Bem, deixo-vos aqui mais um capitulo! Espero que gostem e deixem os vossos maravilhosos comentários! :D
(Visão
Mónica)
Acordei eram
9.00h. Não conseguia dormir mais. Já sentia uns nervos a assolarem-me a cabeça.
Levantei-me, fui tomar banho, vesti-me e desci até à sala, para ver televisão.
Pouco depois recebi uma mensagem do Rodrigo.
De : Amor:
Bom dia meu amor :D Tou
saindo agora de casa e daqui a meia hora, quarenta e cinco minutos tou aí pra
ti pegar. Beijo. Ti amo.
Guardei a
mensagem e voltei a olhar para a televisão. Mudei para a MTV e fiquei
entretida, até que recebi uma nova mensagem.
De : Amor:
Tou na sua porta.
Levantei-me
do sofá e fui abrir-lhe a porta.
-Bom dia –
sorri levemente.
-Bom dia! –
mostrou-me um grande sorriso e em seguida abraçou-me e deu-me um beijo. Depois
entrou e eu fechei a porta.
-Vieste
cedo.
-Vim sim.
Primeiro eu quero ir dar uma volta só com você, vamo tomar o café da manhã,
passear um pouquinho. Vamo descontrair antes de a gente ir falar com o seu
melhor amigo.
-Nem me
fales nisso! – voltei a sentar-me e ele sentou-se ao meu lado. – Estou super nervosa!
-Calma, meu
anjo. Isso não é o fim do mundo. Pode parecer, mas não é. Cê vai ver qui vai
tudo correr bem.
-Espero bem
que sim…
-Vai sim,
vai ver só. Fica tranquila.
-Achas que
estou a exagerar? – perguntei. Estava super nervosa.
-Não sou eu
qui sei, meu amor. Ele é o seu melhor amigo, não sou eu qui conheço ele. Mas
você vai ver qui esses nervos todos são exagerados – sorriu.
-Espero bem
que tenhas razão…
-Vou ter
sim. Bom, agora vamo embora qui eu tou morrendo de fome.
-Podemos
comer aqui – ofereci.
-Não, hoje
não. Vamo embora?
-Sim, vamos.
Vou só lá acima deixar um bilhete para a Andy.
-Tá bom, eu
ti espero.
-Eu não
demoro nada – subi as escadas, escrevi o bilhete e voltei a descer. Ele
desligou a televisão e saímos para o seu carro. Fomos tomar o pequeno-almoço a
uma pastelaria em Lisboa e ficámos a passear um pouco pela cidade até que
chegou a hora de irmos ao encontro do Zach. Na noite passada, depois de jantar,
eu e o Rodrigo tínhamos conversado para combinarmos quando é que íamos falar
com o Zach, e depois de o Rúben me ter levado e à Andy a casa, liguei-lhe para
combinarmos o encontro. Às 12.00h eu e o Rodrigo chegámos ao Cais do Sodré,
onde tínhamos combinado. O Zach já lá estava, mas estava de costas para nós.
-Está ali –
disse eu, indicando o meu melhor amigo.
-Cê não me
disse qui eu tinha tado a competir com um protótipo de príncipe encantado –
riu.
-Parvo, pá!
Para com isso! Até parece que houve alguma competição!
-Eu tava
zoando com você! – riu, abraçando-me.
-Então vai zoar para outro lado! O assunto aqui é
sério!
-Tá bom, me
desculpa meu amor!
-Estás
desculpado.
-Vamo ter
com ele, então?
-Vamos –
respirei fundo e começámos a andar na direção do Zach.
-Isso vai
correr bem, tá? – encorajou-me. Acenei.
-Zach! – chamei. Ele virou-se e sorria,
mas ao ver o Rodrigo a meu lado o sorriso tornou-se mais pequeno.
–Hi! – sorri, cumprimentando-o.
-Hi – respondeu e em seguida olhou para o
Rodrigo.
