segunda-feira, 7 de maio de 2012

Capitulo 14 (parte III)




VISÃO RODRIGO


Eu sabia qui ela podia mi dar meia dúzia de tapas e deixar de falar comigo, mas pelo qui eu conhecia dela, isso não ia acontecer, por isso, terminei com o controle qui tava fazendo sobre o meu desejo e beijei ela. No principio ela não reagiu, mas depois respondeu si deixando levar por mim. Tocar os lábios dela com os meus e sentir a minha respiração acelerar por finalmente sentir o beijo dela mi faziam sentir completamente feliz.
-Puto, o mister vem aí!  - ouvi o Rúben mi chamando.
Tive de mi afastar dela, mas não tirei os olhos dela, tentando perceber o qui ela ia fazer ou dizer. Ela também não disse nada, então disse qui a gente falava depois e corri pró campo. Mas fiquei preocupado porqui ela não tinha mi batido nem reclamado. Começámos correndo e no fim da segunda volta olhei prás bancadas, sem parar de correr.
-Rodrigo! Volta lá ao treino que a moça já se foi embora! – chamou o mister.
Ela não tava mesmo lá. Continuei correndo e ouvi algumas risadas, mas nem liguei. Quando o treino terminou eu mi troquei e quase voei pró meu carro. Liguei prá Mónica, mas ela não atendeu o telefone, então eu mandei mensagem. Não respondeu. Conduzi até casa e voltei a ligar e a mandar mensagens durante toda a tarde. Fiquei preocupado na séria e tava ficando sem paciência pra esperar mais. Treinei em casa, tomei um banho demorado, vi televisão, joguei playstation, fiz de tudo mas não conseguia ficar quieto. Depois de jantar voltei a ligar pra ela. Ela voltou a não atender, então mandei mais uma mensagem. E finalmente, depois de tanto tentar, ela mi respondeu.

De: Mónica:
      Eu disse-te que não conhecias os defeitos. Talvez eu não seja assim tão ‘’legal’’.


Ela mi tava dando pra trás, mas eu não ia disistir. Consegui qui ela fosse respondendo, mas ela foi ficando mais inacessível novamente, então tive de escrever. Não era nem metade do qui eu quiria dizer pra ela, mas era o único jeito.


Para: Mónica:
         Pra mim não só um beijo. Foi muito mais qui isso. E já qui você não vai mi deixar ouvir a sua voz, vai ter mesmo qui ser assim. Eu ti amo. E não tou nem aí si é cedo demais. Eu mi apaixonei por você mal comecei falando com você no telefone. Você é linda, e agora eu comprovei isso também pró lado de fora. Agora qui eu provei do seu beijo, qui eu andei tentando controlar desde cedo, eu não quero ficar sem ele não. E eu acho qui não sou indiferente prá você também. Senti isso na forma como você recebeu e retribuiu o meu beijo.


Fiquei esperando mas ela não respondeu mais. Mas como dizem, ‘’quem cala consente’’, por isso fiquei com mais certeza ainda qui eu não era o único qui partilhava desse sentimento. Fiquei pensando em várias coisas pra escrever uma nova mensagem pra ela, mas nada mi soava bem pra mandar. Tudo o qui eu pensava tinha de ser dito e não escrito, tinha de ser olhado na cara dela, focando os seus olhos e mostrando qui tava sendo sincero, qui apesar de isso tudo parecer coisa de doidos eu amava mesmo ela de verdade. Porqui pra amar, basta amar a personalidade, porqui o corpo si vê e a alma si descobre por palavras qui nos trazem emoções pró coração qui nos marcam e fazem amar… Levantei do sofá, vesti o casaco, coloquei o telemóvel no bolso das calças e peguei as chaves de casa. Mesmo qui ela não mi deixasse entrar na casa dela, a Andreia mi abriria a porta. Eu tinha de falar com ela e tinha de ser hoje. Fechei a porta de casa e percorri o caminho até ao portão pensando no qui ia dizer. Fechei o portão e foi aí qui eu percebi qui tava alguém perto do meu carro qui parecia vir do meu portão. Ela tava de costas, mas mesmo assim eu a reconheci. Eu não tava mesmo enganado. Si eu tivesse, o qui é qui ela tava fazendo na minha porta a uma hora dessas, depois do qui tinha acontecido e das mensagens? Eu tinha certeza e não ia deixar ela fugir por entre as minhas mãos. Eu tinha de pegar o qui eu quiria e era o qui eu ia fazer.
-Mónica? – Chamei. – Qu’qui cê tá fazendo aqui a essa hora? – perguntei na mesma, apesar de saber qui ela tinha vindo porqui mi amava, apesar de tentar esconder. Ela começou si virando devagar.


