quinta-feira, 24 de maio de 2012

Capitulo 15 (parte III)









(visão Rodrigo)

-Eu fiz o almoço, por isso, tu lavas a louça - disse ela pra mim, si levantando da mesa. Levantei também e levei a minha louça pró lava-louça.
-Mas você pode mi ficar fazendo companhia, né?
-Companhia ou a empatar-te?
-Companhia.
-Está bem.
Eu mi coloquei na frente do lava-louça e ela si encostou na bancada, do meu lado esquerdo.
-Você alguma vez foi numa festa de gente conhecida? - perguntei, terminando de lavar o último prato, depois de a gente ter ficado só trocando olhares e sorrisos.
-Não. Porquê?
-Você gostava de vir numa comigo?
-Não sei. Que festa?
-A Gala de Natal do Benfica - peguei no pano e sequei as mãos.
-A sério?
-Claro. Então, cê quer vir comigo?
-Quero! - respondeu, sorrindo muito.
-Sério?
-Sim! - sorriu ela, rodeando o meu pescoço e si encostando em mim. Eu sorri.
-Cê quer qui eu vá com você comprar o vistido ou cê quer ir com a Andreia?
-Eu vou depois com ela.
-Tá bom, então - tirei a carteira do meu bolso de trás das calças. - toma. Ti dou já o código.
Estendi pra ela o meu cartão de crédito, mas ela ficou olhando, surpresa.
-Estás-te a passar. Não me vais pagar nada e muito menos dar-me o teu cartão de crédito.
-Cê pode parar? Você vai comigo e eu quero ti pagar as coisas.
-Rodrigo...
-E tem qui fazer as compras rápido. A Gala é dia 23.
-Faltam duas semanas...
-Sim. E...é melhor eu conhecer os seus pais logo. Na Gala vão fotografar muito a gente.
Ela si engasgou.
-Mas a Gala é dia 23.
-E daí?
-Dia 24 é suposto estarmos com a familia.
-È, os meus pais vêem cá... E você mi deu uma ideia.
-Uma ideia? - perguntou ela meio qui desconfiada.
-Bom eu tava pensando qui, eu quero conhecer os seus pais e você vai ter qui conhecer os meus, não é? - ela acenou meio a medo. - Então, dia 24, a gente faz um jantar aqui em casa com os seus pais e os meus.
-Hã?!
-È essa a minha ideia.
-Ah... Não, não achas que é um bocado cedo demais? Quer dizer, eu amo-te, muito, mas, nós só começámos a namorar ontem...
-Eu sei. Mas, na Gala não vão largar a gente, e mesmo qui a gente diga qui não tá junto, você vai sair em tudo quanto é jornal e revista como a ''Possível dona do coração do jogador do Benfica, Rodrigo Moreno''. A gente não vai conseguir evitar, por isso, si a gente apresentar logo os nossos pais é melhor. Isso é o qui eu acho.
-Sim, tens razão.
-Para além de qui eu não tenho dúvida nenhuma qui quero tar com você pra valer. - Sorri e abraçei ela.
-Eu também - sorriu ela, mi beijando de seguida.
-Pronto. Então agora , você vai aceitar isso - peguei o meu cartão de crédito e coloquei no bolso de trás das calças dela - e não vai reclamar, viu - terminei dando um pequeno beijo nos lábios dela e a soltei pra ir buscar uma caneta na outra bancada do nosso lado.
-Não posso dizer nada contra, não é?
-Nem uma palavra.
-Está bem. Tens é de me dar o código.
-Dá a sua mão aqui - pedi. Ela estendeu a mão direita.
-Faz cócegas. Despacha-te - riu ela enquanto eu escrevia na sua mão.
-Ah você tem cócegas...
-Sim... Muitas...
-Então já sei como qui vou mi vingar de você - brinquei.
-Rodrigo, por favor, não. Se fizeres eu não vou conseguir parar de rir… - sorriu ela, meio qui com medo.
-Tá bom. Agora eu não tenho nada pra cobrar mesmo. Você aceitou ir comigo na Gala e mi deixou ti pagar as coisas, por isso.
-Isso de pagar as coisas foi meio que obrigada, mas está bem.
-Bom, vamo subindo?
-Para quê?
-Pra matar a saudade.
-Já é assim tanta?
-É.
-Mas não vamos demorar muito, porque eu tenho de ir para casa… Oh, fogo! O meu telemóvel!
Ela saiu correndo as escadas e eu segui ela até ao quarto. Ela pegou no telefone. Chamando.
-Hey! Sorry, I completly forgot… Yeah. No, I’m fine, I just forgot to call you. Really sorry… Okay… Zach, I need to… Yeah, but… Okay. Have fun. Yeah, then you tell me. Love you. Bye.
Respirou fundo, enquanto eu via ela, encostado na ombreira da porta. Chamando novamente.
-Estou? Andy, desculpa não ter dito nada, só que aconteceu uma coisa e… Sim, está tudo bem… Não… Não, não, falamos depois… É pá, não, chata! Depois… Não sei. Depois eu mando mensagem. Até logo. Beijos.
As caras dela enquanto falava com a Andreia no telefone mi fizeram rir.
-Qual é que é a piada? – perguntou ela, colocando o telefone em cima da cama.
-As suas caras são demais – ri, indo pra junto dela e a abraçando.
-Pois, já me tinham dito.
-Você e a Andreia si dão mesmo bem…
-Oh, damos, só que andamos sempre a mandar bocas uma à outra e assim.
-É, no fundo, vocês si amam. É como o Rúben e o David – ri.
-Não vamos comparar. Eles sim são demais. É tão mau quando estão os dois – riu ela mi abraçando também.
-Não é assim tão mau, mas tá bom. Agora, será qui eu posso cobrar o meu tempinho?
-Podes – ela sorriu e me começou beijando. Coloquei a mão por baixo da camisola dela, e assim qui toquei a pele das costas dela ela si arrepiou. – ‘Tás frio!
-Tive lavando a louça.
-Oh.
-Mas vem cá. Eu prometo qui não faço mais isso enquanto não tiver quentinho.
Ela voltou a mi abraçar e eu mi encostei a ela beijando o seu pescoço.
-Não venhas com ideias que tens de me ir levar a casa…
Notei na voz dela qui ela quiria a minha ideia, mas tinha de ir embora.
-Janta comigo e depois eu ti levo em casa  -pedi, continuando com os beijos.
-Está bem.
-Então a minha ideia pode voltar, né? A gente tem tempo de sobra…
Ela riu e depois mi beijou.


