quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Capitulo 23 (parte II)


Olá! :)
Bem deixo-vos aqui um novo capitulo!
Espero gostem e que deixem a vossa opinião :)
E queria pedir-vos que divulguem a página do Facebook da página, por favor: https://www.facebook.com/MomentosBemVividosNaoDeixamEspacosEmBranco?ref=hl
Obrigada :)
Beijinhos*
Mónica

(visão Rúben)

-Rúben! – Acordei sobressaltado. A Andy olhava-me, estupefacta. Tinha-se levantado da cama, onde agora só eu permanecia. Ainda fiquei a esfregar os olhos, com sono.

-Hã? – perguntei.

-O que é que estás aqui a fazer?! Na minha cama?! Comigo… - perguntou, falando tão rápido que quase não percebi.

-Eh, calma! Fogo, acabei de acordar…

-Fogo não, Rúben Filipe Marques Amorim! O que é que estás a fazer na minha cama? – Fiquei a sorrir ao notar que por trás daquela irritação estava um nervosismo que me sabia bem sentir-lhe. – Responde-me, pá!  - pediu, mandando-me a almofada que segurava, contra o braço.

-Eh, calma lá menina! Podes ficar descansada que não te fiz nada! – respondi, levantando-me da cama.

-Não sei se não tenho que ficar preocupada. Estavas a dormir comigo, na minha cama… Quer dizer, porque é que te deitaste na minha cama comigo lá? Eu não te disse que podias!

-Eu estive a cuidar de ti, sua tonta –sorri.

-Mas porquê tu? Porque é que tu estavas  a cuidar de mim?

-Olha, talvez porque eu sabia o que fazer.

-Sabias o que fazer? – perguntou, começando a sentir-se embaraçada. – A Mónica?

-Foi dormir a casa do Rodrigo.

-Porquê?

-Talvez porque queriam estar sozinhos… Está descansada que só ficaste mesmo sozinha comigo durante a noite.

- durante a noite…

-Ai, oh Andy. Até parece que eu ia fazer alguma coisa. Um coisa é quando tu estás acordada e podes argumentar, outra é quando passas o dia a dormir – respondi, sorrindo interiormente ao recordar as palavras dela, que apesar de serem consequências dos seus delírios, eram a verdade do seu coração, eram a razão que ela encobria e tentava disfarçar com a consciência enquanto estava acordada.

-A Mónica deve estar a chegar, por isso podes ir-te embora.

-Não, espera, tenho de ver como é que está a tua temperatura, então – avancei para ela para colocar a minha mão na sua testa. Ela recuou, atrapalhada.

-Não precisas de ver nada! Eu já estou bem. E a Mónica deve estar a chegar, por isso – apontou para a porta do quarto, à espera que eu saísse. Sentei-me novamente na cama.

-Agora não saio! – disse eu, cruzando os braços à frente do peito.

-Oh Rúben, não me faças passar! Eu não te estava a pedir para sair, eu estava a dizer que tu vais sair do meu quarto!

-Não saio! Se quiseres tira-me tu daqui! – respondi.

-Rúben Filipe, não me faças passar, caramba! – reclamou, num tom mais elevado, junto da porta do quarto.

-Oh gente! Que gritaria é esta? – perguntou a Mónica, entrando no qarto com o Rodrigo.

-É ele que não se vai embora! – respondeu a Andy.

-É ela que não deia de ser teimosa! – respondi.

-Ok. Agora umas respostas decentes, por favor – pediu a Mónica.

-Para além de eu ainda não ter percebido porque é que ele dormiu aqui, ele não se quer ir embora – disse a Andy, olhando para a Mónica com um olhar acusador e desviando depois o mesmo olhar para mim.

-Mas ela ainda não percebeu que eu tenho de ver como é que ela está para saber se vai ficar bem ou não.

-Sim, claro, o Sr. Doutor Engenheiro sabe tudo! – bufou a Andy, cruzando os braços à frente do peito.