VISÃO MÓNICA


Depois de todas as mensagens e chamadas não atendidas do Rodrigo que tinham entupido o meu telemóvel, acabei por decidir ir ter com ele. Já era tarde, mas não havia pressa, pois o dia seguinte era sábado. Depois dos transportes andei um pouco e acabei por chegar em frente da casa dele. Inspirei profundamente e fui até ao portão. Parei. Deitei o ar fora ruidosamente. Não conseguia fazer aquilo. Virei-me e comecei a andar de volta. De repente, ouvi um portão a fechar atrás de mim. Pedi que não fosse ele.
-Mónica? – parei. – Qu’qui cê tá fazendo aqui a essa hora?
Virei-me ligeiramente para a esquerda e ele estava à minha frente.
-Só estava a passar, por acaso.
-Tem certeza?
-Tenho.
-Não acho. Mas tá bom. É bom ver você.
-Pois…
-Porqui é qui cê não respondeu às minhas mensagens ou aos meus telefonemas?
-Porque… - comecei a dizer, tentando arranjar uma resposta.
-Não inventa nada não. Quero qui cê diga a verdade.
-Pois, então…
-Cê tá fugindo de mim, né?
-Não.
-Tá sim.
-Não, não estou.
-Tá sim.
-Já disse que não, Rodrigo.
Ele expirou rapidamente.
-Posha, cê é complicada, viu! – fiz uma cara espantada. Ele ficou sério. – Cê sabe qui eu gosto de você. Eu ti beijei. Eu ti disse e tou ti dizendo novamente. Da outra vez você disligou o telefone porqui tinha qui fazer uma coisa importante e tavam esperando você. Agora cê não tem de disligar o telefone porqui tão esperando você, porqui quem tá esperando você sou eu e você não vai sair daqui enquanto a gente não conversar e não si resolver – fiquei simplesmente a olhá-lo. – Porqui é qui você foge si eu vejo um brilho nos seus olhos sempre qui a gente tá junto?Porqui é qui cê diz qui não quando cê quer dizer qui sim? Porqui é qui cê foge quando eu toco você e eu sei qui você também quer? Eu quero ficar juntinho de você, quero abraçar, quero beijar você  - pegou a minha cara e fez-me olhar para ele. – Porqui é qui você foge?... – Beijou-me suavemente. Não consegui distanciar-me de tão desejosa que estava pelo seu beijo e pelo seu toque, e porque estava entre um carro e o seu corpo. Ele voltou a beijar-me, desta vez mais intensamente. Roubou o espaço ao espaço que havia entre nós e puxou-me para si. Beijámo-nos desalmadamente no meio da noite. A rua estava deserta, só com a lua como nossa confidente. Acabei por sentar-me em cima do capo do carro ao qual estava encostada, que era o seu, para ficar mais ao seu nível. Ele deixou de me beijar e puxou-me novamente para o chão, fazendo-me encostar a ele. – Vem comigo – pediu, pegando a minha mão e levando-me com ele.
 Passámos o portão e ele puxou-me, fazendo-me correr um pouco. Abriu a porta de casa e fechou-a com um encontrão, mandando as chaves para a mesinha da entrada. Puxou-me e beijou-me novamente, fazendo-me perder o pouco ar que eu tinha. Parou para tirar o casaco e mandá-lo para o sofá. Voltou a beijar-me e pegou na minha mão, levando-me escadas acima. Entrámos no seu quarto e ele fechou a porta e em seguida pegou no meu rosto e voltou a beijar-me, mais calmamente. Parou novamente e olhou para mim.
-Vai continuar negando? – perguntou-me. Eu não respondi mas olhei a sua boca e voltei a olhá-lo. Ele percebeu que eu queria o beijo então voltou a beijar-me. Pouco depois, as suas mãos desceram o meu corpo e acentaram na minha cintura. Pousei as minhas mãos no seu peito e ele respondeu, apertando-me mais contra si. Fez-me dar uns passos para trás até que as minhas pernas encontraram a sua cama. Sentei-me e ele apoiou um dos joelhos na cama. Cheguei-me para trás mais junto das almofadas Largou-me e rapidamente despiu a camisola branca com decote em V que vestia, deixando-me a olhar para o seu corpo enquanto ofegava. Os seus lábios voltaram a contactar os meus e as suas mãos pousaram nos botões da minha camisa junto do meu peito. O meu coração disparou. As suas mãos começaram a descer enquanto desabotoavam os botões. Puxámos para trás a camisa que levou o casaco consigo. Logo de seguida segurou a minha cintura novamente e acomodou-nos, depois de colocar uma das suas pernas no meio das minhas. Beijou-me uma, beijou-me duas, beijou-me três vezes e voltou a investir na minha roupa. Tirou-me a camisola e sorriu.
-Posha, quanta roupa cê tem vistida, hein? – Sorri.
Ele tocou os meus lábios durante algum tempo, mas tão ferozmente que me perdi a meio. Depois beijou o meu pescoço, dando-me tempo para voltar a respirar. Acabou por tirar-me a t-shirt e percorreu as minhas costas com os seus dedos delicados e quentes, fazendo-me arrepiar. A sua boca percorria vários pontos do meu corpo e a minha boca, fazendo-me cada toque arrepiar de maneira diferente. Eu fervia e ele escaldava. Em cada pondo que nos tocávamos queimávamos. Fazia tudo parte de uma irracionalidade que eu deveria ter controlado. Mas sabia tão bem… Continuei na ilegalidade dos comportamentos que deveria estar a ter e deixei-me levar pelo desejo que ambos sentíamos. Vi-o despir as calças e não pensei sobre o assunto. Queria-o tanto quanto ele. Já debaixo dos lençóis foi-me possível tocar os seus traços, sentir os seus toques flamejantes, os seus beijos ardentes. Descobri o mais íntimo do seu ser apenas com o seu beijo. Cada toque seu me fazia arrepiar e ao mesmo tempo sentir amada para toda a vida. Deixei de pensar na realidade de fora e só sentia a realidade que sentia no meu peito e no interior dos lençóis, no meio da cama da pessoa que estava a amar neste momento e que iria amar mesmo que o negasse.



Espero que gostem de mais este capitulo! Comentem pois a vossa opinião é muito importante para mim!
Obrigada por me fazerem ter mais gosto pelo que escrevo! :D
Beijinhos

Mónica 

3 comentários:

  1. fabuloso...

    quero mais... tou super curiosa para ve o proximo...

    continua... cada vez ta melhor...

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  2. Fantastico quero mais continua.bjs

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