VISÃO ANDREIA


Estava na sala a ver televisão quando tocaram à campainha.
-Quem é que será? – Levantei-me e fui abrir a porta.  –Rúben?
-Olá também para ti – disse-me o Rúben com um enorme sorriso.
-Olá. O que é que estás aqui a fazer?
-Vim te convidar para irmos dar uma volta.
-A onde?
-À minha casa. Fui pôr o carro à revisão, por isso não dá para irmos muito longe.
-Até parece. Os transportes públicos eu sei que não é lá muito confortável, com toda a gente atrás de ti, mas eu tenho carro.
-E vais servir de minha motorista? Nem penses.
-Oh, que mal é que tem?
-Não quero, então. Mas não gostas de ir a minha casa ou quê?
-Gosto.
-Então. Avisa os teus pais que hoje não vais estar em casa. Despacha-te.
-Estás com pressa, tu.
-Estou. Tenho de falar contigo.
-Falar comigo?
-Sim, vá.
Liguei aos meus pais a avisar para não irem ter comigo a casa que depois eu passava por casa deles para me despedir e fui ter com o Rúben lá fora. Começámos a andar para irmos para casa dele.
-Então e o que é que precisavas de falar comigo? – perguntei. Estávamos os dois encolhidos, de mãos nos bolsos, enquanto descíamos a rua.
-É sobre a Inês – disse ele, deixando de sorrir.
-Então, o que é que se passa? Ainda não se resolveram?
-Não. Nós demos um tempo…
-Deram um tempo?
-Eu pedi-lhe um tempo. As coisas não estão boas e se estivermos juntos as coisas vão ficar ainda piores.
-Rúben, tem calma. Se calhar foi precipitado. Como é que ela reagiu?
-Mais ou menos. Ela ficou chocada. E não pára de me ligar.
-E tu atendes?
-Não. Se fosse para isso nem tinha pedido um tempo.
-E vão ficar assim para sempre?
-Não sei.
-Rúben Filipe, estás-me a irritar!
Ele deu uma gargalhada.
-Sabes há quanto tempo é que não me chamavas isso?
Ele abriu a porta e entrámos em casa dele.
-Eu estou a falar a sério. Isso não pode continuar assim.
-Sim… Agora mudando de assunto. Vocês vão-se embora hoje à noite, não é?
-É. E a Mónica ainda não voltou para casa. Ela esteve de fim-de-semana num fim-de-semana fora…
-O quê?
-Basicamente, ela não dormiu em casa e passou os dias fora. E não me contou nada.
-Se calhar estás a querer saber demais – disse ele, com um sorriso gozão.
-Estás tão parvinho, tu.
Passámos a tarde em casa dele, a conversar, mas entretanto chegou a hora de eu me ir embora.
-Tenho de ir embora – anunciei.
-Já? Mas o voo não é só mais tarde?
-Sim, é às 20.30h, mas eu ainda tenho de passar por casa dos meus pais para me despedir deles e ainda tenho de ir jantar, e ver se a Mónica janta…
-Ah, está bem. Queres que vá contigo?
-Podes vir.
-E já agora podia jantar contigo. Já que te vou levar.
-És um colas, Rúben – ri.
-Até posso ser, mas não reclames que tu gostas. Mas vá, eu depois posso lavar a louça, vá…
-Mas vais mesmo!
-Está bem, está bem…
-Só falta abanares a cabeça.
-Olha quem é que se está a armar em parvinha, agora.
Saímos de casa e iniciámos caminho para casa dos meus pais. Depois de estar com os meus pais e de me despedir deles, eu e o Rúben fomos para minha casa.