-Não sou Sr. Doutor Engenheiro, mas devias agradecer-me porque fui eu que cuidei de ti e fiz com que voltasses a ser a melhor amiga mais teimosa que conheço! – respondi, sorrindo no final.

-Parvo! – sorriu.

-Aqui o Sr. Parvo cuidou de ti! – voltei a sorrir-lhe. Ela devolveu-me o sorriso.

-Já está? Já gritaram tudo o que tinham para gritar? – perguntou a Mónica.

-A gente ouvia os vossos berros lá na sala! – comentou o Rodrigo.

Eu olhei para a Andy e ela olhou para mim, sorrindo.

-Podem ficar descansados que os vossos ouvidos vão ter descanso dos nossos berros – sorri, assumindo o sorriso da Andy como o símbolo de tréguas, depois de tudo o tinha acontecido.

-De certeza? – perguntou a Mónica, olhando para a nossa melhor amiga.

-Sim – sorriu. – Mas agora eu queria pedir-vos, por favor, para saírem do quarto. Eu quero tirar este pijama e sair desta casa e deste quarto! Quero ir passear!

-Está bem – acedeu a Mónica, que saiu com o Rodrigo.

-Mas primeiro deixa-me ver se estás melhor – fui até junto dela e encostando o meu queixo à sua testa, sentindo a temperatura. Depois afastei-me e dei-lhe um beijo na testa.
 
 – Estás bem, mas mesmo assim tens de ter cuidado, tens de te agasalhar bem – afirmei, dirigindo-me à porta do quarto.

-Está bem, Sr. Doutor Engenheiro, eu vou agasalhar-me até às orelhas! – sorriu.

-Acho bem – ri. Ela fechou a porta e eu desci até à sala, de encontro à Mónica e ao Rodrgo.

 

(visão Mónica)

Depois de passar a tarde inteira na sala com o Rodrigo, enquanto o Rúben estava no quarto a cuidar da Andy, ele finalmente desceu e veio jantar comigo e com o Rodrigo. A febre da Andy já tinha baixado bastante, o que era bom sinal e o resultado do bom ‘’trabalho’’ do Rúben. Depois de jantar e de termos arrumado a cozinha fomos os três para a sala ver televisão e conversar mais um bocado. Eu estava preocupada com a minha melhor amiga, aliás, todos estávamos, mas também queria ficar sozinha com o meu namorado.

-Rú, vais precisar de nós? – perguntei.

 Ele olhou para mim e para o Rodrigo e respondeu que não. Disse para nos irmos embora, e pela maneira como falou e pelas suas palavras ele já tinha percebido que queríamos estar sozinhos. Pegámos nas nossas coisas e saímos em direção ao carro do Rodrigo. Durante a viagem até à casa dele conversámos sobre a Andy e sobre este rebuliço todo entre ela e o Rúben. Quando chegámos a casa dele ele estacionou o carro na garagem e entrámos em casa.

-Mas bom, ela tá em boas mãos e o Rúben sabe o qui faz!

-Sim, claro. Se eu não confiasse totalmente no Rúben não teria vindo agora contigo.

-Ah, então ainda bem qui a gente pode confiar totalmente nele. Assim você veio comigo – sorriu, dando-me um pequeno beijo. Pousámos as coisas à entrada e fomos para o sofá, sem ligar a televisão, apenas o candeeiro a sala é que dava alguma iluminação àquela divisão da casa.

-Vamos ficar por aqui? – perguntei, sentando-me ao seu colo.

-Vamo sim. Tou morrendo de saudade de você e não quero ir deitar já – respondeu, colocando os braços à minha volta.

-Eu também tenho saudades tuas – sorri – mas podemos ir para o quarto na mesma. Ficamos a namorar até o sono vir – sorri.