-Zach, this is Rodrigo. Rodrigo, this is
Zach, my best friend. – Eles disseram ‘’Olá’’ um ao outro.
-You said you needed to talk to me… -
disse o Zach, olhando para mim, no entanto voltou a lançar um olhar rápido
sobre o Rodrigo e depois voltou a olhar para mim.
-Yeah, I need…
na we seat somewhere?
-Course.
Where do you want to go?
-Close from
here there’s a great restaurant – sugeriu o Rodrigo. O Zach olhou para ele.
-Okay, it’s fine.
-Nice. Then let’s go – disse eu. Fomos todos em silêncio
durante o caminho. Um silêncio muito incomodativo.
-It’s here – indicou o Rodrigo. Entrámos,
escolhemos uma mesa e pouco depois fizemos os pedidos.
-So, now are you
going to talk? – perguntou o Zach.
-First I need
you to promise me that you’ll not be mad… - pedi.
-Why? It’s
something so serious?
-Ah… -
comecei, nervosa.
-We need to tell
you something but first we need to say that we are not playing with your
feelings. This wasn’t a competition and we don’t choose who to love – disse
o Rodrigo, auxiliando-me.
-You’re
dating – constatou o Zach.
-Yes, we are.
And I can ensure you that I’ll never hurt her.
-Actually I
already understood that. The way you look at her and the care you show are
enough. I can understand that she’s in good
hands.
Eles estavam
apenas os dois a conversar, com uma atitude muito adulta e civilizada.
Conversam como se eu não estivesse ali, e pareciam estar a entender-se bem.
-You can be sure
that she is. And I would like to say to you that I never competed with you. I’m
not here to make you suffer, to show you that I’m better then you, because we
can’t replace the place that each of us have in her life. We just wanted to be
true with you and make you know about us, from us and not from other way.
-Yeah, I
understand, If it was me I would do the same thing. I can’t say to you that I’m
not sad, ‘cause I am. Of course I would like that she love me, but I can’t do
anything about it and if she loves you I’ll respect it. I suppose I’m going to
continue being her best friend and now that I see that her boyfriend really
have good intentions I’m not worried.
-Thank you
for the vote – sorriu o meu namorado.
-You’re welcome
– sorriu o meu melhor amigo. – But, if
someday she came to me complaining about you, then we will have to have a
conversation – voltou a sorrir, tentando manter um ar protecionista.
-That will not
happen. But I received the message – sorriu o Rodrigo.
-Well, I
suppose that you have finished, so, what do you say if we ask the deserts? –
sugeri. Os dois
finalmente voltaram a olhar para mim e sorriram.
-I say it’s a great idea! – sorriu-me o
meu melhor amigo. O Rodrigo chamou o empregado e pedimos as sobremesas. No
final, saímos do restaurante e fomos a conversar até ao Cais do Sodré. Desta
vez eu já falei mais.
-Well, I had a
very great time with you, but I need to go. Candice is here too and she asked
me to pass at the house I’m staying, to talk a little – informou o meu melhor
amigo.
-Okay,
we talk later, then – respondi. – And have fun with her – sorri, recebendo
um sorriso seu em resposta.
-Rodrigo, really
liked to meet you, and take care of her, please – pediu, enquanto davam um
aperto de mão.
-Course I’ll
take – sorriu o meu namorado.
Dei um longo
abraço ao Zach.
-Don’t worry
about me ‘cause I’m fine. Just enjoy the happiness of this relationship, okay?
– pediu-me.
-Thanks for
being so comprehensive, Zach.
-You don’t
need to thank me, it wouldn’t be other way – sorriu.
-Love you so much! – apertei mais o
abraço.
-Love too, angel. – Deu-me um beijo na
testa, sorriu e foi-se embora.
-Não foi
assim tão difícil, pois não? - perguntou o Rodrigo enquanto sorria.
-Pois, mas
também não fui eu que tive de falar. Vocês ficaram a conversar como se eu não
lá estivesse…
-Desculpa,
mas eu tinha qui falar tudo aquilo pra ele.