Quando chegámos, a Mónica e o Rodrigo estavam a acabar de pôr a mesa.
-Bons olhos te vejam, não é Mónica Alexandra? – disse eu.
-É… - respondeu ela, olhando para a mesa.
-Então puto, já cá estás? – perguntou o Rúben ao Rodrigo.
-Já. E a gente tá contando com vocês – respondeu o Rodrigo, com a colher de pau na mão.
-Está bem, mas baixa lá a colher que eu não fiz nada!
-Agora cê mi deu uma ideia…
-Nã, nã, nã. Não venhas com ideias. Para além de que a casa não é para partir hoje, por isso…
-Nisso tens razão – concordei. – Mas, oh Rodrigo, uns calduços eram bem acentes – sugeri a rir.
-Então?! Estás comigo ou contra mim?!
-Agora contra. Andas a precisar de uns calduços.
-Ai é? Vais ver.
Cheguei-me junto dele e coloquei a mão no seu ombro.
-Oh Rúben, não fiques chateado. – Ele olhou para mim, desconfiado. De repente, dei-lhe um calduço. – Mas estás mesmo a precisar!  -ri.
-Então! – disse ele, passando a mão pela nuca. Começou a vir atrás de mim, então fugi e coloquei-me entre a mesinha da sala e a televisão, enquanto que ele ficou entre a mesa e o sofá. – E vocês aí a gozar! – reclamou olhando para trás. Também olhei para o Rodrigo e para a Mónica, que estavam a rir-se. Ri também.
-Mas vá, já chega Rúben. Eu não te dou mais calduços.
Ele sentou-se no sofá. Fui sentar-me também, mas antes reparei que o Rodrigo e a Mónica estavam a trocar uns olhares muito cúmplices. Ali havia coisa.
-Depois nós conversamos, menina Andreia – disse-me baixinho o Rúben, quando me sentei ao seu lado. A Mónica e o Rodrigo também se vieram sentar ao pé de nós.
-Cinco minutos e vamos comer – disse a Mónica.
-Não podemos ir já? – perguntou o Rúben.
-Não – respondeu ela.
-Esfomeado do caraças, pá! – brinquei. Rimos os três e o Rúben tentou disfarçar um sorriso e não dispensou uma boca para não ficar atrás.
-Não podes rir muito, puto! Também estás sempre com fome!
-Mas eu sei esperar, agora você.
-Bem, vamos mas é para a mesa antes que o Rúben comece a desesperar!  -ri.
O Rúben saltou do sofá, provocando a risada geral. Jantámos sempre com bocas e risos e o Rúben só dizia disparates. Quando acabámos de comer levantámos a mesa.
-Olha, só para saberem, hoje quem vai lavar a louça é o Rúben, por isso, podem-se sentar a ver televisão ou a conversar. – Depois olhei para o Rúben. – Vá, eu ajudo-te – ri.
Lavámos a louça enquanto o Rodrigo e a Mónica estavam muito animados a conversar no sofá.
-Sabes se se passa alguma coisa entre eles? – perguntei baixinho ao Rúben.
-Eu saber não sei, mas quase que aposto. Aqueles olharezinhos… Ainda por cima depois do beijo no treino… De certeza…
-Beijo? Estás a falar do quê?!
-Ela não te contou nada?
-Rigorosamente nada.
-Então vais ter de esperar que ela te conte…
-Oh Rúben, não sejas mau! Fogo… Eu disse-te que ela mal esteve em casa e não me tinha contado nada.
-Ihh… Então ficaste este tempo todo sozinha e não me chamaste?
-Oh pá, vai passear! Olha, ela subiu. Vou lá ter com ela para ver se ela me diz alguma coisa.
-Boa sorte!
Limpei as mãos e depois subi as escadas para o andar de cima.



