónica como tinha dito que ia. Eu precisava de ver a
Andy e tentar conversar com ela. Assim que cheguei à porta toquei à campainha.
Pouco depois a Mónica veio abrir-me a porta.
-Bom dia… -
cumprimentei.
-Rúben…
Entra – disse ela, desviando-se para eu entrar. A cara dela transparecia
preocupação e foi preocupado que eu também fiquei.
-O que é que
se passa? Que cara é essa? – perguntei-lhe.
-É a Andy… -
começou.
-O que é que
ela tem? – interrompi.
-Ela está lá
em cima a arder em febre. Ia-se
levantar e voltou a cair na cama.
-Posso,
posso subir? – perguntei super preocupado, engasgando-me no inicio.
-Claro!
Vamos subir! – autorizou. Subimos as escadas e fomos para o quarto delas. A Andy estava deitada na cama.
-Mas como é
que ela pode estar a arder em febre assim do nada? – perguntei, pousando a mão
na testa da Andy.
-Ela ontem
chegou a casa encharcada… Mandei-a fazer tudo o que podia, mas mesmo assim não
adientou de muito… Eu disse que ela ia ficar doente.
-Ah… Então
mas, tem calma. Eu sei o que é que temos de fazer. Deixas-me ficar a tomar
conta dela? – pedi-lhe.
-Eu por mim
deixo, ela é que é capaz de não achar muita piada.
-Ela agora
está a dormir, e provavelmente vai começar a delirar daqui a pouco tempo…
Duvido que ela tenha forças sequer para mandar vir, para além de que eu vou
ficar a cuidar dela, só isso. Ela é a minha melhor amiga…
-Por ti
podia ser mais que isso, não é?
-Todos vocês
sabem que sim – sentei-me junto da Andy. – Até ela sabe – disse olhando-a. –
Mas não depende só de mim. Depende dela também, e quanto a isso… Vou tentar
continuar fazê-la admitir-me que também gosta de mim, vou tentar tirar-lhe o
medo que o David diz que ela tem, mas tem de ser aos poucos… Mas bom, preciso
que me tragas umas toalhas dentro de água fria, por favor. É melhor começar já.
A recuperação dela é a prioridade – pedi. A campainha tocou.
-Deve ser o
Rodrigo. Ele disse que vinha cá hoje de manhã – disse a Mónica.
- Vai lá abrir-lhe a porta, então.
-Ok. Eu já
te trago as toalhas.
-Está bem.
Ela desceu
para abrir a porta e pouco depois voltou a subir já com as toalhas. O Rodrigo
vinha com ela.
-Oi Rúben!
-Então puto.
-Como é qui
ela tá? – perguntou ele olhando para a Andy.
-A arder em
febre – ajeitei a Andy e encostei-me melhor numa almofada, colocando a cabeça
dela no meu colo. – Mónica, as toalhas – pedi. Ela estendeu-mas.
-Tens a
certeza que te arranjas sozinho? Não precisas que te ajude em nada?
-Não, não
preciso. Fica descansada que eu sei o que vou fazer. Desçam para a sala, vão
dar uma volta, não sei, vão-se distrair.
-Mas se
precisares de ajuda… - começou a Mónica a oferecer.
-Não vai ser
preciso. Mas se for eu já sei que posso chamar-vos. Vá, saiam lá! – Eles saíram
do quarto e eu fiquei a olhar para a rapariga que estava comigo.
As toalhas
faziam efeito, mas ela ainda estava um pouco quente. Ao olhar para ela agora,
parecia vulnerável. E no fundo eu sabia que ela era. Eu conseguia expor esse
lado dela. Mas ela tentava a todo o custo
fazer-se de forte enquanto conseguia estar consciente dos seus atos. O que não
me facilitava a vida… A febre foi baixando. Eu entreti-me com a televisão que
havia no quarto e entretanto já deviam ser horas de almoço, porque a Mónica
veio até ao quarto trazer-me alguma coisa para comer.
-Então, como
é que ela está? – perguntou-me.
-Pelo que
parece, melhor. A febre tem estado a baixar.
-Ainda bem.
-Vá, não te
preocupes que eu cuido dela – sorri. Ela sorriu também e virou-se para sair do
quarto – E obrigado pelo almoço.