-Está bem.
Pelo menos correu bem.
-Porquê? Cê
tava esperando qui corresse mal?
-Não, mas
não pensei que ele fosse ficar assim tão9 bem.
-Talvez ele
já tivesse desconfiando qui havia outra pessoa na sua vida.
-Pois…
-Então, já
tá mais tranquila?
-Muito mais.
-Então será
qui já vai me poder dar um sorriso bem grande? – perguntou sorrindo.
-Claro!
– sorri. Ele abraçou-me e deu-me um beijo demorado.
-Ti
amo! – sorriu-me.
-Obrigada
por teres vindo comigo.
-Acha
mesmo qui eu ia deixar você vir sozinha? – Sorri e depois beijei-o. – Bom, vamo
aproveitar a tarde pra passear?
-Onde?
-Não
sei. Onde qui cê quer ir?
-Podemos
ir até Cascais?
-Claro
qui sim! Vamo pró carro, então. – Andamos um pouco até ao seu carro e seguimos
até Cascais. – Quer ir pra algum sítio em especial?
-Sim.
Quando estivermos perto eu digo-te.
-Tá
bom.
(visão
Andreia)
Acordei
com a campainha ainda eram 9.20h. Olhei para o lado e a cama da Mónica já
estava feita. Em cima da minha mesa-de-cabeceira estava um bilhete para mim. Peguei nele e desci as
escadas a correr para ir abrir a porta.
-Bom
dia! – cumprimentou-me o Rúben com o seu enorme sorriso, dando-me um beijo na
testa e entrando.
-Bom
dia… O que é que estás aqui a fazer a estas horas? – perguntei, fechando a
porta.
-Vim
buscar-te, vamos passear.
-Ah,
mas eu não..
-A
Mónica não está cá. Não vais passar um dia bonito como este em casa!
Olhei
para o bilhete que tinha na mão e abri-o. A Mónica tinha ido com o Rodrigo
falar com o Zach e provavelmente não viria cedo.
-Bem…
-Vai
vestir-te e assim que eu trato do pequeno-almoço.
-Está
bem… - resignei-me. Mesmo que eu continuasse a dizer que não ele ia acabar por
tirar-me de casa. Subi até ao quarto, tomei um duche rápido, vesti-me e voltei
a descer. O Rúben estava sentado no sofá a ver televisão. Olhei para a mesa da
cozinha. Estava posta, com muitas coisas por onde escolher. Estava bonita.
-Tanta
coisa para quê, Rúben? – perguntei, indo para junto da mesa.
-Porque
é de manhã que temos de fazer a melhor refeição do dia.
-E
não será também porque tu estás cheio de
fome?
-Também!
-Claro.
-Bem,
mas vamos comer?
-Vamos,
vamos – sentámo-nos e depois de termos comido e arrumado a cozinha
preparámo-nos para sair. – Já sabes onde é que vamos? – perguntei, enquanto
entravamos no seu carro.
-Ainda
não sei bem.
-Vê
lá para onde é que me levas!
-Está
descansada que vou levar-te para um sítio que tu vais gostar!
-Hm…
A
viagem foi um pouco longa, e só não foi menos porque eu não deixei o Rúben
acelerar. Passámos novamente a viagem a conversar e a cantar. Sabia bem rir com
ele desta maneira. Adorava a sua gargalhada. E cantar com ele metia piada,
porque ele punha-se a gozar com as músicas, o que nos levava a rir ainda mais.
-Já
estamos quase a chegar.
-Ah,
já sabes onde é que vamos?
-Já.
-E
quando é que decidiste isso?
-Há
pouco tempo…
-Hm-hm,
há pouco tempo… - respondi, não-convencida.
-Gostas
de chocolate, não gostas? – perguntou de repente.
-O
que é que viemos fazer a Óbidos? – perguntei, depois de passarmos pela placa
com o nome.