VISÃO MÓNICA


-Então e vai ser hoje que vou descobrir se sabes cozinhar? - perguntei, quando ele estacionou o carro em frente da minha casa e da Andreia.
-Si você deixar
-Só se tiveres a certeza que vai sair bem, porque eu não quero ficar sem cozinha e tenho um avião para apanhar às oito e meia.
Saimos do carro e entrámos em casa. A Andreia não estava.
-Não mi lembra disso. Não quero qui você vá embora.
-A mim também não me apetece muito ir, agora. Mas tenho de voltar. Tenho a Faculdade.
Ele abraçou-me.
-Volta rápido, viu?
-Assim que as aulas acabarem - Ele deu-me um beijo e continuou a beijar-me sem me largar. - Já chega. A Andreia ainda aparece.
-Você não vai contar pra ela?
-Sim, mas só depois de irmos embora. Prefiro. Para além de que se o Rúben souber vai mandar bocas até nos irmos embora.
-Tá bom. Mas, mi dá só mais um beijo.
Deilhe um pequeno beijo mas para ele não foi suficiente então arrebatou-me com um beijo forte, seguro e carregado de sentimento...
-Vá, vamos para a cozinha... - disse eu, ainda recuperando o ar perdido. - É melhor comecarmos já a fazer o jantar e contar com a Andreia e com o Rúben.
-Tá bom. Mi diz onde qui tão as coisas qui o resto eu faço.
-Fazemos.
-Não fica com medo qui cê não vai ficar com nada ditruido. Eu moro sozinho, esqueceu? Eu sei cozinhar.
-Não, não esqueci. Com os armários vazios.
-Eu não costumo deixar isso acontecer. Foi só dessa vez.
-Pois, está bem...  -ri. Ele sorriu.

Enquanto o jantar estava ao lume, fomos pôr a mesa e entretanto a Andy e o Rúben chegaram. Assim que o Rúben chegou à cozinha fez-nos logo rir e rimos ainda mais quando a Andy deu um calduço ao Rúben. Enquanto eles estavam ao pé da televisão e do sofá, eu e o Rodrigo ficámos ao pé do fogão para ver do jantar, mas cada vez que olhávamos um para o outro tinhamos de fazer um enorme esforço para tentar não demonstrar nada. Em seguida fomos sentar-nos junto da Andy e do Rúben enquanto esperavamos para ir jantar e o Rúben demonstrou-se o esfomeado de sempre, fazendo-nos rir quando saltou do sofá para a mesa. A Andy e ele lavaram a louça do jantar e enquanto isso eu e o Rodrigo sentámo-nos no sofá a conversar.
-Vou só lá acima ao quarto e já venho - disse eu, levantando-me.
-Tá bom.
Cheguei ao quarto e arrumei uma coisa na mala e a Andy entrou no quarto.
-Então... - disse ela.
-Então o quê?
-Será que agora me podes contar o que é que andaste a fazer este fim-de-semana?
-Agora não.
-Porquê?
-Eles estão lá embaixo.
-Eles não te vão ouvir daqui.
-Depois, Andy.
-Estás sempre a fugir.
-Não, não estou.
-Está bem - respondeu nem um pouco convencida. - E agora andas a dar-te muito bem com o Rodrigo, não é? - perguntou.
Pronto, ela estava desconfiada. Mas eu não ia dizer-lhe nada, por agora.
-E então? - perguntei, tentando manter uma normalidade inexistente no meu interior.
-È que vocês dão-se mesmo bem...
-Qual é que é o problema? - prosegui.
-Nenhum... Só que eu sei de uma coisa...
O meu coração saltou com o susto, só não saltei eu para continuar a fingir que não era nada.
-Aí sabes? Ainda bem - dirigi-me para a porta e ela veio atrás de mim.
-Eu sei que ele te beijou no treino!
Calei-me e desci as escadas a correr.