-Não tens de
quê – sorriu e saiu do quarto.
Durante a
tarde a febre desapareceu quase totalmente. À hora de jantar desci até à
cozinha para jantar com a Mónica e com o Rodrigo e aproveitei para perguntar à
Mónica se ela se importava se eu passasse a noite lá em casa, só para ficar com
a Andy e ver o estado dela. Ela disse-me que não se importava e ofereceu-me a
cama dela. Eu ainda tentei recusar, mas ela não deixou e disse que se
arranjava. Depois de jantar fiquei com eles os dois a ver um pouco de
televisão.
-Rú, vais
precisar de nós? – perguntou-me a Mónica.
Olhei para
eles os dois. Estavam preocupados, obviamente, mas também queriam estar
sozinhos. E eu estava ali, podiam confiar-me a Andy e eles sabiam disso.
-Não, não
vou precisar de vocês. Vão-se lá embora! – sorri.
-Embora? Prá
onde? – perguntou o Rodrigo.
-Para onde
eu não sei, só sei que vocês querem sair
daqui, por isso vá, vão-se lá embora que eu dou bem conta do recado – ri.
-Brigado
Rúben! – agradeceu-me o Rodrigo, enquanto eles se levantavam do sofá.
-Sim, sim…
Estás a ver como eu já sei o que é que vocês querem?
-Mas amanhã
de manhã nós voltamos - garantiu a Mónica.
-Está bem. E
não te preocupes que ela está em boas mãos.
-A gente não
tem dúvida nenhuma qui sim. – Todos sorrimos. Depois eles pegaram nas coisas
deles e saíram. Eu voltei a subir até ao quarto para ver da Andy.
-Rúben… -
ouvi-a chamar, ao chegar à porta do quarto.
-Andy.
-Rúben… -
voltou a repetir, enquanto se mexia. Bastou uma hora longe dela para a febre
voltar ao ponto de delirar.
-Estou aqui,
Andy. Estou aqui – disse, tentando acalmá-la. Assim que me sentei junto dela,
lançou os braços sobre mim num abraço forte, como que para não me deixar fugir.
-Rúben… não
te vás embora… por favor…
-Eu não vou,
princesa. Vou ficar aqui, do teu lado – sussurrei, recorrendo novamente às
toalhas.
-Não te vás
embora… Eu preciso de ti… - voltou a balbuciar.
-Eu não vou,
eu não vou. Eu sei que precisas, eu vou ficar aqui contigo até ficares boa.
-Eu amo-te,
não me deixes, por favor…
-Tu o quê? –
perguntei, surpreendido. Ela não repetiu. Não importava. Eu ouvira à primeira.
E ao ouvir um enorme sorriso formou-se nos meus lábios. Era como se me tivessem
dado o ar de novo. Apenas uma palavra chegou para preencher o meu coração.
Sabia que ela não estava a dizer aquilo conscientemente, mas sorri, porque até
o seu inconsciente me dizia o que ela ainda não era capaz de dizer-me
conscientemente… - Eu também te amo. E nunca te vou deixar. Nunca – sussurrei
enquanto sorria e a acalmava. Aos poucos ela deixou de se mover e reparei que
estava novamente a dormir profundamente. Sorri.
Ganhei a noite, pensei.
Mais, please...
ResponderEliminarGostei muito :)
Beijinhos :*
Ainda bem que gostaste Joana :)
EliminarPublicarei o próximo assim que conseguir :)
Aproveito para te pedir que passes pela página da fic no Facebook e que a publicites, se quiseres por favor :)
Beijinhos*
Mónica
Adorei!!
ResponderEliminarQuero o próximo rápido por favor!
Bjokinhas
Mariaa
Ainda bem que gostaste!
EliminarPrometo publicar em breve :)
Beijinhos*
Mónica
ja comecei a ler e tou a adorar continua
ResponderEliminarpassa para o meu blog se quiseres
http://chunkingoflove.blogspot.pt/
Olá Kátia! :)
EliminarFico muito contente que estejas a gostar, e agradeço muito por leres esta minha fic :)
Eu já sigo o teu blog e já começei a ler, mas agora como fiquei sem computador durante algum tempo ainda não tive tempo de me actualizar em todas as fics que leio :) Mas prometo continuar a ler a tua fic :)
Beijinhos*
Mónica