– E sim, gosto de chocolate. Mas porquê? Que pergunta estúpida! –
respondi, enquanto olhava pela janela.
-Sim,
Óbidos, não costumamos vir para estes lados. É um sítio diferente. E não é uma
pergunta estúpida! Já vais ver!
Na
rua viam-se muitas pessoas e de repente o motivo de tanta agitação. Estávamos a
chegar à Feira do Chocolate. Oh meu Deus, eu ia perder-me neste mundo! Estacionámos
e saímos do carro.
-Já
tinhas pensado nisto! – acusei.
Já,
já tinha, mas tinha de ser surpresa!
-E
foi! Uma surpresa boa! Obrigada, Rú! – agradeci com um enorme sorriso.
-De
nada, linda – sorriu-me também. – Bem, vamos entrar?
-Vamos!
Mas eu acho que me vou perder aqui no meio! – De repente ele agarrou na minha
mão e ia começar a andar.
– Rúben? – larguei a minha mão da dele.
-O
que foi?
-O
que é que foi isso?
-Não
disseste que te ias perder? Assim já não te perdes!
-Eu
estou a falar a sério, Rúben!
-Eu
também estou a falar a sério, Andy. Ou já não posso andar de mão dada com a
minha melhor amiga?
-Podes,
mas…
-Mas
nada! – voltou a pegar-me na mão. – Vamos entrar?
-Vamos…
- respondi meio envergonhada, olhando as nossas mãos, unidas. Aquele gesto,
apesar de simples, deixava-me desconcertada. O seu toque baralhava-me.
-Por
onde é que queres começar? – perguntou.
-Por
um sítio qualquer. Vai tudo dar a chocolate! – rimos.
A
Feira era gigante e a variedade era tanta que a manhã não chegou para vermos
nem metade, por isso, depois de termos ido almoçar a um restaurante lá perto,
fomos dar um passeio e depois voltámos à Feira para darmos a volta até ao fim.
Quando
entrámos no carro já começava a anoitecer.
-Obrigada,
Rú – agradeci. – Foi um dia espetacular! Diverti-me imenso!
-Eu
também, linda! – sorriu – Ainda bem que gostaste e te divertiste, era essa a
intenção – sorrimos. Permanecemos algum tempo caldos ouvindo apenas a música
que passava na rádio. Pouco depois chegámos e o Rúben parou à porta de minha
casa. Ia-mos os dois a falar ao mesmo tempo, o que nos levou a rir logo a
seguir. Ele fez-me sinal para que falasse.
-Eu
só ia agradecer-te, outra vez. E dizer-te que és um melhor amigo espetacular.
-Ok,
obrigado. E eu só ia dizer para não comeres os chocolates todos que trouxemos,
para a Mónica também provar. Mas já agora também te digo que és a melhor amiga
que alguém alguma vez pode ter – sorriu.
-Primeiro,
acho que agora não consigo comer mais chocolates. A super dose de hoje chegou!
E segundo, estás a ser exagerado.
-Ahaha,
podes crer! Acho que não vou conseguir comer chocolate durante algum tempo! E
não, não estou a ser exagerado! Atéparece que não sabes aquilo que vales!
-Oh,
também não sou perfeita!
-Eu
não disse que eras! Mas para mim és a pequena imperfeição mais perfeita que
entrou na minha vida – sorriu. Fiquei sem saber o que dizer.
-Bem,
obrigada pelo elogio… - agradeci, meio envergonhada. – Ah, é melhor eu ir
entrando, se não os chocolates derretem e aí é que não há chocolates para
ninguém!
-Está
bem, vai lá, então – sorriu. Eu abri a porta do carro. – Eh, então e o meu
beijo, oh melhor amiga desnaturada!
-Oh.
– Dei-lhe um beijo no rosto e ele deu-me um na testa.
-Falamos
amanhã? – perguntou.
-Claro!
-Ok,
então até amanhã.
-Até
amanhã.
Saí
do carro, fechei a porta e entrei em casa.
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