-Cê tem razão. Vamo subir, então – levantámo-nos, subimos até ao andar de cima e depois de termos vestido os pijamas e feito tudo o que tínhamos a fazer, deitámo-nos. Encostei-me a ele.

-Estás quentinho – comentei, abraçando-o.

-Claro qui sim, meu amor, você tá aqui do meu lado!

-Oh, tonto.

-É verdade, amor. Você mi aquece a alma, o coração e o corpo.

-Oh pá, para com isso! – disse envergonhada.

-Tá ficando envergonhada? Meu amor, não precisa. Você sabe qui o qui eu falei é verdade, não sabe?

-Sim, só que assim deixas-me envergonhada… - respondi, escondendo a cabeça no seu peito.

-E eu adoro ver você assim, sabia? – sorriu, elevando o meu rosto e beijando-me. Foi um beijo muito calmo, mas muito detalhado. Todos os movimentos eram perfeitos, fazendo deste beijo um momento fantástico.
 
 Este momento repetiu-se, mas acabámos por parar.

-Amor, desculpa, mas eu acho que vou dormir.

-Tá pedindo desculpa porquê?

-Ah, porque íamos ficar a namorar um bocadinho…

-Até o sono chegar. Se o sono chegou, a gente vai dormir.

-E tu estás com sono?

~-Não muito, mas se eu ficar prestando atenção no movimento da sua respiração vou cair no sono logo, logo – sorriu.

-Está bem – elevei-me um pouco para lhe dar um pequeno beijo nos lábios e depois acomodei-me, colocando a cabeça no seu peito, bem junto do coração. Dei-lhe um pequeno beijo no peito e fechei os olhos. Ele fez-me uma pequena festa na cara e depois pousou  a mão no meu braço. O sono foi-me envolvendo cada vez mais enquanto ouvia e sentia as batidas calmas do coração do meu amor, até que acabei por adormecer.

Na manhã seguinte acordei virada de costas para o Rodrigo, no entanto sentia o seu corpo, quente, bem perto de mim. Espreguicei-me e levantei-me, devagar para não o acordar. Fui à casa-de-banho e depois desci até à cozinha. Preparei uma taça de cereais e fui para o sofá da sala ver televisão, enrolada numa manta. Terminei de comer e deixei a taça ao pé de mim, no sofá, para não deixar no chão.

-Bom dia, meu amor! – disse o Rodrigo, chegando de repente atrás do sofá e abraçando-me. Deu-me um beijo na cara.

-Bom dia, amor – respondi, virando-me para ele.

-Acordou há muito tempo?

-Não.

-Hm. Vou na cozinha pegar alguma coisa pra comer. Quer?

-Não, eu já lá fui.

-Tá bom, eu volto já então.

-Está bem. Olha, leva isto lá para dentro, por favor – pedi, estendendo-lhe a taça que estava ao meu lado. Ele aceitou a taça e foi até à cozinha. Algum tempo depois ele regressou à sala com um tabuleiro cheio. – Bem, estás cheio de fome! – Ele sentou-se do meu lado direito.

-Sempre! – Fiquei a observá-lo a comer e não consegui evitar rir-me – Tá rindo de quê?  Perguntou-me com um sorriso meio confuso.

-De ti!

-De mim porquê?

-Fazes umas caras quando estás a comer…

-Ah, eu tava comendo!

-Eu estava a brincar, amor! – ri. – Até ficas engrançado.

-É…

-A sério, eu estava a brincar!

-Não sei…

-Amor…

-Tá bom, mas tem qui mi dar um beijo. Ainda não ganhei nenhum hoje! – disse ele, pousando o tabuleiro ao lado do sofá,  no chão e virando-se para mim.

-Claro que dou! – sorri, avancei para ele e beijei-o.

-Assim tá melhor! – sorriu. – Qui horas qui cê quer voltar pra casa?

-Daqui a pouco. Vamos arranjar-nos e depois podemos ir.