VISÃO RODRIGO


Toda vez qui eu olhava ela, tinha qui segurar pra não chegar e a beijar. Tava sendo dificil, mas ela preferia e eu tava respeitando. O Rúben e a Andreia ficaram lavando a louça do jantar e eu e a Mónica sentámos no sofá, conversando e vendo televisão. Eu tava dando em doido de tar tão perto e não poder tocar...
-Vou só lá acima ao quarto e já venho - disse ela, levantando.
-Tá bom.
A Andreia subiu atrás dela. Iam cochichar e si eu bem conhecia, o Rúben ia chegar pra mim daí a pouco.
-Então puto? - disse ele pouco tempo depois, mi dando com o pano da cozinha na nuca.
-Então?! Qu'qui foi isso? - perguntei, passando a mão na nuca.
-A Mónica é gira, né?
-Porqui é qui cê tá perguntando isso?
-È gira ou não é? - insistiu.
-È.
-E é interessante, não é? Quer dizer, vocês estão fartos de falar.
-Pergunta logo qu'qui cê quer saber.
Ele sentou no braço do sofá, no meu lado direito.
-Tu gostas dela - disse ele sem perguntar. Eu não disse nada. - Ficaste calado é porque gostas.
-Oh Rúben...
-Gostas sim! Toma lá, tu gostas dela! Eu sabia.
-Cála a boca Rúben! Elas tão lá em cima.
-Está bem - respondeu ele, baixando o tom da voz. - Mas tu gostas dela... - de repente a gente ouviu elas descerem pelas escadas, correndo. A Mónica vinha na frente e si sentou do meu lado esquerdo. - Então, as crianças chegaram, foi? - riu o Rúben.
-Cála-te Rúben Filipe! - reclamou a Andreia dando um calduço no Rúben.
-È pá! - disse ele passando a mão pela cabeça. Todo mundo riu.
-Vocês querem ir já andando pró aeroporto ou querem perder o avião e ficar aqui com a gente? - perguntei quando a risada acalmou. Eu quiria qui elas ficassem...
-Vamos - respondeu a Andreia.
-Não é que apeteça muito, mas temos de ir - acrescentou a Mónica.
-Então vá, Sr. Motorista, levante-se lá - riu o Rúben.
-Não fala muito senão cê fica em casa.
-Está bem. - Depois olhou prá Andreia. - Eu quero levar-te ao aeroporto - sorriu ele, indo pra junto dela.
-Grande acontecimento... - disse ela, ironizando.
Depois de arrumar tudo, apagar as luzes e a televisão saímos pró meu carro. Quando chegámos no aeroporto ainda faltavam 15 minutos pra elas embarcarem. O Rúben e a Andreia ficaram si despedindo, afastados de mim e da Mónica.
-Posso mi despedir de você em condições? - perguntei pra ela mi chegando mais.
-Eles vão ver.
-E daí? A gente não vai guardar isso pra sempre. E eles são os nossos melhores amigos. A gente vai ter qui contar pra eles.
-E não te vai expor muito nem nada?
-Eu vou ti levar na Gala do Benfica no Natal... - Ela ficou pensando. - Posso mi despedir ou não?
-Sim - respondeu ela com um enorme sorriso. Puxei ela pra mim e a abraçei. Depois beijei ela sem querer largar. Ia morrer de saudade dela nessas duas semanas.


Olá! :D
Bem, espero que tenham gostado de mais este capitulo, que é um pouco maior!
Queria agradecer-vos pelos comentários e pedir que continuem a comentar, pois é muito significativo e motivador para mim!
E aproveito para dizer-vos que no próximo capitulo vão ter uma surpresa!

Beijinhos

Mónica

1 comentário:

  1. fabuloso...

    quero mais... tou super curiosa para ver o proximo...

    continua... cada vez ta melhor...

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