-Tá bom, então eu vou levar isso na cozinha e a gente já sobe.

-Ok.

Ele foi à cozinha enquanto eu desliguei a televisão e voltei a dobrar a manta. Depois subimos até ao quarto, tomámos um duche rápido, vestimo-nos e saímos para o carro para regressarmos a minha casa.

-Só espero que a Andy já esteja melhor – disse eu, assim que saímos do carro.

-Com o Rúben do lado dela, tá de certeza!

Pus as chaves na porta. Assim que entrámos na sala, ouvimos os berros da Andy provenientes do quarto.

-Pelos vistos já está mesmo bem! – ri. Subimos até ao quarto. – Oh gente! Que gritaria é esta? – perguntei, assim que eu e o Rodrigo chegámos à porta.

-É ele que não se vai embora! – respondeu a Andy.

-É ela que não deia de ser teimosa! – respondeu o Rúben logo em seguida.

-Ok. Agora umas respostas decentes, por favor – pedi. Eles pareciam duas crianças a discutir por um brinquedo.

-Para além de eu ainda não ter percebido porque é que ele dormiu aqui, ele não se quer ir embora – disse a Andy, olhando-me com um olhar acusador e transferindo esse mesmo olhar para encarar o Rúben.

-Mas ela ainda não percebeu que eu tenho de ver como é que ela está para saber se vai ficar bem ou não – disse o Rúben.

-Sim, claro, o Sr. Doutor Engenheiro sabe tudo! – refilou ela, cruzando os braços à frente do peito. Meu Deus, parecia mesmo uma birra de crianças!

-Não sou Sr. Doutor Engenheiro, mas devias agradecer-me porque fui eu que cuidei de ti e fiz com que voltasses a ser a melhor amiga mais teimosa que conheço! – sorriu o Rúben. Estava disposto a terminar aquela discussãozinha.

-Parvo! – com esta resposta e sorriso que a acompanhou finalmente ela cedeu e parecia que tempos de paz entre aqueles os dois iriam chegar.

-Aqui o Sr. Parvo cuidou de ti! – Eles voltaram a sorrir um para o outro.

-Já está? Já gritaram tudo o que tinham para gritar? – perguntei na mesma. A Andy e o Rú voltaram a trocar um sorriso.

-Podem ficar descansados que os vossos ouvidos vão ter descanso dos nossos berros – respondeu o Rúben.

-De certeza? – voltei a perguntar, olhando para a minha melhor amiga, como que para ter a garantia.

-Sim – sorriu. Depois pediu, por favor, que saíssemos pois ela queria trocar de roupa e sair daquele  quarto, queria ir passear. Eu e o Rodrigo saímos do quarto, mas o Rúben ficou para trás. Descemos até à sala e pouco depois o Rúben juntou-se a nós. Estava a sorrir. Ainda bem. Era bom ver aqueles sorrisos nos seus rostos. Era sinal que tudo estava a encaminhar-se bem.

Depois de almoço, que foi lá em casa, a Andy disse que tinha de sair de casa, e o Rúben teve uma ideia. Disse-me apenas a mim e ao Rodrigo, e saímos. A Andy foi no carro com o Rúben, sem suspeitar para onde íamos, pois ele fez questão de manter segredo.

 

 

4 comentários:

  1. E agora fico sem saber para onde foram??? Preciso de mais :P

    Beijocas

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    1. Ahaha em breve saberás :)
      Postarei em breve, prometo :)

      Beijinhos*
      Mónica

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  2. Olá :D
    E pronto agora estou muito curiosa para ver onde foram!
    Quero mais :p
    Beijinhos
    Ritááá xD

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    1. Olá Ritààà :D
      Ahaha satisfazerás a tua curiosidade em breve, prometo :)
      E já agora, vê se consegues escrever e publicar alguma coisa, porque tenho imensas saudades de um capitulo teu! :p

      Beijinhos*
      Mónica

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